Exit the Gungeon é um jogo desenvolvido pela Dodge Roll e distribuído pela Devolver Digital. O jogo foi lançado originalmente para o Apple Arcade em setembro de 2019, e neste ano no mês de março às versões para Microsoft Windows e Nintendo Switch foram inauguradas. Este título é a sequência de Enter the Gungeon que é uma série “spin-off” de Dungeon Climber.
O enredo continua a jornada dos quatro aventureiros que adentraram o Balabirinto em busca do artefato capaz de apagar o passado. Devido às tentativas simultâneas de outros exploradores em busca da relíquia, o labirinto acabou sofrendo fortes abalos sísmicos em sua estrutura. Agora os quatro aventureiros protagonistas precisam lutar por suas vidas para escaparem do labirinto.
A jogabilidade segue as características de um roguelike. Grande parte do jogo se passa em elevadores de fuga. Cada personagem escolhido para a corrida tem um caminho definido até a última fase mas todos os inimigos e as salas de recompensas são geradas aleatoriamente. Ao decorrer das fases, diferentes “power-up” surgem para envigorar o jogador. A cada morte do personagem, o jogo oferece créditos para comprar armas e itens no salão principal. Durante as corridas, é possível deparar com certos personagens que necessitam ser libertados e se o jogador os ajudar eles podem auxiliá-lo no futuro. O jogador não tem a opção de iniciar as corridas armado por conta do fornecimento aleatório de equipamentos bélicos. Esse fornecimento está atrelado ao sistema de combo que é definido de acordo com o tempo que o jogador fica sem levar dano. Quanto mais tempo o jogador resistir, maior as chances de uma arma melhor ser oferecida ao personagem.
O maior defeito presente na jogatina reside no desbalanceamento na mecânica de geração aleatória. Não importa o número de armas boas que forem compradas sendo que a chance delas aparecerem são ínfimas. Em momentos cruciais nas batalhas de chefe, o jogador pode estar com uma arma laser que inflige um dano absurdo e em questões segundos o jogo mudar por uma pistola que solta bolhas de sabão que nem faz cócegas no inimigo. Os NPCs que oferecem ajuda depois de resgatá-los aparecem aleatoriamente durante a transição de fases. A frequência deles não é equilibrada sendo que parte deles demoram para manifestar sua existência.
A trilha sonora carrega um sentimento nostálgico dos jogos plataforma 16 bit e chega a aliviar um pouco os momentos de tensão. A arte busca trazer esse sentimento de nostalgia também ao elaborar os cenários com traços pixelizados. Esses elementos ajudam a amenizar a frustração que é ver todo o esforço depositado no jogo ser despejado pela dependência de uma roleta mística que define o progresso do jogador. Pode divertir em certas situações, mas investir-lo pode ser desanimador.
PROS:
- Cenários e arte retrô;
- Trilha sonora estilosa.
CONS:
- Geração aleatória desbalanceada;
- Dependência no jogo prover os itens necessários para avançar;
- Encontros esporádicos com NPCs essenciais;
- Ausência de desafio real.
PLATAFORMAS:
- Apple Arcade;
- Switch;
- PC (plataforma analisada, chave concedida pela Devolver Digital).
NOTA: ☕️☕️
Apesar de ter uma estética charmosa e atraente, o jogo não aproveita seu potencial ao basear sua jogabilidade na dependência em sistema de geração aleatória de fases e itens.
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