Guilty Gear Strive – O melhor álbum (com o melhor minigame)

https://youtu.be/6s13zCCY50U

Guilty Gear tem uma história e tanto na FGC, um jogo de luta com visuais inspirados em estética anime e que serviria de base para um subgênero inteiro nos jogos de luta caracterizados pela rapidez do combate e opções únicas de movimento como air dashes. Apesar de sua influência, o jogo sempre foi considerado um kusoge pela sua fanbase. Em outras palavras, um jogo quebrado e desbalanceado, mas divertido de se jogar. Com o passar do tempo a Arc System Works foi melhorando sua expertise em jogos de luta para obter um polimento e balanceamento melhor, mas antes que pudessem evoluir a série houve problemas com os direitos autorais da série por causa de um acordo legal mal-feito. Após muito tempo eles conseguiram os direitos da franquia de novo e retomaram de onde pararam.

-STRIVE- é um grande passo para a série onde reinventa vários conceitos do gênero e até mesmo da sua própria série, mas continua com as mesmas ambições de seu lançamento: ser um jogo de luta com estética anime que fosse tão cinemático quanto complexo com uma trilha sonora inspirada por metal dos anos 70~80. Dentro da fanbase até se brinca que Guilty Gear é “uma banda de metal que usa um minigame para divulgar seus álbuns”, e tal fama existe pela qualidade soberba de suas trilhas sonoras. De forma resumida, Strive ainda é um Guilty Gear em alma e nome. Combate, trilha sonora, estética e espetáculo, em muitos aspectos é o pico da série até o momento. Nem tudo está perfeito ainda, mas pelo menos estão com um balanço positivo.

Começando pelas falhas, e a maior entre elas: sua interface. Apesar de esteticamente se manter ao tema, ligar o jogo demora dentro de 5 a 7 minutos para se conectar aos servidores. Após isso é mais uma espera de 5 minutos para entrar nos modos online. Depois dessa espera ainda poderá ter problemas com os lobbies que as vezes não conectam os jogadores em uma partida corretamente e é resetado a cada vez que seu rank sobe ou desce. Isso também não pode ser mitigado em partidas casuais ou com amigos, tendo em vista que o jogo não tem um sistema de convite para amigos e encontrar salas especificas requer um tanto de criatividade e coordenação. Até chegar em uma partida, Strive é extremamente frustrante.

Sua segunda grande falha e falta de conteúdo single-player significativo. É difícil recomendá-lo para quem não gosta do aspecto competitivo do gênero. Há um modo história que é basicamente uma temporada de anime com 9 episódios totalizando um pouco mais que 4 horas de duração, não é entregue quaisquer conceitos ou recapitulações para habituar novatos ao mundo de Guilty Gear. O jogo conta com um codex com breve resumos de terminologia e eventos passados, mas o pacote como um todo não é sensacional que valha a experiência toda. O modo história é um adicional legal para quem acompanha a série e até mesmo quem gosta de animes no geral, mas não agrega muito no valor do jogo como um todo. O modo arcade se resume a 7 lutas contra personagens controlados pelo computador, e um chefe que usa um personagem modificado com mais vida, mais dano, invencibilidade em vários golpes e leitura de inputs. Não é exatamente uma experiência amigável para novatos e nem sequer divertida para veteranos, é uma luta que exige um estilo de jogo completamente diferente e que jamais funcionaria em uma partida normal. Por fim temos o modo missão que explica todas as mecânicas do jogo. Seus temas são abrangentes o suficiente para abordar tudo necessário sobre o jogo, porém a explicação talvez não seja a mais amigável para iniciantes. A vantagem é que o tutorial de fato só cobre o básico e depois faz uma calibração automática para te colocar no andar certo, então ele não é intimidador de início. Mas para quem gostaria de se aprofundar e aprender, Strive é enganosamente complicado. Perfeitamente possível de se aprender, mas não tão simples quanto dizem.

Partindo para seus pontos fortes agora, a primeira coisa que precisa ser realçada é seu netcode excelente. Um jogo de luta é extremamente dependente de reações e do competitivo, Strive permite achar partidas estáveis através de continentes com pouco ou quase nenhum lag. Combinando isso com o recente pico na popularidade ele realmente se torna um jogo ótimo para iniciantes pois todo nível de habilidade é garantido encontrar partidas juntas. Independente de quão bom ou ruim cada um se veja, alguém no mundo está na mesma situação, e ao jogarem juntos é uma rota sem fricção e divertida para se melhorar. Guilty Gear Strive é um jogo extremamente acessível sem sacrificar sua complexidade, um balanço raríssimo de se encontrar. O modo treino contém várias opções permitindo testar várias possibilidades e até mesmo gravar seus próprios combos para treinar em repetição caso seja necessário. Há opções para treinar contra-ataques, okizeme, frame traps e muito mais. Tudo de forma intuitiva para que mesmo quem não conheça esses termos irão usar essas funções mesmo sem perceber.

E é claro, Strive não decepciona no espetáculo também. Provavelmente o jogo de luta mais bonito até o momento, com um 3D especializado que trazem a estética anime de uma forma natural e dinâmica. Assistir uma partida de torneio é como assistir uma luta de shounen ao vivo, com incríveis efeitos especiais e animações claras e bem trabalhadas. Tudo isso com uma das trilhas sonoras mais marcantes da série, com novos temas para seus 15 personagens especiais refletindo sua história até o momento. A insanidade de Faust, a dualidade de Milia, a agonia de Zato=1, as claras inspirações em MPB para representar a novata brasileira Giovanna, e até mesmo a contradição de May com uma música de idol em moldes de metal.

Para esclarecer, deixo uma tier list dos temas de personagens do jogo.

Em suma, Guilty Gear -Strive- é uma das melhores experiências que se pode ter competitivamente com um jogo de luta no momento. Para amantes de multiplayer que estão cansados da dinâmica de times de MOBAs e jogos de tiro não há hora melhor para tentar sua chance em um modelo 1 vs 1. Porém seu conteúdo single player ainda deixa a desejar, não há nada que justifique uma compra se não for para aproveitar suas partidas online ou versus local.

PROS:

  • Excelente trilha sonora. Marcante, expressiva e muito bem utilizada;
  • Tão boa que merece dois pontos em “pros” dedicado a ela;
  • Visualmente deslumbrante;
  • Jogabilidade muito bem executada;
  • Tem uma camada inteira de complexidade para entusiastas do gênero;
  • Netcode ótimo permite partidas ao redor do mundo sem lag.

CONS:

  • O sistema de lobbies para ranqueadas ou para amigos é péssimo;
  • Pouco conteúdo single-player;
  • Um dos piores chefes finais que o gênero já viu;
  • Apesar de ser um título “introdutório” para a série ainda não é o melhor para um iniciante;
  • Navegar entre os menus é excessivamente lento.

PLATAFORMAS:

  • PC – Steam (Plataforma analisada);
  • PlayStation 4/5.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️

Sou o primeiro a admitir que estava muito cético com GG Strive pelos primeiros anúncios. O gênero estava em areia movediça com a teimosia das desenvolvedoras a aceitarem a importância da infraestrutura online, com a metodologia errada para chamar uma audiência nova, e um foco em eSports por um ângulo errado. O gênero precisava desesperadamente de uma evolução e não era uma tão complicada. Indies como Them Fighting Herds, Power Rangers Battle for the Grid ou Fighting EX Layer todos tomaram esses passos primeiro e começaram a atrair atenção, já passou do tempo que as produtoras AAA tomassem algumas notas. Guilty Gear Strive é de longe o meu favorito da série e provavelmente entra no meu top 5 do gênero, mas ainda não é o melhor que eu joguei nem o meu favorito pessoal. Arc System Works ainda pode melhorar, há sistemas dos primeiros BlazBlue que foram aplicados melhor do que Strive, e eu ainda espero ver um jogo deles que combine a melhor parte de todos seus projetos. E por fim:

Arc System Works sabia que não podia mudar o lobby a tempo, então ao invés de refletir sobre si mesmos, eles escolheram culpar a pandemia.


Daigo Umehara é internado com quadro de Covid-19

O jogador responsável pelo lendário “Evo Moment 37” havia avisado que foi diagnosticado com Covid-19 no dia 6 de Maio e estaria começando o tratamento de casa imediatamente. Após um tempo sem notícias, o jogador Keita “Fuudo” Ai avisou a todos que Daigo havia sido internado com pneumonia mas já está recuperando, apesar de estar de repouso.

Fuudo ecoou o sentimento da comunidade em desejar uma recuperação rápida e segura enquanto agradece os médicos pelo trabalho duro. Daigo ainda está ativo na comunidade, participando até de torneios recentes como a CPT Japão 1 onde chegou em sétimo lugar. Daigo também detém o recorde de Guiness de jogador com maior sucesso em torneios de Street Fighter, além de ser invicto em uma FT10 até hoje.


Pocket Bravery abre a campanha de financiamento

Hoje (11 de Maio) começa a campanha de financiamento para o jogo de luta Pocket Bravery, feito pelo estúdio Statera, fundado pelo brasileiro Jonathan Ferreira e amigos internacionais em 2020 e trabalhando de forma completamente remota desde sua concepção. Após publicar Guns ‘n Runs o próximo projeto do time é um jogo de luta inspirado nas mecânicas e estéticas de Street Fighter e King of Fighters clássicos. O jogo conta também com uma build de alpha disponível para o público através da Steam.

O objetivo inicial é 20.000 dólares / 104.486 Reais, com metas extras incluíndo modo história, port para celulares, mais personagens e outros. É possível contribuir para o projeto a partir de um dólar (5 Reais), e uma chave na Steam para o jogo a partir de 20 dólares (104 Reais). O jogo está planejado para lançamento em Outubro de 2022.


Guilty Gear Strive – Segundo período de Open Beta anunciado

Hoje foi anúnciado o segundo período de teste aberto para Guilty Gear -Strive-. O Beta estará disponível para download 7 de Maio ao meio dia na PlayStation Store e estará disponível para jogar desde o dia 14 de Maio (Sexta-feira) até dia 16 de Maio (Domingo) ao meio dia. Crossplay estará habilitado entre PlayStation 4 e PlayStation 5.

Personagens jogáveis

Mudanças confirmadas

O lobby foi modificado para conter estações de batalha demarcadas e melhor visibilidade. Também terá opções de revanche para melhor de 3 no modo ranqueado e revanche ilimitada no Open Park.

Mudanças de balanceamento também foram feitas como pulos mais curtos, mais recuperação após um ataque aéreo, ➞+P teve seu dano e hitbox ajustado em todos os personagens para funcionar como um anti-aéreo mais consistentemente, e outras mudanças menores individuais de cada personagem. Dentro das partidas também será informado o Ping e Rollback Frames, informações importantes caso seja necessáriom contatar o suporte para erros durante a partida.


CPT 2021 – Japão 1 – Resultados e dados de uso

Street Fighter V voltou para mais uma temporada de torneios supreendendo a todos. Yoshinori Ono havia anúnciado que a Capcom iria lançar conteúdo para o jogo até 2020, e devido a péssima impressão que as primeiras temporadas deixou em todo mundo, era assumido que Street Fighter 6 chegaria logo depois disso. Não se sabe exatamente o que levou a Capcom a extender SFV por mais um ano, de acordo com rumores houve problemas no desenvolvimento de Street Fighter 6 e essa termporada foi criada para “tapar buraco” até o jogo estiver polido e bem recebido.

Contudo, independente dos motivos que levaram a essa temporada surpresa, a adição de uma nova mecânica defensiva e balanceamento de personagens foi entre as mais bem recebidas da história do jogo de acordo com o último update dos desenvolvedores. Agora que o jogo foi posto ao teste do torneio competitivo, podemos ter uma idéia como essas mudanças funcionam na prática.

Resultados

Kenryo “Mago” Hayashi foi o vencedor em uma final contra Hajime “Tokido” Taniguchi. Mago veio pela chave dos vencedores e ganhou a Grande Final sem Tokido resetar. As partidas tiveram momentos intensos com destaque a uma reação de Mago para uma ombrada EX de Urien, uma jogada extremamente difícil e que muitos nem sabiam ser possível. (Aos 4:04:25)

A grade dos Top 16 ficou:

ColocaçãoPatrocinador ou time / JogadorPersonagens usados
1GyoGun / MagoCammy
2Rohto / TokidoUrien
3Victrix|MomochiRyu, Seth
4HB|KawanoKolin
5DNG|John TakeuchiCody, Rashid
5DNG|Itabashi ZangiefAbigail, Zangief
7BST|FuudoPoison, Birdie, R. Mika
7BST|DaigoGuile
9BC|TachikawaPoison
9BonoLaura
9GyoGun|MizuhaKolin
9iXA|StormKuboAbigail, Dan
13GyoGun|MokeRashid
13FuuzinkenJuri, Sagat
13NaooonnAkuma
13CrusherBirdie

A estado do meta jogo atual

Street Fighter V conta com 41 personagens no momento, com a Rose sendo lançada amanhã e aumentando esse número para 42. Desses 41 personagens, apenas 5 não foram usados durante o Top 64 do CPT21 Japão 1: E. Honda, Zeku, Ibuki, Lucia e Alex. O jogo está extremamente diversificado com vários personagens viáveis competitivamente. Cammy continua tendo uma presença fortíssima com 6 jogadores como sua personagem principal e 1 como backup. Depois disso tivemos 4 Uriens (mais um como backup), 4 Ryus e 4 Chun-lis. Dos personagens que não foram escolhidos, Honda, Zeku e Ibuki são considerados fortes em várias tier lists feitas por jogadores profissionais mesmo não tendo representação durante esse Top 64.

idoms tier list 😳 thoughts? : StreetFighter
Tier list de iDom, ganhador da Capcom Cup 2019

O próximo torneio será 1 de Maio na América Central, os torneios serão todos online devido a pandemia. As seletivas do Brasil ocorrerão dia 29 de Maio.


Streamer de Mortal Kombat é acusado de fraude em Money Match

O streamer BomberLoreal, conhecido internacionalmente na cena de MK, foi ontem acusado de fraude em uma partida FT10 valendo dinheiro. O caso foi exposto em detalhes pelo jogador GBRibeiro4 com provas e prints em uma thread no Twitter.

De forma resumida, foi marcada uma FT10 (First To 10, vence quem ganhar 10 partidas primeiro) valendo 100 reais para o vencedor entre BomberLoreal e GBRibeiro4, porém nessas partidas o jogador profissional GustavoPage estava na conta de Bomber e jogou em seu lugar, vencendo a Money Match para Bomber que cobrou a aposta imediatamente, mesmo após protestos de Gustavo.

Até o momento, Shodown Gaming, o time de Bomber e um dos maiores nomes da FGC Brasileira, anúnciou a rescisão do contrato com Bomber. A Kombat Klub (organização de torneios oficiais) também cortou todas relações com Bomber e assegurou levar a sério quaisquer casos similares pois isso prejudica a reputação e credibilidade da cena como um todo.

Quanto a GustavoPage, a Kombat Klub disse que irá avaliar punições e sanções para todos envolvidos, mas ainda não anunciou nada publicamente sobre ele. Seu time, a Guaru Fighters, disse que irão cumprir a decisão da Kombat Klub quaisquer que seja.


EVO é cancelada após alegações contra organizador do evento.

Em uma onda de acusações que vem varrendo a indústria de jogos, recentemente tivemos várias alegações de abuso dentro da cena profissional de Smash Bros, e agora outra direcionada ao organizador do Evolution Championship Series (EVO), Joey “Mr Wizard” Cuellar.

https://twitter.com/PyronIkari/status/1278535379214307328

A história conta uma conduta inapropriada e predatória por parte de Cuellar nos anos 90 direcionada a adolescentes que participavam no clupe de Southern Hill Golfland, onde faziam certas apostas como “pular na fonte apenas de cueca” por 20~40 dólares. Pouco tempo depois que o tweet foi feito, Joey Cuellar foi posto em licença administrativa enquanto a EVO investigava as acusações, e hoje foi dada a notícia de que Cuellar será removido do time da EVO e completamente desassociado com o evento, nomeando Tony Cannon como novo CEO. Além do mais, o evento será cancelado e reembolsarão todos os jogadores que compraram seus lugares, e doarão uma quantidade equivalente para Project HOPE.

https://twitter.com/EVO/status/1278859734099963904?s=20
https://twitter.com/MrWiz/status/1278846403716866048?s=20

A decisão não é de todo surpreendente tendo em vista que todos os grandes nomes já tinham se retirado do evento.


Comunidade profissional de Smash Bros é abalada por acusações de crimes sexuais

Ontem o jogador profissional de Smash Bros Troy “Puppeh” Wells postou um link para um TwitLonger intitulado “Minha experiência com Cinnpie”.

https://twitter.com/PuppehSSB/status/1278335061243441157?s=20

No relato, Troy conta que sempre competia em torneios de Smash quando possível, só que constantemente dependia de “carpools” (uma carona organizada entre vários participantes) para ir a eles. Nessas caronas, ele conheceu a streamer e comentarista Cinnamon “Cinnpie” Dunson, e que eram grandes amigos. No verão de 2016, enquanto Troy ainda tinha apenas 14 anos e Cinnamon 24, ela começou a enviar textos de conotação sexual para ele via snapchat e DMs de redes sociais. Nos torneios desse verão, a situação escalou e começaram a ter relações sexuais. Após isso ela constantemente o pressionava para jamais contar para ninguém (termo conhecido em inglês como “gaslighting”) e deletar todas as mensagens.

Cinnpie Dunson não fez nenhuma declaração oficial até o momento de escrita dessa matéria

Dentro de 24 horas, outro jogador profissional de Smash, Zack “Captain Zack” Lauth também postou um TwitLonger acompanhado de “Estou cansado de viver uma vida de mentiras”, onde conta em detalhes os eventos de CEO Dreamland 2017 em que ele teve relações sexuais com outro jogador profissional, Nairoby “Nairo” Quezada (20 anos na época) enquanto Zack tinha 15 anos.

O relato conta em detalhes os eventos e posteriormente Nairoby pagaria Zack pelo seu silêncio, além de pedir que mentisse toda vez que alguma acusação de terceiros surgisse, a última acontecendo recentemente o que provavelmente foi a gota d’água para Zack.

Também não é a primeira vez que Zack está envolvido em uma situação do tipo, em Julho de 2019 outra algo similar aconteceu entre Zack e Elliot “Ally” Carroza-Oyarce, onde os dois também mantiveram relações sexuais, e Zack usou o seu relacionamento para manipular algumas partidas.

Nairo postou uma nota em seu twitter antes de abandonar todas as redes sociais:

https://twitter.com/NairoMK/status/1278710547354136576?s=20

Em ambos os casos houveram várias alegações e rumores circulando pela cena profissional muito antes de provas concretas e testemunhos claros aparecerem. O painel de conduta de Smash (@SSBConductPanel) alega estar ciente e monitorando as várias acusações sendo feitas.


Melhores dos 10s – Super Smash Bros. Ultimate

É difícil definir tudo o que a série Super Smash Bros. é e engloba em uma única frase. Desde sua concepção inicial, já se tinha um conceito fora do que era esperado lá em meados dos anos 90. De personagens aleatórios poligonais para famosos personagens já queridos da Big-N, Super Smash se moldou com os anos de acordo com seu contexto, seja temporal ou competitivamente.

Muito do conceito da série se deu pelo console em que nasceu, o Nintendo 64, que era famoso por seus multiplayers locais com até quatro amigos. As quatro entradas para controles que já eram padrões do aparelho só reafirmavam seu foco em multiplayer, tendo quase como padrão em seus jogos a necessidade de um modo até quatro jogadores. Instantaneamente dentro desses moldes, Super Smash Bros. para Nintendo 64 se formou como um excelente party game tal como Mario Party, Mario Kart 64, F-Zero X, entre outros.

Com a mudança para uma nova plataforma, o Nintendo GameCube, foi possível pegar toda a ideia inicial da série Super Smash e realmente ampliá-la. Com um console mais potente e controles mais robustos, Super Smash Bros. Melee era rápido, expansivo e competitivo em outro nível. Aqui podemos ver as primeiras ideias do que no futuro seriam os Echo Fighters, adição de personagens bastante desconhecidos no ocidente (Marth e Roy), Pokémon podendo ser “invocados” por Pokébolas e muito mais estágios!

Mas apesar de tantas adições, a comunidade competitiva se moldou de formas diferentes daquelas que eram padrões do game em si. Diferente de jogos de luta tradicionais em 2D, onde ao máximo se configura o tempo das partidas, quantas vão ser e os controles de cada jogador, Melee deu a todos uma forma de customizar cada partida, assim possibilitando moldar o que seriam os padrões do competitivo futuramente e também nos dando a possibilidade de “fazer a festa” da forma que quisemos!

Roster do Super Smash Bros. de Nintendo 64 – Reprodução/Shoryuken

Contudo, aqui nasceu uma das técnicas que viria a ditar o futuro competitivo de todo o game em si: o “Wave Dash”. Um glitch que fazia com que o personagem deslizasse em toda a arena de forma muito mais rápida, se tornando primordial para aqueles que estivessem prontos a encarar torneios. Em conjunto ao estágio Final Destination, banimento dos uso de todos os itens e vidas por stocks, o cenário competitivo de Super Smash Bros. Melee nascia. Na época, ele era muito “estranho” aos olhares de jogadores que não eram do meio, por ser um jogo que fugia do padrão de competições da época. Jogadores de Street Fighter se arriscavam a entrar no meio de Guilty Gear, The King of Fighters, Marvel VS Capcom e até de Mortal Kombat, só que jogadores de Super Smash eram quase exclusivos para seu jogo. Apesar de ter criado uma comunidade muito “fechada” para outros tipos de jogadores, ela era bem receptiva para novatos e curiosos.

Super Smash Bros. Brawl aproveitou o estrondoso lançamento do Nintendo Wii e popularizou a franquia de forma incrível, mas principalmente por receber dois personagens convidados de muita importância. Snake, da franquia Metal Gear Solid e Sonic The Hedgehog, além de ganhar um modo aventura recheado de CGs com os maiores tipo de fanservice para os Nintendistas. Ver Link, Mario, Kirby, entre outros personagens lutando lado a lado e podendo ser experienciado com um amigo, fez com que The Subspace Emissary fosse idolatrado até hoje.

Modo Multi-Man Melee em Super Smash Bros. Brawl – Reprodução/Wii Gamer

Só que nem tudo são elogios, começando pela parte competitiva: o jogo em si se tornou mais lento e fácil de se jogar. Isso fez com que os mais fanáticos do Melee tivessem aversão ao novo título, mas o “ódio” vem diretamente com uma nova mecânica adicionada. O escorregar tornava as partidas mais aleatórias do que elas já poderiam ser com fases e itens loucos, o que se acredita que foi um dos meios que Sakurai encontrou de evitar o glitch do wave dash, além de ter sido removido, que não voltaria de forma alguma. Contudo, personagens como Snake, Link e Squirtle tinha pequenas “deslizadas” enquanto carregavam smash para cima. Outros tipos de glitch, de forma bem mais leve, foram sendo descobertos e se acoplando ao competitivo. Combo vídeos se tornaram famosos na plataforma YouTube, ajudando jogadores novatos tanto do Brawl quanto de Melee a aprenderem mais sobre o game.

Essa versão ficou conhecida por receber alguns novos personagens substitutos, como Lucario  que estava em alta por causa da quarta geração de Pokémon e acabou vindo a ocupar a vaga de Mewtwo ou Ike, que substituiu Roy, que tinha um moveset mais próprio mas mantinha a proposta de ser um personagem de dano bem alto. Apesar de muitas controvérsias, Brawl alavancou a série para ser conhecida por muito mais pessoas até por conta de seu modo online.

Podemos resumir boa parte das novidades do quarto jogo da série, apelidado pela comunidade como Sm4sh ou Smash 4, em expansão e portabilidade. O game teve duas versões lançadas no mesmo ano, tendo diferença de poucos meses entre elas. A primeira a ser lançada foi para Nintendo 3DS com o título de Super Smash Bros. for 3DS, que trazia toda a pancadaria da série pela primeira vez aos portáteis, assim extraindo o máximo do console. E sua segunda versão para Nintendo Wii U com o título de Super Smash Bros. for Wii U, que expandia de todas as formas a série pela primeira vez em HD.

O que o Wii U conseguiu aplicar em funcionalidade, modos e dinâmicas o 3DS replicou com suas pequenas telas se equiparando a versão de mesa. Se diferenciando por um ou outro modo, as versões recebiam as mesmas atualizações, e pela primeira vez houve um acompanhamento do próprio Sakurai em manter o competitivo justo e fora de bugs (apesar de certas declarações dizerem ao contrário). Reclamações do online foram meramente resolvidas, mas houve um melhor direcionamento com os modos For Glory e For Fun, cada um direcionamento a certos tipos de jogadores e regras.

Antigos modos de jogo retornam aprimorados e novos modo com o foco multiplayer em party surgem, Smash Tour para a versão de Wii U e Smash Run para a versão de 3DS. Mas o que realmente modernizou no competitivo foi a adição de qualquer fase ficar em formato de Final Destination ou Battlefield, já que eram as mais usadas no competitivo. E para a diversão com amigos, até oito jogadores poderiam jogar em fases pré-estabelecidas na versão de Wii U. Aqui perdemos a participação de Snake, mas recebemos o aclamado MegaMan, além de Pac-Man! Novos rostos como Palutena, Dark Pit, Greninja, Villager entre outros também vieram a fazer parte do elenco.

Mas apesar do amplo conteúdo, os fãs queriam mais a ponto da própria Nintendo abrir um site para receber sugestões de novos personagens futuros. Mewtwo chegou um pouco depois do lançamento da segunda versão do game, já à pedidos desde o anúncio deste quarto título. A primeira leva de DLCs chegou trazendo antigos rostos com uma nova roupagem, Lucas e Roy com o inédito Ryu da série Street Fighter! Mas logo Corrin, Cloud e Bayonetta vieram fazer parte do cast.

Além de representar um bom pedaço do que a franquia é, o game também dominou a EVO, o maior campeonato de games de luta, ao lado de sua versão Melee. Apesar da Nintendo ser bem relutante em promover o game desta forma, fez com que o sucesso da franquia atingisse as alturas! Desde então a Nintendo começou a enxergar o game de uma outra forma, já que Splatoon na época também havia mostrado à Big-N que as pessoas queriam usufruir de seus jogos não só como diversão, mas como competição.

O Nintendo Switch, ao lado de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, surgiu em março de 2017 batendo recordes em seu primeiro ano. Em seu segundo ano, Super Smash Bros. Ultimate foi anunciado, pegando mais do que de surpresa os donos de Nintendo Switch, e surpreendendo com seu principal objetivo, avisar e reforçar que “EVERYONE IS HERE!”. Com um visual muito similar ao de Wii U, este novo título traria todos os personagens, músicas e mapas de voltar em um único jogo, fazendo o maior fanservice do século. Substituições foram literalmente esquecidas aqui, a ponto de termos três Links distintos nessa versão com movesets muito similares, mas com cadências próprias. Echo Fighters foram introduzidos àqueles personagens que possuem muitas similaridades entre si, tais como Marth e Lucina ou Pit e Dark Pit. Os mapas em sua maioria voltaram, tirando alguns casos como da Poké Floats que não havia muito como remodelar e se tornar uma fase mais atualizada.

Modo Free-for-All em Super Smash Bros. Ultimate – Reprodução/Hollywood Reporter

A proposta de estar com todos novamente em um único título e jogáveis com balanceamento era alto e um pouco insano de se pensar, além de também atender pedidos que a comunidade fazia há anos. Daisy, Ridley e King K. Rool vindos de jogos mais antigos da Nintendo se juntaram aos convidados Ken, Simon e Richter a compor o elenco. Os Inklings e Incineroar andaram sendo os novos queridinhos do público mais novo do console, se tornando a principal preocupação em agradar à todos. Os novos Assist Trophies foram adicionados para apresentar aqueles que não estavam jogáveis como BomberMan, Guile e Shovel Knight!

O World of Light foi uma das principais novidades que não agradaram a todos; era um modo aventura sem possibilidade de cooperativo e sem CG, como todos adoravam. O modo possui poucas animações para lhe contextualizar e lhe jogar em um “mundo” em forma de tabuleiro onde você deve resgatar todos os personagens, jogáveis ou assistentes, afim de salvar todo aquele universo. O sistema de spirits veio como os adesivos que haviam no The Subspace Emissary, para buffar ou dar condições especiais para cada personagem que era equipado. Mas, além disso, os spirits também vieram como substitutos dos troféus, mas de forma muito mais superficial, sendo uma simples imagem sem fundo e mais explicações.

Os demais modos foram chegando ao game por meio de atualizações gratuitas, porém acompanhadas de algum lançamento de personagem do primeiro Fighter’s Pass, pacote que vinha com cinco novos personagens para o jogo. Nisso recebemos Joker (Persona 5), Hero (Dragon Quest), Banjo-Kazooie (mesmo nome), Terry Bogard (Fatal Fury) e Byleth (Fire Emblem: Three Houses), personagens atuais, relevantes e desejados por um grande público. Sakurai se encontra até o atual momento ainda trabalhando em novas atualizações, balanceamentos e um novo passe de temporada com personagem para o game.

Super Smash Bros. Ultimate tem recordes de vendas, audiência na EVO e nomeações de relevância. É uma game com esmero e carinho, tanto por seus criadores quanto pela sua comunidade que só tende a crescer mais e mais, para jogadores profissionais ou adeptos a jogar um novo party game. É um jogo que possui um legado para conter o legado de muitos jogos, não só da Nintendo.

O sistema de spirits colaborou muito para termos uma maior gama de representações no título sem necessariamente ter o personagem inserido ao elenco. Modos de construção de fases originados no Wii fazem com que mais jogadores inventem novos mapas para compartilhar em comunidade. E a chegada de Mii Fighters, com três estilos de luta que são customizáveis, possibilita “brincar” de uma nova forma no game, criando, desenvolvendo e até inserindo outros personagens nas batalhas.

A cada nova versão, Super Smash Bros. tem um problema: se tornar um título melhor e mais relevante do que seu antecessor. Então, por competição, por diversão ou por lazer, Super Smash Bros. Ultimate é o principal fanservice da indústria dos games.


Call of Duty: Warzone é um mais novo battle royale free-to-play

Hoje mais cedo ja tinha sido vazado alguns detalhes sobre o suporte game free-to-play da serie com foco apenas no multiplayer online, e apos isso a Activision anunciou oficialmente o game com data de lançamento para 10 de Março.

Informações sobre o game liberadas pela Activision no Playstation.Blog.

Uma Batalha Massiva

Warzone se passa na cidade de Verdansk, que pode ser familiar para jogadores de Call of Duty: Modern Warfare. Esse mapa denso e massivo traz mais de 300 pontos de interesse e uma variedade enorme de ambientes para diferentes tipos de engajamento.

Uma mistura de áreas que inclui o centro da cidade de Verdansk e seus prédios altos, a parte mais rural de Krovnik Farmland e áreas urbanas com muitos interiores cheios de loot decoram este mapa expansivo. Jogadores podem explorar Verdansk em cinco veículos diferentes — ATVs, Rovers, SUVs, Caminhões de Carga ou Helicópteros. Vá com sua equipe para seu próximo destino, derrote um rival ou dirija para escapar do círculo que se fecha.

Mais que um Battle Royale; Apresentando Plunder

Mesmo com a batalha sendo diferente toda vez que você cair nela, Warzone contará com dois modos de jogo no lançamento que demandarão estratégias diferentes. Battle Royale coloca seu trio contra todos os outros esquadrões em uma missão para serem os último a ficarem vivos. Um gás mortal fecha o cerco ao redor do combate e aumenta a intensidade da partida.

Em Plunder, um modo com respawn, jogadores vão em uma corrida para coletar a maior quantidade de Cash, que pode ser encontrado por todo o mapa ou recebido ao eliminar oponentes ou completar contratos, objetivos baseados em tarefas que dão Cash e outros tipos de loot. Plunder requer a exploração do mapa para encontrar Cash e outros itens úteis, Killstreaks, criar estratégias para finalizar contratos e estar pronto para derrotar ou defender-se de oponentes.

Informações Adicionais

No dia do lançamento de Warzone, traremos mais detalhes, incluindo um mergulho profundo nos modos Battle Royale e Plunder, além de estratégias e dicas para se tornar mestre de ambos.

Para celebrar o dia do lançamento, membros com assinatura PlayStation Plus poderão receber gratuitamente e exclusivamente* o pacote Call of Duty: Warzone Combat Pack na PlayStation Store. Mais informações serão compartilhadas no lançamento.

Warzone será disponibilizado em 10 de março, a partir do meio-dia (horário de Brasília), para quem já possui a versão completa de Modern Warfare, e a partir das 16:00 (horário de Brasília), para todos os jogadores baixarem gratuitamente.