Brain Training oficialmente anunciado para Switch

Brain Training, conhecido nas américas como Brain Age, recebeu recentemente um trailer de anúncio. Um jogo do gênero edutainment (uma mistura de “entretenimento” com “educativo”), Brain Training visa medir a idade cerebral do jogador, e ajudar a melhorá-la através de exercícios de raciocínio rápido, atenção, e reflexos.

Trazendo alguns dos jogos clássicos da versão de DS, e alguns novos exlcusivos para a versão de Switch, Brain Training fará uso de um novo periférico Stylus para o Switch, uma caneta capacitiva para escrever na tela, que custará por volta de 8 dólares no Japão, e alguns específicos para os Joy Cons. Uma Stylus virá com a cópia física do jogo.

Nada foi esclarecido para os donos de um Switch Lite, mas provavelmente será necessário comprar um Joy Con separado para fazer alguns exercícios.

Brain Training ainda não teve seu anúncio oficial para as américas, mas na Europa tem data prevista de lançamento para 3 de Janeiro de 2020.


#BGS2019 — Indie brasileiro, The Path of Calydra se destaca no evento

Apresentado na Brasil Games Show de 2019, o jogo independente brasileiro, The Path of Calydra, chama atenção dentre vários projetos.

https://www.facebook.com/ThePathofCalydra/posts/2499189900168484
A página oficial do facebook comemorando seu momento no holofote.

O jogo está sendo produzido pela Finalboss, responsáveis pelo jogo Chromabot, um título mobile da Square Enix.

Contando a história do garoto Matheus, Path of Calydra usa de temas escapistas e referências de outro jogos em seu mundo. Para fugir de bullying na escola, Matheus aceita o convite de Calydra, a criatura que dá o nome ao jogo, para restaurar os poderes dela em um mundo místico e misterioso.

Com uma campanha prevista por volta de 22 horas de duração, de acordo com seus desenvolvedores, The Path of Calydra está nos estágios finais de desenvolvimento. A data prevista para o lançamento é Julho de 2020, para PC (Steam e Epic Store), PlayStation 4 e Xbox One. Uma versão para Switch está sendo planejada, mas ainda não confirmada.


Persona 5 Royal — Modo “My Palace” e DLCs

No sexto (e último) episódio de “Morgana’s Report“, uma série de vídeos narrados por Morgana onde ele explica as novidas que a revisão Royal traz ao jogo, foi detalhado o modo “My Palace“, um ambiente customizável que serve como uma espécie de museu das memórias do jogo.

Exemplo de um espaço “My Palace” customizado.

Dentro do My Palace será possível rever cinemáticos já desbloquados, ouvir suas músicas favoritas do jogo, e ver algumas artworks. A aparência do ambiente pode ser custimizada com estátuas de personas desbloquadas ou alguns personagens.

Um menu com algumas opções de decorações a ser compradas.

Para liberar acesso e/ou uso de algumas dessas funções será necessário as “Medalhas P”, uma moeda obtida tanto por combate nos dungeons ou por desafios durante a vida diária de Joker.

Os mais variados mini-games e atividades agora possuem desafios que te premiam Medalhas P para uso no My Palace

Também há a possibilidade de se jogar alguns minigames com os Phantom Thieves dentro do My Palace, como mais uma forma de matar o tempo e ganhar algumas Medalhas P.

Uma das novidades que mais se destaca nesse modo são as chamadas “conversas cognitivas”, onde dependendo dos objetos colocados nele trará um diálogo hipotético entre alguns personagens do jogo. Apesar de que esses diálogos não irão afetar a história principal, serve como um desenvolvimento adicional aos personagens.

Além do “My Palace”, foi detalhado os conteúdos de DLC que P5R irá receber. Que serão batalhas especiais que podem ser acessadas através do Velvet Room onde os Phantom Thieves desafiam os protagonistas dos jogos anteriores.

DLC de P5R irá incluir uma batalha opcional contra Yu Narukami, de Persona 4.

Além dos desafios de Velvet Room, o jogo contará com mais DLCs cosméticas alterando a aparência dos personagens, com temas de outros jogos da franquia.

Segunda novidade em DLC, são as skins de Persona Q2 para os personagens durante a batalha.

Persona 5 Royal lançará no Japão dia 31 de Outubro, com uma stream planejada para 30 de Outubro para celebrar o lançamento do jogo. No ocidente o jogo chegará em Março de 2020.


Blizzard responde à censura de Blitzchung

Faz 4 dias desde que a Blizzard se tornou o centro das atenções ao punir severamente Blitzchung. A situação rápidamente escalonou, com times de outros torneios protestando em solidariedade, apresentadores famosos se desvinculando da Blizzard, pessoas marcando protestos na Blizzcon, e transformando a heroína de Overwatch, Mei, em um ícone pro-Hong Kong para o jogo ser censurado na China.

Ontem a noite, canais oficiais da Blizzard divulgaram uma nota de esclarecimento:

Os pontos chave são:

  • As premiações de Blitzchung serão restauradas
  • O tempo de banimento dos apresentadores e Blitzchung foi reduzido para 6 meses

Porém uma declaração em particular ainda causou controvérsia. Parte do texto, escrito pelo presidente da Blizzard, J. Allen Brack, lê-se:

“Eu quero ser claro: Nossa relação com a China não teve influência em nossa decisão.”

A qual a reação do público foi uma de ceticismo, tendo em vista a nota de desculpas a China pela conta oficial de HearthStone no site chinês Weibo, onde disseram assegurar-se de “proteger o orgulho da China como sempre”.

Além do mais, o time American University não recebeu nenhuma punição pelo protesto durante o torneio CHC, contradizendo a noção de que isso aconteceria independente do conteúdo da mensagem ou de qual jogador.

E recentemente, uma estátua da Mei que estava a venda na loja da Blizzard foi completamente removida do site, o link do produto agora redireciona para a loja central, sem nenhum aviso de não ter em estoque ou qualquer explicação. Ainda é possível ver a página original através de arquivos de terceiros.

Apesar da redução da penalidade a Blitzchung e os apresentadores, os protestos, a hashtag #BlizzardBoycott, e a opinião geral do público ainda não parece ter diminuído de intensidade. Muitos ainda acreditam que a punição de Blitzchung não foi imparcial, e que a nota de esclarecimento foi insincera, tendo em vista as várias contradições.

Rod Breslau, insider da cena de e-sports e voz primária sobre os recentes acontecimentos da Blizzard e Blitzchung
https://twitter.com/ceeMelody/status/1183005251026276354

https://twitter.com/GarciaPanda/status/1183004284499222531
https://twitter.com/thejaopao/status/1182994166164480001

Censura da Blizzard — Resposta à China, Protestos em Torneios e mais

Após a decisão de banir o jogador profissional de Hearthstone, Blitzchung, Blizzard enfrenta severa repercussão de jogadores ao redor do mundo. Mais recentemente, o um time participante do torneio Collegiate Hearthstone Championship (CHC) levantou um cartaz durante a stream do torneio. A camera trocou o foco para o outro time e os apresentadores, a Blizzard informou que nenhuma entrevista seria feita nesse dia.

Porém a Blizzard não puniu os jogadores e já marcaram até a próxima partida deles, porém eles concordaram e sair do torneio e se abster de qualquer torneio futuro até a Blizzard reconsiderar essa decisão. Um dos jogadores do time explicou a posicão dele no subreddit de HearthStone, apontando a hipocrisia de punir Blitzchung tão severamente, e sequerem advertir o time deles, sendo que a mensagem deles era ainda mais áspera já que explicitamente clamava pelo boicote a Blizzard.

“Isso demonstra que a Blizzard não arricaria nenhuma forma de censura em meio a uma audiência ocidental, mas eu estou curioso como eles lidariam com uma situação onde todas as streams a partir de agora tivesse algum protesto. Eles iriam continuar a ignorar a reação da comunidade, ou seriam punidos pela Tencent pelo conteúdo que eles estão divulgando? Mensagem como a de Amnesiac (William Barton) são necessários agora para pressioná-los a responder.


Além dos protestos dos jogadores, um criador de conteúdo e apresentador de HS prominente na cena profissional, Brian Kibler, anunciou em seu blog que não irá mais trabalhar com a Blizzard após sua decisão de banir Blitzchnung, confiscar seus prêmios e demitir os apresentadores. Kibler é conhecido por sua neutralidade política enquanto está em serviço, mas disse que a sanção da Blizzard foi injusta e exagerada, parecendo mais ser um caso de usar Blitzchung como um exemplo do que uma punição.

Brian Kibler (à esquerda) em um torneio passado

Encerrando seu post, diz que nem todo mundo envolvido nos torneio de Grã-mestre tem essa mesma luxúria de sair. “Não desconte sua raiva e indignação em apresentadores, streamers, ou empregados da Blizzard. Esse é tipo de decisão que vem de cima, completamente ignorando os sentimentos e reações que qualquer pessoa possa ter. Eles provavelmente estão tão irritados quanto você. Eu sei que eu estou.” Nas palavras de Kibler.


Uma nota de desculpas publicada pela conta chinesa de HearthStone trouxe ainda mais fúria para os protestos, traduzida por um jogador de HearthStone taiwanês. Lembrando que esta conta é alimentada pela empresa local da Blizzard na China e não necessariamente a Blizzard global.

A mensagem diz: “Nós estamos irritados e decepcionados com o que aconteceu no evento da semana passada, e fortemente se opomos a qualquer expressão política nos nossos eventos. Como sempre, nós iremos proteger a dignidade e orgulha da China a todo custo.”

Tal anúncio gerou ainda mais indignação na comunidade, tendo em vista como realmente contribui a idéia de que a punição de Blitzchung foi feita como um exemplo e não por uma expressão política.


Por fim, o evento BlizzCon acontece primeiro de Novembro. Insider da indústria, Jason Schreier diz que eles tem vários grandes anúncios planejados, mas várias mensagens de protesto no subreddit do evento e pessoas organizando um protesto pro-Hong Kong no Facebook indicam que o evento será palco de mais uma manifestação caso a Blizzard não responda as críticas antes.


Heroína de Overwatch é usada como ícone pro-Hong Kong para banir o jogo na China em protesto ao banimento de Blitzchung

Após o banimento do jogador profissional Blitzchung, Blizzard enfrenta uma forte onda de críticas e protestos contra sua censura. Recentemente, jogadores estão fazendo uso de montagens da heroína Mei-Ling Zhou com mensagens de apoio aos protestos de Hong Kong com o intuito de ter o jogo banido na China, tendo em vista como o Ursinho Pooh foi banido completamente de mídias e redes socias chinesas após associações do personagem com o presidente Xi Jinping, o que inclusive levou ao banimento internacional de um jogo chinês que se popularizou.

https://twitter.com/klara_sjo/status/1181674153683951616

Usuários rapidamente adotaram a idéia de usar a censura de forma desfavorável a Blizzard.

https://twitter.com/hkpeachy/status/1181945945908379648
O mesmo post vem sendo removido do subreddit r/Overwatch – https://www.reddit.com/r/Overwatch/comments/df67ns/i_made_a_pro_hong_kong_mei_inspiered_by_a_post_on/?st=k1jo08tp&sh=21fe03ec
https://twitter.com/gottalovebeans/status/1181868671825674240

No twitter, a hashtag #BoycottBlizzard ganha tração internacionalmente com vários jogadores fechando sua conta na Blizzard ou pedindo reembolso de seus jogos, inclusive o líder de desenvolvimento de Cuphead.

https://twitter.com/ttvlettii/status/1181530183183953920

Nós do Café com Geeks somos completamente contra a censura à liberdade de expressão. Continuaremos a cobertura desta situação, em apoio aos profissionais prejudicados e manifestantes em Hong Kong.


Blizzard bane jogador profissional de HearthStone por comentário sobre os protestos de Hong Kong

Em 8 de Outubro, Rod Breslau (insider do cenário de Esports), divulgou o banimento do jogador Chung “Blitzchung” Ng Wai após uma entrevista ao vivo depois de uma vitória no HearthStone Grandmaster, occorrido no fim de semana.

Na entrevista, Blitzchung terminou tirando a máscara e dizendo “Liberem Hong Kong, revolução da nossa era!”, por essa entrevista Blizzard baniu Blitzchung por 1 ano de qualquer participação no circuito profissional de HearthStone por um ano, e seus prêmios das vitórias recentes foram confiscados. Os dois apresentadores que fizeram as entrevistas também foram demitidos e tiveram seus contratos terminados, M.Yee, que também é apresentador de Overwatch, disse ter sido removido inclusive de apresentações de World of Warcraft e Overwatch.

Tal ação gerou revolta e indignação ao redor do mundo, desde senadores dos Estados Unidos condenando um “ataque a liberdade de expressão” como até mesmo alguns funcionários da Blizzard protestando ao cobrir os valores “Todas as Vozes Importam” e “Pense Globalmente”.

Dentre vários comentários e notas de apoio, uma que se destaca é do líder de time de World of Warcraft original, Mark Kern.

https://twitter.com/Grummz/status/1181736075775004672

Na thread, Kern explica ser etnicamente chinês, nascido em Taiwan e morando em Hong Kong por um bom tempo. Dizendo testemunhar a influência e poder que a China exerce em companhias atráves de investimentos, contando inclusive de ser removido da companhia que ele mesmo fundou (após sair da Blizzard) por recusar um “suborno” de 2 milhões de dólares para investir no mercado chinês. Em um ponto ele diz:

“Uma coisa é manter assuntos políticos separados de jogos, que eu pretendo fazer nos meus projetos. Outra coisa é punir de forma severa e injusta qualquer vocalização contra abusos de direitos humanos e liberdade.”

Nós do Café com Geeks somos completamente contra a censura à liberdade de expressão. Continuaremos a cobertura desta situação, em apoio aos profissionais prejudicados e manifestantes em Hong Kong.


PlayStation 5 oficialmente detalhado


Hoje de manhã tivemos informações concretas do PS5, desde a confirmação do nome que realmente será PlayStation 5 (surpresa!), até detalhes de sua arquitetura. O CEO da Sony Interactive Entertaiment, Jim Ryan, confirmou hoje dizendo se livrar de um peso nos seus ombros: “PlayStation 5, chegando no final de 2020!”

O primeiro assunto a ser tratado, foi sobre o suporte a tecnologia Ray Tracing, que permite renderizações e efeitos complexos de luz e sons em ambientes 3D. Mark Cerny, o arquiteto de sistemas do PS5, afirma que o console fará ray-tracing através do hardware de processamento gráfico, e não por software, como alguns temiam que fosse. O que isso resulta, de forma resumida, é um efeito mais confiável e sem impactar na performace dos jogos que utilizarem tal tecnologia.

Logo após foi comentado sobre o SSD, trazendo informações e curiosidades interessantes sobre o método de gravação de dados. Como já previamente dito, o SSD é um disco capaz de escrever e ler dados muito mais rápido que o HDD que temos hoje em dia. Foi demonstrado o tempo de carregamento de Spider-Man, que reduziu a média de 8,1 segundos para 0,8 segundos. Porém, essa mudança vai muito além de simplesmente uma redução de 90% no tempo de espera, como explica Cerny. A forma que jogos são desenvolvidos hoje em dia é extremamente ineficiente, dados são duplicados e espalhados em vários blocos de memória para reduzir o tempo de carregamento, o que resulta em jogos grandes entre 50 a 100 Gigabytes de espaço. Com um SSD, não é mais necessário fazer tal “gambiarra”, o que resultaria em mais espaço sendo usado para texturas de alta definição, ou simplesmente em jogos mais leves no espaço armazenado.

Independente disso, o PS5 ainda fará uso da mídia de Blu-ray e sua capacidade de armazenamento físico de 100GB de dados, mas ainda será obrigatório a instalação de dados no console, um passo necessário para fazer uso das vantagens de um SSD. Porém, melhorias foram feitas no processo de instalação. Como Cerny exemplificou, os jogadores poderiam instalar ou deletar partes do jogo apenas, como o conteúdo single-player e multiplayer separadamente. Você poderia instalar o single-player primeiro, ou deletá-lo apos zerar o jogo e manter apenas o componente multiplayer do jogo.

As novidades não vieram somente na parte de hardware porém, a interface de usuário foi completamente refeita, trazendo melhorias como mostrando quais amigos estão jogando determinado jogos, ou em qual parte da campanha o jogador parou, sem precisar ligar o jogo para ver. Cerny, contudo, não estava a liberdade para revelar muito sobre a aparência da interface, apenas sobre sua prioridade em ser mais informativa e responsiva do que temos hoje no PS4.

O controle ainda não tem um nome oficial (seria um completo choque se não for DualShock 5), mas Cerny falou de uma das novidades que mais o animava, os gatilhos adaptáveis. Os gatilhos (L2 e R2) agora terão uma resistência ajustável, permitindo que jogos de tiro possam fazer um gatilho de escopeta seja mais duro do que de uma metralhadora, ou que arco e flecha seja progressivamente mais duro de apertar, para simular a sensação de esforço ao puxar a corda.

Cerny também falou do haptic feedback, que é resumidamente uma forma de resposta dinâmica do controle, como a vibração que temos hoje em dia quando se toma dano ou parecido. Através de demos feito pela Japan Studio, o controle respondia e mudava a sensação de movimentação dependendo do ambiente, se era areia, lama, gelo, madeira, etc. O jogo de corrida Gran Turismo Sport foi portado para o devkit de PS5 usando essa função, resultando em sensações muito diferentes entre diferentes carros e terrenos. Um tremendo pulo da vibração que o DualShock 4 dispõe hoje que é binária em sua execução (está ligado, ou não).

Em outros detalhes menores, Cerny confirmou que será usado USB-C, um modelo de USB que “não tem lado” e pode ser conectado mais facilmente. O controle está mais pesado com a nova tecnologia de haptic feedback e uma bateria melhorada, mas ainda é mais leve que um controle de Xbox atual com baterias, de acordo com Cerny.

Como cada desenvolvedor vai usar essas ferramentas ainda está para ser visto. Laura Miele, CSO da EA diz estar visando as possibilidades com ray-tracing e machine learning que o novo hardware possibilite. Marco Thrush, presidente do estúdio BluePoint, responsáveis pelo remake de Shadow of the Colossus, diz estar trabalhando em um “grande projeto” para inaugurar o PS5, e demonstra estar animado com a idéia de carregamentos mais rápidos, eliminando a necessidade de artifícios como usar elevadores ou portas trancadas para esconder o tempo de espera para o jogo carregar.

Com isso então, o peso nos obros de Jim Ryan é levantado, com a confirmação do nome e data do próximo console, e algumas novidades que justificam a chegada de uma nova geração.