Vigil: The Longest Night – A noite é uma criança…

Voltando para sua cidade natal, Leila pretende surpreender sua irmã em seu aniversário. Após anos ausente enquanto passava pelo treinamento de Vigilante, algumas coisas mudaram e sua cidade precisa de sua ajuda. As primeiras horas no jogo servem para te introduzir a alguns conceitos e por causa disso é altamente restritiva no que se pode fazer. Apenas depois de derrotar de um certo chefe que seu design realmente se abre e oferece mais variedade na jogabilidade, e a partir desse momento e quando o jogo realmente começa.

No que se trata de movimentação e exploração, tudo é feito de forma competente e condizente com o seu gênero. Progressão tem um bom ritmo sem que fique muito tempo sem mudanças na forma de se jogar ou que muita coisa aconteça ao mesmo tempo. Segredos estão espalhados pelo o mapa de várias formas diferentes, paredes falsas, lugares altos, chaves, entre outros. Além do mais é possível ser criativo com certas habilidades específicas de armas e alcançar lugares até então inacessíveis, o que encoraja a experimentação e backtracking. De forma geral, não há nada realmente inovador nesse quesito em Vigil, mas ao mesmo tempo não deixa a desejar.

A segunda parte da jogabilidade, o combate, se desvia um tanto da fórmula padrão para jogos do tipo, introduzindo um sistema similar a Soulsborne com barra de stamina limitando suas ações e frames de invencibilidade (iFrames) como principal forma de redução de dano. É aqui também que as opções de dificuldade mais mudam o jogo, mas mesmo nos níveis mais altos o jogo ainda segue a curva de desafio padrão dos jogos do gênero, que é extremamente difícil no começo e progressivamente mais fácil quanto mais você explora e coleta itens. Controles são responsivos e, apesar da aparência de soulsborne, não existem animações muito demoradas que deixem o combate tão compassado, algumas animações são canceláveis e a barra de stamina não limita tanto o seu movimento e pode até ser completamente ignorada com o equipamento certo.

Progresso no jogo é feito através da narrativa principal, o jogo sempre te direciona para onde ir e com quais personagens falar, mas também é possível se desviar desse roteiro e explorar lugares onde não há nenhum objetivo no momento, e com a idéia de que mais de um final existe, você é incentivado a prestar atenção e não seguir imediatamente o primeiro caminho que lhe é dado.

Visualmente, o jogo lembra muito Salt and Sanctuary em seus gráficos e BloodBorne em sua estética Lovercraftiana, suas poucas cutscenes são desenhadas a mão em um estilo artístico que realça a sua atmosfera, e o design de inimigos também é igualmente bem feito. As animações de diálogo as vezes parecem rígidas demais, mas nada que seja prejudicial a experiência. Quanto ao design de áudio, o jogo possui boas músicas de ambientação, mas é severamente afetado por pouca variedade. A mesma música é utilizada para 3 ou mais biomas diferentes, e isso não só faz com que fiquem enjoativas muito mais rápido como também rouba a chance de cada bioma ter uma personalidade própria (por exemplo, é impossível ouvir Wood Carving Partita sem imediatamente associar a música com a biblioteca de SotN, e esse tipo de sentimento não existe em Vigil).

Quanto a história, esse aspecto é de longe seu maior ponto fraco por causa de uma péssima tradução que dificulta a compreensão dos eventos. É possível ter uma idéia do que está acontecendo, mas de forma acidental, Vigil emula a narrativa From Software onde é necessário colocar sua própria interpretação para alguns eventos fazerem sentido. Há jogadores que não se importam com a história, outros que gostam de uma forte narrativa, e até quem irá gostar de tentar desvendar a história de Vigil, mas é inegável que uma péssima tradução não faz nenhum favor.

Outro problema recorrente é a quantidade de bugs e glitches que se encontra, com diferentes formas de atravessar o cenário ou, raramente, travar o jogo por completo e precisar reiniciá-lo para voltar a funcionar. Alguns desses glitches podem potencialmente ser o parque de diversões de speedrunners, mas para a maior parte dos jogadores só serve como um ponto negativo ao que diz respeito a estabilidade do jogo.

Em suma, Vigil tem tudo para ser uma das melhores surpresas do ano. Apesar de sua simples apresentação, é um título com uma personalidade distinta e bastante conteúdo que com certeza será satisfatória para fãs de plataforma/metroidvanias. Sua ambição não é totalmente alcançada, mas são muito mais acertos do que deslizes.

Sobre o port de PC

Como mencionado anteriormente, alguns bugs podem exigir que o jogo seja reiniciado, mas fora a isso não há nada muito o que se falar do port. Controles são reconhecidos nativamente, Xbox ou DualShock. Não há opção de Borderless Fullscreen, mas o jogo roda sem nenhum problema em Exclusive Fullscreen sem nenhuma queda em performance ou problemas com Alt+Tab durante o gameplay. Controles para mouse e teclado existem e são completamente configuráveis, porém como todo jogo do gênero a experiência é muito melhor com um controle.

PROS

  • Combate reativo bem executado;
  • Movimentação fluída e responsiva;
  • Boa variedade em builds;
  • Ambientação lovercraftiana com folclore tailandês criam uma ótima atmosfera;
  • Exploração é incentivada e segredos são satisfatórios de se encontrar.

CONS

  • A história é incompreensível devido a uma péssima tradução;
  • Fácil se travar o jogo com algumas ações específicas;
  • Pouca variedade de músicas.

PLATAFORMAS:

  • PC – Steam (Plataforma analisada, chave gentilmente cedida por Another Indie/Glass Heart Games);
  • Nintendo Switch.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️

Ambicioso, misterioso, ótima jogabilidade, péssima tradução e ligeiramente bugado. Pessoalmente eu considero Vigil: The Longest Night como o Castlevania: Symphony of the Night da nova era, com os pontos altos e baixos. Desejo sucesso ao estúdio para que possamos ver seus próximos projetos, Vigil foi um ótimo começo!


Rebel Galaxy Outlaw – O canhão de plasma mais rápido do oeste sideral

Rebel Galaxy sempre fez parte de um gênero um tanto quanto difícil de se categorizar. Geralmente chamado de “Space Sim” ou “Space Trading and Combat Simulation”, a melhor forma de definir para leigos seria algo tipo um jogo com a premissa se ser um caçador de recompensa em um universo similar a Star Wars. Seus objetivos são bem mais abstratos e sua progressão variando imensamente de jogador para jogador. Outlaw traz algumas mudanças significativas em cima do primeiro jogo, mas no geral ainda se encaixam no mesmo conceito de “space sim”.

Em Rebel Galaxy Outlaw, vivemos a história de Juno Markev, uma “pirata” aposentada que volta a sua vida de mercenária para rastrear o assassino de seu marido. Após Juno chegar perigosamente perto de seu alvo, sua nave é abatida e inutilizada. Sobrevivendo a queda, começamos a partir daí com uma nave conhecida como “caminhão de lixo”, efetivamente da estaca zero.

As maiores mudanças em cima do Rebel Galaxy original vieram na movimentação das naves e o porte delas. Originalmente o combate era quase similar a um combate naval, pilotávamos uma nave maciça apenas em um plano horizontal, combate se dava em alinhar as armas do estibordo ou bombordo. Porém em Outlaw esse sistema foi completamente abandonado em prol de uma jogabilidade mais parecida com simuladores de voô como Microsoft Flight Simulator ou Ace Combat. As naves também são menores como transporte pessoal, mesmo suas versões cargueiras ainda são pequenas comparado as naves “capital” do primeiro jogo.

Apesar disso, ambos os jogos possuem um foco no gerenciamento e estratégia ao invés da ação. Em Outlaw estamos muito mais perto das lutas com uma câmera em primeira pessoa por padrão, mas ainda assim é necessário gerenciar a distribuição de energia para os vários sistemas da nave, escolher os seus alvos com sabedoria para não ser encurralado, e manobras evasivas para não ser destruído. Seu esquema de controle tem suporte para teclado e manches, mas o jogo foi claramente feito pensado com um controle padrão em mente. A dificuldade padrão oferece várias assistências no combate incluindo um lock-on que mantém o foco em um determinado alvo, então não é um jogo muito exigente de reflexos e habilidades mecânicas.

Porém, seu tutorial é extremamente insuficiente em explicar as várias mecânicas diferentes que o jogo possui. Dentro do jogo tem apenas um programa de treinamento que brevemente te ensina o que cada botão faz, mas os detalhes, truques e extras são deixados completamente de lado. Para sequer começar o jogo com o pé direito é necessário ver um vídeo do desenvolvedor de 40 minutos que, obviamente, é em inglês e sem legendas para português. Ou seja, conhecimento de inglês ou gostar de tentativa e erro é absolutamente necessário para jogar Rebel Galaxy Outlaw, algo importantíssimo de se saber antes de comprar.

Tendo passado essa barreira, Outlaw oferece uma jogabilidade única do que se trata de progressão, enquanto caçamos nosso alvo podemos trabalhar de mercenários caçando recompensas, ou de comerciante levando entregas e comprando itens abaixo do valor de mercado e revendendo em outros planetas a um preço maior. E sempre há a opção da pirataria, atacando comerciantes e outros para saquear seu cargo. É impressionante o quão diferentes essas opções são entre si, poucos jogadores terão exatamente a mesma experiência no que se trata da forma que usaram para alcançar seus objetivos.

Sobre o port de pc

Rebel Galaxy Outlaw foi claramente feito visando PC como uma plataforma primária, apesar de seu sistema de controles padrão ser um controle. A otimização é muito bem feita, as opções gráficas variadas (apesar de seus visuais não serem nenhum marco da indústria), e no geral é simplesmente bem montada. As versões de PC têm até um conteúdo extra que é a customização visual das naves, sendo feita através de uma ferramenta similar ao Photoshop. É possível aplicar qualquer imagem na lataria das naves, e os limites das formas que se pode ser feito uma pintura é restrita apenas pela imaginação e conhecimento do jogador ao usar essas ferramentas.

PROS:

  • Ótima trilha sonora;
  • Controles bem montados tanto para combate quanto exploração;
  • O jogador tem autonomia para jogar voltado a combate, comerciante ou explorador;
  • Batalhas são táticas tanto na execução quanto na preparação;
  • Tão acessível para novatos quanto complexo para veteranos de acordo com a dificuldade.

CONS:

  • Sistema de saves horrível;
  • Efetivamente nenhum tutorial;
  • A durabilidade das naves é inconsistente, levando a algumas mortes inesperadas.

PLATAFORMAS:

  • PC – Steam (Plataforma analisada, chave concedida por Double Damage Games);
  • Nintendo Switch;
  • PlayStation 4;
  • Xbox One;

NOTA: ☕️☕️☕️☕️

Rebel Galaxy Outlaw fez algumas mudanças de seu predecessor que eu pessoalmente não gostei muito, o combate naval era inovador e sem igual no mercado, apesar de Space Sims não serem tão comuns, sua identidade se perdeu um pouco no processo. Mas independente disso, ainda é um jogo sensacional que oferece um bom tanto de conteúdo. Eu diria que é até mais amigável para novatos a série, mas mesmo assim ainda não é um jogo simples de ligar e jogar sem se preocupar.


Spiritfarer – Procura-se caronte com experiência

Na mitologia grega Carontes é o barqueiro de Hades, encarregado de levar as almas dos mortos através do rio Estige que separa o mundo dos mortos do mundo dos vivos. Geralmente se enterravam pessoas com uma moeda em sua boca, geralmente um óbolo, para pagar por seus serviços. Com o passar dos anos, essa foi uma das histórias mais comuns no que se trata da passagem da vida a morte, Carontes deixou de ser um personagem e na percepção popular se tornou um conceito, o barqueiro que guia almas para o seu descanso final.

Fazendo uso criativo dessa mitologia, vivemos a história de Stella, uma jovem moça que se torna a  sucessora de Carontes. Mais do que simplesmente levar as almas de ponto A a ponto B porém, nossa função é acomodá-los e ajudá-los a resolver quaisquer pendência que os prendem ao mundo dos vivos ainda. Depois que estão prontos, nós os guiamos pela sua jornada final em uma metáfora sobre o que aconteceu em vida.

Como qualquer um pode deduzir, trata-se de um jogo com um forte foco no emocional, e de fato Spiritfarer é extremamente focado em seu objetivo. Todo o material promocional divulgado é um reflexo perfeito do que esperar do produto final, e sua maior força que é o apelo a seu tema e tom solene e agridoce se torna algo completamente subjetivo na hora de cada jogador avaliar se é de seu interesse ou não.

O que é menos óbvio para quem não jogou porém, é sobre sua jogabilidade. Apesar de inicialmente parecer um clássico jogo de fazenda/gerenciamento como Animal Crossing ou Harvest Moon, Spiritfarer tem uma diferença enorme entre eles. Não há condições para falha ou derrotas. Em nenhum momento o jogo te desafiará ou exigirá habilidade seja motora ou mental para completar suas tarefas, esquecer a comida no forno não irá estragá-la (precisa de 2 dias in-game para isso acontecer), não é necessário containeres especias para guardar qualquer tipo de comida, conversão de recursos sempre tem como pior dos casos uma conversão de 1:1, materiais são abundantes, minigames são triviais, nenhuma seção de plataforming tem game over.

Isso por si só não é necessáriamente algo ruim, jogos como Abzú, Journey, Gris e vários outros também não possuem uma condição de derrota. São experiências focadas na emoção e na interação, e não com uma barreira a ser transponida para progressão na história. Como dito anteriormente, Spiritfarer tem um grande foco em seu tema. Apesar disso, sua jogabilidade é muito bem executada e tem seus pontos altos no que se trata de interação, apesar de repetitiva as vezes. É uma experiência mais relaxante, é possível só aproveitar seus visuais, personagem e histórias sem se preocupar com seções de ação e requerimentos de reflexo e quebra-cabeças para progredir.

A total falta de processos de automatização também é um ponto negativo enorme que faz com que o jogo abuse de sua estadia. As tarefas não são tediosas de início, mas pra um jogo de 20 a 30 horas elas começam a ficar extremamente repetitivas. Fora isso seus controles são responsivos e fluídos com exceção dos menus que exigem um botão para interagir, um botão diferente para selecionar e um terceiro botão para confirmar, o que causa um bom tanto de confusão inicialmente. A jogabilidade não é ruim por si só, mas poderia ter sido implementada de forma muito melhor.

O que é prejudicial a seu objetivo, porém, é a forma com que sua protagonista foi desenvolvida. Stella é uma personagem própria com um passado e conexões que não compartilhamos, porém ela não tem nenhuma linha de diálogo ou resposta as várias interações que tem com seus passageiros ao passar do jogo.  É impossível se imergir na função de Spiritfarer pois é uma história intrisicamente sobre Stella e seu passado, e é impossível se colocar no lugar dela ou acompanhá-la em sua jornada pois em nenhum momento ela tem qualquer expressão que não seja alegria e concordância, e isso prejudica demais uma história cuja imersão é crucial para sua experiência pois não há uma maneira de simpatizarmos completamente com a protagonista. Não é um personagem customizável e nem uma personalidade notável o suficiente para empatizarmos com ela.

Em suma, Spiritfarer é um jogo honesto no que diz respeito a forma que foi descrita e vendida para os jogadores. Seu verdadeiro valor é extremamente subjetivo e depende do quanto cada pessoa se identifica e se emociona com a jornada de seus passageiros; sua jogabilidade é completamente voltada ao tema de ser uma experiência confortável, porém começa a estagnar perto do final já que o jogo não dispõe de quaisquer processos de automatização como jogos do gênero costumam fazer. Seu potencial de ser uma das grandes surpresas do ano era altíssima, porém vários problemas o derrubam para uma experiência mediana.

Esquecer o que poderia ser…
…as vezes é mais difícil do que esquecer do que realmente foi.

Sobre o port de PC

A versão de GamePass tem sérios problemas técnicos, podendo ocorrer a perda de progresso ou crashes to desktop que corrompem o save deixando o seu barco com um layout estranho e certas funcionalidades reduzidas. Apesar de que a maior parte desses problemas foram consertados, eles ainda existem em alguns casos. A versão da Steam não tem problemas com corrompimento de saves, porém ainda tem alguns bugs que congelam o jogo e exigem que seja reiniciado para continuar a jogar.

Os controles de mouse e teclado funcionam bem normalmente, exceto pelos menus que exigem 3 teclas diferentes para interagir, selecionar e confirmar. As configurações do jogo permitem que essas teclas sejam alteradas, mas como elas estão atreladas a mais de uma função por clique, isso pode alterar suas configurações de pulo, inventário, etc. O uso de um controle é extremamente necessário por causa disso. O jogo reconhece nativamente controles de Xbox One e PS4, alterando os prompts de acordo com o controle usado (exceto na versão do GamePass que está trancado a prompts de Xbox por motivos óbvios).

PROS:

  • Trilha sonora é extremamente competente em realçar a atmosfera;
  • Controles responsivos e agradáveis;
  • Alguns passageiros são carismáticos e memoráveis;
  • Ótimos visuais feitos a mão;
  • Uma experiência focada em seu objetivo trás bons resultados quando ressoa com o jogador.

CONS:

  • Controles de menus são desnecessariamente complicados;
  • Nenhum verdadeiro desafio;
  • Péssimo uso de protagonista silencioso;
  • Total falta de automatização do processo de gerenciamento de recursos;
  • Nenhum valor se a parte emocional não for de interesse do jogador.

PLATAFORMAS:

  • PlayStation 4;
  • PC – Steam / Microsoft Store (Plataforma analisada);
  • Xbox One;
  • Nintendo Switch.

NOTA: ☕️☕️☕️

    “Após o demo do jogo me deixar com altas expectativas para o jogo, Spiritfarer não entregou tudo que esperava. Não é um jogo ruim, mas não é nada surpreendente também.”


Breakpoint – Perfeita Ação Frenética

Breakpoint é um jogo arcade desenvolvido pelo Studio Aesthesia e distribuído pela The Quantum Astrophysicists Guild, para as plataformas Microsoft Windows, Mac OS, Linux e Nintendo Switch.

O jogo segue o estilo dos fliperamas clássicos com modo de jogo único e tabela de pontuação. O sistema de pontuação tem conexão com a rede mundial de computadores permitindo disputar diretamente com amigos e pessoas ao redor do mundo.

Machado eficiente para eliminar várias inimigos de uma vez.

A jogabilidade é bem simples mas bastante viciante. O objetivo do jogador é sobreviver a enormes levas de inimigos. O diferencial desse título está na dependência de armas de curto alcance. São cinco tipos de armas brancas. Na medida em que o jogador derrota os inimigos enche a barra de energia e quando esvazia libera uma explosão que destrói todos os inimigos dentro do raio de alcance. Esse medidor de energia possui três níveis e o último além de possibilitar uma explosão maior amplia o alcance da arma do jogador. Existe 12 tipos de inimigos diferentes e cada um tem funções específicas que ampliam o desafio. Outro fator importante é a aparição aleatória dos inimigos podendo aparecer oponentes fortes logo na primeira leva.

Situação fica cada vez mais caótica ao avançar no jogo.

Os gráficos seguem estilo retrô que mistura visuais de títulos consagrados do gênero como Asteroids, Space Invaders e Missile Command.

A trilha sonora é bem frenética com ritmos eletrônicos que variam dependendo da dificuldade de cada leva. Incentiva em todos os momentos o jogador a quebrar o recorde pontuação.

Breakpoint é um ótimo jogo arcade que segue a cartilha do gênero com perfeição. Ótima jogabilidade e trilha sonora instigam o jogador a querer superar cada desafio.

PROS:

  • Ótima jogabilidade;
  • Trilha sonora frenética;
  • Variedade de inimigos;
  • Cada arma possui fins estratégicos distintos.

CONS:

Não possui!

Nota final:☕️☕️☕️☕️☕️

Plataformas disponíveis:

  • Microsoft Windows (Plataforma analisada, chave concedida pela TQAG);
  • Mac OS;
  • Linux;
  • Nintendo Switch.

Breakpoint é um ótimo jogo arcade que segue a cartilha do gênero com perfeição. Ótima jogabilidade e trilha sonora instigam o jogador a querer superar cada desafio.


Vampire’s Fall: Origins – RPG sanguessuga

Vampire’s Fall: Origins é um RPG tático desenvolvido pela Early Morning Studio e distribuído pela Ultimate Games para Microsoft Windows, Android e iOS, em 2018. Neste ano foi lançado versões para Xbox One e Nintendo Switch.

A premissa do presente título é resgatar a jogabilidade dos RPGs clássicos de combate por turno. Outa inspiração foi na franquia Diablo pelo uso de câmera isométrica e no gerenciamento dos atributos de melhoria.

O prólogo conta a história da pacífica aldeia Vamp’Ire. O protagonista é totalmente customizável. Sua vida muda quando consegue ingressar como recruta na frente de proteção da vila. Recentemente, o povoado vêm investido pesadamente na área militar para se proteger do poderoso exército do Witchmaster. Justamente durante os primeiros treinos como recruta do protagonista, a frota de Witchmaster ataca a vila deixando poucos sobreviventes. Quando o protagonista acorda, ele busca pistas e melhorar suas habilidades vampirescas para se vingar do Witchmaster.

Momento de exploração em uma das primeiras vilas do jogo.

A história no início é bem genérico mas ao avançar a campanha vai ganhando mais complexidade com o encontro de novos personagens e locais para explorar. Outro destaque é a escolha nos diálogos que impactam a sequência da narrativa.

O mapa é bem grande cheio de cenários diferentes para explorar. Ele é aberto logo no final do prólogo mas para passar em certas localidades necessita de nível e habilidades aprimoradas.

A trilha sonora é muito boa. As músicas de ambiente e de batalha são variadas com ritmos que combinam com as situações presenciadas na tela. Possui canções vocais de qualidade também com destaque com a que toca na abertura do jogo.

A jogabilidade possui elementos padrões de RPG. Ao criar o personagem, o jogador pode escolher quatro guildas que influenciam no estilo de jogo. A exploração segue o ritmo costumeiros do gênero com liberdade na locomoção e opção de conversar com qualquer npc. O combate é por turno e utiliza um sistema diferente na parte de mana. Ele é chamado de Pontos de Foco, e interfere somente nos golpes especiais e nas habilidades vampirescas. Os golpes simples não gastam Foco. O jogo possui uma grande variedade de armas, armaduras e anéis para auxiliar durante o combate. A cada nível aprimorado, o jogador recebe pontos para melhorar os especiais de vampiro e as habilidades costumeiras como ataque, defesa e destreza.

Sistema de combate por turnos.

O maior problema do jogo é sua dificuldade apelativa. Desde o início, o jogador está sujeito a inimigos com nível muito acima, itens básicos com preços elevados e a necessidade de gastar muitos pontos de Foco para realizar os ataques especiais. Ao passar por esse início complicado, o jogo tende a ficar mais equilibrado decorrente ao investimento na árvore de habilidade do personagem.

Vampire’s Fall: Origins é um ótimo RPG que resgata a mecânica de combate por turno que foi deixada de lado pelos grandes nomes do gênero recentemente. Apesar da dificuldade elevada, vale a pena investir nessa empreitada.

PROS:

  • Ótima história;
  • Bom sistema de combate;
  • Trilha sonora de qualidade;
  • Mapa grande cheios de possibilidades de exploração.

CONS:

  • Dificuldade apelativa.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows;
  • Xbox One;
  • iOS;
  • Android;
  • Nintendo Switch (plataforma analisada, chave concedida pela Early Morning Studio).

Vampire’s Fall: Origins é um ótimo RPG que resgata a mecânica de combate por turno que foi deixada de lado pelos grandes nomes do gênero recentemente. Apesar da dificuldade elevada, vale a pena investir nessa empreitada.


Nintendo Direct Super Mario Bros. 35th Anniversary – Enxurrada de novidades do Bigodudo

Para a surpresa de todos, a Nintendo anunciou uma direct dedicada para comemorar o aniversário de 35 anos do encanador bigodudo. Durante a conferência não foi anunciado novas entradas para série principal, mas em compensação foi revelado remasterizações de títulos queridos dos fãs. Segue a baixo a ordem dos títulos anunciados na conferência:

Super Mario Bros Game & Watch: O clássico portátil da Nintendo vai receber uma versão retrô melhorada com o Super Mario Bros original. Além disso vai ter uma função de relógio e o mini game Game & Watch Ball versão Mario. O aparelho estará disponível a partir do dia 13 de Novembro.

Super Mario Bros rodando na primeira linha de portáteis da Nintendo.

Super Mario 3D World: Um dos títulos mais prestigiados da franquia no Wii U, agora vai ter versão para o Nintendo Switch. Além de conter o conteúdo original foi adicionado um novo modo de jogo denominado Bowser’s Fury. A data de lançamento está prevista para 12 de fevereiro de 2021.

Super Mario 3D World Switch com uma nova campanha.

Super Mario Bros. 35: O anúncio mais inusitado do dia foi uma versão battle royale do Super Mario Bros original. Possui o mesmo estilo de Tetris 99, onde 35 jogadores jogam simultaneamente as fases do jogo e quem for o último a sobreviver será consagrado vencedor. Ele será gratuito para assinantes do Switch Online e estará disponível ente 1º de Outubro até 31 de março de 2021.

Modo battle royale de Super Mario Bros.

Mario Kart Live Home Circuit: Esse novo título da série Mario Kart permite jogar o jogo na sala de estar. Cada corredor possui uma câmera acoplada e é possível controlar-los através do Nintendo Switch. Existe a possibilidade de montar o circuito livremente. Essa novidade estará disponível no dia 16 de Outubro.

Proposta inusitada de jogar Mario Kart ao vivo na sala de estar.

Super Mario All Stars: A coletânea lançada para o Super Nintendo possui versão refeitas dos jogos do encanador do Nintendinho. Ela vai estar disponível hoje na biblioteca do Super Nintendo para assinantes do serviço Switch Online.

Versões refeitas dos jogos da franquia no Nintendinho com gráficos de Super Nintendo.

Super Mario 3D All Stars: A aguardada remasterização dos clássicos 3D do Mario finalmente vai estar disponível para Nintendo Switch. Dentro do pacote vêm Super Mario 64 de Nintendo 64, Super Mario Sunshine lançado para Game Cube e Super Mario Galaxy que foi o título de maior sucesso do Wii. O pacote vai lançar no dia 18 de Setembro e por algum motivo vai ficar disponível somente até 31 de Março como o Super Mario Bros 35.

Uma das remasterizações mais aguardadas dos últimos anos finalmente será concretizada.

Esse foram os principais anúncios da Nintendo para a comemoração dos 35 anos do mascote encanador. Por conta dessas adições agora é possível jogar todos o títulos da franquia principal no Switch. Aproveitem as festividades para maratonar a franquia.

Para conferir o evento na íntegra:

Para quem busca a mídia física de Super Mario 3D All-Stars aqui no Brasil, trazemos cupom em duas das grandes lojas que podem encontrar por ótimos preços! (Cliquem na imagem para redirecionamento)


Gleamlight – Aventura Abstrata

Gleamlight é um jogo de plataforma desenvolvido pela Dico e distribuído pela D3 para Playstation 4, Nintendo Switch, Xbox One e PC.

O jogo conta a história de Gleam, um guerreiro capaz de absorver luz. Sua jornada se inicia quando decide adentrar uma caverna repleta de seres mecânicos para recuperar algo que ficou anos perdido.

O enredo é um dos pontos altos do jogo. Em nenhum momento aparece explicação do que está acontecendo. Todos os eventos são deixados para que o jogador possa interpretar da sua maneira. Um dos atrativos de sua narrativa foi a utilização da quebra da quarta parede e pegadinhas que trazem uma imersão ao universo do jogo.

Gleam enfrentando o primeiro chefe do jogo.

Os visuais do jogo são bem agradáveis. Cada cenário é bem detalhado com cores bem fortes. Apesar dessa beleza artística, o número de fases é bem restrito deixando cansativo a jogatina.

A trilha sonora foi bem trabalhada. A música ambiente é envolvente correspondendo adequadamente com o cenário retratado. Destaque a canção tema do jogo que transmite com perfeição o sentimento por trás das principais cenas da trama.

A jogabilidade se assemelha a de “Hollow Knight”. O protagonista precisa derrotar chefes para absorver seus poderes com objetivo de atravessar novos cenários. A cada inimigo derrotado, Gleam é capaz de absorver sua vida e esse sistema vale também quando seus oponentes o ataca. O medidor de vida de cada indivíduo do jogo é seu brilho, no momento em que se apaga acaba falecendo. Apesar de apresentar conceitos metroidvanianos, o jogo não o aprofunda. Ao decorrer da jornada, o protagonista atravessa os mesmos cenários em situações diferentes. O jogo só apresenta uma nova aérea somente nos minutos finais da jornada.

Tanto o cenário quanto os personagens são bem detalhados.

Além dessas limitações, o jogo foi mal arquitetado. A alocação dos inimigos em espaços curtos evidência falta de planejamento na curva de dificuldade do jogo. Outro problema é a inteligência artificial dos chefes que é previsível. É possível derrota-los sem esforço explorando o ponto cego de cada oponente.

Na questão técnica, o jogo possui queda de quadros quando o protagonista é atingido pelos inimigos, o que ocasiona travamentos constantes durante os combates.

Gleamlight possui ideias interessantes no seu enredo mas foi mal executado. Os problemas na estrutura das fases e na inteligência artificial dos oponentes prejudicam a experiência.

PROS:

  • Narrativa interessante;
  • Cenários bonitos.

CONS:

  • Repetição de fases;
  • Travamentos durante o combate;
  • Desenho das fases mal feito;
  • Inteligência artificial previsível.

NOTA: ☕️☕️

PLATAFORMAS:

  • Playstation 4 (Plataforma analisada, chave concedida pela D3 publisher);
  • Xbox One;
  • Pc;
  • Nintendo Switch.

Gleamlight possui ideias interessantes no seu enredo mas foi mal executado. Os problemas na estrutura das fases e na inteligência artificial prejudicam a experiência.


The Ambassador: Fractured Timelines – Ação Frenética Medieval

The Ambassador: Fractured Timelines é um jogo de tiro com elementos RPG desenvolvido pela TinyDino Games e distribuído pela The Quantum Astrophysicists Guild para Playstation 4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.

O protagonista do jogo se chama Gregor e ele é o embaixador do Reino de Tamaris. Seu objetivo é arregimentar os diferentes grupos étnicos e políticos presentes no reino. A história começa quando ele acaba de finalizar seus treinos com sua mestre, a maga Cat. No meio do exercício, Cat recebe o aviso que a capital foi atacada por um grupo não identificado. Os dois vão em direção a capital, mas são encurralados pelos invasores. Cat ficou fisicamente incapaz de defender o reino e passa o poder de congelar o tempo para Gregor para que ele possa ter êxito na defesa do reino.

Luta de Gregor contra a ofensiva da Ordem dos Magos.

O enredo é bem simples e previsível. Apesar disso foi interessante o incentivo feito pelos desenvolvedores para que o jogador possa aprofundar sobre o universo do jogo. Em cada fase possui livros espalhados que contam a história de cada facção política e criatura presente no jogo.

Os visuais são em estilo retrô com estética pixelada. O estilo artístico é básico sem muito esplendor, mas é compensado com a variedade de cenários em cada mundo explorado pelo jogador.

A trilha sonora não teve a devida atenção e se baseou em composições genéricas de temática medieval. Único destaque aparece somente na batalha contra o último chefe que teve arranjos mais sofisticados.

A jogabilidade tem estilo bem frenético e exige agilidade e precisão por parte do jogador. A mecânica de congelar o tempo é bem útil nesses momentos para calcular o melhor momento de atacar e desviar. Em cada fase, o jogador recebe novas armaduras, armas e cajados mágicos. A variedade é grande mas poucas se diferenciam em termos de dano e efeitos adicionais. Os inimigos são desafiadores e atacam em horda para testar os reflexos do jogador. A dificuldade é bem elevada e chega a ser bem frustrante nas fases finais pelo excesso de apelação dos inimigos.

Gregor utilizando uma das melhores armaduras do jogo, a roupa de cozinheiro que o permite recuperar toda sua vida ao consumir item de saúde.

Ao finalizar o jogo é desbloqueado um novo modo de jogo. Essa modalidade é de sobrevivência que se assemelha ao modo zumbi do “Call of Duty”. O jogador tem que sobreviver á varias ondas de inimigos e cada oponente derrotado gera pontos que podem ser utilizados para comprar armas e desbloquear novas áreas.

The Ambassador possui uma jogabilidade divertida e desafiadora que instiga o jogador a querer prosseguir a jogatina. A simplicidade artística e sonora do jogo, e a dificuldade elevada não estimula novas investidas no título.

PROS:

  • Universo do jogo bem documentado;
  • Jogabilidade divertida;
  • Variedade de inimigos;
  • Modo sobrevivência.

CONS:

  • Visuais desestimulantes;
  • Trilha sonora genérica;
  • Pouca variedade nos equipamentos;
  • Dificuldade apelativa.

NOTA: ☕️☕️☕️

PLATAFORMAS:

  • Playstation 4;
  • Xbox One;
  • Pc(Plataforma analisada, chave concedida pela TQAG);
  • Nintendo Switch.

The Ambassador possui uma jogabilidade divertida e desafiadora que instiga o jogador a querer prosseguir a jogatina. A simplicidade artística e sonora do jogo e a dificuldade elevada não estimula novas investidas no título.


Best Friend Forever – Houve uma Tentativa

Best Friend Forever foi anunciado há um bom tempo. A proposta do título era ser um simulador de pets com elementos de visual novel e dating sim, onde você poderia adotar seu cachorro e cuidar, brincar e o crescer. O jogo começa com um teste de personalidade para criar seu personagem, com mínimas opções de customização visual que o jogo tanto enaltece. O teste de personalidade é para criar conta em um “site de relacionamentos e encontro de cachorros”, que logo você terá oportunidade de adotar.

Uma vez introduzido na cidade de Rainbow Bay, você vai a veterinária local adotar seu pet. Lá você possui uma certa variedade de bichos nos quais você pode adotar e então nomear, é explicada sua missão nas próximas 15 semanas (que são a duração do jogo) – cuidar e treinar seu cachorro para uma avaliação canina (que está longe de ser um propósito no jogo). A partir daí, você conhece diversos personagens via este site de relacionamentos, faz amizades, sai para conhecer a cidade e os diversos cachorros – tudo isso em uma visual novel interativa.

O jogo divide-se nesses momentos de interação humana e animal. No começo da semana você programa suas atividades para o decorrer da semana, cada atividade melhorando um aspecto do cachorro e alterando seu humor, higiene e outros, porém de maneira relativamente superficial. A parte mais interativa envolve dar alimentos, brincar, dar banho no cachorro, porém limitado a três itens por SEMANA (itens individuais, como ensaboar, dar biscoitos ou lavar o cachorro), o que é muito pouco pelo que o jogo se propõe e oferece. Ao longo das interações humanas, seu cachorro fica na tela, como se te acompanhando e participando da conversa. Frequentemente você precisa cuidar dele, catar cocô, impedir que avance nos outros personagens, mas é algo que mais briga pela atenção do jogador que complementa ao longo do mesmo.

As interatividades humanas do jogo são o verdadeiro foco do jogo, apesar de pouco demonstrado nos trailers. O jogo tem objetivo de ser um simulador de namoro, porém possui um cast minúsculo de personagens e apenas uma fração desta é “namorável”. O jogo apresenta interessante diversidade de personagens, entre raças, sexualidades e interesses pessoais, mas nenhum deles se aprofunda o suficiente para serem cativantes, além de um visual completamente incompatível com a arte do resto do jogo, que busca ser suave e minimalista – personagens parecem sair direto de um jogo flash baseado em The Sims. O jogador, felizmente, possui escolha entre quem vai interagir, se aproximar e se divertir, porém a maioria dos eventos são apenas descritos por texto ao longo do jogo. Isto inclusive consegue estragar a visão do jogador da maioria dos personagens, pois suas apresentações conseguem ser extremamente desconfortáveis com comentários sobre os corpos dos mesmos. A variedade visual dos eventos também é mínima mesmo com diversos ambientes construídos, mudando no máximo a expressão visual do rosto dos personagens.

Ao longo dessas quinze semanas, o jogador possui um check-up de seu animal ocasional, o que avalia o desempenho do jogador, mas não trás muita recompensa ou motivo para tal momento acontecer. É criada uma sensação progresso muito rasa que também ocorre ao final do jogo, mas o progresso na história do jogo (algo nada relacionado ao cachorro) parece ter muito mais peso no desenvolver do jogo. Falando em peso, nas interações com os animais, o jogo possui alguns bugs gráficos, como inverter a mão na hora de clicar para acariciar o bicho, além de animações fracas que não sejam as do próprio bicho. O jogo também suporta toque de tela no Nintendo Switch, o que é bem melhor que o controle por analógicos que é transformado em um mouse (houve pouca adaptação pro que o console tinha a oferecer). Ao encerrar a história (que dura aproximadamente uma hora), o jogador não sente conquista alguma com o que jogou, apesar dos bons momentos com o cachorro que infelizmente foram limitados para acrescentar outros aspectos mal desenvolvidos.

PROS:

  • Cachorros maravilhosos e bem feitos;
  • Interessante manutenção de recursos;
  • Proposta única;
  • Liberdade de escolha.

CONS:

  • Dating simulator fraco;
  • Personagens nada carismáticos;
  • Duração mínima;
  • Problemas gráficos e artísticos;
  • Limitação sem sentido na hora de cuidar do animal;
  • Jogo tenta ser múltiplas coisas ao mesmo tempo e não faz nada verdadeiramente bem.

NOTA: ☕☕

PLATAFORMAS:

  • Nintendo Switch (plataforma analisada, chave concedida pela Alliance Media);
  • PC/Mac.

Best Friend Forever tem uma premissa muito interessante, mas sua tentativa de alcançar múltiplos objetivos acabou atrapalhando sua ideia original. Sua duração apesar de MUITO pequena, incentiva múltiplas jogatinas, mas a falta de carisma de tudo no jogo que não sejam os animais quebra esse incentivo.


Astral Chain – Primeiro ano do jogo mais subestimado do Nintendo Switch

Astral Chain completou seu primeiro aniversário este final de semana e a análise do Café com Geeks demorou em demasia. O jogo, dos criadores de Bayonetta e Nier Automata, pela Platinum Games, é exclusivo para o Nintendo Switch e saiu próximo de Fire Emblem: Three Houses, jogo do ano do Café ano passado ao lado de Death Stranding.

Image

Astral Chain é sobre um grupo policial num Japão futurístico tendo que lidar com uma legião invasora de quimeras de dimensões paralelas. Parte do grupo conseguiu dominar dita legião como uma extensão do próprio corpo, e, nosso protagonista, filho do capitão da equipe, e sua irmã gêmea, aprendem a controlar múltiplos legião, se tornando destaques na equipe e peças chave para investigar a invasão e acabar com a mesma. O jogo é um hack and slash com elementos de RPG de exploração e investigação, onde o jogador controla tanto o protagonista quanto suas legiões – PARALELAMENTE. Ambos são conectados por uma corrente astral que também é utilizada como arma e com suas habilidades tanto humanas quanto astrais, devem combater os invasores e ver o invisível para descobrir quem é responsável pelo ocorrido.

Astral Chain New Trailer Introduces New Combat Mechanics

O combate neste jogo é grande destaque. Como citado, o jogador controla dois personagens ao mesmo tempo, sendo a legião capaz de ser transformada em outra com habilidades diferentes que, combinadas com as do humano, podem vencer diferentes adversidades, além de cada uma possuir habilidades especiais para serem utilizadas na exploração do jogo, seja para farejar inimigos ou acertar pontos inalcançáveis. As opções de ataque no começo são extremamente limitadas, mas quando o jogador desbloqueia o uso das demais legiões as coisas começam a evoluir exponencialmente.

Astral Chain (Switch) Review - Character Action Reimagined | CGMagazine

O combate inclui a corrente astral, que conecta o humano a legião, e ajuda nos combos prendendo e catapultando tanto os inimigos quanto os objetivos. O protagonista conta com algumas poucas mas diferentes armas que podem receber atualizações que melhoram seus pontos de ataque e até aumentam variedade de golpes, que, acoplados aos diferentes legião que podem ser usados, formam uma leque absurdo de possibilidades para o jogador alcançar em questão de formas lutar comparado a outros jogos do gênero como Devil May Cry V. A sinergia entre protagonista e legiões é chave fundamental para dominação do combate e, além de refrescante, traz poder ao jogador. Tudo isso incluindo um sistema de progressão por árvore de habilidades extremamente rico que, se bem aproveitado, transforma o jogador em um verdadeiro monstro hiperpoderoso, tendo controle das devidas mecânicas extremamente variadas do jogo. Em geral, o combate é uma verdadeira mistura de tudo que a Platinum Games já fez, sendo seu verdadeiro magnum opus, pelo menos no quesito de jogabilidade.

Image

O mundo de Astral Chain é extremamente vivo. Cidades preenchidas de pessoas, mistérios e desafios, uma estação policial cheia de coisas para se fazer e pessoas para interagir, personagens extremamente cativantes, tudo com a arte de Masakazu Katsura de Zetman, O que foi criado aqui foi extremamente bem detalhado, um dos mundos cyberpunk mais refrescante dos últimos anos, com uma estética absurdamente cativante. O mundo semi-aberto cheio de micro-atividades contribui para isso. Faça trabalho de rua de polícia – persiga ladrões, junte lixo jogado no chão, resgate gatinhos, mas também procure organizações terroristas e lute com monstros interdimensionais. Além de toda essa variedade de jogabilidade e elementos do mundo, o jogo também possui customização visual do jogador, que é sempre muito apreciado neste tipo de jogo.

Image

A história de Astral Chain, apesar de simples, é extremamente cativante. Personagens aqui são extremamente determinados em seus objetivos e apesar de usar alguns clichês de anime, ela ajuda muito o resto do jogo fluir como flui. Referências por todos os lados a obras cyberpunk japonesas são encontradas, o que é muito bem-vindo. Já foi afirmado que Astral Chain terá continuação, então para uma apresentação de universo, conceitos e personagens, o resultado foi mais que suficiente, deixando um gostinho de “quero mais” ao fim da história. A trilha sonora também é mais que digna e também representa o jogo tão bem quanto seus visuais, previamente comentados.

Image

PROS:

  • Melhor combate do gênero;
  • Universo cyberpunk;
  • Exploração;
  • Conteúdo opcional;
  • Customização.

CONS:

  • Previsibilidade da história.

NOTA: ☕☕☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Nintendo Switch (plataforma analisada).

Astral Chain não é apenas o jogo mais subestimado do Nintendo Switch, como também o melhor jogo de seu gênero e o magnum opus da Platinum Games. O título envelhece como um bom vinho e merece atenção de TODOS os interessados em jogos de ação e/ou cyberpunk.