[Café dos Colonos] – Streets of Rage 2

Streets of Rage 2 é um jogo de briga de rua desenvolvido e distribuído pela Sega no ano de 1992, exclusivamente para o saudoso Mega Drive. A aguardada sequência levou o console ao limite utilizando ao máximo seu processamento 16-bit.

Uma visão geral do quarteto protagonista e dos chefes que irão enfrentar durante o jogo.

A história se passa um ano depois dos eventos do primeiro jogo. Axel e Blaze pediram aposentadoria da polícia enquanto Adam continuou na instituição. Para aproveitar a aposentadoria, Axel virou segurança particular e Blaze passou a dar aulas de lambada. A vida do trio parecia tranquila até Sammy, irmão de Adam, alertar a Blaze que “O Sindicato” retornou com força total e para piorar seu irmão mais velho foi sequestrado pelo próprio Mr. X. No intuito de contribuir na operação de resgate, Sammy se junta a Axel e Blaze e ainda chama o melhor amigo de Adam, Max Thunder, que é um lutador de peso pesado. O quarteto está formado para encarar o vingativo Mr. X e devolver a paz para a população.

Apesar de não trazer a possibilidade de escolha em decisões cruciais da trama como no primeiro jogo, o enredo ficou mais extenso. A duração da campanha é maior e os cenários são mais variados, o que aumenta o escopo do jogo dando uma sensação de aventura ao jogador.

A base da jogabilidade é a mesma do primeiro, portanto neste artigo vou me atentar apenas nas principais mudanças. A principal alteração são os especiais, agora cada personagem tem uma habilidade única. Para limitar o uso de especiais, quando o personagem a utiliza sua barra de saúde diminui de forma considerável. Neste título, foi adicionado o modo batalha que é um espaço onde dois jogadores pode fazer 1×1 nos mesmos moldes de um jogo de luta. Por conta da adição desse modo, o leque de combos de cada personagem aumentou.

O jogo disponibiliza quatro lutadores à disposição do jogador dando bastante opções de combate. Axel e Blaze possuem os mesmos atributos do jogo anterior. Sammy é um lutador ágil, o que facilita a realização de combos de velocidade, mas possui pouca resistência. Max Thunder tem como característica ser um lutador de muita força física e resistente, portanto ele é bem lento deixando-o como alvo fácil para oponentes mais ágeis.

Nesta a sequência, a Sega investiu bem alto por conta do sucesso do original. O potencial do Mega Drive foi levado ao máximo. Os gráficos deram um salto gigantesco, os cenários estão mais detalhados e o número de animações por sprite ampliaram deixando os movimentos de cada personagem mais fluídos. A maior mudança visual que pode ser percebida a primeira vista é seu dimensionamento. O plano de fundo e os intérpretes foram ampliados, o que deixa nítido as melhorias gráficas efetuadas neste título.

Blaze efetuando sua habilidade especial.

Essa é uma das melhores trilhas sonoras compostas por Yuzo Koshiro. Ele estava inspirado nesta sequência e produziu melodias memoráveis, como exemplo a seção do bar no primeiro estágio. O compositor adicionou diferentes gêneros a base idealizada por ele no primeiro jogo. O acréscimo de ritmos “pop” e “jazz” contribuíram no equilíbrio de momentos de tensão e suavidade.

Streets of Rage 2 é o melhor jogo da trilogia original de Mega Drive. Sua ambição em explorar o potencial gráfico do console para expandir os elementos exitosos que fizeram o primeiro jogo sucesso merece ser prestigiado. Essas inovações o faz um título obrigatório de Mega Drive.

Batalha entre Axel e Sammy, Skate no ocidente, no modo “Duelo”.

“O nível de qualidade em todos aspectos beira a perfeição. Não é por acaso que seu reconhecimento como um dos melhores títulos de briga de rua da história”.

PROS:

  • Jogabilidade melhorada;
  • Cenários variados e vivos;
  • -Números de oponentes ampliados;
  • Melhor trilha sonora da franquia;
  • Um dos melhora gráficos do console.

CONS:

  • O enredo mais linear em comparação ao primeiro jogo.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️☕️

PLATAFORMAS:

  • Sega Mega Drive;
  • Sega Game Gear;
  • Playstation 3;
  • Playstation 4;
  • Microsoft Windows;
  • Nintendo 3DS;
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada);
  • Xbox 360;
  • Xbox One.

Sonic (o filme): Chegou a vez do azulão da SEGA estrear nas telonas!

Depois de muita especulação durante a produção e polêmicas quanto ao visual do Sonic, finalmente a longa metragem estreou nos cinemas. Ficou a dúvida se a abordagem da trama seria voltada aos jogos ou seguiria uma linha completamente diferente, o que poderia modificar a identidade do personagem. Para o alívio dos fãs, o filme conseguiu equilibrar elementos referentes aos jogos e novidades para instigar novos públicos.

Sonic deslizando em alta velocidade.

O enredo é bem familiar para quem acompanhou a série animada do Sonic X. Sonic foi criado em outro universo. O lugar remete a Ilha do Sul, palco do primeiro jogo do ouriço para Mega Drive, onde nas primeiras cenas ele corre pelos trechos conhecidos da Green Hill Zone. Como o personagem é visado por conta de sua capacidade de correr na velocidade do som acabou fugindo de seu mundo. Durante a fuga, ele utilizou o icônico anel dourado, que diferentemente dos jogos, é utilizado para atravessar diferentes universos ao invés de ser um medidor de vida. Ao chegar na terra acaba chamando muita atenção por conta do seu poder oculto, o que despertou o interesse do cientista maluco, Ivo “Eggman” Robotnik, em utilizá-lo nos seus experimentos científicos. Para encarar as investidas do doutor, o Sonic vai contar com ajuda de um policial do interior nessa empreitada.

A trama teve bastante influência no filme “Detetive Pikachu” que foi lançado no ano passado. As animações computadorizadas são bem realizadas e o roteiro foca na interação entre o personagem humano e o fictício. A atuação do policial soou de forma natural ao contracenar com o Sonic tornando possível crer na existência real do ouriço azul. Ao analisar a atuação do Sonic, não fugiu muito do comportamento radical e descolado que adotou nos últimos jogos da franquia. A atuação do Jim Carrey como Robotnik ficou plausível ao personagem. O ator soube utilizar seu estilo cômico com o comportamento megalomaníaco, o que rendeu boas cenas de humor durante o filme.

A melhora visual do personagem ficou bem aparente nesta cena pós-combate.

O único defeito do filme não foi ter aproveitado a vasta discografia da franquia. Somente em momentos bem específicos tocou uma melodia ou outra familiar. Grande parte da seleção musical utilizada foi composta por canções licenciadas de pop e rock. Seria proveitoso investir nas canções do Crush 40 que tiveram uma longa contribuição na produção das trilhas sonoras dos jogos 3D do ouriço.

No geral, vale a pena a ver o filme. A produção consegue cativar tanto os fãs de longa data quanto os jovens que tiverem seu primeiro contato com o personagem. A obra deixa uma marca positiva e dá indícios para futuras sequências que se forem bem manuseadas pode render um futuro frutífero ao ouriço azul nas telonas.


FRAMEWORK de Efilheim é meu álbum favorito do ano

Este é um pequeno momento que eu gostaria de tirar, pessoalmente, para falar sobre o quão astral foi minha experiência com FRAMEWORK de Efilheim, produtor musical francês que lançou esta semana seu mais novo álbum, FRAMEWORK.

Efilheim é um produtor de synthwave francês que iniciou sua carreira com o EP “Dehumanized” pela Electunes Records, seguido de outro álbum pela label Adeptus Minor.

Seu estilo de produção almeja o estilo de trilhas sonoras de filmes de 1980. Sua estética é inspirada de muitos animes de ficção científica, tal qual Cowboy Bebop, meu absoluto favorito, além de trilhas sonoras de videogames da década previamente mencionada, o que levou ele a alcançar o resultado retro futurista, popularmente conhecido como o gênero synthwave, pelo menos musicalmente falando.

Seu mais novo álbum, FRAMEWORK, é uma viagem leve, porém num ritmo animado pelo melhor do retro futurismo. Seu objetivo é trazer uma aproximação bem mais madura ao gênero, como um cyberpunk vibrante, misturando o que é conhecido como retro-outrun e hi-fi chillwave, com uma adição sutil de guitarras distorcidas e contrabaixo elétrico moderno, tudo dirigido por uma percussão melódica.

Este álbum veio num momento muito especial pra mim, pois estava saturado dos gêneros que eu gosto, em especial synthwave. Trazendo todo esse frescor diurno do outrun, senti mais liberdade de voltar ao gênero, que no meu repertório recente estava muito pesado. A forma como Efilheim aborda o mesmo com uso excessivo de efeitos especiais característicos do hi-fi chillwave brilhantemente produziu uma obra única que me cativou fortemente em suas 10 músicas, com diversas referências culturais ao cyberpunk suburbano e quente.

FRAMEWORK foi lançado dia 22 de novembro e recebemos uma cópia para análise numa data prévia. Para acesso digitalmente e fisicamente, seguem links a seguir:

Nos links acima você também pode conhecer os demais títulos de seu trabalho que são tão incríveis quanto. Efilheim é um poderosíssimo artista que nos procurou pessoalmente para conhecer seu trabalho, e eu venho pessoalmente dizer o quanto tudo que ele fez é incrível. Recomendo absolutamente e aguardo ansiosamente pelo que pode vir a seguir.


Toby Fox anuncia composição para Pokémon Sword e Shield

Foi anunciado no perfil de Toby Fox no Twitter, criador de Undertale e compositor de Little Town Hero, que este também compôs uma música não anunciada para Pokémon Sword e Shield.

A música vazou no YouTube e pode ser encontrada também nas redes sociais.

(Não divulgaremos por razões de direitos autorais)


Phoenix é a música do mundial de 2019 de League of Legends! #Worlds2019

Destrua a dúvida e enfrente o futuro. Phoenix (com Cailin Russo e Chrissy Costanza) é a música do mundial deste ano de League of Legends e chegou acompanhada de um belíssimo video clipe.

“Phoenix”
Artistas: Cailin Russo e Chrissy Costanza
Composição por: Alex Seaver (Mako) e Equipe Musical da Riot Produção por: Equipe Musical da Riot e Alex Seaver (Mako) Produção adicional por: Scott “Noisecastle III” Bruzenak
Versos mixados por: Eric J
Mixagem de refrão e ponte por: Tony Maserati
Mixagem adicional de refrão e ponte por: Alex Seaver (Mako) Masterização por: Scott Sedillo, da Bernie Grundman
Vocais: Cailin Russo e Chrissy Costanza
Solo de violoncelo por: Tina Guo

O video clipe veio acompanhada da letra oficial, que segue:

O que está disposto a perder?
Você cobre suas feridas, mas sob elas Milhões de vozes sussurram “Pare agora”
Quanto mais sal na ferida, mais ela arde
Está tudo em sua mente, lutando contra você Prepare-se, a tempestade chegará
E então, jovem… O que fará agora?
É seu reflexo tentando te derrubar
Você morrerá hoje ou sobreviverá?
Dome o monstro em sua mente e voe
Voe, Fênix, voe
É hora de um novo império
Deixe o passado para trás e supere seus limites
Voe, Fênix
Agora você está brincando com fogo, renascendo das cinzas
Logo abaixo, milhões de vozes na multidão gritam “Pare agora”
Deixe-os engolir o próprio orgulho e concentre-se em quem acredita em você
Eles estão ao seu dispor, você está no controle
O que fará agora?
É seu reflexo tentando te derrubar
Você morrerá hoje ou sobreviverá?
Dome o monstro em sua mente e voe
Voe, Fênix, voe
É hora de um novo império
Deixe o passado para trás e supere seus limites
Voe, Fênix

Para saber mais sobre o Campeonato Mundial de League of Legends 2019, acesse http://br.lolesports.com/.


Sayonara Wild Hearts — Quando Garotas Mágicas encontram Synthwave

Sayonara Wild Hearts foi um incrível shadowdrop. O jogo chegou junto do Apple Arcade nesta quinta-feira, 19 de setembro, e nós do Café não perdemos oportunidade. Ele é um jogo de arcade sobre dirigir motos, andar de skate, lutar dançando, atirar lasers, lutar com espadas e quebrar corações a 200km/h.

A nossa protagonista é uma jovem de coração partido cuja tristeza desequilibra o universo e é responsabilizada de proteger e salvar o mesmo. Uma borboleta de diamante aparece em seus sonhos e a leva para uma estrada nos céus onde ela encontra sua outra pessoa, ou sua persona: uma motociclista mascarada chamada The Fool. Ao longo de sua jornada, ela, representada por diferentes arcanas do Tarot, entra em combate com outras pessoas, representadas por arcanas de Tarot. Uma vez que ela assume uma arcana diferente, ela é transformada ao estilo de “garota mágica” e ganha poderes e veículos diferentes.

O jogo conceitualmente é simples: um runner/rhythm game que pega combate e aventura por QTE e faz absoluta mágica. Ao longo do mapa você encontrará, além de obstáculos e inimigos assassinos, fragmentos de coração que aumentam sua pontuação, esta que ao final de cada fase lhe dará um determinado rank. O jogo com isto se torna bem arcade, aumentando consideravelmente o fator rejogabilidade.

A velocidade com que esse jogo se apresenta é assustadora, por vezes incomoda. Tudo acontece muito rápido e para digerir tudo que lhe é apresentado você provavelmente vai ter de rejogar as fases… o que não é um problema, visto que cada uma consegue ser única e gostosa de jogar.

O design desse jogo também é absolutamente perfeito, junto de sua trilha sonora. Toda a estética retrofuturista ao som de músicas synthwave compostas por Daniel Olsen e cantadas por Linnea Olsson combina perfeitamente e geram uma imersão profunda ao jogador, independente se este esteja jogando portátil ou na TV.

Cada fase aborda um tema diferente de retrofuturismo o que é mais que louvável. De realidade virtual a corridas outrun a lobos assassinos, os fãs do gênero sairão mais que satisfeitos desse título.

Além de uma temática excepcionalmente bem aproveitada, a gameplay é tão densa e variada quanto. Cada fase te dá uma habilidade de combate nova que apesar de ser utilizada em Quick Time Event (QTE), é bem colocada e compatível com o gênero, não uma quebra de gameplay.

Prós:

  • Temática perfeitamente utilizada e explorada;
  • Trilha sonora absurdamente bem colocada;
  • O melhor QTE em um video game;
  • Mecânicas de runner e rhythm fundidas com maestria.

Cons:

  • Algumas missões acabam rápido demais.

Nota: ☕️☕️☕️☕️☕️/5

Plataformas:

  • PS4
  • Nintendo Switch
  • Apple Arcade (iOS [plataforma analisada], iPadOS, Mac e tvOS)

Em geral, Sayonara Wild Hearts pode ser completado em 4 horas, mas pode ser rejogado ao contentamento do coração. Como um jogo anunciado pela Annapurna há algum tempo com uma grande ambição, saímos mais que satisfeitos desse projeto e o consideramos um título agora ESSENCIAL para o gênero.