(As cópias de ambos os jogos foram generosamente concedidas pela CD Projekt Red)
Como discutido aqui no Café recentemente, Witcher foi uma das maiores séries de jogos desta década. Nascida na Polônia, derivada de uma série de livros desconhecida, agora contando com uma série na Netflix, Witcher foi desenvolvido pela CD Projekt Red, uma empresa que, até então, era distribuidora local no país de jogos estrangeiros. Seu maior e mais conhecido jogo, The Witcher 3 – Wild Hunt, chegou no final do ano passado para o Nintendo Switch. Houveram muitos questionamentos sobre o desempenho gráfico do título.
O inimaginável (e pesado) port
Logo em seu lançamento, o jogo rodava solidamente em 540p no modo portátil e 720p no dock com resolução dinâmica ligada à 30 quadros por segundo. Apesar de não dizer muita coisa, devia-se esperar que o título rode no padrão gráfico da sétima geração de consoles, o que corresponde ao PlayStation 3, Xbox 360 e Wii, o que ele sim alcançou, comparando-se a qualidade gráfica do Skyrim original para tais consoles.
O Switch alcançou um resultado surpreendente para sua configuração atual, mas nem tudo foram flores. O jogo chegou com diversos serrilhados, principalmente no detalhamento de personagem e plantas. Em cutscene ou cenas de diálogo, o jogo troca de perspectiva como nos demais consoles, porém há um pequeno, não natural corte de carregamento de cena.
Pouco depois do lançamento houveram vazamentos sobre uma possível atualização gráfica, o que nos deixou curiosos sobre e nos levou a esperar a mesma para realizar a análise – e a atualização, 3.6, veio a chegar com uma porção de novidades.
Primeiramente, a opção de “cloud saves” foi habilitada, permitindo transferir arquivos de progresso de outras plataformas. Importamos em segundos o nosso de PC e não houve um único problema técnico.
O destaque desta atualização foi a customização gráfica, com novas opções de turbinar e adaptar a qualidade gráfica pra preferência do usuário. A atualização estabilizou reportadas quedas de quadros em locais mais movimentados do jogo, diminuiu serrilhados (mas não os tirou completamente), deu opções de tirar desfoque de tela e ligar ou desligar anti-aliasing.
Para os jogadores mais dedicados, chegamos a conclusão sim que Witcher 3 é sim uma edição definitiva com um port invejável. Poucas desenvolvedoras tiveram coragem de mostrar os limites gráficos do console e a CDPR está de parabéns pelo trabalho. Entretanto, não conseguimos recomendar completamente esta edição para qualquer um. A vantagem de jogar Witcher em um console conversível tem um custo alto em quesitos gráficos que nem todos os jogadores conseguirão engolir, mesmo tendo um desempenho surpreendente e não perdendo nada que as outras edições do jogo tem a oferecer. É majoritariamente recomendado a fãs do gênero ou da série que só tem o Nintendo Switch disponível para jogar o jogo OU alguém que verdadeiramente não se importa com gráficos datados e/ou prefere o conforto que o Nintendo Switch proporciona.
O silencioso e surpreendente spin-off: Thronebreaker
Sem nenhum alarde, em 2018, a CD Projekt Red lançou um jogo derivado da série de Witcher denominado Thronebreaker. O jogo foca na jogabilidade de Gwent, o jogo de cartas incluso nos demais jogos, mas inclui combate estratégico e personalizado, construção de exércitos, uma forma completamente nova de explorar o mundo e uma nova história no mundo de Geralt, incluindo nova protagonista. O jogo chegou no começo deste ano para o Nintendo Switch e, graça ao seu estilo gráfico menos pesado, 100% funcional no console.
A história se passa antes da trilogia original de jogos. Thronebreaker é extremamente pesado em lore e te permite chegar a finais diferentes dependendo da forma como você joga e decide o destino dos personagens, considerando a posição política da protagonista. Fazendo inimigos e aliados, a rainha extremamente cativante prende o jogador na história conflituosa e tensa na eminência de uma guerra. A presença de personagens do seu lado podem ser de grandiosa importância para evitar que o jogador suje suas mãos.
A jogabilidade como previamente dita é baseada em Gwent, mas não o é necessariamente. Contando com regras customizadas para diferentes batalhas e cartas que representam coletivas do exército, deve-se alinhar suas defesas e renovar seus ataques frequentemente para não sair devastado do campo de batalha.
O sistema de progressão e construção de exército é de se admirar. Contando com não apenas upgrades de cartas, mas também de campo, que permite carregamento de novos tipos de tropas e atividades, traz boa variedade e diminui repetitividade na campanha de trinta horas.
A animação desse jogo também é incrivelmente bela, com um estilo de arte único acompanhado por trilha sonora digna da franquia.
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