Na mitologia grega Carontes é o barqueiro de Hades, encarregado de levar as almas dos mortos através do rio Estige que separa o mundo dos mortos do mundo dos vivos. Geralmente se enterravam pessoas com uma moeda em sua boca, geralmente um óbolo, para pagar por seus serviços. Com o passar dos anos, essa foi uma das histórias mais comuns no que se trata da passagem da vida a morte, Carontes deixou de ser um personagem e na percepção popular se tornou um conceito, o barqueiro que guia almas para o seu descanso final.
Fazendo uso criativo dessa mitologia, vivemos a história de Stella, uma jovem moça que se torna a sucessora de Carontes. Mais do que simplesmente levar as almas de ponto A a ponto B porém, nossa função é acomodá-los e ajudá-los a resolver quaisquer pendência que os prendem ao mundo dos vivos ainda. Depois que estão prontos, nós os guiamos pela sua jornada final em uma metáfora sobre o que aconteceu em vida.
Como qualquer um pode deduzir, trata-se de um jogo com um forte foco no emocional, e de fato Spiritfarer é extremamente focado em seu objetivo. Todo o material promocional divulgado é um reflexo perfeito do que esperar do produto final, e sua maior força que é o apelo a seu tema e tom solene e agridoce se torna algo completamente subjetivo na hora de cada jogador avaliar se é de seu interesse ou não.
O que é menos óbvio para quem não jogou porém, é sobre sua jogabilidade. Apesar de inicialmente parecer um clássico jogo de fazenda/gerenciamento como Animal Crossing ou Harvest Moon, Spiritfarer tem uma diferença enorme entre eles. Não há condições para falha ou derrotas. Em nenhum momento o jogo te desafiará ou exigirá habilidade seja motora ou mental para completar suas tarefas, esquecer a comida no forno não irá estragá-la (precisa de 2 dias in-game para isso acontecer), não é necessário containeres especias para guardar qualquer tipo de comida, conversão de recursos sempre tem como pior dos casos uma conversão de 1:1, materiais são abundantes, minigames são triviais, nenhuma seção de plataforming tem game over.
Isso por si só não é necessáriamente algo ruim, jogos como Abzú, Journey, Gris e vários outros também não possuem uma condição de derrota. São experiências focadas na emoção e na interação, e não com uma barreira a ser transponida para progressão na história. Como dito anteriormente, Spiritfarer tem um grande foco em seu tema. Apesar disso, sua jogabilidade é muito bem executada e tem seus pontos altos no que se trata de interação, apesar de repetitiva as vezes. É uma experiência mais relaxante, é possível só aproveitar seus visuais, personagem e histórias sem se preocupar com seções de ação e requerimentos de reflexo e quebra-cabeças para progredir.
A total falta de processos de automatização também é um ponto negativo enorme que faz com que o jogo abuse de sua estadia. As tarefas não são tediosas de início, mas pra um jogo de 20 a 30 horas elas começam a ficar extremamente repetitivas. Fora isso seus controles são responsivos e fluídos com exceção dos menus que exigem um botão para interagir, um botão diferente para selecionar e um terceiro botão para confirmar, o que causa um bom tanto de confusão inicialmente. A jogabilidade não é ruim por si só, mas poderia ter sido implementada de forma muito melhor.
O que é prejudicial a seu objetivo, porém, é a forma com que sua protagonista foi desenvolvida. Stella é uma personagem própria com um passado e conexões que não compartilhamos, porém ela não tem nenhuma linha de diálogo ou resposta as várias interações que tem com seus passageiros ao passar do jogo. É impossível se imergir na função de Spiritfarer pois é uma história intrisicamente sobre Stella e seu passado, e é impossível se colocar no lugar dela ou acompanhá-la em sua jornada pois em nenhum momento ela tem qualquer expressão que não seja alegria e concordância, e isso prejudica demais uma história cuja imersão é crucial para sua experiência pois não há uma maneira de simpatizarmos completamente com a protagonista. Não é um personagem customizável e nem uma personalidade notável o suficiente para empatizarmos com ela.
Em suma, Spiritfarer é um jogo honesto no que diz respeito a forma que foi descrita e vendida para os jogadores. Seu verdadeiro valor é extremamente subjetivo e depende do quanto cada pessoa se identifica e se emociona com a jornada de seus passageiros; sua jogabilidade é completamente voltada ao tema de ser uma experiência confortável, porém começa a estagnar perto do final já que o jogo não dispõe de quaisquer processos de automatização como jogos do gênero costumam fazer. Seu potencial de ser uma das grandes surpresas do ano era altíssima, porém vários problemas o derrubam para uma experiência mediana.
Sobre o port de PC
A versão de GamePass tem sérios problemas técnicos, podendo ocorrer a perda de progresso ou crashes to desktop que corrompem o save deixando o seu barco com um layout estranho e certas funcionalidades reduzidas. Apesar de que a maior parte desses problemas foram consertados, eles ainda existem em alguns casos. A versão da Steam não tem problemas com corrompimento de saves, porém ainda tem alguns bugs que congelam o jogo e exigem que seja reiniciado para continuar a jogar.
Os controles de mouse e teclado funcionam bem normalmente, exceto pelos menus que exigem 3 teclas diferentes para interagir, selecionar e confirmar. As configurações do jogo permitem que essas teclas sejam alteradas, mas como elas estão atreladas a mais de uma função por clique, isso pode alterar suas configurações de pulo, inventário, etc. O uso de um controle é extremamente necessário por causa disso. O jogo reconhece nativamente controles de Xbox One e PS4, alterando os prompts de acordo com o controle usado (exceto na versão do GamePass que está trancado a prompts de Xbox por motivos óbvios).
PROS:
Trilha sonora é extremamente competente em realçar a atmosfera;
Controles responsivos e agradáveis;
Alguns passageiros são carismáticos e memoráveis;
Ótimos visuais feitos a mão;
Uma experiência focada em seu objetivo trás bons resultados quando ressoa com o jogador.
CONS:
Controles de menus são desnecessariamente complicados;
Nenhum verdadeiro desafio;
Péssimo uso de protagonista silencioso;
Total falta de automatização do processo de gerenciamento de recursos;
Nenhum valor se a parte emocional não for de interesse do jogador.
PLATAFORMAS:
PlayStation 4;
PC – Steam / Microsoft Store (Plataforma analisada);
Xbox One;
Nintendo Switch.
NOTA: ☕️☕️☕️
“Após o demo do jogo me deixar com altas expectativas para o jogo, Spiritfarer não entregou tudo que esperava. Não é um jogo ruim, mas não é nada surpreendente também.”
Hoje as 5:00 PM foi apresentado a primeira hora de jogabilidade do próximo jogo da série Baldur’s Gate. Apresentado ao vivo com uma build pre-alpha.
O jogo foi confirmado que entrará como Early Access inicialmente com uma build básica e várias outras funções e conteúdos adicionados com o passar do tempo. A build mostrada mostra várias referências a Dungeons and Dragons, a lore de Baldur’s Gate, e faz uso de muitas mecânicas de RPG de mesa. Sua jogabilidade parece evoluir em cima da de Divinity 2, mas se distancia um pouco do que era em Baldur’s Gate 1 e 2.
Por enquanto o jogo ainda está um tanto quanto instável, ocorrendo até um bug que interrompeu o final planejado para a demonstração. Na sessão de perguntas foi dito que por enquanto só estão trabalhando nas versões de PC e Stadia. O jogo entrará em Early Access assim que estiver mais polida, preferecialmente esse ano, mas sem promessas de datas ainda.
Hoje as 5:00 PM (Horário de Brasília/ GMT -3) está marcado um evento de anúncio global do mais novo jogo da série Baldur’s Gate, um dos nomes mais conhecidos nos gêneros de CRPG. A transmissão será feita pelo YouTube no canal do Stadia.
Enquanto isso, alguns screenshots foram vazados antes da hora, já podemos ter uma idéia de seu HUD, sistema de diálogo e gráficos.
Por enquanto o jogo tem uma página na Steam e provavelmente entrará como um título Early Access. Stadia confirmou que o título chegará me 2020 ainda, mas nenhuma confirmação sobre exclusividade até o momento.
A apresentação do The Game Awards deste ano, apesar de desordenada, foi rica em conteúdo, contando com algumas surpresas.
As categorias, com seus indicados e vencedores oficiais foram:
Melhor game de e-Sports:
CS:GO
DOTA 2;
Fortnite;
League of Legends – (VENCEDOR);
Overwatch.
Melhor jogador de e-Sports:
Bugha (Fortnite) – (VENCEDOR);
Faker (League of Legends);
Perkz (League of Legends);
S1MPLE (CS:GO);
Sinatraa (Overwatch).
Melhor coach de e-Sports:
Adren (Team Liquid/CS:GO);
Cain (Team Liquid/League of Legends);
Zonic (Astralis/CS:GO) – (VENCEDOR);
Grabbz (G2/League of Legends);
Kkoma (SKT1/League of Legends);
Sockshka (OG/Dota 2).
Melhor evento de e-Sports:
2019 Overwatch League Grand Finals;
EVO 2019;
Fortnite World Cup;
IEM KATOWICE 2019;
League of Legends World Championship 2019 – (VENCEDOR);
The International 2019.
Melhor anfitrião de e-Sports:
Sjokz – (VENCEDOR);
Machine;
Redeye;
Goldenboy;
Candice.
Time de e-Sports:
Team Liquid/CS:GO;
Astralis/CS:GO;
G2/League of Legends – (VENCEDOR);
San Francisco Shock – OWL;
OG/Dota 2.
Jogo mobile:
CoD Mobile – (VENCEDOR);
Grindstone;
Sky;
Sayonara: Wild Hearts;
What The Golf?
Jogos em RV/RA (realidade virtual/aumentada):
Asgard’s Wrath;
Blood & Truth;
Beat Saber – (VENCEDOR);
No Man’s Sky;
Trover Saves the Universe.
Melhor jogo em continuidade:
Apex Legends;
Destiny 2;
Final Fantasy XIV;
Fortnite – (VENCEDOR);
Tom Clancy’s Rainbow Six Siege.
Melhor jogo de ação:
Apex Legends;
Astral Chain;
Call of Duty: Modern Warfare;
Devil May Cry 5 – (VENCEDOR);
Gears 5;
Metro Exodus.
Melhor jogo de ação/aventura:
Borderlands 3;
Control;
Death Stranding;
Resident Evil 2;
The Legend of Zelda: Link’s Awakening;
Sekiro: Shadows Die Twice – (VENCEDOR).
Melhor RPG:
Disco Elysium – (VENCEDOR);
Final Fantasy XIV;
Kingdom Hearts III;
Monster Hunter World: Iceborne;
The Outer Worlds.
Melhor design de som:
Call of Duty: Modern Warfare – (VENCEDOR);
Control;
Death Stranding;
Gears 5;
Resident Evil 2;
Sekiro: Shadows Die Twice.
Melhor narrativa do ano:
Disco Elysium – (VENCEDOR);
A Plague Tale: Innocence;
The Outer Worlds;
Death Stranding;
Control.
Melhor direção de arte:
Control – (VENCEDOR);
Death Stranding;
Gris;
Sekiro: Shadows Die Twice;
Sayonara: Wild Hearts;
The Legend of Zelda: Link’s Awakening.
Melhor trilha sonora:
Cadence of Hyrule;
Death Stranding – (VENCEDOR);
Devil May Cry 5;
Kingdom Hearts 3;
Sayonara: Wild Hearts.
Melhor jogo Indie:
Outer Wilds;
Untitled Goose Game;
Katana Zero;
Disco Elysium – (VENCEDOR);
Baba is You.
Melhor criador de conteúdo do ano:
Courage (Jack Dunlop);
Dr. Lupo (Benjamin Lupo);
Ewok (Soleil Wheeler);
Grefg (David Martínez);
Shroud (Michael Grzesiek) – (VENCEDOR).
Melhor suporte para comunidade:
Apex Legends;
Destiny 2 – (VENCEDOR);
Final Fantasy XIV;
Fortnite;
Tom Clancy’s Rainbow Six Siege.
Melhor jogo para família:
Luigi’s Mansion 3 – (VENCEDOR);
Ring Fit Adventure;
Super Mario Maker 2;
Super Smash Bros. Ultimate;
Yoshi’s Crafted World.
Melhor jogo de luta:
Dead or Alive 6;
Jump Force;
Mortal Kombat 11;
Samurai Shodown;
Super Smash Bros. Ultimate – (VENCEDOR).
Melhor estreia de estúdio indie:
Nomada Studio com Gris;
ZA/UM com Disco Elysium – (VENCEDOR);
Deadtoast Entertainment com My Friend Pedro;
Mobius Digital com Outer Wilds;
Mega Crift com Slay the Spire;
House House com Untitled Goose Game.
Melhor game de impacto:
Concrete Genie;
Gris – (VENCEDOR);
Kind Words;
Life is Strange 2;
Sea of Solitude.
Melhor multiplayer:
Apex Legends – (VENCEDOR);
Borderlands 3;
Call of Duty: Modern Warfare;
Tetris 99;
Tom Clancy’s The Division 2.
Melhor performance:
Ashly Burch (The Outer Wilds);
Courtney Hope (Control);
Laura Bailey (Gears 5);
Mads Mikkelsen (Death Stranding) – (VENCEDOR);
Matthew Porretta (Control);
Norman Reedus (Death Stranding).
Melhor jogo de esporte/corrida:
Crash Team Racing: Nitro-Fueled – (VENCEDOR);
DiRT Rally 2.0;
eFootbal Pro Evolution Soccer 2020;
F1 2019;
FIFA 20.
Melhor jogo de estratégia:
Age of Wonders: Planetfall;
Anno 1800;
Fire Emblem: Three Houses – (VENCEDOR);
Total War: Three Kingdoms;
Tropico 6;
Wargroove.
Melhor direção do ano:
Control;
Death Stranding – (VENCEDOR);
Resident Evil 2;
Outer Wilds;
Sekiro: Shadows Die Twice.
Jogo do ano:
Super Smash Bros. Ultimate:
The Outer Worlds;
Death Stranding;
Resident Evil 2;
Control;
Sekiro: Shadows Die Twice – (VENCEDOR).
Também definido pela votação pública, Fire Emblem: Three Houses recebe o prêmio de Player’s Voice!
O evento também teve presenças especiais. A seguir, contemple alguns dos melhores momentos:
Para ver os anúncios, aqui estão. Vale lembrar que nosso Barão do Café, premiação do Café com Geeks de melhores jogos do ano, ocorre semana que vem e você pode participar das votações, assim como do sorteio, neste link.
Neste novo e belo trailer, Samurai Shodown (também conhecido como SamSho) tem seu lançamento dado para primeiro trimestre de 2020 no Nintendo Switch..
No trailer temos prévia da gameplay que aparenta estar leve e frenética, além de um modo nostálgico onde você pode virtualmente jogar Samurai Shodown! 2 do Neo Geo Pocket. É o primeiro port do jogo desde seu lançamento em 1999.
SAMURAI SHODOWN já está disponível nos fliperamas, PlayStation 4, Xbox One, PC e futuramente Google Stadia e Nintendo Switch.
O ano de 2019, grandioso e assustador, está chegando ao seu fim. Fechando este com sua maior glória e finalmente no ponto supremo do Café com Geeks, decidimos oficializar nossa premiação de Melhores Jogos de 2019.
Para não misturar com o oficial, “The Game Awards”, decidimos fazer a votação pública ANTES do evento, enquanto iremos discutir nossas posições e avaliar a votação pública após o mesmo, por volta do meio de dezembro.
Para ver as categorias e fazer suas escolhas, completem este formulário ilustre feito na plataforma Google.
Na tarde desta segunda-feira (11), a Google anunciou quais games estarão disponíveis no catálogo de estreia do Google Stadia, com um total de 12 jogos que chegam junto com o serviço no dia 19 de novembro, na terça-feira.
Alguns jogos já confirmados para o Stadia não estarão no catálogo inicial do Google Stadia, como é o caso de DOOM 2016, Attack on Titan 2: Final Battle, Ghost Recon Breakpoint, Darksiders Genesis, Dragon Ball: Xenoverse 2, Farming Simulator 19, Final Fantasy XV, GRID, NBA 2K20, Metro Exodus, RAGE 2, Wolfestein: Youngblood, Trials Rising. Mas confira a lista com os 12 jogos confirmados para a estreia:
“Se perguntando quais jogos estarão disponíveis para jogar no dia de estreia do Stadia? Aqui está o nosso catálogo de estreia para 19 de novembro com mais títulos chegando no final de 2019.”
A lista trás esses games, respectivamente:
Assassin’s Creed Odyssey;
Destiny 2;
Gylt (exclusivo do Stadia, dos mesmos criadores de RiME);
Just Dance 2020;
Kine;
Mortal Kombat 11;
Red Dead Redemption II
Samurai Shodown;
Thumper;
Tomb Raider Definitive Edition;
Rise of the Tomb Raider;
Shadow of the Tomb Raider.
O app do Stadia já estará disponível na Google Play, com compatibilidade inicial exclusiva com os smartphones da Google da linha Pixel, sendo o Pixel mínimo para experiência o Pixel 2 (compatível com todos os outros Google Pixel lançados posteriormente), porém a Google já confirmou que o app estará disponível para demais dispositivos posteriormente.