Sem nenhum aviso prévio, o jogo Xcom: Chimera Squad ganha um trailer que não só revela o jogo pela primeira vez como também anuncia a sua data de lançamento para 24 de Abril, apenas 10 dias de espera.
A história se passa 5 anos após a vitória de XCOM 2 e tem como conflito central uma Terra unificada entre humanos e alienígenas. Nem todos estão contentes com essa nova aliança, e o esquadrão de elite CHIMERA tem como função conter atividades terroristas. Um jogo de escala menor, porém ainda fazendo uso da jogabilidade de turno icônica da série.
Hoje foi anunciado por Jim Ryan, CEO da Sony Interactive, uma iniciativa para incentivar e ajudar as campanhas de distanciamento social ao redor do mundo pela pandemia de Covid-19. A iniciativa contém dois componentes:
Disponibilizar jogos de graça (uma assinatura de PSN+ não é necessária);
Ajuda financeira para estúdios de jogos independentes.
Para o primeiro ponto, teremos a coletânea com a trilogia de Uncharted e Journey que estarão de graça para “comprar” e manter na sua conta a partir de 15 de Abril as 11:59 PM até 5 de Maio as 11:59 PM. Ao adquirir os jogos, eles estarão na sua conta disponíveis para download até após esse período.
Junto com isso, a SIE abriu um fundo de 10 milhões de dólares para ajudar seus parceiros de desenvolvimento independentes. Mais informações sobre esse segundo ponto, incluindo critérios de participação, serão revelados logo.
Durante esses dias de distanciamento, fãs procuraram por jogos por diversão e descanso. Nós da Sony Interactive Entertainment somos privilegiados por poder trazer esse entretenimento nesse momento. Sabemos que é apenas um pequeno passo e estamos gratos por poder oferecer essa ajuda aos nossos jogadores, comunidades e parceiros.
Após notícias do cancelamento do evento Eletronic Entertainment Expo a ESA, agência responsável pela organização do evento, cogitou uma “E3 digital” coordenada com as várias empresas para que a experiência ainda fosse transmitida por streaming.
Um foco em feedback háptico, como já descrito a previamente, para trabalhar em conjunto com a imersão proposta pelo sistema de áudio revelado por Cerny em sua conferência da GDC;
Em outras palavras, botões que variam resistência de pressão de acordo com a exigência do jogo. Usar um arco e flecha por exemplo, pode ficar mais duro de se apertar o quão mais força o personagem coloca.
Um foco em ter uma bateria com duração maior do que a atual sem aumentar muito o peso do controle;
Terá um microfone embutido no controle de forma que será possível conversar sem precisar de um headset conectado (ainda é recomendado um headset para conversas mais demoradas entre amigos pela qualidade de áudio superior);
O botão de “Share” foi substituído com “Create”. O que a nova função faz ainda será revelado mais para frente, mas se asseguram que contém as funções atuais do Share;
O touch pad e a barra de luz serão mantidos, apesar de que o LED foi colocado do lado do touch pad ao invés de ficar na frente do controle.
Resident Evil 3, criado com a intenção de ter uma jogabilidade mais orientada a ação e lançado após apenas um ano de seu predecessor para não perder o final de geração de consoles. Recepção da mídia e fanbase flutuou entre positiva pelos seus visuais e por um vilão intimidador e negativa pela duração e similaridade com os outros títulos. Resident Evil 3 Remake pode ser completamente diferente ao jogo de 99 em que foi baseado, mas ironicamente pode ser descrito do mesmo jeito.
Como uma continuação, é extremamente difícil julgar o jogo somente pelo que ele é, e não pelo contexto da franquia existente. Como um remake, também há de se considerar como ele se compara ao seu original e se ainda mantém a essência do que o fez famoso. Em ambos critérios, Resident Evil 3 Remake traz coisas boas e ruins na mesma medida.
Como remake
Como dito na introdução, a essência de RE3 foi capturada perfeitamente no que se trata de desenvolvimento e recepção, mas o conteúdo do jogo mudou drasticamente. Várias áreas foram remodeladas ou completamente removidas. O sistema de decisões foi completamente descartado em prol de contar uma história linear e concisa. Como resultado, muitas de suas famosas áreas e puzzles não estão presentes no Remake. Por outro lado, o jogo ainda atinge os pontos principais do que fazia a franquia ser o que é e traz grandes melhorias tanto para Carlos quanto Jill como personagens. RE3R é mais uma reimaginação do que um remake 1:1, o que pode ser um ponto positivo ou negativo dependendo da preferência de cada jogador.
Como continuação
Com apenas um ano de diferença entre um e outro, já era de se esperar que não houvesse muitas mudanças, e realmente não há. Comparado a RE2R, tivemos algumas melhorias como mais variedade em cenários, um combate mais responsivo e uma dificuldade melhor construída. Em contrapartida perdemos um level design aberto que era constantemente revisitado com novas chaves e novas ferramentas, puzzles e backtracking frequentes.
Indo mais em detalhes, variedade em cenários e a mudança em level design são dois pontos que se cancelam, cenários em RE2R se repetiam várias vezes, a delegacia de polícia mesmo é usada por mais de metade da duração do jogo, porém o jogo utilizava isso a seu favor ao trancar várias áreas atrás de chaves ou puzzles. RE3R nunca fica muito tempo no mesmo cenário, entre metrô, para as ruas, para construções ou esgotos, nenhuma seção é tão grande a ponto de precisar ser revisitada repetidamente, o que deixa a exploração mais simplificada (porém ainda essencial) e coloca o combate em um foco maior.
Combate é um dos pontos de contenção para série, até que ponto podemos adicionar elementos de ação sem que se perca a atmosfera de survival horror que é um de seus pilares? Aqui temos provavelmente o melhor balanço entre os dois elementos até o momento, adicionando uma esquiva (assim como seu jogo original possuía) você raramente é encurralado. Posicionamento ainda é importante, mas como os cenários são mais curtos o jogador tem bem menos espaço para se movimentar do que em R.P.D. e é nessa hora que a esquiva realmente se torna necessária. Trazendo uma boa variedade de inimigos, mesmo com essa ferramenta ainda há casos onde evitar combate seja a melhor opção, especialmente para as maiores dificuldades.
Porém, a maior decepção é a completa ausência de melhorias em cima do monstro que te persegue. Do Tyrant para Nemesis não temos nenhuma mudança significativa, seus estágios menores fazem com que as perseguições nunca durem por tanto tempo, mesmo considerando que o Nemesis seja muito mais ameaçador que o Tyrant. Novamente temos uma vantagem e desvantagem que se cancelam.
E por mérito próprio
Seu começo faz algo um pouco diferente do comum, temos uma breve seção em primeira pessoa com a Jill onde o jogo nos habitua no estado mental da sobrevivente de Arklay Mountains. O jogo não demora, porém, para nos jogar no caos, com o Nemesis abrindo perseguição contra a Jill em meros minutos. Um de três eventos completamente scriptados que são amplamente criticados, porém não são muito mais do que cutscenes interativas que servem para realocar os protagonistas entre os vários cenários na duração do jogo.
O foco em ação pode parecer horrível pelo histórico da série, porém sua execução foi quase perfeita na sua duração, sendo apenas um detrimento em poucas seções que limitam consideravelmente as opções do jogador. Suas boss fights reimaginadas também estão facilmente entre um dos pontos mais altos da série, com designs que permitem várias formas diferentes de se movimentar e atacar. A antiga fórmula de ganhar distância e atirar é só uma das várias formas de se enfrentar inimigos perigosos agora.
Seu investimento em rejogabilidade é ainda mais alto que habitual, com uma loja desbloqueada após o primeiro clear que oferece vários itens para jogatinas subsequentes em troca pontos obtidos com conquistas in-game. Além do mais é disponibilizado cinco níveis diferentes de dificuldades onde dois deles completamente altera localizações de itens e inimigos, exigindo uma mentalidade diferente para se completar.
Também temos uma das histórias mais coerentes que a série já entregou. Para muitos a Capcom é conhecida por ótimo gameplay, personagens carismáticos, diálogos piegas ou estranhos e histórias ruins. A história reescrita traz ainda mais carisma para os personagens enquanto aumenta a média de suas interações entre personagens e história, apesar de ainda estarem longe de ser um ponto de foco. As interações de Jill e Carlos tanto entre si quanto separados são um dos pontos altos.
Em suma temas um jogo acima da média, porém não excepcional. Como remake temos vários eventos reescritos, personagens ganharam mais presença, uma reimaginação completa sem destoar muito da essência original. Como continuação temos mais do mesmo com poucas melhorias e decepções que o colocar no mesmo patamar. E no cenário de jogos de 2020 temos um título forte o suficiente para agradar fãs do gênero, mas não tanto a ponto de se destacar entre uma das maiores surpresas do ano.
Project Resistance
Como parte do pacote incluso ao comprar Resident Evil 3 Remake, há também o spin-off multiplayer Project Resistance. Resumidamente, um jogo competitivo assíncrono nos moldes de Dead by Daylight. Temos uma instalação remota com o propósito de testar as várias Armas Bio Orgânicas (B.O.W.) a disposição da Umbrella assim como os períodos de incubação e infecção.
De forma mais prática, temos o time dos Sobreviventes, compostos por 4 personagens seguindo estereótipos clássicos de universitários e um Regente que controla armadilhas e posicionamento de inimigos. Os Sobreviventes tentam escapar da instalação através de 3 fases que o Regente escolhe, enquanto o Regente tem como objetivo impedir isso. Uma partida começa com 5 minutos, cada ação a favor dos Sobreviventes (matar inimigos, resolver puzzles, progredir no mapa) aumenta esse tempo e cada ação negativa (receber dano, morrer) diminui. Quando o contador chega em 0 entra um modo prorrogação de 10 segundos onde cada ação é crucial para estender o tempo (ou acabar de vez).
Como todo multiplayer assíncrono, problemas de balanceamento são extremamente perceptíveis. Partidas entre jogadores de habilidade similares NÃO trarão resultados satisfatórios para ambos os lados. Regente é muito fácil de se aprender e tem uma vantagem palpável em ranks mais baixos, ao mesmo tempo que contra um time coordenado e experiente é simplesmente impossível sem que eles cometam erros crassos.
É um modo extra que dá para se divertir com os amigos, mas não adiciona muito ao valor do jogo. Nada de realmente novo é feito, o que faz com que o modo realmente não se diferencie de nenhum concorrente. Para quem já jogou Dead by Daylight, Evolve, ou Last Year The Nightmare, Project Resistance tem as mesmas falhas.
A parte boa é que para caçadores de conquistas, ele é completamente separado do modo história. Cada jogo tem uma platina própria.
PROS:
Combate fluído e responsivo sem reduzir o survival horror;
Ótimo design para chefes;
Visuais impressionantes;
Foco acentuado em rejogabilidade.
CONS:
Pouquíssimas evoluções em cima de RE2R fazem o jogo parecer mais do mesmo;
Algumas cenas quebram o ritmo do jogo.
PLATAFORMAS:
PlayStation 4 (plataforma analisada, chave concedida por CAPCOM);
PC;
Xbox One.
NOTA: ☕️☕️☕️☕️
“Resident Evil se tornou um dos ícones da indústria de jogos. Tivemos altos e baixos nesse percurso, mas as expectativas sempre são altas para um nome tão forte. Por si só é um ótimo jogo, mas talvez não atenda o patamar que alguns esperam de um Resident Evil. Com sorte, o próximo projeto da Capcom será um pouco mais ambicioso. Quem sabe até um Remake de Code Veronica?
Após o anúncio em Março do ano passado, o quinto título na série Shantae ganha um trailer e uma data para seu lançamento em todas as plataformas. A primeira metade já está disponível na Apple Arcade e a segunda parte chegará gratuitamente para donos da versão de Apple Arcade junto com o lançamento de consoles e PC. No trailer temos uma amostra do que esperar do plataformer icônico.
O jogo chegará para Nintendo Switch, Xbox One, PlayStation 4, GOG e Steam no dia 28 de Maio de 2020, já estando disponível no Apple Arcade.
Ori and the Will of the Wisps, servindo como continuação direta ao jogo de 2015 Ori and the Blind Forest, é um exemplo de como se conduzir uma continuação de um título, ainda mais impressionante sendo de um jogo já bem recebido e com altas expectativas para uma continuação. Will of the Wisps mantém tudo que fez Blind Forest ter tal sentimento positivo pela comunidade e ampliou ainda mais seus horizontes com novas mecânicas que não destoam de sua essência.
Servindo um gênero amplamente ignorado por grandes desenvolvedoras,
Ori traz excelência em maestria em tudo que se poderia esperar em um
metroidvania. Jogabilidade, combate, exploração, movimentação, até áreas que
não são essenciais para o bom funcionamento do gênero como visuais, design de
áudio e história são cumpridos com extrema competência.
Seu design artístico com um 3D emulando um desenho continua tão impressionante e visualmente agradável quanto antes e sua trilha sonora amplifica perfeitamente a emoção e sensação de qualquer área ou seção do jogo; ambos têm uma sutil mas perceptível melhora. Enquanto isso a história continua sendo uma montanha russa de emoções (ainda mais agora com várias subquests espalhadas pelo mundo) e segue bastante nos moldes de Blind Forest. Para quem jogou seu predecessor, é fácil saber o que esperar nesse ponto.
E sua peça central não é exceção quando se trata de impressionar, tendo controles fluídos e responsivos tanto para movimentação quanto combate. Isso fica evidente em seus Santuários de Combate e Provação do Espírito que forçam esses dois aspectos do jogo até seu limite oferecendo uma recompensa por uma ótima execução. Mas isso não necessariamente significa que sejam necessários tais extremos para perceber o nível de cuidado colocado em WotW, vários colecionáveis espalhados por Niwel podem ser coletados antes de ter suas respectivas habilidades liberadas por experimentação e criatividade em usar o que se tem. O maior elogio que se pode ser feito ao level design é a quantidade de rotas e técnicas diferentes que podem ser usadas para superar o mesmo obstáculo. Sua progressão nunca parece estagnante e nunca te entrega tantos poderes a ponto de trivializar seu desafio (ao menos não até os últimos minutos do jogo).
Em suma, Ori and the Will of the Wisps é não somente um excelente título que cumpre tudo o que promete pelo gênero, mas também um exemplo em como se conduzir uma continuação com inovações e melhorias sem perder vista do que fez seu antecessor ser bem aclamado. Sem sombra de dúvidas uma obra prima e um dos jogos mais impressionantes da geração.
Sobre o port de PC
Funciona perfeitamente com exceção de alguns bugs de aúdio corrompido, problema que pode ser resolvido instalando o jogo em um SSD ao invés de HDD. De acordo com os desenvolvedores, um patch de correção está sendo trabalhado para que o jogo funcione corretamente mesmo em HDDs.
PROS:
Controles fluídos e responsivos;
Excelência artística em visuais, áudio e história;
As várias dificuldades servem perfeitamente cada
tipo de jogador;
Combate exemplar para o gênero;
Level design recompensa criatividade e
habilidade do jogador;
Chefes variados e desafiadores.
CONS:
Port de PC tem alguns problemas de otimização, especialmente para áudio;
Certas conquistas estão bugadas e não estão registrando corretamente.
PLATAFORMAS:
PC [Windows Store; Game Pass PC; Steam] (plataforma analisada);
Xbox One.
NOTA: ☕️☕️☕️☕️☕️
Ori and the Will of the Wisps é um dos jogos que eu vi chegar mais perto da perfeição possível. Competente em tudo que faz e sem deixar nada faltando, está na minha lista pessoal de melhores jogos junto com Klonoa”A Door to Phantomile e Dust: An Elysian Tail. Em outras palavras: Meu GotY até o momento.
Foi anunciado hoje pelo time por trás do plataformer The Messenger que estão anunciando uma prequela do jogo explicando a origem do universo. O jogo, chamado de Sea of Stars, será um RPG de turno protagonizado pelas duas crianças do solstício.
O projeto abriu sua campanha de Kickstarter e pode ser contribuído aqui. Suas várias camadas são cobradas em dólares canadenses (CA$1 = R$3,55 no momento que a matéria foi escrita) e como costume contém várias recompensas como uma cópia do jogo, livro de arte digital, papéis de parede, nome nos créditos, etc. A campanha tem como objetivo aproximadamente U$91.000, valor tendo que ser atingido até 18 de Abril (aproximadamente um terço do valor já foi arrecadado).
O jogo está previsto para ser entregue em Março de 2022, chegará aos consoles e PC.
Ano passado tivemos o primeiro Festival de Jogos da Steam, ocorrendo simultaneamente com a TGA19. Demonstrações de vários jogos em desenvolvimento foram liberadas no fim de semana do evento. Agora, a Steam está trazendo a segunda edição com várias builds de jogos que seriam demonstradas na GDC desse ano, canceladas por conta da pandemia.
Os jogos já estão disponíveis para baixar e testar gratuitamente, estarão disponíveis até 23 de Março as 2:00 PM. Para quem gostaria de algumas indicações, temos:
Coberto no último Festival, Spiritfarer é sobre ser um carontes que ajuda qualquer passageiro a completar seus últimos desejos antes de partir. Contendo elementos de metroidvania e gerenciamento de recursos, o jogo pode ser definido como uma mistura entre Ori e Animal Crossing, por mais incompatíveis que esses jogos aparentemente são.
Um jogo de terror onde você É a criatura que aterroriza. Usando vários elementos de metroidvanias em seu design, mas sendo uma experiência completamente diferente em movimentação e combate.
Um jogo de exploração onde seu objetivo é procurar peças e consertar máquinas voadoras. Com um foco na narrativa onde Shane tem que completar seu Teste de Engenheiros ou seguir suas ambições.
Um plataformer 2D centrado em combate e ação. Sua atmosfera lovercraftiana traz inspirações visuais em Castlevania enquanto seu gameplay pode facilmente ser descrito como um Souls-like 2D (apesar de tudo hoje em dia ser comparado com Souls).
Hoje foi anunciado através do Twitter oficial da PlayStation que amanhã as 13:00/1:00PM haverá uma transmissão com Mark Cerny entrando a fundo nos detalhes de arquitetura de sistema. A stream poderá ser assistida através do site https://blog.us.playstation.com/