Alex Kidd in Miracle World DX – Banho de Nostalgia

Alex Kidd in Miracle World DX é uma versão refeita do clássico homônimo lançado originalmente no Master System, em 1986. O jogo foi desenvolvido pela Jankenteam e distribuído pela Merge Games com a autorização da SEGA, que ainda mantém os direitos sobre a franquia. Ele foi lançado para Playstation 4/5, Nintendo Switch, Xbox One/Series X e S, e Microsoft Windows, no dia 22 de Junho.

O carismático orelhudo degustador de oniguiri voltou a ação depois de 35 anos sem protagonizar um jogo próprio. Nessa versão refeita feita por fãs de longa data da franquia buscaram adaptar o jogo original para os padrões tecnológicos e estéticos da atualidade. Este formato visou atualizar a as aventuras do Alex Kidd para uma nova geração que nunca tiveram contato com a franquia e também agradar aqueles que cresceram com o personagem.

Clássica batalha contra o polvo do estágio inicial.

A história do jogo segue o mesmo preceito do original onde o impiedoso Janken tenta conquistar o reino de Radaxian e Alex Kidd precisa derrotá-lo para restaurar a paz em seu reino. A grande diferença nessa versão que os desenvolvedores buscaram ampliar o escopo adicionando conversas opcionais com NPCs e novos diálogos entre o Alex Kidd e os chefes que contribuíram para situar melhor o contexto onde os eventos da narrativa ocorrem. Esse cuidado na história possibilitou também fazer conexões com as tramas dos outros jogos do orelhudo.

A jogabilidade continua a mesma do original. Inclusive grande parte das fases não tiveram alterações na sua estrutura. As modificações foram mais para alterar a posição dos itens e adicionar colecionáveis como cartazes antigos do jogo e gravuras do Master System. Os equipamentos que o Alex Kidd utiliza durante a aventura como o anelzinho, a bengala voadora e o multiplicador de clones continuam presentes mas com um visual mais arrojado. Os conhecidos veículos como o Peticóptero, a moto e a lancha voltaram e ainda teve a adição de um novo meio de locomoção. Uma grande mudança em relação ao jogo original que agora é indicado os objetos necessários a serem coletados para fazer o final. Anteriormente não havia qualquer menção sobre a necessidade de pegar a cartinha do Castelo Radaxian para fazer o final verdadeiro e agora nesta versão não existe mais a possibilidade de avançar sem coletar este item.

O icônico Peticóptero retorna para mais uma aventura do Alex Kidd.

Além da campanha principal existem dois novos modos de jogo. O primeiro é a Aventura Clássica que permite jogar a aventura original do Master System. A segunda é o Desafio de Chefes onde Alex Kidd precisa derrotar todos os chefes do jogo em um torneio de Jankenpo. Esse modo tem formato parecido com as incursões “arcade” dos jogos de luta onde obrigam o jogador enfrentar uma sequência determinada de oponentes.

A direção de arte do jogo destaque a parte. A remodelação de todos os cenários do jogo ficou deslumbrante. Os novos modelos dos personagens deram um novo toque carismático a eles. A trilho sonora original teve mixagem com diversos ritmos que deram um frescor musical agradável e existe a possibilidade também de alternar entre os ritmos originais e os novos. Um recurso interessante que adicionaram ao jogo é a possibilidade de alternar entre o gráfico moderno e antigo. Essa funcionalidade é bem interessante por proporcionar breves sensações nostálgicas.

O único ponto negativo está nos controles da versão moderna do Alex Kidd. Ele não tem a mesma precisão de pulo e no andar como no antigo. O personagem derrapa com muita facilidade causando situações frustrantes nos momentos mais tensos.

Alex Kidd in Miracle World DX é um jogo bastante divertido que conseguiu manter a substância original e modernizar sua jogabilidade de forma que atraísse diferentes públicos além de seus fãs de longa data. Esse jogo foi um retorno triunfal para este icônico personagem que marcou gerações.

PROS:

  • Novos visuais dos personagens
  • Enredo expandido
  • Novo arranjo da trilha sonora
  • Cenários deslumbrantes

CONS:

  • Movimentação do Alex Kidd moderno

NOTA: ☕☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows (Plataforma analisada)
  • Nintendo Switch
  • Playstation 4/5
  • Xbox One/Series S/X

Alex Kidd in Miracle World DX é um jogo bastante divertido que conseguiu manter a substância original e modernizar sua jogabilidade de forma que atraísse diferentes públicos além de seus fãs de longa data. Esse jogo foi um retorno triunfal para este icônico personagem que marcou gerações.


Ninja Gaiden Master Collection – O Retorno do Mestre Ninja

Ninja Gaiden Master Collection é uma coletânea da série moderna do Ryu Hayabusa desenvolvido por Team Ninja e distribuído pela Koei Tecmo. O jogo teve seu lançamento no dia 10 de junho para as plataformas Playstation 4, Xbox One, Nintendo Switch e Microsoft Windows.

A coletânea traz as versões melhoradas da última trilogia de aventuras do Ryu Hayabusa. Os destaques dessa coleção são os gráficos, todo conteúdo de expansão lançado na época agora está disponível e um livro digital contendo a trilha sonora completa e artes conceituais dos três jogos. Os títulos inclusos são: Ninja Gaiden Sigma, Ninja Gaiden Sigma 2 e Ninja Gaiden 3: Razor´s Edge.

Ninja Gaiden Sigma foi lançado em 2007, exclusivamente para Playstation 3. Ele é a versão aprimorada do Ninja Gaiden de 2004, que tinha sido lançado apenas para o Xbox Original. O enredo do jogo conta a história de vingança de Ryu Hayabusa contra o Lorde Doku que incendiou sua vila e roubou a sagrada Espada do Dragão Negro que era mantida a gerações pela sua família. As adições da versão Sigma foram as melhorias na resolução, três novas missões no modo história onde é possível jogar com a Rachel, novas roupas para Ryu e cortes de cabelo para Rachel, novas armas, novos chefes e o modo sobrevivência onde o jogador precisa em diferentes situações derrotar o maior número possível de inimigos. A classificação de maestria em rede continua disponível na versão remasterizada podendo competir mundialmente a pontuação obtida nos modos disponíveis no jogo.

Batalhas frenéticos no Monásterio.

Ninja Gaiden Sigma 2 foi lançado em 2009, e como seu antecessor teve seu lançamento exclusivo para o Playstation 3. Ele também é uma versão melhorada do Ninja Gaiden 2 que tinha sido lançado exclusivamente para o Xbox 360 no ano anterior. O enredo se passa um ano depois dos eventos do jogo anterior, a premissa gira em torno dos planos do Clã das Aranhas Negras em pegar o artefato demoníaco que é protegido pela família Hayabusa e Ryu junto com sua nova colega, Sonya, precisam desbaratar as más intenções desta organização. As adições desta versão Sigma foram melhorias na resolução, possibilidade de jogar com as personagens Ayane, Rachel e Momiji, missões “Tag” com cooperatividade em rede, Cinema Ninja onde é possível rever as animações cinemáticas do jogo e suporte aos troféus da PSN. Apesar das várias adições alguns elementos foram retirados como o grande número de inimigos na tela, o desmembramento de membros e sangue que foi substituído por um líquido azul. Infelizmente nesta versão remasterizada as funcionalidades de rede estão disabilitadas, portanto não será possivel jogar missões “Tag” cooperativamente apenas localmente. Mesmo com essa condição, a tabela de classificação mundial de maestria continua habilitado.

Uma das várias batalhas desafiadoras desta trilogia.

Ninja Gaiden 3: Razor´s Edge foi lançado no final de 2012, poucos meses depois de sua versão original. Essa versão melhorada teve sua concepção com objetivo de aperfeiçoar os pontos negativos do original e lançar um título de peso exclusivo para o Wii U que teve sua estreia naquele período. No ano seguinte a exclusividade foi quebrada e o jogo teve seu lançamento no Playstation 3 e Xbox 360. A história do jogo é bem mais simples que os anteriores, os antagonistas da vez são um grupo secreto de feiticeiros que pretendem dominar o mundo e instaurar uma nova ordem mundial e agentes da Força de Autodefesa do Japão pedem ajuda ao Ryu Hayabusa para derrotar essa ameaça global. As melhorias nesta vesão foram a adição de mais sangue, melhor inteligência artificial dos inimigos, maior variação de inimigos, retorno de desemembramento dos inimigos, novas armas, redução de Tarefas de Tempo Curto, possibilidade de jogar Missões Ninja cooperativamente na rede e a opção de jogar com a Ayane, Momiiji e Kasumi. Também nesta remasterização não será possível jogar na rede as Missões Ninja cooperativamente e o modo mata-mata ninja, onde oito jogadores disputam batalhas ninjas frenéticas.

Ryu Hayabusa possui um leque de habilidades ninja.

Ninja Gaiden Master Collection traz a trilogia moderna da série para uma nova geração de jogadores que ainda não conhecem as aventuras do lendário Ryu Hayabusa. Mesmo não tendo a possibilidade de jogar os modos de rede originais é possível se deleitar com jogos bem desafiadores e personagens marcantes do mundo dos videojogos. A expectativa sobre um novo título da série, depois de muitos anos de ausência, aos poucos vai deixando de ser apenas um sonho.

PROS:

  • Três jogos “hack and slash” de qualidade
  • Reviver uma séria clássica do mundo dos videojogos
  • Livro digital de colecionador.

CONS:

  • Ausência da possibilidade de jogar os modos de rede como nos jogos originais.

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada; chave concedida pela Koei Tecmo)
  • Playstation 4
  • Xbox One

NOTA: ☕☕☕☕

Ninja Gaiden Master Collection traz a trilogia moderna da série para a nova geração de jogadores que ainda não conhecem as aventuras do lendário Ryu Hayabusa. Mesmo não tendo a possibilidade de jogar os modos de rede originais é possível se deleitar com jogos bem desafiadores e personagens marcantes do mundo dos videojogos. A expectativa sobre um novo título da série depois de muitos anos de ausência aos poucos vai deixando de ser apenas um sonho.


Sludge Life – Mundo sem alma

Sludge Life é um jogo de mundo aberto desenvolvido por Doseone e distribuído pela Devolver. Inicialmente o jogo foi lançado exclusivamente para a Epic Games Store em maio de 2020. Em 2 de junho deste ano teve seu lançamento na Steam e no Nintendo Switch.

Este jogo foi concebido pela mente excêntrica do brasileiro, Terri Villeman. O grafiteiro mineiro ficou conhecido na Rede pelos seus gifs psicodélicos estilosos. Sua obra acabou chamando a atenção da Devolver que investiu novos projetos encabeçados pelo Terri Villeman na empresa. Essa cooperação gerou jogos com visuais únicos e cheios de personalidade, como Disc Room e Heavy Bullets.

Olhos sempre atentos a tudo que o cerca.

O seu mais novo projeto, Sludge Life, teve como proposta entrar na perspectiva de um grafiteiro chamado Zero. O jogo é um mundo aberto em primeira pessoa onde o objetivo preencher edifícios com sua marca registrada urbana. Pode parecer simples a proposta, mas onde reside o forte apelo do jogo é a interação com os elementos do mundo onde o protagonista está situado. Durante a jornada, Zero encontra uma gama variedade de personalidades e situações inusitadas. Dentro desses encontros, destaque para os diálogos com o grafiteiros famosos que são ricas com gírias próprias e assuntos voltados ao existencialismo humano.

Para se locomover no mapa existem quatro tripos de item que podem ser usados pelo Zero. O primeiro é uma câmera que serve apenas para registrar os encontros e cenários encontrados pelo jogador, segundo e essencial item é o asa delta que ajuda alcançar locais de difícil acesso, terceiro item é um aparelho que faz o personagem teletransportar de forma ágil no mapa evitando a necessidade de ir aos teletransportadores manuais espalhados pelo mapa, e o último item é o mais inusitado por se o par de olhos de uma grande lenda grafiteira, mas seu funcionalidade terá que ser descoberta por conta própria.

Um dos 100 pontos de grafite disponíveis no mapa do jogo.

Os visuais do jogo são muito atrativos e transmitem vastas sensações a respeito como tratamos a vida e as diferentes formas de se tratar a realidade coletiva. O tema geral apresentado na trama é a ausência de sentimentos e idealizações onde as grandes corporações controlam todos aspectos da vida humana desde o trabalho precarizado até o ambiente particular reprimido. Diante desse cenário onde o horizonte cinzento industrial é dominante, a comunidade grafiteira se estabelece como uma forma de expressão artística capaz de renovar o espírito.

Personagens únicos e memoráveis rodeiam o protagonista.

Sludge Life é uma experiência única que traz uma jogabilidade vasta e momentos memoráveis. A direção de arte tem como ponto forte elaborar visuais únicos que dão muita personalidade ao jogo possibilitando provocar muitas reflexões. Por meio dessas contemplações, a trilha sonora destaca esses momentos ao complementar diferentes estilos musicais urbanos para compor percussões bem arrojadas. Este título se torna uma ótima pedida para um público que busca nos últimos anos novas formas de expressão visual.

PROS:

  • Direção de arte
  • Conceito da trama
  • Personagens
  • Trilha sonora
  • Jogabilidade ampla

CONS:

  • Não possui

PLATAFORMAS:

  • Nintendo Switch (Plataforma jogada)
  • PC

NOTA: ☕☕☕☕☕

Sludge Life é uma experiência única que traz uma jogabilidade vasta e momentos memoráveis. A direção de arte tem como ponto forte elaborar visuais únicos que dão muita personalidade ao jogo possibilitando provocar muitas reflexões. Por meio dessas contemplações, a trilha sonora destaca esses momentos ao complementar diferentes estilos musicais urbanos para compor percussões bem arrojadas. Este título se torna uma ótima pedida para um público que busca nos últimos anos novas formas de expressão visual.


Dullgrey – futurismo realista

Dullgrey é um jogo de Romance Visual desenvolvido pela Provodnik Games e distribuído pela Sometimes You. O jogo foi lançado em 5 de maio deste ano para Nintendo Switch. Ainda neste ano está previsto para lançar versões para Microsoft Windows, iOS e Android.

O jogue segue um estilo de romance visual onde o jogo todo é dedicado na leitura de muitos textos de diálogo com ocasionais interações onde permite a escolha do jogador em certas situações do enredo. A temática é bem interessante por trazer elementos da ficção científica soviética. A grande inspiração foi a obra dos irmãos Strutgasky. A forma que esses elementos foi aplicado no enredo levaram a uma trama que trata um contexto onde se mistura ferramentas futuristas junto com uma realidade social e econômica que se assemelha a economia planejada idealizada pela União Soviética.

Cenário onde os eventos da história são descritos.

O enredo se baseia na trajetória de uma mãe e seu filho onde juntos precisam definir seu destino. O filho acabou de alcançar a maturidade e precisa decidir qual profissão ele vai seguir. As únicas opções que ele possui é ser acendedor de candeeiros ou um oficial que lida com as contas públicas. Mesmo as escolhas durante toda a narrativa serem em torno dessas duas profissões, o jogo possui onze finais diferentes que variam entre conclusões positivas e céticas. A variedade dos finais incentiva a jogar várias vezes para explorar cada detalhe que as escolhas nos diálogos provocam. A história do jogo no geral transmite uma construção elaborada do cenário e das interações entre os protagonistas e os outros personagens que participam da trama.

A direção de arte é um dos pontos altos do jogo. Os cenários são desenhados de forma minimalista que transmitem uma sensação de isolamento junto a vastidão das planícies geladas onde o enredo é ambientado. Os traços dos personagens destacam apenas suas sombras e dependendo as escolhas seus aspectos podem mudar gradualmente. A trilha sonora somente aparece nos momentos de impacto na narrativa e ajudam a demonstrar os efeitos resultantes de cada decisão na narrativa.

Duas escolhas difíceis.

Dullgrey é uma ótima experiência que traz uma história rica e emocionante. A variedade de finais que podem ser alcançado mesmo com poucas escolhas a serem feitas demonstra a engenhosidade dos roteiristas em desenvolver uma narrativa densa que transmite de forma orgânica a construção de cada personagem. O conjunto da obra o faz ser um romance visual memorável.

PROS:

  • Enredo bem desenvolvido;
  • Direção de arte;
  • Muitos finais diferentes;
  • Trilha Sonora.

CONS:

  • Não possui.

NOTA: ☕☕☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Nintendo Switch (Plataforma analisada e chave concedida pela Sometimes You);
  • Microsoft Windows;
  • iOS;
  • Android.

Isolomus – Distúrbios Internos

Isolomus é jogo com foco na interatividade do cenário desenvolvido e distribuído pela Rfdshir Games. O jogo foi lançado primeiro para os sistemas Microsoft Windows e Linux em 4 de dezembro de 2020. No dia 14 de abril, Isolomus teve sua estreia no Nintendo Switch.

Este é a mais recente criação de Michael Rfdshir. Ele fez seu nome no mundo dos jogos criando títulos usando materiais caseiros, como plasticina, para criar mundos excêntricos e criaturas inusitadas. As animações são feitas com tecnologia “stop motion” que faz objetos inanimados aparentarem ter vida própria. A ambientação de Isolomus se assemelha aos filmes de Tim Burton que possuem como referência principal cenários sombrios e góticos com técnicas de animação “stop motion”.

Exemplo de personificações inusitadas.

O enredo do jogo se diferencia por não definir de antemão sua proposta. Durante a jogatina são apresentadas diferentes situações mais bizarras que as outras e dependendo da maneira como o jogador interagir com elas pode gerar ocasionar variados desfechos. A interação nos cenários envolve usar o cursor, no Nintendo Switch é usado a tela sensível de toque, para resolver os desafios apresentados. No geral são simples mas seu atrativo está nas soluções nada ortodoxas para resolver problemas inusitados. Ao finalizar uma das conclusões possíveis no jogo, a sensação final que cada cenário apresentado durante a campanha pode ser interpretado de diferentes maneiras por cada jogador.

Uma das situações perturbadoras presentes no jogo.

Mesmo com esse aspecto dúbio na trama, o jogo possui um tema geral que é a complexidade de se lidar questões internas diante das pressões do mundo exterior. Apesar dos cenários apresentados ao longo da trama serem bizarros e sombrios, eles refletem as angústias produzidas pela psique humana e de como certas medidas drásticas são pensadas para resolver esses problemas. O grande atrativo em apelar para o uso interpretativo desses eventos é fazer o jogador contemplar diferentes pontos de vista sobre uma mesma perspectiva. Este processo acaba a longo prazo criando uma rede interativa onde diferentes óticas contribuem para expandir além da diretriz original do jogo.

Isolomus é uma experiência curta, porém traz uma variedade de elementos a ser pensados e desfechos alternativos que ajudam a prolongar o interesse em aventurar neste mundo sombrio e perturbador criado por Michael Rfdshir. Sua acessibilidade permite uma gama de jogadores possam presenciar uma experiência única e marcante.

PROS:

  • Cenários criativos;
  • Personagens Perturbadores e intrigantes:
  • Animação “Stop Motion”;
  • Final alternativos;
  • Temática interpretativa.

CONS:

  • Não possui.

NOTA:☕☕☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows;
  • Linux;
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada; chave concedia pela Rfdshir Games).

Isolomus é uma experiência curta, porém traz uma variedade de elementos a ser pensados e desfechos alternativos que ajudam a prolongar o interesse em aventurar neste mundo sombrio e perturbador criado por Michael Rfdshir. Sua acessibilidade permite uma gama de jogadores possam presenciar uma experiência única e marcante.


Say No! More – Diga não aos abusos laborais

“Say No! More” é o primeiro NPG (No!-Playing Game) da história desenvolvido por Studio Fizbin e distribuído pela Thunderful Games. O jogo foi anunciado em 2019 e originalmente tinha janela de lançamento para o ano de 2020, mas a distribuidora decidiu adiá-lo. No dia 9 de abril de 2021, o jogo finalmente teve sua estreia nos sistemas IOS, Microsoft Windows, Mac OS e Nintendo Switch.

O jogo apresenta um mecanismo peculiar que é a necessidade de apertar apenas um botão para o progredir no jogo. Este sistema foi denominado de “No! Playing Game”, e faz alusão ao conhecido termo RPG. Essa relação busca distinguir as características principais do jogo como uma construção da habilidade de falar “Não” do personagem.

O enredo envolve a trama de um estagiário, que pode ser customizado pelo jogador, em seu primeiro dia de trabalho. O melhor amigo do estagiário o presenteia com uma linda lancheira para ele usar em sua nova profissão. Quando o estagiário chega no escritório ele percebe a terrível realidade onde os empregados abusam de todas formas possíveis os estagiários. O ápice da humilhação foi quando seu chefe simplesmente confiscou sua lancheira. O estagiário cansado de ser humilhado acaba encontrando uma fita cassete de um tutor que o ensina o poder positivo de se falar “não”. Com esse aprendizado ele decide usar todas as suas forças para ganhar reconhecimento e recuperar sua bela lancheira.

Encontro marcante entre o estagiário e o tutor motivacional.

A trama é bastante divertida fornecendo cenários hilários em situações variadas. Durante a campanha, o jogador segue um caminho programado, mas dependendo da forma como ele reage aos pedidos dos funcionários pode gerar diferentes tipos de situações incentivando o jogador a jogar novamente a campanha para ver esses cenários alternativos. Além disso apresenta temas atuais muito pertinentes que auxilia na reflexão sobre maneiras de se lidar e pensar sobre o modo como é constituído o ambiente corporativo.

A jogabilidade consiste apenas negar os pedidos que os colegas de trabalho do estagiário fazem para ele. Entretanto existem diferentes maneiras de se falar “Não” durante o jogo. Ao decorrer da trama, o tutor do estagiário ensina diferentes formas de negar pedidos, além de ensinar formas de provocação. Esses novos tipos de dizer “Não” são úteis para derrotar oponentes que são resistentes a indignação do protagonista. Para realizar um golpe fulminante nestes tipos de oponente, as provocações servem para encher a barra de “Não” do personagem e quando cheia libera um ataque de fúria capaz de abalar as estruturas ao seu arredor.

O poder destrutivo do “Não”.

A direção de arte possui referências visuais e sonoras de jogos dos anos 90. Ao decorrer da jornada do protagonista aparecem várias citações de jogos populares da época. As batidas sonoras seguem o padrão das harmonias 16-bit com vários toques nostálgicos que remetem a momentos de descoberta e aprendizados de vida. O modelo dos personagens é hilário, todos eles são poligonais e andam travado dando um ar carismático em todos os integrantes do jogo.

O único ponto negativo é a ausência de mais recursos que possam instigar o jogador a retornar a campanha. Fora os diálogos alternativos citados anteriormente não possui muitos motivos para jogar tudo novamente. Existe a possibilidade de criar novos personagens, mas não apresenta alguma modificação nos eventos apresentados. A campanha é curta, leva aproximadamente 1h30, o que pode ser uma barreira para quem busca uma experiência de jogo mais longeva.

“Say No! More” é divertido jogo que gera bons momentos de entretenimento recheado com humor sutil e provocativo que faz refletir sobre a autonomia em questões importantes do cotidiano. Este título traz mecânicas diferenciadas que propiciam uma jogabilidade refrescante para os padrões atuais, o que cria uma expectativa da possibilidade de novas obras com estilo semelhante.

PROS:

  • Enredo bem desenvolvido;
  • Senso de humor afiado;
  • Abordagem de temas sociais atuais;
  • Direção de arte;
  • Trilha sonora;
  • Modelo dos personagens.

CONS:

  • Ausência de mais conteúdo que possa instigar a jogar depois de terminar a campanha.

NOTA:☕☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • iOS;
  • Microsoft Windows;
  • Mac OS;
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada; chave concedida pela Thunderful Games).

“Say No! More” é divertido jogo que gera bons momentos de entretenimento recheado com humor sutil e provocativo que faz refletir sobre a autonomia em questões importantes do cotidiano. Este título traz mecânicas diferenciadas que propiciam uma jogabilidade refrescante para os padrões atuais, o que cria uma expectativa da possibilidade de novas obras com estilo semelhante.


Afterpulse – Expectativa dissipada

Afterpulse é um jogo de tiro em rede desenvolvido e distribuído pela Digital Legends Entertainment. Foi concebido originalmente como jogo de celular e teve seu lançamento com exclusividade temporária para dispositivos IOS, em 2015. No ano de 2017, ocorreu sua estreia oficial no sistema Android. Neste ano, o jogo estreou nos consoles de mesa com o desenvolvimento de sua versão para o Nintendo Switch permitindo jogar com os usuários das plataformas móveis.

O jogo não possui enredo e está dedicado integralmente em partidas competitivas na rede. Ele tem como temática padrão nesses jogos de tiro representar diferentes grupos militares de operações táticas em confronto direto. O seus atributos que o fizeram destacar no cenário competitivo de jogos de celular foram seus gráficos arrojados e mecânicas intuitivas de combate. Esses fatores o fizeram consolidar no ramo como um dos jogos mais jogados deste gênero nas plataformas móveis.

Os modos de partida não fogem muito do modelo estabelecido pelos jogos de tiro em rede. O jogo possui quatro modos. mata-mata entre equipes, mata-mata individual, mata-mata entre equipes ranqueado e um modo solo onde jogador precisa encarar uma horda de inimigos controlados pela máquina. Os controles são simples para adequar a arquitetura dos aparelhos móveis, portanto o boneco somente possui a finalidade de andar, atirar e lançar granadas. Movimentações mais complexas como agachar, rastejar e pular não são possíveis de ser realizados. Os mapas são pequenos com cenários variados e adequam bem a dinâmica mais restritiva de comandos aos bonecos.

Típico cenário de confronto dentro do jogo.

O principal destaque na mecânica de jogo é a possibilidade de melhorar as armas e equipamentos do personagem. A medida que vai progredindo os níveis de experiência, o jogador é recompensado com caixas de armas, armaduras e itens de melhorias. Esses itens de melhoria são usados para aumentar os níveis das armas e armaduras. Quando os níveis mais altos são alcançados fica escasso a quantidade de itens de qualidade oferecidas ao jogador.

O maior problema do jogo foi na forma como foi lançado no Nintendo Switch. A versão do console veio com várias vantagens como armas e armaduras melhores que são desbloqueados logo quando se inicia o jogo pela primeira vez. Isso gera uma desvantagem imediata em comparação aos jogadores que jogam pelo celular que precisam de muitas horas de jogo para desbloqueá-las. Além disso pelo fato de poder jogar com o Pro Controller do Switch ou no próprio Joycon, possibilita um nível de precisão maior do que os controles de celular. Essa desvantagem se reflete nas partidas onde facilmente um usuário do console fica em primeiro nas partidas. Os confrontos ficam um pouco balanceadas no ranqueado onde as disputas são realizadas com jogadores que possuem nível de experiência mais alto, mas mesmo assim a desvantagem ainda fica aparente.

Interface de customização e de seleção de equipamento.

Outro fator que deixou a desejar nesta versão do Switch foram os gráficos. Poderiam ter sido aproveitado o potencial gráfico do aparelho para aprimorar os visuais que já são de qualidade no seu dispositivo de origem. Os menus também não são muito otimizados para consoles possuindo a mesma estrutura da versão para celular, o que acaba afetando a locomoção e orientação na interface.

Afterpulse é um jogo de tiro simples que proporciona uma boa diversão a curto prazo. A expectativa em torno de seu lançamento para um console foi afetada por conta de poucas aprimoramentos em relação ao jogo original e as vantagens desproporcionais dada aos usuários que adquiriram o jogo no Nintendo Switch. O desbalanceamento geral pode afetar a longo prazo o divertido passatempo que é esse jogo.

PROS:

  • Jogabilidade simples e divertida.
  • Boa variedade de mapas.

CONS:

  • Gráficos poderiam sem melhorados
  • Interface não adaptada para manuseio nos consoles
  • Desbalanceamento entre jogadores de Switch e Celular
  • Vantagens exageradas feitas para os jogadores de Switch.

NOTA: ☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Android;
  • iOS;
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada; chave concedida pela Digital Legends Entertainment).

Afterpulse é um jogo de tiro simples que proporciona uma boa diversão a curto prazo. A expectativa em torno de seu lançamento para um console foi afetada por conta de poucas aprimoramentos em relação ao jogo original e as vantagens desproporcionais dada aos usuários que adquiriram o jogo no Nintendo Switch. O desbalanceamento geral pode afetar a longo prazo o divertido passatempo que é esse jogo.


Space Otter Charlie – Lontras Galácticas

Space Otter Charlie é um jogo de plataforma com influências “metroidvania” desenvolvido pela Wayward Distractions e distribuído pela The Quantum Astrophysicists Guild. O jogo foi lançado em 18 de março de 2021, para Nintendo Switch, PC, Playstation 4 e Xbox One.

A história começa quando os humanos partem da Terra em busca de formar novas colônias pelo espaço. Enquanto isso um grupo de Lontras e seus amigos cansadas dos danos ambientais causados pelos humanos decidem partir também da Terra. Essas Lontras juntaram uma equipe de animais para readequar a tecnologia deixada pelos humanos no planeta para criar espaçonaves para explorar a galáxia. Depois de várias tentativas, finalmente conseguiram ter êxito no projeto e partiram logo em seguida rumo ao espaço. A equipe tem em mente chegar a um determinado planeta onde acreditam que possam montar uma colônia dos animas terrestres. Para chegar até lá, vão precisar juntar suprimentos das antigas estações espaciais dos humanos para ter condições de colocar suas metas em prática.

Exemplo de exploração gravitacional.

O enredo é genérico e bem previsível. Os personagens não possuem aprofundamento e em todos os momentos tentam convencer de forma superficial que dispõem uma personalidade arrojada. O diálogo entre os personagens não exploram o histórico e as motivações de cada um e a maior parte tem como propósito servir como tutorial ao jogador.

O trunfo na jogabilidade é a possibilidade de resolver desafios usando a gravidade. O principal personagem se chama Charlie e ele que vai fazer as pesquisas de campo no espaço. No começo, ele fica equipado apenas com uma mochila a jato, mas ao decorrer do jogo é possível liberar novos equipamentos e melhorias juntando recursos. Esses recursos são encontrados ao derrotar determinados inimigos e destruindo objetos inanimados espalhados pelo cenário. A estrutura adotada para comportar as ferramentas e os recursos que são utilizados para solucionar os desafios que exigem a manipulação da gravidade foram bem trabalhados dando situações diferenciadas que rendem um bom desafio ao jogador.

As batalhas contra chefes possuem o clássico formato de aglutinar os aprendizados recebidos durante a fase.

Os cenários não possuem muita variedade pelo fato do jogo se passar a maior parte do tempo em antigas estações espaciais. Mesmo assim cada fase possui uma área ampla para explorar por recursos e colecionáveis. O sistema de exploração tem uma leve influência nos títulos “metroidvania” , porque exige o jogador a pegar determinados itens para ir liberando cada setor das fases.

Space Otter Charlie é um divertido jogo de plataforma que apresenta bons desafios que proporcionam bons momentos de distração. Mesmo deixando a desejar no quesito enredo e desenvolvimento dos personagens, este título consegue acertar na sua principal aposta que é uma jogabilidade dedicada a explorar soluções por meio da manipulação da gravidade.

PROS:

  • Jogabilidade gravitacional;
  • Sistema de exploração do mapa;
  • Desafios bem elaborados.

CONS:

  • Enredo genérico;
  • Personagens sem expressão.

NOTA:☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows (Plataforma jogada; chave cedida pela The Quantum Astrophysicists Guild);
  • Mac OS;
  • Nintendo Switch;
  • Playstation 4;
  • Xbox One.

Loop Hero – Aventura Infinita

Loop Hero é um “RPG” com ferramentas “Roguelike” desenvolvido pela Four Quarters e distribuído pela Devolver Digital. No momento foi lançado apenas para as plataformas de computador: Linux, Microsoft Windows e Mac Os. Está previsto até o final do ano o lançamento para os consoles de nova geração e o Nintendo Switch.

Loop Hero é resultado da mistura de “RPG” e o estilo “Rogue” com jogo de cartas. Esta combinação resultou em um estilo de jogo diferenciado e único que atraiu de imediato a comunidade de vídeo jogos. Uma das razões para esta atração pode ser encontrado no título do jogo que remete à uma aventura que é difícil de se desprender. Apesar de ser cíclica as ações no jogo sempre consegue apresentar diferentes situações para prender a situação do jogador.

A história começa com uma criatura misteriosa chamada de Lich que lançou uma névoa que apagou todos os elementos representativos do planeta terra. Um dos poucos sobreviventes, conhecido apenas como Herói, acorda intacto e descobre que tudo aquilo que conhecia desapareceu. Quando ele percebe que parte da memória da terra está armazenada em fragmentos espalhados pela escuridão, ele decide usá-las para restaurar parte do que existia antes. Com essa iniciativa conseguiu recuperar paisagens e pessoas. Agradecidas pela iniciativa do Herói decidem ajudá-lo e juntos montam um acampamento para unir forças. Lich percebe o êxito do protagonista e lança uma série de criaturas para atacar o grupo. Todo planeta depende das expedições do Herói para derrotar Lich e restaurar a Terra ao seu estado natural.

Mapa da expedição com o barulho do jogador e a seleção de itens para o personagem.

A premissa é simples mas ela vai ganhando profundidade a medida com o progresso na aventura. Novos personagens aparecem no acampamento que além de ampliar as funções do acampamento apresentam diálogos bem interessantes com o protagonista. Temas como memória e existencialismo estão presentes e adicionam uma camada reflexiva que contribui para o jogador pensar sobre diferentes aspectos relacionados ao que está sendo apresentado no jogo.

A jogabilidade, como já foi mencionado anteriormente, é um “RPG” de carta com traços Rogue. Cada expedição do Herói possui programação procedural, ou seja, cada aventura é diferente da anterior. O mapa é cíclico, o que dá a impressão de “Loop” apresentado no título. O objetivo do jogo é preencher o mapa com as cartas presentes na mão do jogo. Existem cartas de ambiente que dão auxílio ao jogador, como mais pontos de vida e itens, e cartas de inimigo para o protagonista poder saqueá-los quando os derrotar. Cada expedição vai gerar uma quantia de itens que pode ser usado para melhorar o acampamento como a construção de novas estruturas para destravar novas cartas e classes para o personagem. A medida que for sendo colocada as cartas na mapa, uma barrinha que representa o chefe do capítulo é preenchida e quando completada torna possível confrontá-lo em uma batalha.

Árvore de ampliações do acampamento.

Não tem muito o que se falar da ambientação porque é a mesma durante o jogo com leves alterações por quanto das cartas de ambiente que podem ser destravadas pelo jogador. Portanto, o desenho dos personagens e a trilha sonora são de ótima qualidade. O estilo artístico do jogo acaba lembrando outro indie conhecido como Undertale e em certas ocasiões faz referências diretas a este jogo.

O único aspecto negativo do jogo gira em torno de um aspecto comum em títulos com ferramentas “Rogue” que é a necessidade de juntar uma quantidade enormes de itens para avançar na trama. Esse formato acaba desgastando o investimento depositado à longo prazo no título, o que pode cansar alguns jogadores não habituados com este estilo. Apesar desta característica sua mecânica de jogo pode suavemente abafar essa sensação por conta da necessidade criada no consciente para

Loop Hero se tornou uma surpresa agradável com sua jogabilidade peculiar e narrativa envolvente que instiga o jogador a continuar investindo nesta aventura procedural cíclica. O futuro do jogo se torna promissor com a previsão de lançamento para os consoles de mesa e novas expansões podem ajudar a solidificar seu nome no cenário de video jogos.

PROS:

  • Jogabilidade instigante;
  • Enredo;
  • Trilha sonora.

CONS:

  • Necessidade de acumular muitos itens para avançar torna cansativa a empreitada.

NOTA:☕☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows (Plataforma jogada e chave cedida pela Devolver Digital);
  • Mac OS;
  • Linux.

Super Mario 3D World – Encontro de dois mundos

Super Mario 3D World é um jogo de aventura do gênero plataforma desenvolvido e distribuído pela Nintendo. Originalmente foi lançado como título exclusivo de Nintendo Wii U, em 21 de novembro de 2013. No dia 12 de fevereiro deste ano foi introduzido uma versão melhorada do jogo junto com uma expansão denominada Bowser´s Fury, para o Nintendo Switch.

O jogo é uma sequência direta de 3D Land que foi lançado como título de lançamento do encanador para o Nintendo 3DS. Este jogo segue a tendência de seu antecessor em reunir a jogabilidade das aventuras 2D e 3D do Mario. Por conta do potencial técnico do novo console de mesa da Nintendo época, a divisão responsável pelo desenvolvimento do Mario Galaxy foi encabeçada para trabalhar no projeto.

Os enredos do Mario geralmente seguem a mesma tendência onde a Princesa Peach é raptada pelo Bowser, mas neste caso as princesas que se tornaram reféns de Bowser foram as fadas Sprixie. Enquanto elas estavam em visita oficial no Reino do Cogumelo, Bowser resolveu capturá-las e levou-as até seu castelo no Reino das Sprixie. Depois de mais uma violação das diretrizes diplomáticas Mario, Luigi, Princesa Peach e Toad uniram esforços para ir atrás de Bowser com intuito de findar seus planos novamente.

Os quatro personagens jogáveis: Mario, Luigi, Toad e Peach.

As tramas dos jogos do Mario, apesar de não variarem muito, sempre são divertidas. O foco da campanha principal é o cooperativo de até quatro jogadores podendo se jogado localmente ou em rede. Durante as fases existem pontos que exigem o trabalho cooperativo entre jogadores e são bem intuitivas. Caso não tenha como jogar em grupo, o jogo dará as ferramentas necessárias para realizar estas determinadas tarefas sozinho, mas são mais difíceis de serem cumpridas.

A jogabilidade tem como destaque a junção entre as mecânicas 2D e 3D do Mario. A estrutura básica do jogo é fundamentada na experiência 2D. As fases são divididas em mundos, como em Mario Bros 3, com subníveis e lojas do Toad onde é possível coletar itens de auxílio. A movimentação dos personagens é baseada na precisão do pulo e na medição consciente da habilidade de corrida. Os itens auxílio são aqueles de costume como a folhinha de raposa que possibilita planar no ar. A novidade da vez é o sinozinho que transforma os personagens em gatos, o que é muito útil para escalar paredes e alcançar plataformas distantes. O diferencial na jogabilidade são suas características tridimensionais. Os mapas são amplos e incentivam a exploração de cada centímetro. As acrobacias retornaram podendo fazer aquelas piruetas clássicas presentes desde Mario 64. Os colecionáveis não poderiam ficar ausentes nesta nova empreitada. Os quatro representantes do mundo cogumelo precisam coletar estrelas verdes espalhados nas fases para liberar as batalhas finais nos castelo do Bowser. Além das estrelas foram adicionadas estampas que são ilustrações bem agradáveis dos personagens do jogo e são registradas em um álbum que pode ser acessado no menu principal.

Nova habilidade que transforma os personagens em gato.

A direção de arte seguiu o padrão de qualidade do Mario Galaxy com visuais bonitos cheios de cor. O desenho dos personagens tanto dos principais quanto dos inimigos tem um aspecto amável, o que faz criar uma simpatia imediata com todo o universo do jogo. A trilha sonora fez um arranjo que misturou composições de todas as eras da franquia. Músicas clássicas como o da Caverna e a Corrida de Penguins podem ser escutadas em um único nível deixando a experiência bastante nostálgica.

O ponto negativo sentido durante a análise foi a falta de variedade nas batalhas contra chefes e as fases do castelo do Bowser. Durante o jogo inteiro, os chefes encarados são basicamente os mesmos com a única diferença que a dificuldade aumenta ao decorrer do jogo. Quanto as fases do castelo, a grande maioria são versões tridimensionais dos famosos trens de canhão do Mario Bros 3, e os locais dos colecionáveis ficam também na maior parte das vezes no mesmo lugar.

Super Mario Bros 3D World foi um dos melhores jogos da geração do Wii U e seu retorno ao Nintendo Switch conseguiu ampliar ainda mais suas qualidades. A combinação da jogabilidade bidimensional com o fator exploração das aventuras tridimensionais acabou resultando em uma renovação benéfica na fórmula da franquia. Com o lançamento de sua expansão no Switch, Bowser´s Fury, sua metodologia explorada em um cenário totalmente aberto apresentou indícios sobre futuras inovações na série.

Mapa do fundo possui formato semelhante ao do clássico Super Mario Bros 3.

Prós:

  • Jogabilidade divertida e cativante;
  • Trilha sonora;
  • Universo do jogo;
  • Novas adições na jogabilidade;
  • Junção entre as fórmulas bidimensionais e tridimensionais do encanador.

Contras:

  • Repetição de chefes e nas fases no castelo do Bowser.

Nota final:☕☕☕☕

Plataformas disponíveis:

  • Nintendo Wii U
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada)

Super Mario Bros 3D World foi um dos melhores jogos da geração do Wii U e seu retorno ao Nintendo Switch conseguiu ampliar ainda mais suas qualidades. A combinação da jogabilidade bidimensional com o fator exploração das aventuras tridimensionais acabou resultando em uma renovação benéfica na fórmula da franquia. Com o lançamento de sua expansão no Switch, Bowser´s Fury, sua metodologia explorada em um cenário totalmente aberto deixou indícios sobre futuras inovações na série.