A E3 2021 chega ao seu fim e junto dele, pra fechar com chave de ouro, tivemos a esperada Direct da Nintendo. Mostrando inúmeros títulos e sendo de longe a melhor conferência da semana, vamos aos nossos destaques:
A Direct começou com o novo personagem de Smash – Kazuya, de Tekken. O personagem contará com uma Direct especial no final do mês para sua demonstração detalhada.
Dragon Ball Z: Kakarot chegará em setembro para o Nintendo Switch com suas duas DLCs!
Super Monkey Ball Banana Mania chegará recriando estágios dos 3 primeiros títulos da franquia em outubro!
WarioWare chega em setembro com novos minigames, incluindo modo multijogador!
A data de lançamento de Shin Megami Tensei V, previamente vazada por sites oficiais, é oficialmente revelada com novo trailer demonstrativo. 12 de novembro!
10 anos de Danganronpa! Os três principais títulos da franquia chegam esse ano no console, além de novo spin-off!
Além de trazer boas notícias do desenvolvimento de Metroid Prime 4, a Nintendo anunciou Metroid 5 – Dread, novo título da série principal, agendado para outubro!
Advance Wars 1+2 Re-Boot Camp será um relançamento dos jogos de estratégia famigerados, chegando em dezembro desse ano!
Mario Party Superstars é o novo Mario Party, trazendo 5 tabuleiros do Nintendo 64 e 100 minigames clássicos da série! O jogo tem lançamento marcado para outubro.
Fatal Frame: Maiden of Black Water foi anunciado para todas as plataformas modernas! O título chega ainda esse ano.
Hyrule Warriors: Age of Calamity teve sua primeira onda de DLCs revelada e chega ainda este mês!
A sequência de Breath of the Wild (ainda sem nome) teve janela de lançamento e gameplay revelados em novo trailer inacreditável. O futuro GOTY chega em 2022.
No começo do ano fizemos uma votação pública nos ajudar a eleger os melhores animes de 2020. Tivemos muitos problemas decorrentes da pandemia, principalmente pela nossa equipe de anime ser muito menor que a de jogos, o que impossibilitou mais uma vez uma stream de debate. Porém, aqui estamos com nossos resultados e a motivação por trás destas escolhas, contando, claro, com a opinião pública!
Os prêmios e seus respectivos indicados e ganhadores foram:
Os outros indicados foram:
My Hero Academia
Re:Zero
Fire Force
Deca-Dence
Nosso primeiro ganhador é Jujutsu Kaisen. A grande sensação shounen do ano, superando até a supremacia estabelecida por Demon Slayer. Nenhum outro título esse ano teve o destaque que Jujutsu teve e isso deve ser enaltecido.
Os outros indicados foram:
Aggretsuko
Appare-Ranman!
Dorohedoro
Keep Your Hands Off Eizouken!
Akudama Drive é um clássico moderno. Um clássico INSTANTÂNEO. O trabalho da Tookyo Games, conhecidos por Danganronpa (o jogo), traz uma história contida, extremamente cyberpunk e memorável como nenhuma outra este ano. Só assistindo para entender sua grandiosidade.
Os outros indicados foram:
Kaguya-Sama: Love is War
Kakushigoto
Sing Yesterday for Me
Tonikawa
De vez em quando, nós clicamos com animes leves e tranquilos que assistimos apenas para fugir do peso da realidade moderna. Apesar de nos identificarmos com a realidade do anime (só tem gente de exatas nesse site), Science Fell In Love, So I Tried To Prove It ou Rikekoi é nosso slice of life do ano, por trazer aquela sensação de conforto e alegria que só esse gênero é capaz (e a gente se identificar com os protagonistas, óbvio).
Os outros indicados foram:
Burn the Witch
Lupin the Third: The First
Promare
Whisker Away
2020 foi um ótimo ano para filmes de anime, mostrando que a mídia não está abandonada. Tivemos uma revisita a grande franquia Lupin The Third em CG, o que ficou espetacular, mas Weathering with You conseguiu pegar tudo que Makoto Shinkai fez em suas obras e executar com maestria, trazendo uma obra moderna, sentimental e poderosa, e por isso merece nosso prêmio.
Os outros indicados foram:
Appare-Ranman!
D4DJ
Ghost in the Shell: SAC_2045
Lupin the Third: the First
Dorohedoro foi parte da grande ascensão do estúdio Mappa e muitos desacreditaram da produção por ser puro CG. Porém, assim como FighterZ para jogos, o CG apenas enalteceu o estilo de animação japonesa, trazendo uma obra única e muito, muito gostosa de assistir.
Os outros indicados foram:
Akudama Drive
Deca-Dence
Jujutsu Kaisen
Science Fell In Love, So I Tried To Prove It (Rikekoi)
Apesar de grandes outros nomes nesta categoria, escolhemos Sing Yesterday for Me como nossa surpresa do ano justamente por sair da caixinha de shounen/seinen. Temos uma história extremamente humana e madura sobre amor que nos prendeu do começo ao fim, sem saber pra onde iria. Por tanto, nada mais justo que ser a surpresa do ano do Café com Geeks!
Os outros indicados foram:
Aggretsuko
Fire Force
My Hero Academia
Re:Zero
Apesar da volta de grandes animes, falamos com toda certeza do mundo que o melhor anime em continuidade deste ano foi Kaguya-Sama: Love is War. Sua primeira temporada até foi boa, mas não chegou nem perto da grandiosidade do seu retorno. Todos os personagens tiveram destaque, tivemos arcos extremamente interessantes que superaram de todos os outros animes desta lista.
Os outros indicados foram:
God of Highschool
In/Spectre
Japan Sinks
Tower of God
Infelizmente nem tudo são flores. 2020 foi um ano diferente por causa da pandemia, com menos obras, mas ainda assim tiveram algumas que conseguiram nos decepcionar e outras que não conseguimos aproveitar nem um pouco. Diante de tantas promessas e grande equipe de produção, Gibiate foi a mais decadente, fraca e inacreditavelmente ruim. Infelizmente, nosso pior anime do ano foi Gibiate.
Os outros indicados foram:
Fate Camelot
Fumetsu no Anata e
Neon Genesis Evangelion: 3.0 + 1.0
Shaman King
Expectativas, como nós mesmos do Café costumamos descrever, são uma verdadeira maldição. Na maioria das vezes exageradas e irreais, podem quebrar toda uma potencial experiência de qualidade com qualquer tipo de mídia. Ainda assim, é impossível não criar. Muitas coisas foram anunciadas para 2021 e coisas boas, o que torna-se difícil escolher o título mais aguardado. Mas, com certeza, Chainsaw Man é a obra mais diferente e emergente destes títulos, o que trás não somente um frescor de expectativas, como expectativas moderadas mas ainda assim fortes. Este é nosso anime mais esperado do ano.
Os outros indicados foram:
Benimaru Shinmon (Fire Force)
Mensageiro (Akudama Drive)
Shinya Yukimura (Rikekoi)
Yu Ishigami (Kaguya)
Appare Sorano (Appare-Ranman!)
Todo ano temos discussões saudáveis e nada exageradas sobre quem são os personagens mais incríveis do ano. Esse ano todas as categorias de personagem estão concorridas, mas a de melhor garoto é de longe a mais acirrada. De qualquer maneira, Satoru Gojo de Jujutsu Kaisen acaba vencendo todos os nossos outros candidatos, justamente por ser o amalgama de tudo que faz um “melhor garoto” de anime. Charmoso, misterioso, poderoso, bonitão, Gojo se tornou um personagem icônico desde sua primeira aparição.
As outras indicadas foram:
Abigail Jones (Great Pretender)
Ayame Himuro (Rikekoi)
Haru Nonaka (Sing Yesterday for Me)
Maki Oze (Fire Force)
Jing Xialian (Appare-Ranman!)
É difícil até começar a discutir qual a melhor garota desse ano diante da grandeza de todas essas mulheres incríveis. Abigail foge do padrão de garota de anime, Himuro é extremamente inteligente e determinada, Haru é gentil e misteriosa, a Maki é poderosíssima e já foi ganhadora aqui no Café e a Xialian é outro grande destaque entre tantas garotas. Mas Chizuru Mizuhara merece o prêmio por sua maturidade diante de tantas adversidades, sendo uma co-protagonista humana e humilde.
Os outros indicados foram:
Nasa e Tsukasa (Tonikawa)
Kaguya e Shirogane (Kaguya-Sama)
Haru e Rikuo (Sing Yesterday for Me)
Noi e Shin (Dorohedoro)
Os casais desse ano foram variados e muito, muito carismáticos. Em muitos momentos, foram o que prenderam os espectadores às suas respectivas tramas e isso é de longe algo muito louvável. Esse ano foi impossível dar o prêmio para qualquer outro que não fosse Ayame e Shinya de Science Fell In Love, So I Tried To Prove It visto que ambos carregaram nas costas todo o anime que foi um espetáculo de se assistir (e se tornou um dos nossos casais de anime favoritos de todos os tempos).
Os outros indicados foram:
Kaguya (Kaguya)
Motoko Kusanagi (GitS: SAC_2045)
Saichi Sugimoto (Golden Kamuy)
Shinra (Fire Force)
Todo ano temos inúmeros protagonistas de anime, muitas vezes repetitivos e maçantes. Os aqui destacados longe estiveram disso, sendo refrescantes e interessantes o suficiente para ter nosso destaque. Kaburagi foi de longe o mais diferente deles – um homem trabalhador misterioso com causas extremamente nobres que foram alavancadas com o decorrer do anime, e por isso merece nosso prêmio.
Os outros indicados foram:
En (Dorohedoro)
Kurono Yuichiro (Fire Force)
Satella (Re:Zero)
Sukuna (Jujutsu Kaisen)
Este ano tivemos vilões bem fora da caixinha, e é melhor descreve-los mais como antagonistas que pessoas necessariamente ruins. Diante disso, Mami Nanami pode ser considerada a antagonista de Rent a Girlfriend, um anime de romance que discute muitas coisas sobre relacionamento juvenil. Nanami consegue ser assustadora, má, mas ao mesmo tempo, extremamente humana, e por isso merece nosso prêmio.
Os outros indicados foram:
Akudama Drive:『4STEAL!!』de SPARK!!SOUND!!SHOW!!
Deca-Dence:『Theater of Life』de Konomi Suzuki
Dorohedoro:『Welcome to Chaos』de (K)NoW_NAME
Jujutsu Kaisen:『Kaikai Kitan』de Eve
Esse ano aberturas de anime saíram bastante do padrão, o que tornou o processo de seleção um pouco mais difícil. Algumas músicas superaram outras, enquanto algumas apresentações visuais foram melhores que as outras. Tentando eleger o conjunto da obra, escolhemos Chou no Tobu Suisou de TK from Ling Toshite Sigure de Pet, que foi um anime com não tanto destaque, mas com trilha sonora assombrosa, incluindo abertura e encerramento. Confiram:
Os outros indicados foram:
Ghost in the Shell: SAC_2045:『sustain++』de Mili
Great Pretender:『Great Pretender』de Freddie Mercury
Jujutsu Kaisen:『Lost in Paradise』de AKLO
Pet:『image _』de Siren
Alguns dos encerramentos desse ano vão ficar marcados na história dos animes como alguns dos mais icônicos. Entretanto, Yusetsu de Golden Kamuy não apenas teve um conjunto da obra fabuloso, como também é o que melhor representa seu respectivo anime, além de ser uma música solo extremamente cativante. Por isso, foi nosso escolhido. Contemplem:
Outra disputa acirrada entre novos e antigos nomes da dublagem nipônica, tivemos de escolher Kenjiro Tsuda como Joker de Fire Force. O personagem não apenas foi um dos grandes destaques da temporada como teve momentos que apenas essa dublagem foi capaz de reproduzir com tanta grandeza.
Os outros indicados foram:
Akudama Drive
Deca-Dence
Dorohedoro
Fire Force
Design de personagens esse ano foi um grande desafio. Diante de tantos novos e refrescantes designs, escolhemos Promare, justamente por renovar um gênero que a Trigger faz como ninguém, além de fazer bons designs que encaixassem nos ocasionais CGs do filme.
Os outros indicados foram:
Galo de Lion vs. Kray (Promare)
Joker vs. Sol Commander Assassin (Fire Force)
Tsukasa vs. Hayashi (Pet)
Yuji e Nanami vs. Mahito (Jujutsu Kaisen)
As lutas desse ano foram muito, muito especiais, entre tantos animes que fizeram até embates metafóricos como Pet. Mas nosso ganhador é o combate mais cru, natural e humano possível, do Lutador com o Executor de Akudama Drive. A cena não apenas gera impacto momentâneo, como para o resto do anime, tornando este momento um dos mais importantes da obra.
Os outros indicados foram:
Akudama Drive
Deca-Dence
Jujutsu Kaisen
Pet
As trilhas sonoras desse ano foram inacreditáveis. Mas, como em design de personagem, o estúdio Trigger conseguiu fazer uma incrível sintonia em todos os aspectos da sua obra e com sua trilha sonora por Hiroyuki Sawano não foi diferente. Promare ganha a melhor trilha sonora do ano!
Os outros indicados foram:
Akudama Drive
Deca-Dence
Dorohedoro
Promare
Arte e animação costuma ser grande ponto de debate em premiações como esta. Este ano foram fortes os concorrentes, mas cremos que o ganhador foi Fire Force diante do tanto que explorou sua arte com boa animação e não deixou a desejar em momento algum durante sua trama.
Os outros indicados foram:
Akudama Drive
Deca-Dence
Dorohedoro
Science Fell In Love, So I Tried To Prove It (Rikekoi)
Sing Yesterday for Me
Nosso primeiro ganhador foi Jujutsu Kaisen. A grande sensação shounen do ano, superando até a supremacia estabelecida por Demon Slayer. Nenhum outro título esse ano teve o destaque que Jujutsu teve e isso deve ser enaltecido. Jujutsu foi uma grande sensação. Com um ar completamente novo para seu gênero mesmo que com uma temática familiar, temos aqui o anime que mais se esforçou para trazer algo especial e não é a toa que ganhou de lavada nessa categoria, tanto entre nossos participantes internos como em voto público. Apesar de termos grandes outros nomes aqui, seria injusto com Jujutsu Kaisen não o premiar com o Barão do Café de melhor anime de 2020.
E é isso. Esse foi um Barão do Café de anime muito diferente mas igualmente especial aos demais. Agradecemos a todos que participaram e também a quem se dispôs a votar. Até ano que vem!
NieR Replicant ver.122474487139… foi um esperado relançamento do NieR original. O jogo foi anunciado ano passado como uma nova versão de NieR, focando no protagonista da versão japonesa (o irmão), remasterizando o título e incluindo novos conteúdos. Lançado em Abril, aguardamos concluir todos os finais para analisar o título.
O jogo conta a história de dois jovens irmãos num futuro medieval, milhares de anos após uma calamidade que quase acabou com a humanidade. O mundo é cheio de sombras violentas que matam e consomem os ainda humanos, e uma doença grave e incurável toma vidas diariamente. Um dos dois jovens, Yonah, a irmã mais nova do protagonista, Nier, tem essa doença e desde jovem o irmão busca uma cura para irmã. Sozinhos em uma pequena vila, ele é um faz-tudo que trabalha para sustentar sua casa e cuidar de sua irmã. Ao ser sequestrada logo no começo do jogo, Nier resgata sua irmã junto de um grimório mágico chamado Weiss e logo faz mais amigos, como a amaldiçoada Kainé e o distorcido Emil. Juntos, eles descobrem uma forma de curar Yonah e assim começa a jornada de personagens traumatizados e quebrados atrás de uma cura que nem se sabe se existe.
O jogo é um JRPG de ação com combate hack and slash, muito próximo do de NieR Automata. O protagonista pode utilizar inúmeras armas que encontra ao longo do jogo, além de fazer upgrades nas mesmas e acoplar a elas palavras mágicas que dão buffs específicos. Existem três categorias de armas. Além dessas armas, o grimório possui uma mecânica de “shoot ‘em up”, com diferentes magias que podem ser utilizadas pelo protagonista, tanto para combater os inimigos quanto as magias dos mesmos que também funcionam como “shoot ‘em up”.
A exploração de mundo é seccionada, contendo alguns espaços em “top-down” e outros em 2D. O jogo raramente limita o jogador de ir e vir e permite que missões possam ser feitas fora de ordem. A narrativa aqui varia de formato constantemente, seja por “timeskip”, puro texto, “cutscenes” e mais. Isso traz um frescor para todos os momentos do jogo. O jogo também conta com diversas missões secundárias que justificam o protagonista ser um “faz-tudo”. Diversos aldeões tem pedidos que costumam ser quests de procurar por itens ou levar objetos de um lugar para o outro, o que consegue ser extremamente repetitivo, principalmente para cumprir um dos objetivos para finais importantes do jogo que é conseguir todas as armas (e para pegar todas as armas você precisa tanto de armas exclusivas de missões quanto armas compradas, e você só consegue dinheiro fazendo essas missões).
Felizmente ao finalizar uma rota o jogador mantém as armas e itens das rotas anteriores, o que evita rejogabilidade de caçadas ao tesouro. Cada rota conta a história de uma perspectiva diferente, e algumas rotas incluem momentos a mais no final do jogo. Assim como as side-quests, as primeiras rotas são extremamente repetitivas pois exigem que o jogador refaça todo o jogo apenas para contemplar algumas falas a mais, o que foi muito melhor executado em NieR Automata, que muda o conteúdo de cada rota, mesmo contemplando o mesmo espaço-tempo da história. Felizmente a história de NieR Replicant tem personagens muito mais cativantes que Automata, além de uma história extremamente emocionante que prende o jogador de começo ao fim.
As discussões filosóficas de NieR Replicant são múltiplas assim como a de seu jogo sequência. O trabalho de Yoko Taro é poderoso, sensível e abrangente. A polêmica de identidade de Kainé, que é profundamente explorada aqui e traz grandes reflexões sobre o tema, da grande destaque pra personagem. Nada aqui é forçado ou exposto como algo deslocado como muitas obras ocidentais tentam fazer, mas sim apresentadas sutilmente e de forma extremamente natural. Emil também tem problemas de identidade, diferente de Kainé, mas também é apresentado da melhor forma possível. O arco de todos os personagens, até os menos aparentemente relevantes NPCs são cautelosamente trabalhados para que o jogador se sinta inserido no papel de Nier e sinta carinho por todos, criando um universo acreditável e memorável. Isso tudo sem falar sobre Grimoire Weiss, um dos melhores personagens de todos os tempos da história dos video games, que é um mísero livro flutuante.
A trilha sonora de NieR Replicant faz jus ao nome da franquia. Pra quem jogou só o Automata, já da pra sentir diversos tons similares, mas possui identidade própria e traz grande emoção a todos os momentos que toca. Grande destaque a “Song of Ancients”.
PROS:
Jogabilidade frenética;
História poderosa;
Personagens humanos e cativantes;
Exploração aberta e generosa;
Variedade de jogabilidade.
CONS:
Repetitividade de side-quests e finais iniciais.
PLATAFORMAS:
PS4;
PC;
Xbox.
NOTA: ☕☕☕☕☕
Apesar da repetitividade de alguns elementos do jogo, NieR Replicant é um dos melhores RPGs modernos, superando até sua famigerada sequência NieR Automata. Seu universo, história e personagens são humildes mas únicos, poderosos e cativantes e prendem o jogador do começo ao fim. Título obrigatório para fãs do gênero.
Este jogo lançado em 2020, é na verdade um remake de Seiken Densetsu 3, jogo da Squaresoft lançado para Super Famicom em 1995, mas que não havia sido lançado no ocidente na época.
Dessa vez, a versão moderna e em 3D foi produzida pela Xeen, sem o envolvimento da equipe original.
A série Mana
Antes de desenvolver sobre o game de 2020, é importante dizer onde ela se encaixa na cronologia desta série um pouco desconhecida no ocidente.
Lançado originalmente em 1991 no Game Boy, o primeiro jogo da série saiu o ocidente como Final Fantasy Adventure. Este jogo carregava muitos elementos da série mais famosa da Square-Enix, como os cristais e inimigos com os mesmos nomes.
Já em 1993, Seiken Densetsu 2 foi lançado para o SNES, localizado como Secret of Mana. Este já se separou de Final Fantasy, introduzindo elementos próprios e fazendo um certo sucesso no ocidente, inclusive recebendo cobertura das revistas de games brasileiras na época.
E finalmente em 1995, tivemos Seiken Densetsu 3, que por anos ficou conhecido como “Secret of Mana 2” por nós, já que a única forma de jogá-lo em inglês foi por uma tradução feita por fãs no início dos anos 2000. Isso claro, até o remake ser lançado como Trials of Mana.
Além disso a série teve diversas continuações, spin-offs e remakes, com o mais recente sendo o Trials of Mana de 2020, que foi lançado na mesma época que Collection of Mana, que juntava os três primeiros games, com uma tradução oficial do Trials of Mana de SNES, lançada 17 anos depois do jogo original.
Gameplay
Trials of Mana é nada mais que um action RPG clássico. Sem turnos, o game foca em batalhas contra inimigos que começam sem transição de tela, onde o jogador pode controlar seus três personagens, com um botão de ataque normal e a possibilidade de usar itens e magias, pausando o tempo para a escolha da habilidade em questão ou usando-as instantaneamente através de atalhos de botões.
Além disso, temos os Class Skills, que são os ataques especiais de cada personagem. De início todos possuem apenas um, porém ao subir de classe é possível aprender até quatro desses ataques, que devem ser usados com frequência pelo jogador, principalmente nas dificuldades mais altas.
Classes
Em relação as classes, elas seguem possuindo o mesmo propósito do game original. Todos os personagens podem subir até a Classe 4. Essas por sua vez funcionam como uma mudança de “job” em alguns jogos da série Final Fantasy.
A diferença é que aqui cada classe (tirando a primeira) possui uma temática “Light” ou “Dark”, fazendo alusão ao fato de que todo ser humano possui um pouco dos dois.
Assim, todo personagem possui até 9 classes, mas obviamente não é prático obter todas durante um gameplay, sendo ideal escolher um dos caminhos e mantê-lo até o fim.
A diferença entre elas está nos tipos de Class Skills (diferentes para cada uma) e a variedade de magias e status que podem ser usados.
Angela, a maga do jogo, pode seguir por um caminho “Light” onde usa magias de ataque de Luz ou por um lado “Dark”, onde seu foco se torna causar debuffs nos inimigos através de magias de Escuridão.
Todas essas habilidades são válidas e permitem que o jogador faça diversas combinações entre os três personagens que usa por gameplay.
Personagens
O game possui 6 personagens, porém no início o jogador deve escolher um protagonista e mais 2 para auxiliá-lo em sua jornada.
O protagonista obviamente define o rumo da história, sendo que duas dungeons e os dois vilões principais, incluindo o chefe final, mudam dependendo de quem você escolhe para liderar a party.
Essa variedade é interessante porque os devs tiveram que fazer diversos diálogos diferentes para situações similares, dependendo de quem está na party. É um trabalho hercúleo que provavelmente foi mais fácil no SNES, mas trazer isso para o ambiente 3D, sem o investimento de um Dragon Quest XI ou Final Fantasy VII Remake deve ter sido trabalhoso, mas é recompensador para o jogador.
História
Talvez o fator de menor qualidade no game, Trials conta quase que uma história padrão de livro infantil. Após a introdução de cada protagonista, começa a aventura para salvar a Árvore de Mana, que está morrendo devido às influências das forças do mal (que variam dependendo do protagonista, como falado anteriormente).
Daí viajamos de cidade em cidade, procurando elementais em dungeons e enfrentando chefes em cada uma delas. Temos poucos desvios de foco, como uma parte que acontece em um navio fantasma que não aparenta ter nenhuma relação com o resto do jogo.
Inclusive, este é o problema da história. Nada parece ter peso suficiente. Vemos personagens morrer, mas nenhum deles é apresentado anteriormente para que o jogador crie afeto ou algum outro tipo de relação com ele para se importar em vê-lo partir.
Em dado momento, uma cidade é obliterada e seus moradores são mortos, mas o único input do jogador é voltar para lá e ver tudo destruído. Não se acham corpos e isso não influencia em mais nada além de poucas falas antes da próxima dungeon a ser batida.
Isso sem falar que a maioria dessas cenas impactantes acontece em flashbacks, restando ao jogador apenas o serviço de “soldado”, que é fazer o plot maior andar através do combate com inimigos.
Isso talvez funcionasse em um contexto simplificado de jogos da era de 16-bits, mas quando se traduz a mesma história para um ambiente moderno, tudo perde o peso e nem o fato do jogo ser em três dimensões faz com que a personalidade de tudo deixe de ser bidimensional.
Mapas e exploração
As cidades são muito parecidas, tanto em estética quanto em tamanho, ao ponto que o jogador por vezes se confunda onde está. Isso poderia ser um problema, então os desenvolvedores colocaram marcadores de onde o jogador deve ir.
Funciona como nos Call of Duties da era PS3: em todo momento existe uma estrelinha na tela apontando pra onde o jogador deve ir. Não existem sidequests, então é possível rushar o jogo sem mal explorar as cidades.
Apesar de existir um overworld que pode ser acessado posteriormente, é necessário explorar certos caminhos entre cidades e os objetivos, pois não existe um tipo de teletransporte para todos os lugares, como a magia Zoom em Dragon Quest, por exemplo.
Isso é um ponto importante, pois existe uma quantidade significativa de backtracking em certos lugares, e como os inimigos desses lugares se mantêm os mesmos, é frustrante e cansativo passar por certos ambientes 3 ou 4 vezes quando não se pode nem mesmo upar seus personagens mais devido ao level elevado.
Apesar disso, o combate ativo faz com que muitos desses contratempos não sejam tão cansativos como fiz parecer nos parágrafos acima. O sistema de batalha é gostoso e recomendo jogar no Hard, que apesar do nome, não deixa tudo muito complicado. Apenas deixando as batalhas com mais peso e significado ao invés do Normal, onde todos os inimigos parecem feitos de papel.
Trilha Sonora
Um fator divertido é que desde o início do jogo é possível jogar usando a trilha sonora original do SNES, ou usar a versão remixada para essa versão. As músicas originais funcionam muito bem no jogo atual, talvez pelo fato desta versão ser basicamente a mesma coisa da lançada para o Super Famicom, só que em três dimensões.
Porém, a versão nova também não faz feio e possui músicas feitas com instrumentos reais, como o tema da Seaside Cavern:
Conclusão
Trials of Mana (2020) é um game que nasceu de uma demanda do ocidente de conhecer o terceiro jogo da série Mana de forma oficial. Ainda que a Square-Enix não tivesse disposta a investir muito dinheiro no projeto e tenha terceirizado para uma empresa menor, o resultado foi muito bom.
Havia espaço para mais ousadia, como mudanças no layout linear e pequeno dos mapas e algumas melhorias de qualidade de vida, como as feitas em Dragon Quest XI, para modernizar o jogo e tornar a experiência mais única e atrativa para os jogadores atuais.
Analisando o jogo pelo que ele é, temos um JRPG clássico contado através de uma engine moderna que traz consigo um combate ágil e divertido, porém espaçado entre uma história levemente desinteressante e pontos de exploração com pouca recompensa ao jogador.
Esse por sua vez, deve entrar com a mentalidade de que vai jogar um jogo de ação e aventura e não um longo RPG com história complexa e mundo enorme a ser explorado. Assim, poderá se divertir muito mais e até mesmo fazer os três playthroughs necessários para atingir os 100% do jogo, o que leva de 40 até 50 horas no total.
PROS:
Sistema de batalha divertido até o fim;
História que varia dependendo da party escolhida, mudando dungeons e chefes;
Direção de arte competente.
CONS:
História pouco interessante;
Loadings longos e constantes;
Poucas melhorias de QoL, como falta de teletransporte para certas áreas.
Esta análise foi feita em parceria com nossos amigos do Joy-Con a Dois! Obrigado Anne e Voss que se juntaram à caçada!
Desde que foi anunciado, o Nintendo Switch recebeu uma carga de espera pelo seu próprio Monster Hunter, o que é de se esperar devido ao legado da Nintendo com a série. O jogo recebeu um port do último de 3DS, o XX, também conhecido no ocidente como Generations Ultimate, mas o jogo era bem limitado tanto em questões de gameplay que foi completamente adaptada aos controles do Switch, quanto graficamente. O jogo saiu depois do World nos outros consoles e quem jogou o World e foi pro XX depois não conseguiu se adaptar bem. Avança algum tempo de seu lançamento e a Capcom anuncia Monster Hunter Rise, um Monster Hunter exclusivo do Nintendo Switch, na Re Engine (de Monster Hunter World), completamente baseado no folclore japonês.
Monster Hunter Rise não foge de nenhum padrão estabelecido da série até hoje, o que o torna um jogo difícil de analisar, porém suas melhorias são diversas. Primeiro pode-se analisar o que o jogo tem como campanha.
A campanha de Rise consiste em uma história simples: a vila de Kamura, 50 anos atrás, foi atacada por uma invasão de monstros, liderada por um monstro horrendo, gigantesco e verdadeiramente mal, chamado de Magnamalo. Essa invasão está ameaçando voltar com aparições de Magnamalo e sua carnificina ao redor da vila. Com isso, é dado ao jogador a missão de caçar diversos monstros, jogar no novo modo de tower defense para defender a vila e por fim, lutar contra Magnamalo, o que desbloqueará o High Rank e o pós game.
A campanha em si é relativamente curta quando comparada com World. Muitos dos monstros que faziam parte da campanha do World são apenas encontrados no HR em Rise. Com os novos aspectos de jogabilidade e suas melhorias de qualidade de vida é visível o quanto, pelo menos o rank baixo, se tornou mais fácil e acessível aos jogadores, principalmente aos que têm familiaridade com a jogabilidade (completamos a campanha principal com 15 horas de jogo, exatamente). Por um lado isso facilita muito a vida do jogador casual, que não terá que investir dezenas de horas fazendo múltiplas armaduras e armas, por outro perde um pouco o propósito da gama tão vasta de itens craftáveis que nos jogos anteriores eram ponto definitivo na hora da derrota ou vitória (claro, falando apenas do rank baixo).
Apesar da baixa quantidade de conteúdo que o game possui atualmente, ele prioriza trazer batalhas realmente únicas contra os novos monstros. Magnamalo foi o “garoto propaganda” do Rise não à toa, com um set de armadura, movimentos e golpes bem únicos, além de um design de criatura arrojado que o tornam super marcante em todas as suas aparições. Monstros como Goss Harag, com a habilidade de congelar os braços transformando-os em lâminas, e Somnacanth, com seu movimento serpentinoso pela água e golpes que alternam entre flashes de luz e explosões, dão a Rise, além da sua temática japonesa, uma identidade forte.
O que poderia ser melhor do que lutar contra tantas criaturas épicas? Seria controlá-las! Em Rise, a possibilidade de montar nelas é possível caso cumpra o requisito de atordoá-las, podendo ter a chance de controlar o monstro por um período de tempo limitado para derrubar outro monstro próximo ou simplesmente jogá-lo contra a parede, causando um dano massivo em seu alvo de caçada. Isso faz com que o dito monstro derrube pedaços de si, os chamados “drops” ou “materials”, que são úteis para o jogador recolher e usar ao construir armas e armaduras que usará em batalha. Além disso, caboinseto e palamute, com destaque, como ambos deixaram o jogo mais dinâmico e veloz em comparação aos antigos, são adições que precisam ser comentadas porque são o diferencial do jogo. O caboinseto permite diversas manobras tridimensionais ao redor dos titãs (sim isso foi uma referência), sendo literalmente um cabo ligado a um inseto controlado pelo jogador, assim como palamute, um segundo companheiro além do costumeiro palico, que além de acompanhar e ajudar o jogador, é um veículo bem rápido para transitar pelo mapa, além de ajudar no combate.
O jogo também possui uma série de missões de hub para fazer no multiplayer que é idêntico aos jogos anteriores. Você pode se juntar a até três amigos para caçar um monstro, tendo o nível de dificuldade ajustado para a quantidade de jogadores e os itens que teria para curar e número de tentativas antes de falhar a missão é distribuída entre os jogadores. O multiplayer agora também dá acesso ao modo rampage, o que é um bom acréscimo, fazendo com que os jogadores tenham que pensar em conjunto com os demais aliados, já que todo o armamento deste modo é compartilhado entre os jogadores, dando mais uma camada de planejamento. Além de unidades manuais e automáticas que você pode implantar em certas instalações, alguns NPCs famosos de Kamura podem ser chamados para realizarem ataques especiais uma única vez.
É importantíssimo falar sobre as melhorias técnicas desse jogo comparado ao seu antecessor no console. Monster Hunter Rise agora roda na engine no World e é gritante como o jogo se assemelha visualmente com o colega dos outros consoles. Partidas com quatro caçadores e seus parceiros lutando contra criaturas gigantescas nos mais diversos cenários serão de maravilhar qualquer jogador, independente de qual modo (na dock ou portátil) do Nintendo Switch ele tenha escolhido jogar. O jogo não possui nenhum engasgo, não há limitações no mapa quanto anteriormente e possui excelente design de som. E sobre som, a trilha sonora de Monster Hunter Rise é fantástica por Satoshi Hori, enriquecendo todo o visual magnífico de Japão feudal e seu folclore, lembrando em abundância trabalhos como a trilha sonora de NieR: Automata.
Sobre os monstros de Monster Hunter Rise, é importante dizer que houve um bom balanço entre novos e antigos. Os novos são todos baseados no folclore japonês, com um “filminho” temático apresentado antes da caçada de cada um. Há uma boa variedade de monstros aqui e de longe é mais agradável que os outros dois títulos citados, além de futuros updates que irão trazer antigos monstros ao Rise, recheando mais ainda o catálogo de criaturas.
Monster Hunter Rise deixa notável como a Capcom enxerga a série atualmente, uma mistura de tradição e evolução mas com a atenção de atingir um novo público que provavelmente nunca deu a real chance à série. Ela busca elevar a notoriedade da série e o Nintendo Switch foi o console ideal para tal feito por sua portabilidade e recursos, podendo até agradar fãs mais antigos da época do PSP. Mas, ao mesmo tempo, enxerga como pode atender a todos os públicos levando o título futuramente para os jogadores do PC, por exemplo, agora atendendo até o público brasileiro, com acessibilidade em português e um preço bem camarada comparado aos demais AAA para o Switch!
PROS:
Jogabilidade mais refrescante da franquia;
Multiplayer melhor que nunca;
Novo modo de jogo;
Novas mecânicas de jogo que proporciona melhor movimentação;
Mundo interessante e novo;
Temática perfeita;
Rejogabilidade imensa;
Pós-game colossal;
Acessibilidade brasileira (preço e tradução);
Atualizações gratuitas.
CONS:
Campanha principal muito curta;
Baixa necessidade de renovação de equipamentos (pelo menos durante a campanha).
PLATAFORMAS:
Nintendo Switch (plataforma analisada; chave concedida pela Capcom)
Pokémon Black & White fazem 10 anos este ano, hoje mais do que nunca merece ser rejogado, especialmente por aqueles que não gostaram, pois foi um jogo feito com esmero, que marcou o fim de uma era, uma era onde os jogos Pokémon não eram lançados simultaneamente: a era DS.
Pokémon Black & White pertencem à quinta geração de Pokémon, uma geração cuja a região é baseada em Nova York, a região de Unova. Tal escolha foi feita para trazer uma experiência completamente nova aos jogadores, pois o diretor Junichi Masuda desejava desde a quarta geração de Pokémon trazer uma experiência completamente nova para os jogadores, contudo somente o fato da migração do Gameboy Advance para o Nintendo DS já traria uma experiência diferente, portanto não havia necessidade de fazê-lo tão cedo.
Contudo, após 3 jogos de Pokémon lançados no DS: Diamond & Pearl; sua extensão; o remake de Gold & Silver. Todos os jogos de imenso sucesso comercial devido à popularidade da plataforma DS, e cada um evoluindo a fórmula do anterior, mas sem se livrar dela, Masuda achou que era a hora de pôr suas ponderações em prática, pois, além de ter o expertise necessário, considerou que fazer um jogo seguindo a mesma abordagem seria redundante e não seria apreciado por crianças e adultos como desejava. Este contexto explica o porquê da região escolhida ser baseada em outro continente do planeta e não mais no Japão, também explica o porquê de haver somente Pokémon daquela região inicialmente, essa escolha de Masuda foi polêmica na época, pois assustou aos jogadores que não sabiam lidar com fato de não haver Pokémon antigo no jogo (inicialmente) e também aos demais desenvolvedores que achavam a escolha de Masuda muito ousada, isto acabou gerando uma birra boba por parte dos jogadores em relação a região e seus Pokémon que criticavam sem nem mesmo antes jogarem.
O plot de Pokémon Black & White é o ponto mais elogiado do jogo, e possivelmente uma forma de agradar o público mais velho, trazendo personagens icônicos como o antagonista N que é o personagem mais profundo trazido a franquia e o polêmico tema sempre esquivado pela franquia: sobre a relação de treinador e Pokémon e se há ou não legitimidade nessa relação. Em relação à inédita região até então, adicionaram novos 156 monstrinhos, a maior adição da franquia até hoje. Provavelmente para renovar o público mais novo e que estava entrando na franquia, sem se preocupar pela primeira e última vez em pagar pedágio para os fãs nostálgicos. Estes pontos foram partes importantes nesta nova abordagem de Masuda em reformular Pokémon, trazendo algo novo no velho, não à toa os jogos B&W são considerados como reboots pelos fãs, pois trata-se de uma experiência inédita com novos Pokémon, em uma região inédita, com o objetivo de fazer o jogador sentir algo absolutamente novo tal como se sentiu ao jogar Pokémon pela primeira vez.
Black & White foi um jogo extremamente bem sucedido em sua proposta, sendo o jogo feito com maior esmero pela Game Freak, com gráficos novos que trazem um aspecto mais tridimensional ao mapa e aos sprites do Pokémon, que por sua vez possuem um realismo incrível, os Pokémon deixaram de ser imagens estáticas como comumente eram nos jogos principais e ganharam vida com os Pokémon se mexendo o tempo todo, não mais somente na introdução da batalhas como nas extensões, agora eram verdadeiramente animadas, os Pokémon respiravam, faziam gestos característicos, todos de forma bem feita.
Pokémon Black & White merece ser revisitado por todos em seu aniversário de 10 anos, especialmente por aqueles que não gostaram dos Pokémon de Unova e por isso nunca jogaram, o café com geek convida todos para provarem esse maravilhoso jogo que não somente é o melhor jogo de Pokémon, como também é um dos melhores RPGs de todos.
Nesta review não vou entrar muito em detalhes de história de ambos os jogos, para que esta review seja completamente livre de spoilers, e foque apenas nas partes técnicas da obra visto que é um jogo com uma ótima narrativa e não merece ser estragada.
Digimon Story Cyber Sleuth Complete Edition, junta os dois capítulos da história, Digimon Story Cyber Sleuth e Digimon Story Cyber Sleuth: Hacker’s Memory.
Digimon entrou no mundo dos jogos digitais a muitos e muitos anos atrás, porém nunca possuiu um jogo realmente bom e cativante como o rival Pokémon, porém desta vez a história foi diferente, transformaram Digimon numa história completamente nova, adicionaram uma narrativa digna de grandes JRPGs com história cativante e com um sistema de batalha por turnos que lembra bastante os JRPGs clássicos, resultando no melhor jogo de Digimon já produzido até então e com certeza absoluta um dos melhores JRPGs da atualidade.
O jogo possui um ótimo design tanto de personagens como de ambiente, uma jogabilidade simples de entender e confortável para que possa ser jogados horas e horas sem problemas, uma narrativa cativante em ambos os jogos que será explicada mais adiante. A jogabilidade baseada em turnos é rápida e de fácil compreensão, fazendo com que o jogador se sinta mais confiante e confortável rapidamente, à trilha sonora do jogo é impecável dando uma imersão ainda maior durante o jogo, bem como os gráficos em cell-shade muito bem elaborados.
Dois jogos que se completam numa coletânea que vai lhe render no mínimo umas 130h de jogo, pra quem é fã de Digimon essa coletânea é sem dúvidas um “must have” pois é certeza de um aproveitamento total do jogo, e mesmo aqueles que não são familiarizados com Digimon mas ainda assim gostam de JRPGs e jogos com uma narrativa bem feita vão se maravilhar com Digimon Story Cyber Sleuth Complete Edition.
PLATAFORMAS:
PC (plataforma analisada, jogo cedido pela Bandai Namco);
O ano de 2020, lento e assustador, está chegando ao seu fim. Fechando este com sua maior glória e com a maior atenção do Café com Geeks, após um infeliz cancelamento da edição de animes do ano passado devido à pandemia (que ocorreria no começo deste ano), decidimos oficializar nossa premiação de Melhores Animes de 2020.
Nosso evento oficial deve ocorrer após o Barão de Jogos, então não se preocupem!
Para ver as categorias e fazer suas escolhas, completem este formulário ilustre feito na plataforma Google.
“No More Heroes” é um jogo de ação e aventura focado em batalhas frenéticas de espadas, desenvolvido pela Grasshopper Manufacture e distribuído pela Marvelous Entertainament, exclusivamente para o Nintendo Wii no ano de 2007. Futuramente foram lançadas versões para outros consoles como o PS3 e Xbox 360, em 2011, e o Nintendo Switch, em 2020.
O jogo nasceu pela vontade de Goichi Suda publicar um titulo de ação que envolvesse combate por controle de movimento. O Nintendo Wii estava fresco no mercado na época e a equipe de desenvolvimento o transformou como título exclusivo da plataforma. Goichi Suda teve a ideia a partir de uma cena do filme “Jackass” onde o protagonista é picado por um escorpião. Travis Touchdown, o protagonista da franquia, teve suas características baseadas nesse escorpião letal que ataca implacavelmente suas vítimas. Sua arma principal possui um ferrão na extremidade que se assemelha ao membro de defesa do escorpião.
A história do jogo é bem direta e sem grandes reviralvoltas. Travis Touchdown é um jovem otaku desempregado sem perspectiva de vida, que decide se tornar um assassino profissional depois que uma bela moça chamada Sylvia o ofereceu uma oportunidade para entrar na tabela da União dos Assassinos da América. Caso ele alcance a primeira posição, conseguirá uma bela fortuna e outras recompensas agradáveis. Travis junta todos os seus recursos para comprar um potente sabre de luz para iniciar sua empreitada.
O maior trunfo do enredo é dar uma aparência previsível à trama e ao mesmo tempo trazer assuntos com substância. Durante o desenrolar dos eventos aparece uma série de questões que fazem questionar as intenções dos personagens envolvidos e a necessidade dessa competitividade violenta entre eles. O senso de humor é a peça fundamental do jogo trazendo reviravoltas bem humoradas durante os combates contra os assassinos. Especialmente na reta final, onde o jogo fecha com uma boa dose de quebra da quarta parede e sarcasmo. O jogo possui dois finais, e para desbloquear a conclusão completa é necessário adquirir todas as armas do jogo.
A jogabilidade é bem simples para o gênero “hack and slash”. Não possui muita variedade de armas e combos a serem feitos. O diferencial no combate acontece quando o jogador consegue fazer uma determinada sequência de execuções ativa uma roleta que vai determinar qual golpe especial Travis vai poder executar. O protagonista pode adquirir três sabres de luz além dos seus respectivos melhoramentos. O combate envolve fazer uma série de ações com o controle de movimento. Travis pode aprender novos golpes corporais e melhorar o vigor fisíco que envolve a barra de vida e estâmina. O mapa é aberto mas possui poucos lugares de exploração. As atividades se restringem a certas lojas onde Travis pode acessar missões e customizar a aparência. A cidade em si não é atraente e quase não possui vida nas ruas. Durante o estágio dos assassinos é possível obter figurinhas de “luchadores” para a coleção do Travis.
Grande parte do jogo envolve trabalhos de meio expediente. A ideia que se busca passar é a necessidade do Travis trabalhar duro para chegar ao topo. Para acessar novos embates com os assassinos é preciso gastar uma expressiva quantia de dinheiro. O meio de se avançar na tabela é realizar uma série de tarefas monótonas, como coletar coco e encher os tanques de veículos com combustível para receber uma remuneração salarial. Apesar de serem tarefas cansativas, a forma como o jogo aborda deixa elas mais interessantes pelo tratamento cômico que permeia em sua estrutura.
Os controles em geral funcionam muito bem, sobretudo os de movimento, que são bastante eficazes, mas a movimentação do Travis é muito travada. Essa falta de agilidade afeta na lomoção durante os confrontos ,fazendo com que o personagem fique vulnerável aos ataques cometidos contra ele.
A trilha sonora é bem presente e com viés descolado. A música tema combina com os confrotos frenéticos e a natureza descontráida do Travis. Destaque para a canção tocada durante a exploração na cidade, que deixa mais interessante a locomoção por esse espaço sem vida.
A direção de arte foi expressiva na criação dos modelos dos personagens. Os vestuários e os equipamentos foram idealizados para servir como extensão da personalidade de cada participante do jogo.
“No More Heroes” é uma daquelas gemas que passaram anos desapercebidas. O recente anúncio do terceiro capítulo, a franquia ganhou visibilidade nos últimos anos. O jogo possui uma personalidade forte que é evidenciada pela junção de combates frenéticos, tarefas monótonas e humor ácido. Para quem busca por novas interações fora do convencional este título é uma excelente pedida.
PROS:
Combate;
Personagens marcantes;
Senso de humor ácido;
Narrativa criativa;
Trilha sonora.
CONS:
Movimentação travada do Travis;
Exploração quase inexistente;
Tarefas secundárias podem incomodar pela repetição.
NOTA: ☕☕☕☕
PLATAFORMAS:
Nintendo Switch (plataforma analisada);
Nintendo Wii;
Playstation 3;
Xbox 360.
“No More Heroes” é uma daquelas gemas que passaram anos desapercebidas. O recente anúncio do terceiro capítulo, a franquia ganhou visibilidade nos últimos anos. O jogo possui uma personalidade forte que é evidenciada pela junção de combates frenéticos, tarefas monótonas e humor ácido. Para quem busca por novas interações fora do convencional este título é uma excelente pedida.
No começo de 2020 iríamos eleger os melhores animes do ano de 2019, mas fomos acertados em cheio pela pandemia, o que impossibilitou nossa equipe de fazer a premiação. Para realizarmos a deste ano de 2020, viemos agora dar nossos resultados pessoais do ano anterior para não deixarmos em branco!
Os prêmios e seus respectivos indicados e ganhadores foram:
Prêmio Café com Leite (surpresa do ano):
Beastars
Demon Slayer
Carole & Tuesday
Kaguya-Sama: Love is War
The Rising of the Shield Hero
Fate/Grand Order – Absolute Demonic Front: Babylonia
E o vencedor foi…
Fate/Grand Order – Absolute Demonic Front: Babylonia foi nossa escolha para maior surpresa do ano, devido ao seu impactante arco de origem de Gilgamesh, seus cativantes novos personagens, animação surpreendente e boa expansão ao universo de Fate.
Prêmio Café longo (animes em continuidade):
JoJo’s Bizarre Adventure: Golden Wind/Vento Aureo
Boku no Hero Academia/My Hero Academia
Aggretsuko
Mob Psycho 100 II
Shingeki no Kyojin/Attack on Titan
Bungo Stray Dogs
E o vencedor foi…
JoJo’s Bizarre Adventure: Golden Wind/Vento Aureo foi o vencedor de anime em continuidade de 2019 no Café pelo motivo de quão impactante foi sua adaptação. Com traduções que nunca haviam sido feitas corretamente para o ocidente, JoJo trouxe uma gama de personagens extremamente únicos com arcos cativantes do seu primeiro episódio ao último.
Prêmio Café descafeinado (decepção do ano):
Dororo
One Punch Man 2
Blade of the Immortal
Wise Man’s Grandchild
Fairy Gone
Granbelm
E o vencedor foi…
Fairy Gone foi, inicialmente, uma ótima proposta, porém se perdeu em suas diversas tentativas de ser diferente e entregou um produto incompleto e mal desenvolvido.
Prêmio Café cheiroso (expectativa para 2020):
JoJo’s Bizarre Adventure: Stone Ocean
Neon Genesis Evangelion: 3.0 + 1.0
Dragon Quest – Adventure of Dai
Lupin III – The First
Re:Zero
Shingeki no Kyojin/Attack on Titan
E o vencedor foi…
Lupin III The First foi facilmente nosso título mais esperado, principalmente por ser o mais próximo da realidade. O filme já chegou e amamos o resultado.
Raphtalia foi uma grande surpresa. Como coprotagonista de seu anime, foi poderosa em todos os sentidos e trouxe uma das waifus mais queridas de todos os tempos.
Prêmio Melhor Coador (melhor protagonista):
Senku (Dr. Stone)
Mob (Mob Psycho 100)
Legosi (Beastars)
Shinra (Fire Force)
Dororo (Dororo)
Retsuko (Aggretsuko)
E o vencedor foi…
Mob é um exemplo de protagonista e de herói. É indiscutível que o mesmo teve grande destaque em sua segunda temporada, mais que qualquer outro nesta lista.
Prêmio Melhor Chá (melhor antagonista):
Askeladd (Vinland Saga)
Garou (One Punch Man 2)
Overhaul (Boku no Hero)
Diavolo (Golden Wind)
Zeke Jaeger (Shingeki no Kyojin)
Tsukasa (Dr. Stone)
E o vencedor foi…
Askeladd é um dos melhores vilões da década. A complexidade de seu personagem é sem parâmetros, sua imprevisibilidade é surpreendente e sua presença na temporada nos fez conflitantemente o amar.
Prêmio “Açúcar ou Adoçante?” (melhor abertura):
Mukanjyo – Survive Said the Prophet (Vinland Saga)
99.9 – Mob Choir (Mob Psycho 100)
Fire – Queen Bee (Dororo)
Good Morning World – Burnout Syndromes (Dr. Stone)
Q-vism – Who-ya (Psycho Pass)
Wild Side – ALI (Beastars)
E o vencedor foi…
Profunda e reflexiva, Mukanjyo definiu o anime e seu tom, a profundidade de sua história e encaixou perfeitamente com a animação. Survive Said The Prophet nunca decepciona.
Prêmio Cafeinado (melhor encerramento):
Torches – Aimer (Vinland Saga)
Veil – Keina Suda (Fire Force)
Sayonara Gokko – Amazarashi (Dororo)
Modern Crusaders – Enigma (Golden Wind)
Not Afraid – Alisa (Carole & Tuesday)
bullet – Co shu Nie (Beastars)
E o vencedor foi…
Assim como Mukanjyo para Vinland Saga, Veil foi extremamente compatível com a proposta de Fire Force e o contexto de encerramento (sem contar com a animação surpreendente), se tornando um ícone para a franquia.
Prêmio Café Exótico (melhor música original):
One Small Step – Laura Pitt-Pulford (Dr. Stone)
Chikatto Chika Chika (Kaguya-Sama)
Kakusei – Superfly (Promare)
Canzoni Preferite – Yugo Kanno (Golden Wind)
Mother (Carole & Tuesday)
Gray – sajou no hana (Mob Psycho 100)
E o vencedor foi…
Carole & Tuesday é sobre música. Sua produção foi extremamente bem realizada e sua música final, Mother, foi a cereja do bolo. Desta forma, como uma música original, cumpre seu papel mais que qualquer outra na lista.
Prêmio Barista (melhor dublador original):
Senku – Yusuke Kobayashi (Dr. Stone)
Isabella – Yuuko Kaida (The Promised Neverland)
Mirio – Tarusuke Shingaki (Boku no Hero)
Bucciarati – Yuichi Nakamura (Golden Wind)
Shinobu – Saori Hayami (Demon Slayer)
Zeke Jaeger – Takehito Koyasu (Shingeki no Kyojin)
E o vencedor foi…
Yuichi Nakamura fez um trabalho mais que excepcional com Bucciarati em JoJo, trazendo um dos personagens mais únicos da franquia a vida.
Prêmio Coffee Brewer (melhor design de personagens):
Fate Babylonia
Sarazanmai
Mob Psycho 100
JoJo: Golden Wind
Demon Slayer
Boku no Hero
E o vencedor foi…
Fate Babylonia não apenas conseguiu fazer designs modernos em uma terra antiga, como os fez com muito capricho e merece todo o reconhecimento.
Prêmio Café Extra-Forte (melhor cena de combate):
Mob vs. Toichiro
Tanjiro & Nezuko vs. Rui
Gogeta vs. Broly
Ushiwakamaru vs. Gorgon
Levi vs. Titã Bestial
King Crimson vs. Mettalica
E o vencedor foi…
Ushiwakamaru vs. Tiamat foi facilmente o combate mais empolgante e bem animado do ano. Utilizando CG perfeitamente e ocasionalmente, trazendo o melhor de Fate e personagens não usuais dando brilho ao poder de Ushiwakamaru, “um herói de apenas três estrelas”, temos aqui a cena mais merecedora de prêmio de melhor luta do ano.
Prêmio Café Melódico (melhor trilha sonora):
Carole & Tuesday
JoJo: Golden Wind
Shingeki no Kyojin
Vinland Saga
Demon Slayer
Beastars
E o vencedor foi…
Beastars definitivamente teve como destaque sua trilha sonora, atmosférica e sombria. Seus toques de jazz e encontros com teatro fazem de sua trilha a mais destacada do ano.
Prêmio Latte Art (melhor arte e animação):
Demon Slayer
Fire Force
Fate Babylonia
Beastars
Carole & Tuesday
Mob Psycho 100
E o vencedor foi…
Mob Psycho 100 II leva melhor animação e arte do Barão de 2019 por ter feito com supremacia o que fez em sua primeira temporada, agora com todo um universo estabelecido e espaço para brilhar.
Barão do Café – Melhor Anime de 2019
Beastars
Carole & Tuesday
Fate Babylonia
Mob Psycho 100 II
Shingeki no Kyojin
Vinland Saga
E o vencedor foi…
Vinland Saga foi um anime de grande desque para a equipe. Com um grande arco fechado, personagens mais que cativantes, arte, trilha e narrativa, todos em sintonia, era impossível dar este prêmio para qualquer outro título.
E é isto. Agradecemos quem votou ano passado e contamos com sua participação este ano, que ocorrerá mais rápido e contará com apresentação ao vivo com os resultados oficiais. Em breve, teremos nossa votação pública, então aguardem!