Hoje mais cedo ja tinha sido vazado alguns detalhes sobre o suporte game free-to-play da serie com foco apenas no multiplayer online, e apos isso a Activision anunciou oficialmente o game com data de lançamento para 10 de Março.
Informações sobre o game liberadas pela Activision no Playstation.Blog.
Uma Batalha Massiva
Warzone se passa na cidade de Verdansk, que pode ser familiar para jogadores de Call of Duty: Modern Warfare. Esse mapa denso e massivo traz mais de 300 pontos de interesse e uma variedade enorme de ambientes para diferentes tipos de engajamento.
Uma mistura de áreas que inclui o centro da cidade de Verdansk e seus prédios altos, a parte mais rural de Krovnik Farmland e áreas urbanas com muitos interiores cheios de loot decoram este mapa expansivo. Jogadores podem explorar Verdansk em cinco veículos diferentes — ATVs, Rovers, SUVs, Caminhões de Carga ou Helicópteros. Vá com sua equipe para seu próximo destino, derrote um rival ou dirija para escapar do círculo que se fecha.
Mais que um Battle Royale; Apresentando Plunder
Mesmo com a batalha sendo diferente toda vez que você cair nela, Warzone contará com dois modos de jogo no lançamento que demandarão estratégias diferentes. Battle Royale coloca seu trio contra todos os outros esquadrões em uma missão para serem os último a ficarem vivos. Um gás mortal fecha o cerco ao redor do combate e aumenta a intensidade da partida.
Em Plunder, um modo com respawn, jogadores vão em uma corrida para coletar a maior quantidade de Cash, que pode ser encontrado por todo o mapa ou recebido ao eliminar oponentes ou completar contratos, objetivos baseados em tarefas que dão Cash e outros tipos de loot. Plunder requer a exploração do mapa para encontrar Cash e outros itens úteis, Killstreaks, criar estratégias para finalizar contratos e estar pronto para derrotar ou defender-se de oponentes.
Informações Adicionais
No dia do lançamento de Warzone, traremos mais detalhes, incluindo um mergulho profundo nos modos Battle Royale e Plunder, além de estratégias e dicas para se tornar mestre de ambos.
Para celebrar o dia do lançamento, membros com assinatura PlayStation Plus poderão receber gratuitamente e exclusivamente* o pacote Call of Duty: Warzone Combat Pack na PlayStation Store. Mais informações serão compartilhadas no lançamento.
Warzone será disponibilizado em 10 de março, a partir do meio-dia (horário de Brasília), para quem já possui a versão completa de Modern Warfare, e a partir das 16:00 (horário de Brasília), para todos os jogadores baixarem gratuitamente.
A Sega lançou recentemente o trailer focado na historia de Sakura Wars, o mesmo já foi lançado no Japão em Dezembro de 2019 e tem data de lançamento confirmada pras Américas e Europa no dia 28 de abril de 2020 exclusivamente para Playstation 4.
É impossível relembrar a década de 2010 e não pensar em Dark Souls. Em certa medida, ele pode ser considerado o jogo mais influente desse período, bem como um dos mais importantes. Além disso, é o responsável por elevar a popularidade da From Software e do criador da série Souls, Hidetaka Miyazaki.
A From Software é um estúdio japonês fundado em meados dos anos 80 e que viria a ser conhecido na década seguinte pelas franquias King’s Field e Armored Core. No entanto, foi apenas no fim dos anos 2000 que um de seus títulos mais importantes viu a luz do dia: Demon’s Souls (2009), terceiro game dirigido por Miyazaki.
Demon’s já trazia a essência e a alma (perdão pelo trocadilho) que definiriam os próximos cinco jogos do estúdio: uma narrativa esparsa, aberta a interpretações dos próprios jogadores; alto nível de dificuldade no combate; boss fights inspiradas e que são grandes destaques; lore riquíssima e revelada através da descrição de itens encontrados pelo jogador e do cenário, entre outros detalhes. Eram características boas o bastante para garantir que o game ganhasse um status de clássico cult e angariasse um certo número de fãs, mesmo não sendo exatamente um grande sucesso de vendas. E então veio Dark Souls, seu sucessor espiritual.
Dark Souls foi lançado para PS3 e Xbox 360 no Japão em 22 de setembro de 2011, chegando ao ocidente no mês seguinte e ao PC em 2012. O jogo foi bem recebido pela crítica e logo começou a conquistar um crescente número de fãs e entusiastas através do boca a boca. Boa parte da atenção inicial que ele recebeu girava em torno da sua famigerada dificuldade e nível de desafio. É inclusive comum ouvir muitos jogadores dizerem que Dark Souls pode ser difícil, mas também extremamente justo e que mortes nunca são culpa do game e sim de deslizes cometidos por quem segura o controle (embora eu não concorde 100% com essa afirmação). De qualquer maneira, DS não deve ser resumido apenas como um “jogo difícil”. Há muito mais que isso.
Como dito acima, Dark Souls tem o mesmo esqueleto estrutural de Demon’s Souls, mas dessa vez trata-se de um jogo lacônico que te coloca num mundo caído que um dia fora dominado por dragões, até surgir o fogo e, com ele, criaturas que encontraram as Almas dos Lordes nas tais chamas e, munidos do poder delas, desafiaram os dragões, derrotando-os e iniciando a Era do Fogo.
Você assume o papel de um undead (morto-vivo) tempos depois do início dessa era. O mundo já não é mais próspero e tampouco sustentado pelas chamas, que agora são meras brasas. Há pouca esperança, exceto pela lenda que diz que um dia um undead seria escolhido para chegar a Lordran (a terra dos Antigos Lordes) e definir o futuro da humanidade. E isso é basicamente o que podemos depreender da abertura de Dark Souls. Eu sei que é confuso.
Há uma certa beleza nessa ideia de não dar tudo de mão beijada ao jogador, entretanto. Nas palavras de Vaatividya (que tem um canal no YouTube totalmente dedicado a destrinchar a lore dos jogos da From): “Eu acho que uma das razões pelas quais Dark Souls é considerado difícil não é por sua dificuldade, mas pela dificuldade de assimilar o mesmo” e ele está totalmente correto ao afirmar isso. Dark Souls é um jogo difícil de começar a assimilar porque ele te força a aprender a dançar conforme sua música, seja para entender o que diabos a história tenta dizer, seja para aprender o moveset de um chefe que chutou o seu traseiro por horas a fio. E é justamente através disso que ele captura o que realmente faz um jogo ser uma experiência única e recompensadora. É a forma como você interage com esse mundo (dentro e fora dele).
A exigência de interpretação da parte dos jogadores também é algo feito deliberadamente. Durante sua infância, Hidetaka Miyazaki adorava ler livros de fantasia. O detalhe é que ele encontrava a grande maioria deles apenas em inglês, uma língua que não dominava completamente, o que o obrigava a imaginar as partes que não conseguia compreender. Isso molda a forma como a história em seus jogos é contada e, consequentemente, cria uma numerosa comunidade de pessoas que se dedicam a decifrar, discutir, interpretar e preencher as lacunas desses jogos.
E comunidade é outro aspecto forte e impressionante de Dark Souls. Foi essa comunidade que, através do boca a boca, ajudou a divulgar a franquia. É possível até traçar paralelos com o que ocorreu com o primeiro The Legend of Zelda (1986), outro título que trazia pouquíssimas informações a respeito de seu mundo e vinha recheado de segredos misteriosos. Quem viveu aquela época frequentemente relata como era divertido passar a tarde toda jogando TLoZ e desvendando suas surpresas para no dia seguinte compartilhar as experiências com os colegas de escola. Algo similar ocorre com Dark Souls, basta ver como a internet é recheada de vídeos sobre o jogo, como há inúmeros fóruns dedicados a ele e até mesmo como sua Wiki traz informações cruciais e que são compartilhadas por um sem-número de pessoas.
Claro, existe também um lado negativo dessa comunidade. É comum ouvir relatos de algumas pessoas que tentam se aventurar pelos jogos e são criticadas por veteranos ao jogarem mal. É o famoso “git gud” que desencoraja muitas pessoas a prosseguirem com a jornada. Mas, pelo menos da minha experiência, isso compõe uma parcela pífia de fãs da franquia Soulsborne. O que posso dizer é que algumas das melhores conversas que tive foi com amigos que conheci a partir do jogo.
Além do mais, é difícil dizer o quanto fico feliz quando indico Dark Souls (ou Bloodborne ou Sekiro) para alguém e a pessoa acaba gostando e me agradecendo depois por eu tê-la incentivado a continuar jogando, sem desistir. O lado positivo completamente se sobrepõe ao negativo.
E aí entra um ponto que eu gostaria de elaborar. Um aspecto brilhante em Dark Souls é como o jogo testa o jogador logo de cara e continua fazendo isso conforme progredimos (embora para muita gente ele fique mais fácil próximo do fim). É outra filosofia de design cara a Miyazaki. Para ele, o desafio, o grande número de mortes e esse esquema meio “tentativa e erro” servem para nos ensinar a dominar o game. A cada morte, aprendemos um pouco, ganhamos experiência. E insistimos e falhamos e aí insistimos novamente, até superarmos cada área, cada chefe, cada mistério de Dark Souls.
É quase como o papel desempenhado pelo próprio undead criado por nós. As mortes são inúmeras, mas jamais desistimos, jamais nos tornamos “hollow” (estado de vazio dos personagens que perderam toda a sua humanidade). E com isso vem grande satisfação. Qualquer um que tenha derrotado Orstein & Smough após horas preso nesses chefes entende bem a sensação de conquista que Dark Souls proporciona. É difícil descrever em palavras, mas é uma sensação ótima e ímpar.
E nem falei ainda sobre como o level design desse jogo é genial. Lordran é palco de um dos mundos mais interessantes já feitos. No momento em que chegamos a Firelink Shrine já somos confrontados com algumas escolhas de lugares para onde podemos prosseguir (dica: se você foi para Undead Burg, você está no caminho “certo”) e o mais legal é perceber, depois de horas, que praticamente todas as áreas estão conectadas entre si. A minha cara de “EITA!” na primeira vez que desci pelo elevador em Undead Church e voltei para Firelink Shrine é uma que eu gostaria que muito mais pessoas tivessem a oportunidade de fazer, porque só jogando mesmo para entender como essa interconectividade é legal.
Não só isso, como também é bacana observar todos os detalhes cuidadosamente colocados pela From nos cenários. Cada pequeno pedaço contando uma história ou deixando algum detalhe intrigante no ar. Fora o combate… É verdade que ele é mais lento do que o dos jogos seguintes no catálogo da From, mas nem por isso menos interessante ou divertido. O sistema de bonfires (que funcionam como “checkpoints”, restaurando os pontos de vida do jogador, recarregando seu Estus Flask – a “poção” de cura – e revivendo os inimigos) também se tornou icônico e vários jogos passaram a usá-lo também (um exemplo recente é Star Wars Jedi: Fallen Order).
Falando em jogos, a quantidade de games que se inspiram em Dark Souls não para de crescer, seja no espaço AAA ou no cenário indie. Alguns nomes famosos são Nioh, Ashen, The Surge, Remnant From the Ashes, Code Vein, Lords of the Fallen, Hollow Knight, Dead Cells… se for pensar, até mesmo Shovel Knight tem alguma mecânica que pode ser comparada a Dark Souls (ao morrer, você tem a oportunidade de recuperar parte do seu dinheiro, assim como em DS você tem a chance de recuperar as suas almas acumuladas se retornar ao ponto em que morreu anteriormente).
A maior conquista de Dark Souls para mim, no nível pessoal, vai além da soma de suas partes. Para mim, DS é praticamente o Ocarina of Time de seu tempo. Ele é, em certa medida, uma obra-prima falha. Digo isso porque o game obviamente tem defeitos. Lost Izalith é o mais gritante (e incompleto) deles. Alguns pontos mais próximos ao final da campanha são infinitamente inferiores à sua primeira metade, que para muitos é perfeita. É possível usar alguns exploits que completamente quebram a dificuldade do jogo se você souber o que está fazendo. Mas… no fim das contas, essas coisas não importam tanto. O resultado final é um dos maiores e melhores jogos de todos os tempos, não só dos anos 2010.
Dark Souls é um dos raros jogos que me dão a mesma sensação que eu sentia com Ocarina quando eu era criança. Algo difícil de explicar, mas que talvez possa ser sintetizado usando a palavra “magia”. Dark Souls (bem como todo o catálogo recente da From, em especial Bloodborne, o meu favorito) tem algo diferenciado, algo que o torna verdadeiramente especial e inesquecível. E é justamente essa magia que me faz querer retornar para esse mundo dos mortos-vivos de novo e de novo. É um daqueles jogos que vão ser falados e estudados por décadas e décadas de uma maneira que apenas os games verdadeiramente marcantes são.
Recentemente o chefe do Xbox, Phil Spencer divulgou por meio do Xbox Wire novas informações sobre as especificação do futuro console da companhia o Xbox Series X.
Foi comentado que o mesmo contara com um hardware de 12 teraflops de processamento, assim como um Ray tracing via DirectX acelerado por hardware.
As especificações informadas foram:
Processador customizado de arquiteturas Zen 2 e RDNA 2 da AMD
12 teraflops de GPU
Suporte a até 120 fps
Dynamic Latency Input (DLI) um novo recurso que sincroniza a entrada imediatamente com o que é exibido,com controles mais precisos e responsivos.
Ray tracing via DirectX acelerado por hardware
Entrega inteligente
SSD de próxima geração
Suporte a HDMI 2.1
Suporte a games de Xbox / Xbox 360 / Xbox One
Com essa especificações reveladas, acabou se provando que muitos rumores recentes estavam realmente corretos, como por exemplo o fato do Xbox Series X possuir uma GPU de 12 teraflops de processamento, assim como uma maior expensão da retrocompatibilidade para ele, fazendo com que o mesmo rode os 4 consoles da família Xbox (Xbox, Xbox 360, Xbox One e Xbox Series X).
Xbox Series X não tem data especifica de lançamento, apenas que o mesmo sera lançado em algum momento do fim do ano de 2020.
A Focus Home Interactive anunciou junto com a desenvolvedora Lightbulb Crew o Tactical RPG Othercide, o mesmo chama a atenção por conter uma temática horror e estará disponível para Playstation 4, Xbox One e PC via Steam com previsão de lançamento para o Verão norte americano.
FUNCIONALIDADES E CARACTERÍSTICAS
Experimente um combate dinâmico por turnos e uma nova maneira de antecipar os movimentos inimigos para executar um plano tático impecável. Usando o sistema de linha de tempo dinâmico e um conjunto exclusivo de habilidades , você sera capaz de:
Liderar, evoluir e sacrificar seu exército de Filhas.
Superar criaturas pesadelos em um RPG tático espetacular.
Infinitas possibilidades de combate com o sistema Dynamic Timeline.
Uma narrativa profunda e complexa
Vale lembrar também que semana que vem começara a PAX East 2020, evento esse que acontecera entre os dias 27 de Fevereiro a 1 de Março, e o jogo estará disponível para ser jogado no stand da Focus Home Interactive.
Nesta quinta-feira (16), a CD Projekt RED anunciou que Cyberpunk 2077 irá ser adiado para o dia 17 de setembro, o jogo estava previsto para lançamento no dia 16 de abril.
Neste Domingo (12), a Riot Games revelou a data da beta de seu mais novo card game, chamado Legends of Runeterra.
A beta ocorrerá no dia 24 de janeiro, e contará com a primeira temporada ranqueada do jogo e total acesso para todos os jogadores, confira o vídeo explicativo abaixo:
Também foi revelado um trailer com as mecânicas do novo campeão Sett de League of Legends, confira:
Além disso, a Riot postou um vídeo em seu canal oficial do Youtube, falando sobre alguns dos campeões que irão ganhar rework ainda este ano, como por exemplo: Fiddlesticks e Volibear.
E por último, mas não menos importante, a Riot também postou outro vídeo explicando algumas novidades do TFT para 2020, confira:
Arte é subjetiva e nela há uma infinidade de interpretações e significados emocionais, porém um elemento não muito presente nos games são reflexos de seus criadores com uma mensagem pura baseada em um momento real da vida de uma pessoa. Death Stranding é um dos únicos games AAA em que se pode enxergar o criador por trás da obra. A metalinguagem é clara: Death Stranding fala de conexões e como temos que nos unir para não desmoronarmos. Mais que uma mensagem ao mundo sobre nossa realidade, é um reflexo da vida de Hideo Kojima e como as conexões o fizeram estar onde está.
Death Stranding é um game sobre reconectar um país inteiro e as pessoas após uma catástrofe e foi criado pelo Kojima conectando pessoas após uma “catástrofe” em sua vida — sua partida da Konami. Hideo perdeu tudo que construiu por anos, mas usando suas conexões apenas, acabou por conseguir uma parceria para seu novo projeto, apoio para abrir um novo estúdio e até mesmo a Decima Engine, da Guerrilla Games, para a realização de sua visão. Alguns eram completos estranhos e ainda assim o ajudaram. Com uma visão e direção completamente claras e pouco mais de 3 anos após ser anunciado, Death Stranding finalmente está entre nós.
Como toda obra que se arrisca, há incertezas. Death Stranding é diferente e único em conceito e gameplay. É difícil categorizá-lo em um gênero, muito menos recomendar para qualquer um. Ele é uma experiência que te ganha ao mesmo tempo pelo minimalismo e pelo espetáculo.
Os videogames desde o início usam entregas como uma das formas de gameplay. Entregue uma mensagem ou algum item. muitas vezes são missões mal vistas com senso de repetição e simplicidade, dificilmente eles adereçam como um elemento mundano, porém diferente desses games que mascaram essa mecânica de diversos modos, Kojima a coloca à frente do seu game e fez das entregas o elemento principal do gameplay. Grande parte da experiência é ir do ponto A a B e muitas vezes nada acontece nessas longas caminhadas, mas mesmo assim a ideia surpreendentemente funciona.
Atravessar esse mundo é prazeroso devido à grande atenção a detalhes e por todos os elementos terem algum sentido: o contexto, a atmosfera, a música e a movimentação prazerosa… Tudo faz com que haja não só sentido nessas caminhadas e uma sensação de contemplação ímpar graças ao vasto e belo mundo como uma identidade visual marcante nos cenários. Há uma grande influência de paisagens irlandesas; há vida no vazio, e beleza na destruição. O mapa, por maior que seja, parece ter sido construído meticulosamente e nada parece estar lá apenas por estar e influencia diretamente no gameplay.
O seu objetivo é reconectar os Estados Unidos após uma catástrofe nomeada Death Stranding. Você o reconecta fazendo entregas a instalações espalhadas pelo mapa. O gameplay consiste em manejamento de carga e suprimentos. Quando você aceita um pedido de entrega, abre-se um menu para escolher como levar a carga e quais itens carregar. Estes variam de escadas para te ajudar na travessia terrenos até bombas e armas. Algumas entregas têm condições especiais, como restrições a dano e tempo. Grande foco é dado à sua movimentação, que reage ao peso carregado, tendo que sempre estar focado em como está andando, e pressionar botões para manter o equilíbrio.
O maior desafio nessas entregas é o terreno e como superá-lo. Algo que pode ajudar na tarefa são veículos como motos e caminhões que podem ser fabricados ou encontrados ao ar livre após serem deixados por jogadores nos mais diversos lugares espalhados pelo mapa. O aspecto mais único do game é seu elemento online, aliás. Você compartilha o mundo com vários outros jogadores, divididos por servidores e assim pode compartilhar itens e estruturas no mapa que te ajudem a superar obstáculos. Há estruturas que você pode construir (algumas pequenas e outras massivas) com consumo de materiais e também em conjunto com outros jogadores, beneficiando a todos. Isso é chamado de Social Strand System. Curtidas são dadas como forma de agradecimento por jogadores que usaram suas construções. Muitas vezes você irá se deparar com cenários vazios, mas após conectar a região às redes quirais, as estruturas de outros players aparecem e mesmo sem o game explicar exatamente como a parte técnica desse sistema funciona, é possível perceber que nem todas as estruturas aparecem para todos, isso balanceia a experiência não te tirando completamente as possibilidades. Esse sistema é um elemento que muda completamente não apenas o mapa como sua experiência. Traz uma grande sensação de gameplay emergente e de estar jogando do seu jeito.
O foco não é o combate e o game inclusive te recomenda a evitar confrontos com os inimigos. No caso dos BTs (ou, em português, EPs), que são seres ligados ao mundo dos mortos, stealth é sempre a melhor alternativa. Seu BB é conectado ao mundo dos mortos, assim podendo sentir a presença deles, facilitando que você atravesse certos locais sem ser pego pelos BTs. Prender a respiração também é ideal e caso você seja pego pelas criaturas, seu sangue e urina são eficazes contra elas devido às condições especiais do Sam que são esclarecidas na história. Já os MULAs, que são caçadores de carga ou terroristas (alguns só querem sua carga, já outros querem te matar para criar obliterações, que são explosões ocorridas após a morte de alguém), podem ser combatidos por muitas ferramentas como armas não letais com munições de borracha, choque, laços que prendem os inimigos e também é possível usar bagagens como armas (que é muito eficaz, porém as danifica).
A corda, por mais surpreendente que seja, é sua ferramenta mais versátil, pois serve para derrubar inimigos sem ser notado e servem como como uma opção de contra-ataque ao pressioná-la no tempo certo, dando um “parry”. Há bosses obrigatórios com visuais estonteantes que se baseiam mais em espetáculo que mecânicas (apesar de ter exceções). Estes trazem grandes momentos e ajudam muito na experiência.
A morte funciona de um jeito diferente. Com exceções envolvendo a campanha, não há game over, pois Sam é um repatriado, um ser que não cruza o limiar da vida e morte. Ao morrer no game o cenário enche de água e você assume controle de sua alma e tem que se reconectar a seu corpo, porém morrer para BTs cria crateras no mapa, que são permanentes.
A parte técnica é deslumbrante, texturas, efeitos de luz e partículas tudo do mais alto padrão e conta com os modelos de personagens mais realistas criados até o momento, desde a textura da pele, até o brilho dos olhos. Cada fio de cabelo retrata fielmente os atores, esses que são um dos grandes destaques do games. As atuações são um espetáculo à parte. Quanto à performance, é de se espantar que o jogo rode tão bem, em mais de 63 horas de gameplay não foi visto nenhum bug ou queda de frame no mundo aberto (o que pode ocorrer às vezes é uma mini-engasgada ao sair de terminais, mas também é algo bem raro).
Obviamente o game não é perfeito. Há vários probleminhas durante as dezenas de horas, alguns podem ser subjetivos, mas é inegável que poderiam ser melhores. Em alguns momentos, o ritmo desacelera sem motivo e estica sua já grande campanha. Os menus podem ser confusos de início; as entregas secundárias quase não se diferenciam umas das outras, e apesar dos controles dos veículos serem bons a maior parte do tempo, em terrenos rochosos fica quase impossível de controlá-los e atravessar obstáculos. Todos esses problemas são mínimos, porém, não arranhando a experiência.
Kojima sempre foi conhecido por seus enredos complexos e bem construídos e Death Stranding não é diferente. De todos os seus games, Death Stranding é o que mais mescla história e gameplay. Tudo que você faz no game tem contexto na história e ajuda não só a deixar suas ações mais importante como também reforça a narrativa. Existe uma boa dosagem entre história e gameplay, e a narrativa é reforçada por cada objetivo que você completa, seja secundária ou principal, sempre fazendo conexões. Nas primeiras horas a história abre espaço para o gameplay brilhar e dá uma ideia que dessa vez não é o foco e que não vai muito longe, mas é aí que o Kojima nos engana. A partir de um certo momento, a história se desenvolve e vai em um crescendo até seu final catártico, com um desfecho poderoso que deixa uma grande marca. Tudo se encaixa, nada fica sem explicação, todos os acontecimentos têm um motivo mesmo que nas entrelinhas. Tudo na história funciona desde o mundo até cada personagem, todos têm seus momentos e conseguem manter esses laços até o fim.
Pros:
História complexa, bem escrita e emocionalmente forte;
Gameplay prazeroso e bem estruturado;
Trilha sonora impecável que soma a experiência;
Sistema online revolucionário;
Parte técnica impecável, e uma estonteante qualidade visual;
Ótimos bosses, que impressionam pelo espetáculo.
Cons:
Menus confusos;
Repetições para esticar a campanha.
Nota: ☕☕☕☕☕/5
Plataformas:
PS4 (plataforma analisada);
PC (2020).
No fim, Death Stranding é um atestado de criatividade e maestria. Tem uma visão clara sobre seus conceitos e os executa com primor. Tanto a história quanto o gameplay, com seu elemento online revolucionário que reforça os temas da narrativa e faz a experiência como um todo ser bem mais variada e inesperada, fazem de Death Stranding um dos games mais únicos já criados. É de se aplaudir a coragem do Kojima por fazer um game dessa escala tão experimental e diferente em pleno 2019. Esse é o tipo de coragem que faz essa mídia avançar e não estagnar como uma baleia encalhada.
Desenvolvido e distribuído pela Dya Games, mesma empresa de Bot Vice, Strikey Sister e Super Star Path, Viviette é o último jogo lançado pela empresa em outubro de 2018 e o primeiro jogo de quebra-cabeça e terror desenvolvido por eles, ele está disponível na Steam e Nintendo Switch.
História
A história envolve um rapaz que sofreu um acidente, nada é explicado no começo apenas que ele sofreu uma perda de memória, ao longo do tempo ele vai tentando recuperar suas lembranças que é a parte que o jogo se inicia. O objetivo é relembrar o que aconteceu dias atrás te deixando em um clima sombrio e misterioso onde você precisa saber o que aconteceu com pessoas próximas e com você.
Mecânica e Jogabilidade
O jogo possui puzzles para descobrir resolver mistérios, encontrar itens para se locomover pelo lugares escuros como a lanterna, encontrar caminhos e salas secretas, uma longa exploração pela mansão misteriosa. Viviette possui uma mecânica comum de jogos antigos em pixel art com algumas vantagens mas sem tirar a nostalgia de quem gosta de jogos nesse estilo clássico, todos os sons são muito bem trabalhados como portas abrindo, pisar na grama ou na areia molhada, o som do vento entre as folhas é muito real e bem feito. O personagem não possui formas de combate, apenas esquiva, correr e se esconder.
Os sons do jogo são bem sombrios te levando a um clima tenso e te fazendo ter medo apesar dos gráficos simplificados, sem contar os diversos jumpscares que ao longo do jogo vão acontecendo, você sempre está esperando vir um monstro ou algo pior, querendo saber o que aconteceu e o que vai acontecer.
A maioria dos itens não possuem dicas, apenas uma descrição curta sobre o que é o item como se alguém não soubesse decifrar o que é um desenho de um balde por exemplo, te deixando sem pistas do que fazer, o que vai tornando o jogo um pouco cansativo e repetitivo, sem contar nos desafios e perigos que pode se deparar, por isso é muito importante você estar sempre salvando e evitando a luz quando estiver sendo perseguido.
Pros:
Pixelart;
Design de som;
Puzzles bem desenvolvidos;
Imersão.
Cons:
Exploração repetitiva;
Itens fora de contexto;
Conquistas confusas.
Nota: ☕️☕️☕️☕️/5
Plataformas:
PC (Plataforma analisada, chave fornecida pela Dya Games);
My Time at Portia, desenvolvido pela Pathea Games e distribuído pela Team 17 Digital Limited e lançado no dia 15 de janeiro de 2019, chamou muita atenção por ter bastante semelhanças conceituais a Stardew Valley.
No início do jogo, é apresentada uma tela onde o jogador poderá selecionar a cor do cabelo, dos olhos, tamanho do nariz e etc. O sistema de personalização de personagens não é tão completo, mas é possível se divertir montando seu personagem. No jogo, você herda um workshop na cidade de Portia. O jogador deverá minerar, explorar, utilizar habilidades e derrotar monstros para ajudar a cidade de Portia.
A premissa é familiar para o gênero. Você chega na cidade, herdando a oficina do seu pai e gasta seu tempo restaurando-a a sua antiga glória. Paralelamente você se torna um faz tudo para a cidade, resolvendo situações para moradores desajeitados e resolvendo mistérios.
O mundo é belo e dinâmico, porém não cai muito bem com os personagens. A temática estética lembra muito a de Pequeno Príncipe, com a cidade e área selvagem visualmente vivas, porém estes são mal habitados por personagens de design incompatível e infantilizados, além de personalidades genéricas. Além disso, temos uma animação consideravelmente mal colocada, o que lembram o movimento truncado de “rodas hexagonais”.
Sistema de árvore de atributos, stamina e vida é bem completo, tendo diversos pontos para o jogador dar upgrade, como por exemplo pontos em relação do jogador com os NPCs, pontos em relação a habilidade de atacar e minerar.
Com uma boa árvore de atributos e um progresso fluido, temos uma gameplay simplificada que, apesar de bem feita, é repetitiva e pouco recompensante.
A trilha sonora também deixa a desejar. As músicas são pouco impactantes e parecem ter sido feitas apenas para cumprir obrigações. O design sonoro também é perdido e por vezes dessincronizado.
Pros:
Belo mundo e variado;
Árvore de habilidades;
Boa progressão.
Cons:
Gráficos incompatíveis com o design;
História superficial;
Gameplay repetitiva;
Trilha sonora genérica, design de som desincronizado;
Falta de localização.
Nota: ☕☕/5
Plataformas:
PC (plataforma analisada, chave concedida por Team 17);
PS4;
Switch;
X1.
A proposta de My Time at Portia é boa, porém falha miseravelmente, acertando apenas no cenário do jogo, sistema de atributos e gameplay, que ainda assim consegue ser repetitiva. Também parece ser incompleto e vazio, merecendo mais alguns anos de desenvolvimento e que com certeza um redesign.