Elden: Path of the Forgotten é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela Onerat e distribuído pela Another Studio para Playstation 4, Nintendo Switch, Xbox One e PC. O jogo buscou trazer os elementos soulslike que se popularizaram nesta última geração com uma estética retrô.
O enredo fala sobre a jornada de Elden em um mundo fantasioso. Ele está sofrendo de depressão por conta de sua mãe ter sido sugada por um portal misterioso. Elden terá que desbravar cenários infestados de monstros inspirados nos contos de Lovecraft para resgatar sua mãe desse mundo obscuro e desconhecido.
A história do jogo é muito inspirado no estilo de narrativa adotado por Fumito Ueda e nas obras de Hidetaka Miyazaki. Nada é explicados diretamente ao jogador deixando um ar misterioso para a trama. Inclusive os locais e eventos são apresentados por uma língua fictícia deixando mais dúvidas no ar. Esses elementos adotados contribuem para manter a curiosidade do jogador sobre o enredo.
O estilo de jogo não foge do padrão estabelecido pela série souls. Durante o combate exige cálculos precisos na hora de esquivar e atacar. Os inimigos mais fracos do jogo infligem muito dano, o que força o jogador a dominar a arte de esquiva e contra ataque. No geral, o jogo não apresenta muita dificuldade com exceção dos chefes de cada fase. O maior desafio do jogo é encarar seus problemas técnicos.
Preocupante a quantidade de defeitos técnicos presentes durante a jogatina. A maioria impossibilita o progresso no jogo. Os principais reside nos inimigos, estes que ficavam com vida infinita ou acabavam presos em algum objeto no cenário. A situação se agravava quando o jogo forçava combates em arena, onde o jogador tinha que limpar todos os oponentes da área para avançar. Era frequente esses problemas aparecerem justamente no último inimigo, o que impossibilitava sair da arena e continuar o progresso no jogo.
Os cenários são simplórios. Não apresentam detalhes informativos sobre o universo em que está situado como nos outros jogos desse gênero. Além disso tem pouca variedade e possui somente três cenários diferentes no jogo inteiro.
A pouca variedade se expressa também na duração do jogo. De primeira é possível terminá-lo em menos de duas horas, o que pode variar é o tempo que cada jogador leva para dominar o combate, mas não é nada impossível de pegar o jeito.
A trilha sonora é bem ausente. Somente aparece durante alguns combates. Na maior parte da jogatina predomina o som ambiente.
PROS:
Enredo misterioso;
Combate estilo soulslike.
CONS:
Problemas técnicos;
Cenários sem graça;
Curta duração;
Pouco desafiador.
NOTA: ☕️☕️
PLATAFORMAS:
Microsoft Windows;
Nintendo Switch (plataforma analisada; chave concedida por Jesús Fabre);
Playstation 4;
Xbox One
Elden: Path of the Forgotten possui uma proposta interessante em trazer os elementos soulslike em uma atmosfera retrô 16 bit, mas os problemas técnicos e a curta duração prejudicam o interesse em investir nessa jornada.
Paper Mario: The Origami King foi um título anunciado do nada com previsão de lançamento muito próxima no final do primeiro semestre de 2020, um ano basicamente interrompido pela pandemia do COVID-19, esta pandemia que afetou drasticamente a produtividade da Nintendo devido a falta de costume da empresa de trabalhar a distância e a política de cuidados maiores aos seus empregados em situações de crise.
O jogo rapidamente chamou atenção de fãs da série e novos jogadores, estes segundos principalmente pela falta de títulos anunciados pelo resto do ano. O mesmo apresentava uma tentativa de voltar à momentos anteriores da série (os últimos títulos foram grandes decepções para os fãs), mas ao mesmo tempo renovar a jogabilidade e trazer uma experiência nova com mecânicas de combate renovadas.
Depois que a série Mario & Luigi nasceu, a Nintendo tentou trazer um maior foco a esta no gênero de RPG que Paper Mario era conhecido por ter. Após Super Paper Mario no Nintendo Wii, a série ficou bem mais casual, focando no contexto de papel e simplificando a jogabilidade. O que acontece é que isso tirou o contexto e o feeling da série, e há anos os fãs aguardam um Paper Mario que verdadeiramente trouxesse de volta seus aspectos de RPG.
Kensuke Tanabe, produtor de Paper Mario, em entrevista, falou sobre como a franquia precisa estar sempre volátil, buscando novas fórmulas de jogabilidade, o que resultou nos últimos títulos sempre estarem mudando (não necessariamente para melhor). Também falou que desde Sticker Star é impossível que personagens novos sejam criados em séries fora a principal, apenas adaptados, limitando um pouco sua gama de trabalho, e de prontidão afirmou que talvez seja difícil agradar fãs que esperam de Paper Mario simples jogos de RPG.
Como de costume, fãs da série entraram em preocupação por tais afirmações. É natural que desenvolvedores busquem experiências renovadas, mas a que custo?
Esta análise foi feita com cópia concedida pela Nintendo.
Paper Mario: The Origami King foi um título lançado no começo de julho de 2020 pela Nintendo e a Intelligent Systems. O jogo é focado em aventura e quebra cabeças, com combate por turnos. Aqui, Mario é acompanhado de Olivia, irmã do maligno rei do Origami Olly (o vilão do jogo), em busca de salvar o reino dos cogumelos da invasão de Origami que converte todo e qualquer ser de papel em origamis com personalidade completamente distorcida. Ao longo do caminho Mario encontra antigos personagens da série, como Luigi e Bowser, assim como novos amigos que roubam a cena nos diversos momentos que aparecem.
Em Origami King, Olly não apenas sequestra a princesa Peach, como a transforma em um origami completamente distorcido e assustador que passa a trabalhar junto do mesmo para transformar todo o reino em um mundo ideal para os origami. Os dois roubam o castelo e colocam cinco muralhas voláteis presas a diferentes lugares do reino. Mario e Olivia devem então viajar para todos os cantos em busca de derrubar cada uma das muralhas e abrir caminho para o castelo e derrubar Olly de uma vez por todas.
Ao se introduzir o objetivo, Mario não poupa tempo (apenas para um tutorial repetitivo e entediante). A história começa em uma Toad Town completamente destruída. Com ajuda de Olivia, Toads e lacaios de Bowser, Mario consegue reconstruir pouco a pouco do reinado que está sendo rapidamente destruído pelos origami. Aí entra a mecânica dos confete e a exploração. O protagonista possui uma bolsa de confete mágico que, ao ser jogado em lugares danificados, pode reconstruir caminhos, construções, passagens e mais.
Por todo o mapa também se encontram toads em apuros – é o reino dos cogumelos, afinal. Um dos objetivos do jogo se encontra em ajudar estes, seja desdobrando eles ou arrancando os mesmos de algum lugar que foram presos. Muitos destes vão ajudar Mario em sua jornada, dando presentes ou abrindo lojas e estabelecimentos que podem ajudar Mario a melhorar suas habilidades, seja por pontos de viagem rápida, loja de itens de combate, ou até coisas para progredir na história. Isto da ao jogador um verdadeiro senso de progresso e da um charme maior além de vida ao mundo que se explora.
O mundo é constituído por grandes áreas abertas exploráveis, onde Mario deve fazer uma série de atividades para seguir adiante. Cada área possui um grande serpentina que serve de muro para o rei do origami, e é o objetivo do jogador derrubar cada uma delas. A história de cada área geralmente é entrelaçada a essa serpentina de forma bem explorada, apresentando personagens únicos mas não novos para os fãs (Toad #5403953409534 tem grande responsabilidade na área e guia Mario e seus amigos por lá). No meio disto tudo, Mario ajuda lacaios de Peach e Bowser como previamente discorrido, lutando contra origamis ao longo do caminho e resolvendo quebra cabeças.
Os puzzles neste título conseguem ser um grande “8 ou 80”. Felizmente o jogo não segura tanto a mão do jogador, mas ainda da uma boa direção do que fazer. Os puzzles do mundo conseguem ser bons desafios ao jogador, incentivando que cada lugar seja bem explorado – porém puzzles também se encontram no próprio combate do jogo, um dos aspectos mais polêmicos de Paper Mario.
O combate é realizado da seguinte maneira – Mario encontra com inimigo origami, batalha por turno se começa. Antes de poder atacar, é necessário que o jogador realize um puzzle. Os inimigos são dispostos ao redor de Mario em uma série de círculos – de forma que Mario deve girar e alinhar (com até três movimentos) para que um bônus de ataque seja disposto e ele possa usar suas armas e habilidades para derrotar os inimigos e prosseguir. Mario ganha moedas, estas que podem ser utilizadas para facilitar os puzzles de combate ou comprar itens ao longo do jogo que são de extrema importância para dar conta de inimigos e situações. O jogo também não possui pontos de experiência, o que para muitos é considerado uma falta de incentivo para o combate.
O problema em si não é a falta de XP, muito menos as moedas. As moedas até funcionam como experiência no jogo, vide os equipamentos de melhoria que podem ser adquiridos com as mesmas e suas diversas funcionalidades – o maior problema no combate encontra-se no puzzle obrigatório. Apesar de serem repetitivos, muitas vezes eles prolongam batalhas que deveriam ser rápidas. Em muitos momentos no jogo Mario é obrigado a abrir caixas ou portas para progredir, mas em várias delas encontram-se inimigos origami. Se descuidar, múltiplos inimigos invadem o campo de batalha, necessitando de múltiplas soluções de puzzle de batalha para os derrotar, o que muitas vezes acaba prolongando batalhas contra inimigos simples que poderiam ser derrubados com 1-hit, mas, devido a falta do bônus de alinhamento, precisam de múltiplos turnos para serem derrotados. Isso tudo faz com que o puzzle de alinhamento fique forçado, um desafio artificial que traz quase zero benefícios para o jogador, algo que na metade do jogo já se tornou algo cansativo e indesejado, levando o jogador a simplesmente fugir do maior número de batalhas possível, salve bosses ou batalhas que envolvem desafios do mundo, principalmente pela abundância de moedas que o resto do jogo o proporciona.
As batalhas contra chefes, por outro lado, são extremamente bem desenvolvidas e possuem um “puzzle de alinhamento inverso”. Aqui, Mario é o lacaio, estando nos anéis e precisando alinhar um caminho (que agora possui obstáculos). É necessário que se planeje a rodada, diferentemente de combate comum, para que não se leve grande porcentagem de dano. Alguns chefes conseguem fazer dano a vida máxima, dando ainda maior preocupação a defesa e recuperação dessa vida antes que seja tarde. Outros conseguem recuperar a vida baseado nos pedaços do próprio corpo que caem no mapa, momento oportuno para Mario usar das artes de dobradura de Olivia para dar dano massivo.
Olivia é uma verdadeira estrela no combate do jogo. Monstros elementais costumam ser encontrados antes dos chefes principais aqui, estes que foram transformados em origami e quando derrotados, permitem que Olivia use transformações nos próprios monstros e dar dano elemental nos inimigos. Além disso, existe uma técnica de dobradura no próprio Mario que o permite que aumente seus braços e use controle de movimento para tanto dar dano massivo nos inimigos quanto abrir caminho nos mapas (Olivia também pode ser usada no mapa).
O jogo também conta com companheiros, previamente comentados, além de Olivia. Cada um possui diferentes funções, geralmente acompanhando Mario em regiões diferentes – Bobby o Bomb-omb, Professor Toad, entre outros – estes que também auxiliam Mario no combate, mas de maneira relativamente simplória. Por outro lado, suas participações na história são verdadeiramente importantes, dando maiores dimensões ao que é contado e maior vida as demais “raças” que existem no jogo.
Os visuais de Origami King conseguem ser uns dos mais bem trabalhados no Nintendo Switch. Os conceitos e texturas de papel e materiais de arte são muito bem representados nesse mundo 2.5D, com uma distinção muito bem feita entre papel e origami. A ambientação do jogo é extremamente rica e variada, com cidades bem construídas e movimentadas, campos ricos e misteriosos e cavernas milenares cheias de perigos. Chega-se a considerar spoiler mostrar algumas das áreas foras dos trailers, então evita-se nesta análise a exibição das mesmas. A trilha sonora também é extremamente bem colocada, dos temas de batalha a temas de personagens e ambientes.
PROS:
Exploração de mundo extremamente rica;
Personagens simples porém marcantes;
Colecionismo;
Visuais e som extremamente bem desenvolvidos;
Mecânicas de dobradura;
Batalhas contra chefes.
CONS:
Puzzles em batalhas contra lacaios;
Repetitividade;
Tutoriais lentos e desnecessários;
Segunda metade do jogo arrastada.
PLATAFORMAS:
Nintendo Switch (chave concedida por Nintendo).
NOTA: ☕☕☕☕
Paper Mario: The Origami King é uma grande melhoria em uma franquia que estava verdadeiramente judiada. Apesar de seus defeitos, o jogo é uma grande experiência no Nintendo Switch, obrigatória para fãs de Mario e jogos de aventura.
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Carrion é um jogo de sobrevivência aterrorizante desenvolvido pelo estúdio polonês Phobia Studio e Distribuído pela Devolver Digital para Nintendo Switch, Xbox One e PC. O chamativo do jogo é a experiência de terror reversa onde o jogador controla a criatura perseguidora.
A história gira em torno de uma criatura misteriosa que estava sendo usada para experimentos na Relinth Laboratories. Quando o monstro se liberta da cápsula de testes, ele vai precisar usar todas suas habilidades para passar por cima dos obstáculos e conseguir sua tão sonhada liberdade.
O enredo pode parecer muito simples, mas com a adição de lembranças do passado ajuda a situar melhor os acontecimentos e até entender as motivações da criatura. Além disso os cenários são bem construídos e cheios de informações adicionais que contribuem para a narrativa.
A jogabilidade é no estilo Metroidvania. O mapa é enorme e interconectado, o que obriga o jogador fazer várias voltas para pegar os itens e habilidades necessárias para destravar cada ambiente do jogo. A criatura possui três tamanhos diferentes. E cada tamanho possui uma habilidade específica. Em certas situações para avançar é preciso fazer um quebra-cabeça que exige aumentar ou diminuir o tamanho da criatura desovando biomassa em poças rosas. Para ganhar massa corporal a criatura precisa comer humanos e a cada indivíduo consumido sua vida aumenta. O ataque padrão é agarrar os inimigos com os tentáculos e levá-los até sua boca. Ao avançar no jogo, a criatura adquire novas habilidades que aumenta as possibilidades de ataque e infiltração.
Quanto a dificuldade do jogo; não tem grandes empecilhos durante a jornada, o fato de estar controlando a criatura devoradora facilita as coisas por conta dos inimigos enfrentados serem na sua maioria humanos. Os momentos mais desafiantes são durante os confrontos com drones e robôs de artilharia, mas mesmo assim não é difícil derrotá-los.
A movimentação da criatura é bem fluída, cada tentáculo tem fluxo próprio, o que dá a sensação de organicidade ao monstrengo. Apesar disso em certas situações os controles embananam quando exige interação com alavancas ou atacar individualmente um inimigo e durante as fugas a câmera fica meio perdida dificultando a orientação do jogador no cenário.
A direção de arte ficou muito boa. Ambientes variados e bem detalhados, atmosfera aterrorizante e clássica com equipamentos e sangue espalhados pelo cenário e os npc’s reagem bem a situação entrando em pânico e buscando locais para se esconder.
A trilha sonora foi composta por Cris Velasco que ficou conhecido por seu trabalho em Darksiders 3 e Resident Evil 7. As composições no geral contribuem para a imersão no clima do jogo, mas nas cenas de ação foi adotado ritmos bem genéricos.
Carrion é um jogo divertido com uma jogabilidade que instiga o jogador a desbloquear novas habilidades para experimentar diferentes investidas nos inimigos. Para os amantes do gênero “metroidvania” é um ótimo título para se aprofundar nos labirintos e explorar cada canto do laboratório de pesquisa.
PROS:
Proposta de enredo interessante;
Mapa e cenário bem trabalhado;
Jogabilidade viciante;
Exploração.
CONS:
Câmera fica maluca em momentos de adrenalina;
Controle dos tentáculos não corresponde aos comandos em certas situações;
Não apresenta muito desafio.
NOTA: ☕️☕️☕️☕️
PLATAFORMAS:
Nintendo Switch;
PC (plataforma jogada, chave concedida pela Devolver Digital);
Xbox One.
Carrion é um jogo divertido com uma jogabilidade que instiga o jogador a desbloquear novas habilidades para experimentar diferentes investidas nos inimigos. Para os amantes do gênero “metroidvania” é um ótimo título para se aprofundar nos labirintos e explorar cada canto do laboratório de pesquisa.
Jogos de ritmo normalmente estão presos a alguns arquétipos, emulação de instrumentos/dança que geralmente precisam de um periférico para serem aproveitados ao máximo (Guitar Hero, Taiko no Tatsujin, Dance Dance Revolution) e os que usam controles tradicionais de alguma forma diferente (Elite Beat Agents, Maestro! Jump in Music, Superbeat: Xonic). Cada método tem suas vantagens e desvantagens dependendo do que a pessoa prefere jogar, mas essa linha sempre existiu claramente.
Spin Rhythm XD é provavelmente a melhor tentativa de mesclar os dois, fazendo uso de controles nativos de computador (mouse e teclado) e oferecendo uma boa gama de customização para diferentes tipos de controles, é impressionante o nível de engenhosidade apresentado nas mecânicas, especialmente quando as notas que acompanham as músicas são cuidadosamente construídas a mão ao invés de serem geradas proceduralmente como vários jogos do tipo.
Sua idéia é simples, há duas cores para notas e uma terceira “batida” que só é usada em nos níveis difíceis para cima. Para as notas coloridas usa-se o mouse para girar a roda e combinar as cores, apenas as notas maiores necessitam de um clique. Giros e notas sustentadas são auto explicativas. A genialidade desse sistema é o quão bem aplicado ele é com as notas e batidas das músicas, é um caso no qual o produto final é maior do que a soma de suas partes, e mesmo não precisando de nenhum periférico o jogo ainda te passa a sensação de que você está tocando um instrumento, o que é algo raríssimo quando se trata desse gênero.
Fora isso, é impressionante o nível de polimento e capricho presente. Apesar de funcionar perfeitamente com mouse e teclado, também há suporte pra alguns aparelhos de DJ MIDI, controles, e inclusive suporte ao sensor de movimento e touchscreen de um DualShock 4. E junto com várias opções de configuração de controles, também há uma impressionante gama de opções de acessibilidade, seja velocidade da pista, intensidade do brilho, efeitos de fundo, cores das notas e dicas visuais. Nenhuma dessas opções afetam negativamente o placar pois elas não alteram a dificuldade do desafio em si, apenas servem para adaptar a interface para algo que o jogador se sinta confortável. Fora das opções também temos uma leaderboard curada sem placares hackeados infestando os primeiros lugares, uma integração nativa com Spotify que te leva diretamente para a música que acabou de jogar se quiser ouvi-la novamente, e várias atenções a detalhes na interface.
Para um produto ainda em desenvolvimento (identificado como Early Access na Steam), o jogo já conta com conteúdo o suficiente para justificar o seu preço com 36 músicas jogáveis (no momento de escrita dessa análise) em 5 níveis de dificuldade diferentes, um modo online com uma rádio que seleciona músicas aleatoriamente para um time de jogadores (de acordo com o desenvolvidor, esse modo ainda será refeito antes do lançamento final do jogo), desafios diários e semanais para quem gosta da competição do dia a dia, e um modo de criação de músicas (que também está sob desenvolvimento atualmente).
Juntando tudo isso, temos um jogo muito bem montado que avança o gênero de ritmo usando nada além de criatividade e excelência em seu design. O jogo ainda está em desenvolvimento ativo e não foi “oficialmente” lançado, mas para uma versão temporária e (teoricamente) incompleta, Spin Rhythm XD é um dos melhores no que faz.
PROS:
Ótima seleção de músicas eletrônicas;
Controles responsivos;
Enorme gama de opções de acessibilidade e customização de controles;
Leaderboard curada com placares legítimos;
Integração com Spotify;
Ótimo preço regional;
Desenvolvedores ativos nos fóruns e constantemente atualizando o jogo.
CONS:
Tracklist constitui-se apenas de músicas eletrônicas, efetivamente desencorajando quem não gosta desse gênero;
Alguns efeitos visuais ainda não podem ser desligados.
NOTA: ☕️☕️☕️☕️☕️
Plataformas:
PC – Steam (plataforma analisada);
Nintendo Switch (anunciado para lançamento em 2020 ainda).
Para quem ainda está em dúvida, minha recomendação para Spin Rhythm é simples: Se você tem o mínimo de interesse em jogos de ritmo e gosta de músicas eletrônicas, ele vale cada centavo. Especialmente com um valor internacional de 20 dólares vindo para o Brasil a 38 Reais. E como um dos poucos fãs dos vários tipos de músicas eletrônicas, essa seleção de 36 músicas já tem MUITO o que me manter ocupado.
A história conta uma conduta inapropriada e predatória por parte de Cuellar nos anos 90 direcionada a adolescentes que participavam no clupe de Southern Hill Golfland, onde faziam certas apostas como “pular na fonte apenas de cueca” por 20~40 dólares. Pouco tempo depois que o tweet foi feito, Joey Cuellar foi posto em licença administrativa enquanto a EVO investigava as acusações, e hoje foi dada a notícia de que Cuellar será removido do time da EVO e completamente desassociado com o evento, nomeando Tony Cannon como novo CEO. Além do mais, o evento será cancelado e reembolsarão todos os jogadores que compraram seus lugares, e doarão uma quantidade equivalente para Project HOPE.
A decisão não é de todo surpreendente tendo em vista que todos os grandes nomes já tinham se retirado do evento.
Ontem o jogador profissional de Smash Bros Troy “Puppeh” Wells postou um link para um TwitLonger intitulado “Minha experiência com Cinnpie”.
No relato, Troy conta que sempre competia em torneios de Smash quando possível, só que constantemente dependia de “carpools” (uma carona organizada entre vários participantes) para ir a eles. Nessas caronas, ele conheceu a streamer e comentarista Cinnamon “Cinnpie” Dunson, e que eram grandes amigos. No verão de 2016, enquanto Troy ainda tinha apenas 14 anos e Cinnamon 24, ela começou a enviar textos de conotação sexual para ele via snapchat e DMs de redes sociais. Nos torneios desse verão, a situação escalou e começaram a ter relações sexuais. Após isso ela constantemente o pressionava para jamais contar para ninguém (termo conhecido em inglês como “gaslighting”) e deletar todas as mensagens.
Cinnpie Dunson não fez nenhuma declaração oficial até o momento de escrita dessa matéria
Dentro de 24 horas, outro jogador profissional de Smash, Zack “Captain Zack” Lauth também postou um TwitLonger acompanhado de “Estou cansado de viver uma vida de mentiras”, onde conta em detalhes os eventos de CEO Dreamland 2017 em que ele teve relações sexuais com outro jogador profissional, Nairoby “Nairo” Quezada (20 anos na época) enquanto Zack tinha 15 anos.
O relato conta em detalhes os eventos e posteriormente Nairoby pagaria Zack pelo seu silêncio, além de pedir que mentisse toda vez que alguma acusação de terceiros surgisse, a última acontecendo recentemente o que provavelmente foi a gota d’água para Zack.
Também não é a primeira vez que Zack está envolvido em uma situação do tipo, em Julho de 2019 outra algo similar aconteceu entre Zack e Elliot “Ally” Carroza-Oyarce, onde os dois também mantiveram relações sexuais, e Zack usou o seu relacionamento para manipular algumas partidas.
Nairo postou uma nota em seu twitter antes de abandonar todas as redes sociais:
Em ambos os casos houveram várias alegações e rumores circulando pela cena profissional muito antes de provas concretas e testemunhos claros aparecerem. O painel de conduta de Smash (@SSBConductPanel) alega estar ciente e monitorando as várias acusações sendo feitas.