Archives: 23 de Setembro, 2019

130 anos de Nintendo — Deixando a sorte para os céus (ou uma considerável recapitulação da história da nossa empresa favorita)

Nintendo – uma das empresas de entretenimento mais valiosas do mundo inteiro, completou esse final de semana seus CENTO E TRINTA ANOS. É mole?

Apesar de ser comumente conhecida por video games, a Nintendo iniciou seus trabalhos com algo um pouco diferente: cartas de Hanafuda, um jogo tradicional japonês.

Hanafuda é um jogo de cartas colecionáveis e consiste em 48 cartas. Estas tem imagens de flores, sendo que o baralho é dividido em 12 montes, cada um representando os meses do ano com flores, animais e objetos. Existem diferentes formas de jogar Hanafuda, dentre eles o “Koi-Koi” (ou Mau-Mau japonês, funcionando mais ou menos como Uno ou Can-Can).

A Nintendo foi fundada em 23 de setembro de 1889, como Nintendo Koppai, em Kyoto no Japão, por Fusahiro Yamauchi. O negócio produzia e vendia Hanafuda. O nome “Nintendo” é comumente assumido a ter significado de “deixe a sorte aos céus”, apesar de não haver arquivos históricos confirmando tal significado. As cartas inicialmente eram feitas a mão, mas sua popularidade fez Yamauchi contratar assistentes para produzi-las em massa.

Yamauchi não tinha descendentes para assumir o negócio da família. Seguindo tradição japonesa, ele adotou seu genro, Sekiryo Yamauchi, para em 1929 aposentar e deixar a empresa em suas mãos. Em ’33 Sekiryo estabeleceu uma associação comercial com outra empresa e renomeou a companhia para Yamauchi Nintendo & Co.

Em 1947, Sekiryo estabeleceu a distribuidora Marufuku Co. para distribuir o Hanafuda, além de outras espécies de cartas introduzidas pela Nintendo. Ele também teve apenas filhas, então seu genro Shikanojo Inaba (que veio a ser renomeado para Yamauchi) foi adotado pela família. Entretanto, Shikanojo não veio a ser presidente por ter abandonado a família. Seu filho, Hiroshi, que foi crescido por seus avós, veio a ser o próximo presidente da empresa.

Em 1949, Hiroshi Yamauchi estudava na na universidade Waseda em Tokyo, porém teve de abandonar os estudos devido a morte de seu avô para assumir a Nintendo. Em ’51 ele renomeou “Marufuku Co. de volta para “Nintendo Playing Card Co.”. Em 53, a Nintendo veio a ser a primeira empresa no Japão a produzir cartas de plástico.

Em 1956, Yamauchi visitou os EUA para conversar com empresas de cartas de lá. Ele ficou chocado que o maior produtor de cartas do mundo tinha um pequeno escritório. Isso foi um momento decisivo para ele, que percebeu as limitações de trabalharem apenas com cartas.

Em ’59, a Nintendo fez um acordo com a Disney para usar seus personagens em suas cartas. Usando isto e vendendo livros ensinando diferentes jogos, a Nintendo poderia vender produtos para casas japonesas. Isto foi um sucesso que levou a mais de meio milhão de vendas num só ano. Com este sucesso Yamauchi levou a empresa para listagens publicas, em 1963 nomeando ela apenas para “Nintendo”.

Até ’68, a empresa fez diversos experimentos em outras áreas de negócios. A Nintendo abriu uma companhia de taxi, uma rede de motéis, rede de comidas instantâneas e diversos outros produtos e serviços.

Todas esses negócios paralelos eventualmente falharam, menos o de brinquedos, onde aplicaram experiência da fabricação de cartas. As olimpíadas de 64 em Tokyo fizeram um boom econômico para a Nintendo, onde as cartas chegaram a um ponto de saturação. Isto fez com que as ações caíssem de 900 yen para apenas 60.

Em 65 a Nintendo contratou Gunpei Yokoi como engenheiro de manutenção, mas ele ficou famoso por muito mais que sua habilidade de conserto de máquinas.

A Nintendo teve muita dificuldade na industria de brinquedos. Ela já era dominada por empresas como Bandai e Tomy. Devido ao curto ciclo de vida de brinquedos, a Nintendo teve que entrar numa nova era. Em 66, Yamauchi pediu para Gunpei criar um produto próspero para o Natal. Conhecido como “Ultra Hand”, foi um sucesso de vendas, alcançando mais de um milhão de unidades. Isto levou Gunpei para a linha de desenvolvimento de produtos.

Em 1970 a Nintendo fez a primeira “light gun” a luz solar. Foi a primeira disponível para uso doméstico, produzida em parceria com a Sharp. Em 72, Nintendo fez o Ele-Conga, um dos primeiros tambores programáveis.

Uma light gun é um aparelho muito utilizado em computadores e fliperamas, comumente parecido com uma pistola. Em aviação e serviços de entrega é usado como um sinalizador direcional. Estes funcionam construindo um sensor de luz óptica na ponta da arma, esta que recebe sinal da luz emitida pela tela alvo.

A partir de 72 o primeiro video game, o Magnavox Odyssey, possuia uma light gun. Este foi o primeiro envolvimento da Nintendo com video games. Isto fez com que a Nintendo fizesse múltiplos sistemas de light gun pra fliperamas. Em 74 a Nintendo adquiriu os direitos de distribuição do Magnavox Odyssey no Japão.

Durante os anos 70 a Nintendo fez em conjunto com a Mitsubishi Electric os “Color TV Game Machine”. Seus primeiros fliperamas foram EVR Race, Radar Scope e Donkey Kong que virou seu mais famoso.

No início da década seguinte a Nintendo teve sua divisão de video games liderada por Gunpei alguns de seus títulos mais famosos. Shigeru Miyamoto foi a cabeça por trás de Donkey Kong, este que além de fliperamas foi lançado para o Atari 2600, o Intellivision e o ColecoVision. Futuramente ela veio a fazer o primeiro Mario Bros. e seus primeiros testes no mercado de portáteis com o Game & Watch.

Game & Watch foi uma linha de portáteis produzidos pela Nintendo entre 1980 e 91. Criados por Gunpei Yokoi, cada G&W possuía um título numa tela LCD acompanhada de um relógio e alarme. Venderam mais de 43 milhões de unidades no mundo inteiro.

Em 1983 após diversos protótipos de consoles de mesa a Nintendo lançou o Famicom (de Family Computer) no Japão, sua primeira tentativa de fazer um console baseado em cartuchos. Este sistema vendeu mais de 500 mil unidades em dois meses por em torno de $100 dólares.

Após alguns meses, o Famicom apresentou um defeito de congelamento em determinados jogos. Isto fez a empresa pedir devolução de todos os consoles disponíveis nas lojas e casas japonesas, o que deu um prejuízo de meio milhão de dólares.

Neste período a empresa reformulou o produto e o lançou nos EUA como Nintendo Entertainment System, ou NES.

Entre 83 e 85 houve a conhecida Quebra de Video Games de 83, uma recessão causada pelo mercado transbordando na competição de jogos e computadores caseiros. Este ocorrido derrubou grandiosas empresas tais qual a Atari. Com o tempo, o domínio do mercado saiu da America para o Japão. Sua única grande competidora nos EUA era a também japonesa SEGA.

Para manter controle de qualidade e não repetir os mesmos erros da Atari, a Nintendo lançou o NES acompanhado de R.O.B. para sincronizar com os jogos e que apenas jogos de alta qualidade de terceiros fossem lançados no ocidente, em uma quantia limitada de 5 por ano. A Konami foi a primeira a ser permitida. Em 1985, Super Mario Bros. foi lançado. Com o tempo, Metroid, Zelda e demais vieram com grande recebimento público e crítico.

Em 1988 a nintendo anunciou a Nintendo Power, uma revista de notícias e estratégias para fazer propaganda de seus novos jogos. Sua publicação se encerrou em Dezembro de 2012, mas ainda há um podcast feito em seu nome.

Em 1989 a Nintendo lançou o Game Boy acompanhado de Tetris. Devido ao seu preço, o jogo e sua durabilidade vendeu excepcionalmente bem, alcançando números estrondosos (118 milhões de unidades). No mesmo ano foi anunciado o Super Famicom, ou Super NES, que foi lançado no Japão no fim de 1990. O console chegou na América e na Europa, respectivamente, em 1991 e 1992.

Logo em seguida a empresa começou uma parceria com a Sony para produzir um console de CD-ROM. Esta parceria falhou, o que levou a Nintendo a recorrer a Philips e seu fracassado CD-i e a Sony a fazer seu próprio PlayStation.

O SNES dominou o mercado com Super Mario World, The Legend of Zelda: A Link to the Past, Street Fighter 2 e os Final Fantasy. As vendas totais chegaram a quase 50 milhões contra os 40 do Sega Genesis/Mega Drive.

SONY DSC

Em 1992 Gunpei começou o planejamento de um console de realidade virtual chamado Virtual Boy. Em 93 a Nintendo anunciou o desenvolvimento de um console 64-bit chamado conceitualmente de Project Reality/Ultra 64. Este prometia ambientes e personagens totalmente em 3D.

Sua tecnologia foi inicialmente apresentada em fliperamas com jogos como Killer Instinct e Cruisin’ USA. Killer Instinct foi lançado ainda para SNES. Em 95 o projeto foi renomeado para Nintendo 64, tendo seu lançamento anunciado para o ano seguinte, com jogos da Rare e Super Mario 64.

No mesmo ano o Virtual Boy foi lançado, mas vendeu pobremente tanto no Japão quanto nos EUA. A competição também se acirrava, visto que a Sega introduziu o sistema de 32-bits Saturn e a Sony introduziu seu Playstation de 32-bits. A presença da Sony começou a impactar as vendas da Nintendo e da SEGA.

Em 1996, o N64 foi lançado com mais de 500 mil unidades no primeiro dia no Japão e mais 350 mil nos EUA. As vendas foram fortemente afetadas por poucos títulos lançados para o console, principalmente de terceiros, visto que estes estavam mais interessados no formado de CD-ROM da competição que era extremamente mais barato.

Paralelamente ao 64 foi lançado o Game Boy Pocket, o projeto de despedida de Gunpei, um Game Boy de menor porte. Em seguida Gunpei saiu da empresa para criar o WonderSwan. Entretanto, a perda de Gunpei foi compensada pela criação da segunda maior franquia de jogos eletrônicos (atrás apenas de Mario), que é Pokémon, criado por Satoshi Taijiri.

Em 1997, o criador do Game Boy e Metroid Gunpei Yokoi faleceu num acidente de carro aos 56 anos. Um ano depois, o Game Boy Color foi lançado.

Apenas três anos depois a Nintendo lançou o Game Boy Advance, um portátil fortíssimo para a época. No mesmo ano o GameCube foi lançado. Em 2002 Tatsumi Kimishi entrou como presidente da Nintendo da América. No mesmo ano, Yamauchi saiu para a entrada de Satoru Iwata como presidente da Nintendo.

No mesmo ano, Dr Wei Yen, cientista chinês americano co-fundou a iQue para manufaturar e distribuir consoles e jogos da Nintendo na China. Paralelamente a isso, as táticas de negócio da Nintendo na Europa a levou a tomar uma multa de 150 milhões de euros, uma das maiores aplicadas na história.

Em 2004 a Nintendo anunciou planos para uma nova espécie de portáteis de duas telas, tendo uma delas sensível ao toque. O Nintendo DS (de dual-screen) lançou no fim deste ano com três milhões de pré-vendas. Este também foi o primeiro console portátil da empresa capaz de produzir gráficos tridimensionais.

Em 2005, a primeira loja da Nintendo foi aberta no Rockefeller Center em Nova York. A loja conta com um museu e itens exclusivos, além dos produtos tradicionais encontrados em demais lojas. No mesmo ano, na E3, o que conhecemos como o Wii foi mostrado. Seu controle foi apresentado na Tokyo Game Show do mesmo ano.

Em 2006 o DS lite foi lançado, propondo uma melhoria próxima da apresentada no Game Boy Pocket e GBA SP. Reggie Fils-Aimé foi promovido a Presidente e COO da Nintendo da América. Kimishima foi promovido para Chairman e CEO. No mesmo ano foi lançada a subsidiaria Sul-Coreana. No fim do ano o Nintendo Wii foi lançado.

O lançamento do Wii foi uma grande quebra de recordes, recuperando as vendas perdidas dos consoles anteriores, devido a um público alvo absolutamente mais generalizado, de fãs casuais a veteranos. Apenas 4 anos depois a Sony e a Microsoft conseguiram lançar consoles para alcançar os mesmos públicos alvos, mas nunca com o mesmo impacto.

Em outubro de 2007 a Nintendo anunciou sua primeira líder feminina, Rose Lappin, para Diretora de Gerenciamento da Nintendo Austrália. No ano seguinte a Nintendo atualizou o DS Lite no DSi, cortando compatibilidade com os jogos de Game Boy porém com uma câmera e novas funções. Foi o primeiro portátil da Nintendo que permitiu conteúdo baixável.

Em 2011 o 3DS foi lançado no Japão. Seu propósito inicial era de efeitos 3D sem o uso de óculos, com autostereoscopia de barreira de paralaxe. Também foi anunciado seu novo console, o Wii U, o primeiro da empresa a rodar jogos em full HD. Ele apresentava um controle que aparentava um tablet e tinha interações com o Wii Remote.

O Nintendo 3DS se deparou com um lançamento morno devido ao seu preço e falta de títulos de relevância. O Wii U foi confundido popularmente como uma atualização cara do Wii, o que afastou tanto desenvolvedores quanto público. Estes dois lançamentos desestabilizaram a empresa financeiramente, forçando-a a abaixar rispidamente o preço do 3DS (o que o fez explodir em vendas posteriormente) e cortar salários de seus membros de alto nível para evitar demissões.

Em julho de 2015 Satoru Iwata faleceu de um tumor na bile aos 55 anos. Satoru lutou bravamente pela segurança econômica da empresa e projetou o que veio a ser o Nintendo Switch. Sua morte deixou a empresa nas mãos de Shigeru Miyamoto e Genyo Takeda que juntamente decidiram por colocar o cargo nas mãos de Tatsumi Kimishima.

Em outubro de 2016 a Nintendo revelou o Nintendo Switch que veio a ser lançado em 3 de março de 2017. O console tinha um conceito híbrido, visto o fracasso que foi a divisão desnecessária entre 3DS e Wii U. O console teve um ano de lançamento incomparável para a empresa, vendendo mais de 14 milhões no fim de seu ano fiscal, superando as vendas de toda a vida útil do Wii U.

Em 2018, foi apontado que mudanças ocorreriam nos cargos de presidência da Nintendo mais uma vez. Em junho Kimishima foi sucedido por Shuntaro Furukawa. Furukawa trabalha na Nintendo desde 94 como contador. Durante esta década ele subiu para trabalhar em marketing global, no departamento executivo e diretor externo da Pokémon Company. Ele também se envolveu no desenvolvimento do Switch.

Shuntaro, à esquerda de Kimishima.

Na Nintendo da América Doug Bowser, que entrou na empresa em 2015 como vice presidente de vendas e marketing, foi promovido quando supervisou a promoção e lançamento do Switch. Em fevereiro de 2019 foi anunciado que este estaria substituindo Reggie Fils-Aimé como presidente e chefe de operações da empresa em abril.

Reggie, com seu corpo pronto para deixar a empresa para Doug Bowser.

O Nintendo Switch fez a Nintendo voar como nunca antes. Ainda no ano de lançamento anunciou parceria com a Tencent para publicar seus jogos na China. Em março de 2019, foram confirmados mais de 36 milhões de unidades vendidas em apenas dois anos de vida. Em julho a Nintendo anunciou uma versão leve do Switch, chamado de Switch Lite. Este seria mais compacto e seria focado no uso portátil do console.

O Nintendo Switch Lite teve seu lançamento dado nesta sexta-feira dia 20 de setembro mundialmente.

O legado da Nintendo é notável. Sua história secular é impactante e um exemplo de perseverança no crescente mercado de jogos eletrônicos. Somos muito felizes de termos crescido junto dessa empresa, podendo comemorar uma data tão considerável. Por muitos outros anos!


Dandy and Randy — Uma aventura nostálgica

Dandy and Randy é um jogo estilo arcade 2D de visão isométrica desenvolvido pela Asteristic Game Studio e distribuído pela Forever Entertainment S.A para PC. Esse é o mais novo título de André Chagas, autor de Dreaming Sarah, que volta com uma proposta inspirada no clássico de Super Nintendo, Goof Troop.

Dandy e Randy são dois arqueólogos atrapalhados que viajam pelo mundo em busca de artefatos valiosos. Apesar de serem ambiciosos não são muito responsáveis na parte financeira. Os dois estão afundados em dívidas e à beira da falência. No meio dos boletos de pagamento, Dandy encontra um anúncio que fala sobre uma recompensa a ser paga a quem encontrar a lendária Pedra Celestial. Sem nada a perder, os dois pegam seu avião e partem a ilha para encontrar essa jóia valiosa com intuito de evitar que entrem na bancarrota.

Momento de exploração.

A mecânica do jogo é bem simples e objetiva. O mapa é dividido em cinco fases com um chefe no final de cada uma. Durante a jogatina, o jogador terá que desvendar quebra-cabeças para ganhar chaves coloridas, que servirão para desbloquear os portões das fases permitindo sua progressão. Além desses desafios, Dandy e Randy podem ter acesso a diferentes tipos de equipamentos ao decorrer da jornada. Inicialmente começam com uma pá, que serve para desenterrar dinheiro. Ao longo da trama é possível a ter acesso a mais itens, como um martelo e bumerangue para atacar os inimigos e resolver os desafios das chaves.

Batalha com um dos chefes do jogo.

É possível desfrutar toda a aventura no modo cooperativo local. O jogador 1 controla o Dandy e o Jogador 2 controla o Randy. Essa possibilidade torna ainda mais divertido resolver os quebra-cabeças e desvendar os segredos da ilha. O jogo possui compatibilidade tanto do tradicional teclado/mouse quanto para controlador de jogo.

Certos aspectos na jogabilidade não ficaram polidos. O sistema de colisão do jogo chega a frustrar bastante, principalmente em batalhas contra chefes. Em muitas ocasiões desesperadoras, o personagem se enroscava na parede e nos objetos decorativos de cenário. Além disso, em alguns momentos os inimigos ficava invulneráveis por um curto espaço de tempo das ofensivas do jogador.

Outra questão que ficou faltando no jogo foi a localização para português. Algo muito estranho para um jogo produzido dentro do Brasil. A ausência da língua nativa pode afetar o acesso para muitos jogadores e comprometer o incentivo as produções nacionais.

Pros:

  • A jogabilidade é bem divertida e desafiadora. Os chefes são bem trabalhados e as batalhas são bem frenéticas;
  • Arte visual impecável;
  • As animações dos personagens são bem feitas;
  • Trilha sonora bem cativante. Destaque para a música dos créditos finais;
  • O jogo tem uma boa dose de humor. Possui várias referências divertidas sobre jogos da década de 90.

Cons:

  • Sistema de colisão irritante. Em muitas ocasiões desesperadoras, o personagem ficava enroscado na parede ou em algum objeto de decoração do cenário;
  • Não faz sentido um jogo brasileiro não possuir legendas em português.

Nota: ☕️☕️☕️☕️/5

Plataformas:

  • PC (plataforma analisada, chave concedida por Asteristic)
  • Nintendo Switch (em breve).

Excelente jogo brasileiro que traz bastante diversão numa aventura bem nostálgica.


Josie’s Tank é um indie brasileiro de estratégia cheio de charme!

Josie é a Capitã que começa recebendo as ordens e coordenadas do General Edson Barkling para um ataque aos inimigos da Coreia do Norte. Sua missão é derrotar o tank de seu inimigo. Na primeira fase nos deparamos com um tank de 100 de HP e temos que derrotá-lo acertando tiros em uma batalha de turno. O jogo é do gênero de artilharia aos moldes de Worms, DDtank, GunBound, entre outros.

O total são de 56 fases e ao passá-las os inimigos vão ficando cada vez mais fortes e aumentando a quantidade de tanks, cada batalha vencida você obtém moedas que podem ser usadas no mercado para adquirir itens como bombas, mísseis, habilidades com a fase, como locomoção em superfícies rochosas, também você ganha pontos onde pode aumentar o seu HP, DANO, RESISTÊNCIA, COMBUSTÍVEL. 

Ele não é tão simples como aparenta, não temos uma base de onde o tiro irá cair, correndo o risco de errar muitas vezes e ser atingido no processo, a não ser pelo medidor de força e distância que fica marcado ao arremessar, porém este é um pouco vago e pode levar os jogadores a frustração.

Além disto, se o seu combustível acabar você não consegue se locomover, facilitando a para o inimigo marcar exatamente onde te acertar e praticamente entregando o jogo. Seu tank começa com 10 vidas podendo então receber bônus de +3 caso seja derrotado e perca as suas dez vidas.

Seu Tank também terá direito a um kit médico mas guarde combustível para pegá-lo porque se acabar você não conseguirá chegar até ele caso caia muito longe de seu veículo.Lembrando sempre de distribuir seus pontos para aprimorar seu veículo de batalha para que não seja destruído facilmente.

O jogo em sí é muito divertido e um pouco complexo pra quem nunca jogou nenhum do gênero, mas quando você entende como funciona os comandos fica mais fácil de derrotar os inimigos e avançar as fases.

O design em pixel é muito bonito para quem gosta da arte, porém os gráficos do jogo não os aproveitam bem. A dublagem é incrível como os personagens conversam entre si, dizendo frases como “sem misericórdia” e “foco capitã” quando você erra o tiro e todas com som como se estivessem falando via radio mesmo. Valorizando também a protagonista ser mulher, sempre bom ver mulheres sendo valorizadas, Josie é uma mulher e capitã do exército e isso é importante também para mostrar a força e o valor de protagonistas femininas fortes em jogos.

Pros:

  • Desafiadora jogabilidade de artilharia;
  • Design bonito;
  • Bons personagens, em especial a protagonista.

Cons:

  • Gráficos mal utilizados;
  • Mira imprecisa;
  • Sistema de combustível problemático.

Nota: ☕️☕️☕️/5

Plataformas:

  • PC (plataforma analisada, chave concedida por Cat Crate Games)

Particularmente recomendo esse jogo para fãs de pixel art e artillery games como eu e pra quem gostaria de conhecer o estilo de jogo também.


Untitled Goose Game — O mais poderoso jogo de furtividade da geração

Há um bom tempo atrás em uma Nintendo Direct foi anunciado um jogo tão carismático quanto curioso – o que parecia um SIMULADOR DE GANSO. Nele nosso pomposo protagonista causava o caos em meio a uma pequena cidade. Desde então, o jogo formou um fiel grupo de seguidores esperando por seu lançamento.

Seus desenvolvedores, House House, são um pequeno grupo de Australianos e demoraram bastante para nos trazer este título, cuja chave foi concedida para análise.

Untitled Goose Game consegue ser um bom pacote completo. O jogo possui um mundo aberto semi-linear, onde, ao progredir, libera novos caminhos e atalhos.

Em cada área (que são poucas, mas variadas), você possui uma lista de atividades a fazer, quase como um “guia de platina”. Estas atividades envolvem montar cenas, utilizar objetos para atrapalhar os humanos, causar pequenos acidentes ou simplesmente abrir o caminho.

A jogabilidade é simples. Além de andar, você pode abaixar, abanar as asas, “buzinar” (o que até treme o controle), pegar objetos e ampliar a câmera. Os desenvolvedores trabalharam muito bem essas ações: ao segurar algum objeto e buzinar, você pode produzir outros sons, o que pode assustar algumas pessoas, o que, se temporizado corretamente, pode causar os acidentes previamente citados.

Esse “timing” pode ser usado de diversas formas, algo que você usará muito no jogo. Humanos são mais velozes que você. Alguns tem medo, outros vão correr atrás de você para te expulsar de ambientes ou pegar de volta o que você roubou. Com isto, você terá de usar do ambiente ao seu favor para se esconder ou contornar o caminho para quebrar a velocidade desses inimigos.

A ambientação do jogo também é rica. Cada área tem uma infinidade de atividades e objetos para se interagir, seja para alcançar metas ou simplesmente tocar o terror. O carinho dos devs para construir esta cidade é notório ao perceber que até os habitantes são extremamente únicos e cada um apresenta um desafio diferente, além das interações que você pode provocar entre eles.

Além disso, a trilha sonora, composta apenas por um piano extremamente caótico é extremamente sintonizada com a gameplay. A sua simplicidade também está nos gráficos e design do jogo. O jogo conta com cores simples e design minimalista, mas extremamente agradável e compatível com a proposta do jogo.

Como nem tudo são rosas, o único contrapeso da extrema qualidade desse jogo é sua duração. Nós conseguimos o completar em torno de 2 ou 3 horas, sem fazer 100% (o que está nos planos).

Considerando o tamanho da equipe e o fato de ser um de seus primeiros projetos é razoável, mas o tempo de espera desde seu anúncio deixou alguns fãs esperando por um pouco mais. Contudo, o fator rejogabilidade deste jogo é considerável, além do fato de que mais missões são desbloqueadas depois que os créditos sobem.

Pros:

  • Stealth perfeitamente construída;
  • Mundo aberto rico;
  • Sandbox criativa;
  • Personagens únicos;
  • Missões variadas e viciantes.

Cons:

  • Curto.

Nota: ☕️☕️☕️☕️/5

Plataformas:

  • Nintendo Switch (plataforma analisada, chave concedida por Panic Inc.)
  • PC

Untitled Goose Game foi uma experiência deliciosa e um stealth game a ser lembrado e levado como exemplo de bom game-design. Aguardamos por mais conteúdo para esse jogo e honestamente, DLCs gratuitas ou não seriam apreciadas.


Sony anuncia State of Play para a próxima terça (24/9) e The Last of Us 2 está confirmado!

Sony anuncia State of Play para a próxima terça-feira, dia 24 de setembro. A apresentação será dada às 17h do horário de Brasília.

A transmissão terá em torno de 20 minutos de duração contando com apresentação dos próximos jogos para a plataforma Playstation (mas nada de Playstation 5, ainda).

Neil Druckmann, vice-presidente da Naughty Dog, confirmou que The Last of Us 2 FINALMENTE sera detalhado no evento, então podemos esperar que boa parte do mesmo seja focado no jogo, que tem previsão de lançamento para o primeiro semestre do ano que vem.

Estaremos, obviamente, cobrindo o State of Play no Café com Geeks.


Sayonara Wild Hearts — Quando Garotas Mágicas encontram Synthwave

Sayonara Wild Hearts foi um incrível shadowdrop. O jogo chegou junto do Apple Arcade nesta quinta-feira, 19 de setembro, e nós do Café não perdemos oportunidade. Ele é um jogo de arcade sobre dirigir motos, andar de skate, lutar dançando, atirar lasers, lutar com espadas e quebrar corações a 200km/h.

A nossa protagonista é uma jovem de coração partido cuja tristeza desequilibra o universo e é responsabilizada de proteger e salvar o mesmo. Uma borboleta de diamante aparece em seus sonhos e a leva para uma estrada nos céus onde ela encontra sua outra pessoa, ou sua persona: uma motociclista mascarada chamada The Fool. Ao longo de sua jornada, ela, representada por diferentes arcanas do Tarot, entra em combate com outras pessoas, representadas por arcanas de Tarot. Uma vez que ela assume uma arcana diferente, ela é transformada ao estilo de “garota mágica” e ganha poderes e veículos diferentes.

O jogo conceitualmente é simples: um runner/rhythm game que pega combate e aventura por QTE e faz absoluta mágica. Ao longo do mapa você encontrará, além de obstáculos e inimigos assassinos, fragmentos de coração que aumentam sua pontuação, esta que ao final de cada fase lhe dará um determinado rank. O jogo com isto se torna bem arcade, aumentando consideravelmente o fator rejogabilidade.

A velocidade com que esse jogo se apresenta é assustadora, por vezes incomoda. Tudo acontece muito rápido e para digerir tudo que lhe é apresentado você provavelmente vai ter de rejogar as fases… o que não é um problema, visto que cada uma consegue ser única e gostosa de jogar.

O design desse jogo também é absolutamente perfeito, junto de sua trilha sonora. Toda a estética retrofuturista ao som de músicas synthwave compostas por Daniel Olsen e cantadas por Linnea Olsson combina perfeitamente e geram uma imersão profunda ao jogador, independente se este esteja jogando portátil ou na TV.

Cada fase aborda um tema diferente de retrofuturismo o que é mais que louvável. De realidade virtual a corridas outrun a lobos assassinos, os fãs do gênero sairão mais que satisfeitos desse título.

Além de uma temática excepcionalmente bem aproveitada, a gameplay é tão densa e variada quanto. Cada fase te dá uma habilidade de combate nova que apesar de ser utilizada em Quick Time Event (QTE), é bem colocada e compatível com o gênero, não uma quebra de gameplay.

Prós:

  • Temática perfeitamente utilizada e explorada;
  • Trilha sonora absurdamente bem colocada;
  • O melhor QTE em um video game;
  • Mecânicas de runner e rhythm fundidas com maestria.

Cons:

  • Algumas missões acabam rápido demais.

Nota: ☕️☕️☕️☕️☕️/5

Plataformas:

  • PS4
  • Nintendo Switch
  • Apple Arcade (iOS [plataforma analisada], iPadOS, Mac e tvOS)

Em geral, Sayonara Wild Hearts pode ser completado em 4 horas, mas pode ser rejogado ao contentamento do coração. Como um jogo anunciado pela Annapurna há algum tempo com uma grande ambição, saímos mais que satisfeitos desse projeto e o consideramos um título agora ESSENCIAL para o gênero.


Naruto: Ultimate Ninja Storm — O início da saga

Naruto: Ultimate Ninja Storm é um jogo de luta 3D desenvolvido pela CyberConnect2 e distribuído pela Bandai Namco. Foi lançado originalmente como exclusivo para o Ps3, mas sua exclusividade foi quebrada com sua versão remasterizada para os consoles de nova geração e PC.

A trama do jogo está focada na fase clássica do anime. Esse período da narrativa se concentra na formação inicial de Naruto na academia ninja e sua relação com o time 7. Os fãs de Naruto vão se sentir familiarizados com o jogo. Nele é possível reviver quase todos os arcos do Naruto clássico. Além disso, as cinemáticas das batalhas finais de cada arco são um banho de nostalgia e foram retratadas de forma fiel ao que foi apresentado no anime.
Os arcos representados no jogo são o treinamento gennin, exame chunnin, invasão na folha, busca pela Tsunade e procura pelo Sasuke. Nota-se que o arco da missão no país das ondas, uma das mais marcantes do anime, não foi incluído o que pesou negativamente na trama.

As lutas do jogo são realizadas em espaços tridimensionais bem amplos. O jogador pode andar, pular e se esquivar. Durante as batalhas, é possível lançar shurikens para ataques de longa distância enquanto os ataques de curto alcance são realizados por chutes e socos.

Cada lutador possui ninjutsus únicos que podem ser ativados quando encher a barra de chakra do personagem. Além desse ninjutsu mais simples, pode ser efetuado o ultimate jutsu que é um ataque especial que necessita de uma combinação mais sofisticada de botões.

Pode ser escolhido junto ao lutador principal, dois lutadores para auxiliá-lo, o que possibilita a criação de combos devastadores. Existe ainda a possibilidade de utilizar itens durante as lutas, como kunais explosivas e elixirs para aumentar a velocidade.

O jogo possui 25 lutadores disponíveis para o jogador desfrutar suas habilidades. A seleção de personagens se limita apenas os indivíduos que fizeram aparição durante o Naruto clássico. Eles podem ser usados tanto como lutador principal quanto de suporte. É possível também customizar as roupas dos personagens e os jutsus que serão colocados em prática durante os duelos.

Quando o jogador não estiver durante as batalhas ele pode explorar a Vila Oculta da Folha. A vila funciona como um salão de entrada do jogo. Nela possibilita o jogador procurar por segredos espalhados pelo mapa e selecionar as missões secundários que deseja realizar. Também tem a possibilidade de interagir com personagens ilustres da vila como o Jiraya e a Tsunade.

Pros:

• Possibilidade de reviver momentos marcantes do anime;
• Trilha sonora cativante;
• Boa adaptação dos jutsus de cada personagem;
• Jogabilidade dinâmica;
• Gráficos transmitem bem o visual do anime;
• Ótima dublagem. Principalmente da versão japonesa.

Cons:

• Ausência do arco da missão no país das ondas foi bastante sentida durante a trama do jogo;
• Personagens marcantes dessa fase inicial do Naruto, como o Zabuza e o Haku, não estão presentes;
• Missões secundárias obrigatórias repetitivas;
• A obrigação em cumprir condições durante as batalhas se torna um trabalho que prejudica o desafio;
• Não tem muita interação nos momentos de exploração na Vila Oculta da Folha.

Nota: ☕️☕️☕️/5

Fase clássica do Naruto, entretanto a ausência de arcos importantes da história e a obrigação em cumprir secundárias repetitivas para progredir na história deixa a experiência um pouco cansativa.

Plataformas:

• Switch
• PS3/PS4 (plataforma analisada)
• PC
• X1


Personagem Sindel é revelada em Mortal Kombat 11

Para quem não conhece Sindel é a Rainha do reino de Edenia, mãe da princesa Kitana e esposa de Shao Kan. Após perder mais de 10 torneios de Mortal Kombat, Sindel foi obrigada a ver seu reino inteiro ser escravizado, seu ex marido sendo morto e sua filha sendo adotada pelo terrível imperador Shao Kan, não aguentando ver seu reino e família decair a rainha tirou sua própria vida. Shao Kan então a trouxe de volta com a ajuda de Shang Tsung, mas completamente sem suas memórias e jurando lealdade ao seu então marido.

Ed Boon anunciou em seu Twitter a personagem de Mortal Kombat, tão amada vilã do jogo e sua nova aparência macabra e ao mesmo tempo conquistando o coração dos fãs com a sua beleza. Ed até brincou dizendo ao publicar a foto de Sindel, ‘’7 Deadly Sindels’’. 

Não foi revelado oficialmente quando sairá a personagem ou se virá primeiro outro personagem que também foi mencionado. Como de costume alguns fãs não ficaram satisfeitos com a aparência revelada por Ed em seu Twitter, já outros estavam esperando mais pelo personagem Night Wolf onde também foi mostrado uma imagem de uma perna que deu a entender que seria a dele. Ambos personagens seriam uma ótima notícia pra quem ama a franquia, vamos aguardar e esperar que seja os personagens que estamos esperando.



Novos jogos do Xbox Game pass de setembro foram divulgados!

Hoje dia 18 de setembro foram anunciados os novos jogos do serviço Xbox Game Pass da Microsoft!
São eles Bloodstained: Ritual of the Night, Jump Force, Dirt Rally 2.0, Lego Worlds e Bad North!

Aqui embaixo estão as respectivas datas de quando os jogos ficarão disponíveis:

Jump Force – 19 de setembro

Bloodstained: Ritual of the Night – 19 de setembro

Bad North – 26 de setembro

Dirty Rally 2.0 – 26 de setembro

Lego Worlds – 26 de setembro

Os respectivos jogos estarão disponíveis apenas para console!