Resultados do Barão do Café de Melhores Anime de 2020!

No começo do ano fizemos uma votação pública nos ajudar a eleger os melhores animes de 2020. Tivemos muitos problemas decorrentes da pandemia, principalmente pela nossa equipe de anime ser muito menor que a de jogos, o que impossibilitou mais uma vez uma stream de debate. Porém, aqui estamos com nossos resultados e a motivação por trás destas escolhas, contando, claro, com a opinião pública!

Os prêmios e seus respectivos indicados e ganhadores foram:

O ganhador desse ano de melhor shounen é Jujutsu Kaisen!

Os outros indicados foram:

  • My Hero Academia
  • Re:Zero
  • Fire Force
  • Deca-Dence

Nosso primeiro ganhador é Jujutsu Kaisen. A grande sensação shounen do ano, superando até a supremacia estabelecida por Demon Slayer. Nenhum outro título esse ano teve o destaque que Jujutsu teve e isso deve ser enaltecido.

O ganhador desse ano de melhor seinen é Akudama Drive!

Os outros indicados foram:

  • Aggretsuko
  • Appare-Ranman!
  • Dorohedoro
  • Keep Your Hands Off Eizouken!

Akudama Drive é um clássico moderno. Um clássico INSTANTÂNEO. O trabalho da Tookyo Games, conhecidos por Danganronpa (o jogo), traz uma história contida, extremamente cyberpunk e memorável como nenhuma outra este ano. Só assistindo para entender sua grandiosidade.

O ganhador desse ano de melhor slice of life é Rikekoi!

Os outros indicados foram:

  • Kaguya-Sama: Love is War
  • Kakushigoto
  • Sing Yesterday for Me
  • Tonikawa

De vez em quando, nós clicamos com animes leves e tranquilos que assistimos apenas para fugir do peso da realidade moderna. Apesar de nos identificarmos com a realidade do anime (só tem gente de exatas nesse site), Science Fell In Love, So I Tried To Prove It ou Rikekoi é nosso slice of life do ano, por trazer aquela sensação de conforto e alegria que só esse gênero é capaz (e a gente se identificar com os protagonistas, óbvio).

O ganhador desse ano de melhor filme é Weathering with You!

Os outros indicados foram:

  • Burn the Witch
  • Lupin the Third: The First
  • Promare
  • Whisker Away

2020 foi um ótimo ano para filmes de anime, mostrando que a mídia não está abandonada. Tivemos uma revisita a grande franquia Lupin The Third em CG, o que ficou espetacular, mas Weathering with You conseguiu pegar tudo que Makoto Shinkai fez em suas obras e executar com maestria, trazendo uma obra moderna, sentimental e poderosa, e por isso merece nosso prêmio.

O ganhador desse ano de melhor CG é Dorohedoro!

Os outros indicados foram:

  • Appare-Ranman!
  • D4DJ
  • Ghost in the Shell: SAC_2045
  • Lupin the Third: the First

Dorohedoro foi parte da grande ascensão do estúdio Mappa e muitos desacreditaram da produção por ser puro CG. Porém, assim como FighterZ para jogos, o CG apenas enalteceu o estilo de animação japonesa, trazendo uma obra única e muito, muito gostosa de assistir.

O ganhador desse ano de surpresa do ano é Sing Yesterday for Me!

Os outros indicados foram:

  • Akudama Drive
  • Deca-Dence
  • Jujutsu Kaisen
  • Science Fell In Love, So I Tried To Prove It (Rikekoi)

Apesar de grandes outros nomes nesta categoria, escolhemos Sing Yesterday for Me como nossa surpresa do ano justamente por sair da caixinha de shounen/seinen. Temos uma história extremamente humana e madura sobre amor que nos prendeu do começo ao fim, sem saber pra onde iria. Por tanto, nada mais justo que ser a surpresa do ano do Café com Geeks!

O ganhador desse ano de melhor anime em continuidade é Kaguya-Sama: Love is War!

Os outros indicados foram:

  • Aggretsuko
  • Fire Force
  • My Hero Academia
  • Re:Zero

Apesar da volta de grandes animes, falamos com toda certeza do mundo que o melhor anime em continuidade deste ano foi Kaguya-Sama: Love is War. Sua primeira temporada até foi boa, mas não chegou nem perto da grandiosidade do seu retorno. Todos os personagens tiveram destaque, tivemos arcos extremamente interessantes que superaram de todos os outros animes desta lista.

O ganhador desse ano de maior decepção do ano é Gibiate!

Os outros indicados foram:

  • God of Highschool
  • In/Spectre
  • Japan Sinks
  • Tower of God

Infelizmente nem tudo são flores. 2020 foi um ano diferente por causa da pandemia, com menos obras, mas ainda assim tiveram algumas que conseguiram nos decepcionar e outras que não conseguimos aproveitar nem um pouco. Diante de tantas promessas e grande equipe de produção, Gibiate foi a mais decadente, fraca e inacreditavelmente ruim. Infelizmente, nosso pior anime do ano foi Gibiate.

O ganhador desse ano de anime mais esperado é Chainsaw Man!

Os outros indicados foram:

  • Fate Camelot
  • Fumetsu no Anata e
  • Neon Genesis Evangelion: 3.0 + 1.0
  • Shaman King

Expectativas, como nós mesmos do Café costumamos descrever, são uma verdadeira maldição. Na maioria das vezes exageradas e irreais, podem quebrar toda uma potencial experiência de qualidade com qualquer tipo de mídia. Ainda assim, é impossível não criar. Muitas coisas foram anunciadas para 2021 e coisas boas, o que torna-se difícil escolher o título mais aguardado. Mas, com certeza, Chainsaw Man é a obra mais diferente e emergente destes títulos, o que trás não somente um frescor de expectativas, como expectativas moderadas mas ainda assim fortes. Este é nosso anime mais esperado do ano.

O ganhador desse ano de garoto do ano é Satoru Gojo de Jujutsu Kaisen!

Os outros indicados foram:

  • Benimaru Shinmon (Fire Force)
  • Mensageiro (Akudama Drive)
  • Shinya Yukimura (Rikekoi)
  • Yu Ishigami (Kaguya)
  • Appare Sorano (Appare-Ranman!)

Todo ano temos discussões saudáveis e nada exageradas sobre quem são os personagens mais incríveis do ano. Esse ano todas as categorias de personagem estão concorridas, mas a de melhor garoto é de longe a mais acirrada. De qualquer maneira, Satoru Gojo de Jujutsu Kaisen acaba vencendo todos os nossos outros candidatos, justamente por ser o amalgama de tudo que faz um “melhor garoto” de anime. Charmoso, misterioso, poderoso, bonitão, Gojo se tornou um personagem icônico desde sua primeira aparição.

O ganhador desse ano de garota do ano é Chizuru Mizuhara de Rent a Girlfriend!

As outras indicadas foram:

  • Abigail Jones (Great Pretender)
  • Ayame Himuro (Rikekoi)
  • Haru Nonaka (Sing Yesterday for Me)
  • Maki Oze (Fire Force)
  • Jing Xialian (Appare-Ranman!)

É difícil até começar a discutir qual a melhor garota desse ano diante da grandeza de todas essas mulheres incríveis. Abigail foge do padrão de garota de anime, Himuro é extremamente inteligente e determinada, Haru é gentil e misteriosa, a Maki é poderosíssima e já foi ganhadora aqui no Café e a Xialian é outro grande destaque entre tantas garotas. Mas Chizuru Mizuhara merece o prêmio por sua maturidade diante de tantas adversidades, sendo uma co-protagonista humana e humilde.

Os ganhadores desse ano de casal do ano são Ayame e Shinya de Rikeikoi!

Os outros indicados foram:

  • Nasa e Tsukasa (Tonikawa)
  • Kaguya e Shirogane (Kaguya-Sama)
  • Haru e Rikuo (Sing Yesterday for Me)
  • Noi e Shin (Dorohedoro)

Os casais desse ano foram variados e muito, muito carismáticos. Em muitos momentos, foram o que prenderam os espectadores às suas respectivas tramas e isso é de longe algo muito louvável. Esse ano foi impossível dar o prêmio para qualquer outro que não fosse Ayame e Shinya de Science Fell In Love, So I Tried To Prove It visto que ambos carregaram nas costas todo o anime que foi um espetáculo de se assistir (e se tornou um dos nossos casais de anime favoritos de todos os tempos).

O ganhador desse ano de protagonista do ano foi Kaburagi de Deca-Dence!

Os outros indicados foram:

  • Kaguya (Kaguya)
  • Motoko Kusanagi (GitS: SAC_2045)
  • Saichi Sugimoto (Golden Kamuy)
  • Shinra (Fire Force)

Todo ano temos inúmeros protagonistas de anime, muitas vezes repetitivos e maçantes. Os aqui destacados longe estiveram disso, sendo refrescantes e interessantes o suficiente para ter nosso destaque. Kaburagi foi de longe o mais diferente deles – um homem trabalhador misterioso com causas extremamente nobres que foram alavancadas com o decorrer do anime, e por isso merece nosso prêmio.

O ganhador desse ano de melhor antagonista foi Mami Nanami de Rent a Girlfriend!

Os outros indicados foram:

  • En (Dorohedoro)
  • Kurono Yuichiro (Fire Force)
  • Satella (Re:Zero)
  • Sukuna (Jujutsu Kaisen)

Este ano tivemos vilões bem fora da caixinha, e é melhor descreve-los mais como antagonistas que pessoas necessariamente ruins. Diante disso, Mami Nanami pode ser considerada a antagonista de Rent a Girlfriend, um anime de romance que discute muitas coisas sobre relacionamento juvenil. Nanami consegue ser assustadora, má, mas ao mesmo tempo, extremamente humana, e por isso merece nosso prêmio.

O ganhador desse ano foi『Chou no Tobu Suisou』de TK from Ling Toshite Sigure do anime PET!

Os outros indicados foram:

  • Akudama Drive:『4STEAL!!』de SPARK!!SOUND!!SHOW!!
  • Deca-Dence:『Theater of Life』de Konomi Suzuki
  • Dorohedoro:『Welcome to Chaos』de (K)NoW_NAME
  • Jujutsu Kaisen:『Kaikai Kitan』de Eve

Esse ano aberturas de anime saíram bastante do padrão, o que tornou o processo de seleção um pouco mais difícil. Algumas músicas superaram outras, enquanto algumas apresentações visuais foram melhores que as outras. Tentando eleger o conjunto da obra, escolhemos Chou no Tobu Suisou de TK from Ling Toshite Sigure de Pet, que foi um anime com não tanto destaque, mas com trilha sonora assombrosa, incluindo abertura e encerramento. Confiram:

O ganhador deste ano de melhor encerramento do ano foi 『Yusetsu』de The Sixth Lie do anime Golden Kamuy!

Os outros indicados foram:

  • Ghost in the Shell: SAC_2045:『sustain++』de Mili
  • Great Pretender:『Great Pretender』de Freddie Mercury
  • Jujutsu Kaisen:『Lost in Paradise』de AKLO
  • Pet:『image _』de Siren

Alguns dos encerramentos desse ano vão ficar marcados na história dos animes como alguns dos mais icônicos. Entretanto, Yusetsu de Golden Kamuy não apenas teve um conjunto da obra fabuloso, como também é o que melhor representa seu respectivo anime, além de ser uma música solo extremamente cativante. Por isso, foi nosso escolhido. Contemplem:

O ganhador desse ano de melhor dublador original é Kenjiro Tsuda como Joker de Fire Force!

Os outros indicados foram:

  • Echidna – Maaya Sakamoto (Re:Zero)
  • Kaburagi – Katsuyuki Konishi (Deca-Dence)
  • Kaiman – Wataru Takagi (Dorohedoro)
  • Saichi Sugimoto – Chikahiro Kobayashi (Golden Kamuy)

Outra disputa acirrada entre novos e antigos nomes da dublagem nipônica, tivemos de escolher Kenjiro Tsuda como Joker de Fire Force. O personagem não apenas foi um dos grandes destaques da temporada como teve momentos que apenas essa dublagem foi capaz de reproduzir com tanta grandeza.

O ganhador desse ano de melhor design de personagens é Promare!

Os outros indicados foram:

  • Akudama Drive
  • Deca-Dence
  • Dorohedoro
  • Fire Force

Design de personagens esse ano foi um grande desafio. Diante de tantos novos e refrescantes designs, escolhemos Promare, justamente por renovar um gênero que a Trigger faz como ninguém, além de fazer bons designs que encaixassem nos ocasionais CGs do filme.

O ganhador desse ano de melhor luta do ano foi “Lutador vs Executor no parque abandonado” de Akudama Drive

Os outros indicados foram:

  • Galo de Lion vs. Kray (Promare)
  • Joker vs. Sol Commander Assassin (Fire Force)
  • Tsukasa vs. Hayashi (Pet)
  • Yuji e Nanami vs. Mahito (Jujutsu Kaisen)

As lutas desse ano foram muito, muito especiais, entre tantos animes que fizeram até embates metafóricos como Pet. Mas nosso ganhador é o combate mais cru, natural e humano possível, do Lutador com o Executor de Akudama Drive. A cena não apenas gera impacto momentâneo, como para o resto do anime, tornando este momento um dos mais importantes da obra.

O ganhador desse ano de melhor trilha sonora é Promare!

Os outros indicados foram:

  • Akudama Drive
  • Deca-Dence
  • Jujutsu Kaisen
  • Pet

As trilhas sonoras desse ano foram inacreditáveis. Mas, como em design de personagem, o estúdio Trigger conseguiu fazer uma incrível sintonia em todos os aspectos da sua obra e com sua trilha sonora por Hiroyuki Sawano não foi diferente. Promare ganha a melhor trilha sonora do ano!

O ganhador desse ano de melhor arte e animação é Fire Force!

Os outros indicados foram:

  • Akudama Drive
  • Deca-Dence
  • Dorohedoro
  • Promare

Arte e animação costuma ser grande ponto de debate em premiações como esta. Este ano foram fortes os concorrentes, mas cremos que o ganhador foi Fire Force diante do tanto que explorou sua arte com boa animação e não deixou a desejar em momento algum durante sua trama.

O ganhador desse ano de anime do ano é Jujutsu Kaisen!

Os outros indicados foram:

  • Akudama Drive
  • Deca-Dence
  • Dorohedoro
  • Science Fell In Love, So I Tried To Prove It (Rikekoi)
  • Sing Yesterday for Me

Nosso primeiro ganhador foi Jujutsu Kaisen. A grande sensação shounen do ano, superando até a supremacia estabelecida por Demon Slayer. Nenhum outro título esse ano teve o destaque que Jujutsu teve e isso deve ser enaltecido. Jujutsu foi uma grande sensação. Com um ar completamente novo para seu gênero mesmo que com uma temática familiar, temos aqui o anime que mais se esforçou para trazer algo especial e não é a toa que ganhou de lavada nessa categoria, tanto entre nossos participantes internos como em voto público. Apesar de termos grandes outros nomes aqui, seria injusto com Jujutsu Kaisen não o premiar com o Barão do Café de melhor anime de 2020.

E é isso. Esse foi um Barão do Café de anime muito diferente mas igualmente especial aos demais. Agradecemos a todos que participaram e também a quem se dispôs a votar. Até ano que vem!


Barão do Café — Premiação dos Melhores Animes de 2020!

O ano de 2020, lento e assustador, está chegando ao seu fim. Fechando este com sua maior glória e com a maior atenção do Café com Geeks, após um infeliz cancelamento da edição de animes do ano passado devido à pandemia (que ocorreria no começo deste ano), decidimos oficializar nossa premiação de Melhores Animes de 2020.

Nosso evento oficial deve ocorrer após o Barão de Jogos, então não se preocupem!

Para ver as categorias e fazer suas escolhas, completem este formulário ilustre feito na plataforma Google.

Contamos com as posições de vocês.


A Voz do Silêncio – Reflexão sobre a distância entre surdos e ouvintes.

Como lidar com o diferente? Essa questão permeia em nossa sociedade até os dias de hoje. Muitas vezes esse tipo de questionamento acaba causando medidas retaliativas. O filme “A Voz do Silêncio”, baseado no mangá homônimo de Yoshitoki Oima, busca realizar uma reflexão sobre os sentimentos envoltos neste tipo de situação.

A trama do filme gira em torno do relacionamento entre Shoya Ishida e Shoko Nishimiya. A história começa com Ishida tentando cometer suicídio. Ele estava arrependido por conta de suas atitudes no passado, onde passava a maior parte do seu tempo provocando a jovem Shoko. Desde que se conheceram, Shoko tentava traçar uma amizade com Ishida, mas ele a reprimia por ela ser surda. Suas atitudes forçaram ela a ter que se retirar da escola, o que deixou ele abalado. O momento de reviravolta acontece quando estava prestes a largar a vida decide rever Shoko para perdoá-la. A partir desse momento, Ishida passa por um longo processo de aceitação revendo as decisões que tomou em sua vida tendo Shoko como elemento motivador.

Demonstração da paz de espírito de Shoko Nishimiya.

O tema central do filme é a dificuldade na comunicação entre surdos e ouvintes. As situações expostas durante o longa de expõem a distância em implementar condições inclusivas aos surdos. Mesmo a escola possuindo grade de ensino a língua de sinais, poucos tinham interesse em aprender e acabavam recorrendo a uma conversação escrita. Esse cenário acabou deixando Shoko isolada mesmo demonstrando aberta a relacionar com todos.

A situação ficou ainda mais desoladora por conta das atitudes extremas de Ishida que representou o ápice desse distanciamento. Mesmo ele causando rusgas a cada ato desrespeitoso, Shoko insistia em quebrar essa barreira para forjar uma amizade. O momento de separação ocorreu depois que Ishida forçou uma briga, o que fez os pais de Shoko a retirarem da escola.

O fato interessante do filme é a construção feita no personagem Ishida depois desse evento. Depois de uma tentativa de suicídio e o isolamento social, ele usa essa circunstância para fazer uma reflexão sobre suas atitudes para superar a depressão. Quando encontra Shoko, ela se torna um catalisador para que ele possa reverter seus atos do passado. Ishida passa a dedicar seu tempo estudando a língua de sinais para poder comunicar com Shoko. Com o passar do tempo aquela distância amarga desaparece e os dois passam a se conhecer melhor.

Uma das cenas mais emocionantes do filme.

A mensagem transmitida pelo filme incentiva o telespectador a refletir sobre a forma como é pautada os relacionamentos entre surdos e ouvintes. Ao relacionar o conteúdo abordado com a realidade no nosso país, ajuda pensarmos mais sobre as dificuldades sofridas pela comunidade surda. Diante de uma realidade onde o ensino da língua de sinais continua bem limitado, o esforço de Ishida serve como inspiração para demonstrar como é recompensador em eliminar barreiras na comunicação.


Sequel – Uma análise da conturbada nova trilogia Star Wars

Quando se anunciou mais informações sobre a então nova trilogia de Star Wars feita pela Disney, muitos se animaram com escolhas verdadeiramente promissoras, como à de J. J. Abrams como director do filme de estreia da nova safra de Guerra nas Estrelas. Aos poucos descobrimos mais sobre quem da saga clássica estaria presente, mas também dos novos protagonistas. Tudo com muito entusiasmo por parte dos fãs, muita expectativa.

E bem, “O Despertar da Força” foi consideravelmente bem recebido. As semelhanças com “Uma Nova Esperança” de 1977 eram bastante óbvias, mas isso não torna o filme pior. A volta de Harrison Ford como Han Solo saudou a nostalgia presente nos pequenos padawans que cruzaram com Star Wars em algum momento da infância/adolescência. A trama apresentava Rey, uma personagem com potencial de desenvolvimento semelhante à de Luke Skywalker, pelo menos no primeiro filme. Conheçemos Kylo Ren, o jovem filho de Han Solo que se rebela com os ensinamentos jedis e segue o manto de seu avô Darth Vader. Apesar de promissora, o primeiro erro da história começa em sua própria existência. Por quê? Qual o sentido de prosseguir com algo já finalizado, como é o caso do que se começa em “Ameaça Fantasma” e termina em “O Retorno de Jedi”?

Uma nova história Star Wars não necessitava existir, o ciclo de evolução dos jedi, dos sith para o império, tudo havia acabado, a luta do bem contra o mal, tudo havia acabado. Por que prosseguir com algo tão bem finalizado e desenvolvido? Bem, nem a própria trilogia sustenta ou justifica isso, ele apenas existe. Mas falando de forma leviana dos filmes individualmente, começamos com “O Despertar da Força”.

Começamos de maneira conturbada, entre a guerra da Resistência e a Primeira Ordem. Stormtroopers, guerreiros da resistência, o caos instaurado (retratado de maneira bem mais repentina na trilogia, inclusive). E levianamente somos introduzidos ao contexto da jovem Rey, até então sem nenhum contexto familiar, apenas notando o contexto miserável onde a jovem protagonista se encontra.

Num cenário pobre e caótico, ela vê eventos da saga clássica de forma divina, Luke Skywalker é como um ser mitológico naquele universo. Em meio à esse contexto, temos o outro lado da moeda. Kylo Ren comanda estavelmente a Primeira Ordem, tudo sob a saia de Snoke, uma espécie de novo Palpatine da Sequel. Han Solo aparece muito como “Ben” Kenobi, como um conselheiro sobre tudo ao redor de Rey (inclusive a morte dele nesse filme lembra muito a morte de Obi-Wan em “Uma Nova Esperança”). Também conhecemos Poe e Fin, ambos servem como protagonistas de segundo plano, tais como Leia e Han Solo. Enfim, eu posso apontar semelhanças entre o episódio IV e o episódio VII de Star Wars o dia inteiro, mas o importante à ser destacado é quem esse filme nos introduz.

Mas ele deixa algumas lacunas. Quem é Rey e qual a importância dela nessa história? Quais as motivações de Kylo Ren? A missão principal de encontrar Luke Skywalker não foi atingida. Onde ele está? Por que ele se afastou da força? Todas essas lacunas não foram preenchidas. A direção muda de J. J. Abrams para Rian Johnson para o episódio VIII, que eventualmente é intitulado “Os Últimos Jedi”. Bem, todas as lacunas foram preenchidas, como anteriormente citado. Porém, para alguns fãs, da melhor forma possível. Para outros, da pior forma possível. E esse “8 ou 80” faz de “Os Últimos Jedi” o filme mais controverso da saga, junto com seu sucessor “Ascenção Skywalker”.

“Os Últimos Jedi” tem como foco o retorno do mestre jedi Luke Skywalker, encontrado em uma ilha deserta. Também temos a conexão entre Rey e Kylo Ren, assim como Darth Vader e Luke Skywalker em “Império Contra-Ataca”. O líder Snoke ordena a Kylo Ren a morte de Rey, assim como temos uma pequena trama no cassino. E ao decorrer de possíveis incongruências físicas, como gastar combustível na velocidade da luz, nos questionamos onde o filme quer chegar. O passado nebuloso de Ben Solo (então Kylo Ren) e a desistência por parte de Luke Skywalker é explicado em flashback, as incertezas de Rey se equiparam as de Luke no episódio V, já o arrependimento de Kylo Ren com a morte de seu pai Han Solo é perceptível. Rey vê luz em Kylo, que um dia foi Ben Solo, principalmente com fatos como a morte de Snoke por Kylo Ren em sacrifício de Rey. À Resistência, Finn e Poe servem como protagonistas em segundo plano, junto com a General Leia. A batalha final é traçada entre Kylo Ren e Luke Skywalker, com a morte do mestre jedi. Rey é resumida por Kylo como uma miserável, sem pais, sem qualquer origem precisa, mas com uma força inexplicável dentro de si. E “Os Últimos Jedi” transita entre pior ou melhor Star Wars na lista de entusiastas.

Por fim, temos “Ascenção Skywalker”. Para alguns, decente, para outros, aberração. Ele traz das cinzas o imperador Palpatine, que estava comandando toda a Primeira Ordem e também o imperador Snoke, jogando todo o trabalho de desenvolvimento de 6 filmes, a morte de Anakin Skywalker e Darth Vader por água baixo.

A volta de Palpatine é insensata, joga todo o legado da história clássica pelo esgoto, tudo para sacrificar o idealismo de J. J. Abrams, quebrado pelas repostas de Johnson em “Os Últimos Jedi”. Mas dado às condições, o filme se sai consideravelmente bem. Jamais se poderia desenvolver um novo imperador em apenas um filme, trazer Palpatine ou Snoke seria inevitável, muito da identidade de Star Wars se perderia com a ausência de um imperador no desfecho de uma trilogia. O papo sobre a ascenção da força dentro de nós morre quando descobrimos o parentesco de Rey, sendo neta de Palpatine.

Com CGIs, Carrie Fisher volta à General Leia e tem sua morte simbólica dentro da história por tudo que a atriz representou para a saga. O filme todo gira em como chegar a Palpatine, que possui a chamada “Ordem Final” para a queda da força e a volta dos Sith. Rey questiona a si mesmo após descobrir seu parentesco com o imperador, mas essa crise de identidade não dura o muito. Kylo Ren se mostra objetivo desde o começo da trama, porém assim como seu avô Darth Vader, troca a casaca no seu quase fim. Chega a lutar como alguém da força, no final auxilia Rey no que podia, porém vem a falecer com a General Leia.

Na batalha final, Palpatine proclama a força de todos os Sith, Rey de todos os Jedi. Palpatine volta ao estado de morte já conhecido pelos fãs de Star Wars, o triunfo de Imperador é impedido pela força Jedi da forma mais clichê possível. E assim como Retorno de Jedi, a força salva a galáxia mais uma vez. As partes toscas e incongruências desse filme podem ser grandes, mas assim como Homem-Aranha 3, o filme traz uma boa mensagem. E não me leve a mal, mas muita coisa naquele filme é aproveitável ao lore de Star Wars sim.

Por fim, o que concluímos? Essa trilogia tentou de todas as formas simular a clássica em acontecimentos e fracassou nisso. Serão filmes que as próximas gerações que maratonarem Star Wars poderão pular os acontecimentos de pelo menos um dos 3 filmes da nova saga. Rey e Kylo Ren tinham muito potencial de se tornarem os protagonistas mais desenvolvidos de toda a saga, mas não passam de uma mera sombra de seus mestres, Finn e Poe se desenvolveram da forma certa. Por fim, diria que o mais aproveitável da saga foi “O Despertar da Força”, mesmo considerado cópia (com razão) de “Uma Nova Esperança”, é o filme que melhor desenvolveu tudo na trilogia Sequel.


[Café dos Colonos] – Streets of Rage 2

Streets of Rage 2 é um jogo de briga de rua desenvolvido e distribuído pela Sega no ano de 1992, exclusivamente para o saudoso Mega Drive. A aguardada sequência levou o console ao limite utilizando ao máximo seu processamento 16-bit.

Uma visão geral do quarteto protagonista e dos chefes que irão enfrentar durante o jogo.

A história se passa um ano depois dos eventos do primeiro jogo. Axel e Blaze pediram aposentadoria da polícia enquanto Adam continuou na instituição. Para aproveitar a aposentadoria, Axel virou segurança particular e Blaze passou a dar aulas de lambada. A vida do trio parecia tranquila até Sammy, irmão de Adam, alertar a Blaze que “O Sindicato” retornou com força total e para piorar seu irmão mais velho foi sequestrado pelo próprio Mr. X. No intuito de contribuir na operação de resgate, Sammy se junta a Axel e Blaze e ainda chama o melhor amigo de Adam, Max Thunder, que é um lutador de peso pesado. O quarteto está formado para encarar o vingativo Mr. X e devolver a paz para a população.

Apesar de não trazer a possibilidade de escolha em decisões cruciais da trama como no primeiro jogo, o enredo ficou mais extenso. A duração da campanha é maior e os cenários são mais variados, o que aumenta o escopo do jogo dando uma sensação de aventura ao jogador.

A base da jogabilidade é a mesma do primeiro, portanto neste artigo vou me atentar apenas nas principais mudanças. A principal alteração são os especiais, agora cada personagem tem uma habilidade única. Para limitar o uso de especiais, quando o personagem a utiliza sua barra de saúde diminui de forma considerável. Neste título, foi adicionado o modo batalha que é um espaço onde dois jogadores pode fazer 1×1 nos mesmos moldes de um jogo de luta. Por conta da adição desse modo, o leque de combos de cada personagem aumentou.

O jogo disponibiliza quatro lutadores à disposição do jogador dando bastante opções de combate. Axel e Blaze possuem os mesmos atributos do jogo anterior. Sammy é um lutador ágil, o que facilita a realização de combos de velocidade, mas possui pouca resistência. Max Thunder tem como característica ser um lutador de muita força física e resistente, portanto ele é bem lento deixando-o como alvo fácil para oponentes mais ágeis.

Nesta a sequência, a Sega investiu bem alto por conta do sucesso do original. O potencial do Mega Drive foi levado ao máximo. Os gráficos deram um salto gigantesco, os cenários estão mais detalhados e o número de animações por sprite ampliaram deixando os movimentos de cada personagem mais fluídos. A maior mudança visual que pode ser percebida a primeira vista é seu dimensionamento. O plano de fundo e os intérpretes foram ampliados, o que deixa nítido as melhorias gráficas efetuadas neste título.

Blaze efetuando sua habilidade especial.

Essa é uma das melhores trilhas sonoras compostas por Yuzo Koshiro. Ele estava inspirado nesta sequência e produziu melodias memoráveis, como exemplo a seção do bar no primeiro estágio. O compositor adicionou diferentes gêneros a base idealizada por ele no primeiro jogo. O acréscimo de ritmos “pop” e “jazz” contribuíram no equilíbrio de momentos de tensão e suavidade.

Streets of Rage 2 é o melhor jogo da trilogia original de Mega Drive. Sua ambição em explorar o potencial gráfico do console para expandir os elementos exitosos que fizeram o primeiro jogo sucesso merece ser prestigiado. Essas inovações o faz um título obrigatório de Mega Drive.

Batalha entre Axel e Sammy, Skate no ocidente, no modo “Duelo”.

“O nível de qualidade em todos aspectos beira a perfeição. Não é por acaso que seu reconhecimento como um dos melhores títulos de briga de rua da história”.

PROS:

  • Jogabilidade melhorada;
  • Cenários variados e vivos;
  • -Números de oponentes ampliados;
  • Melhor trilha sonora da franquia;
  • Um dos melhora gráficos do console.

CONS:

  • O enredo mais linear em comparação ao primeiro jogo.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️☕️

PLATAFORMAS:

  • Sega Mega Drive;
  • Sega Game Gear;
  • Playstation 3;
  • Playstation 4;
  • Microsoft Windows;
  • Nintendo 3DS;
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada);
  • Xbox 360;
  • Xbox One.

Análise da 3° Temporada de Castlevania

A terceira temporada de Castlevania continua a jornada de Trevor, Sypha, Alucard, Hector e Isaac pelo mundo medieval e sombrio, dando mais escopo a todas as ações e decisões de cada personagem. A história em si não segue um roteiro pré-determinado de nenhum jogo da série, mas brinca com muitas referências deles pontualmente, expandindo e preparando para um futuro promissor da animação com esse “jogo” de referências.

Do estúdio Powerhouse Animation Studios, a animação de Castlevania da Netflix mantém a sua qualidade de animação apesar de ter recebido mais episódios nessa temporada, totalizando dez, porém seu enredo não parece se aproveitar bem disso. Possui mais núcleos de personagem, o que pode não agradar a todos, mas isso, de fato, valoriza a todos quase por igual.

Trevor e Sypha ficam encarregados pelo mistério desta temporada, tendo que explorar e desvendar problemas de uma pequena vila. Já Alucard, separado de seus amigos, recebe a tarefa de treinar jovens aprendizes à caçadores de monstros que desejam voltar para seu país de origem e proteger seu povo. Hector e Isaac, apesar de separados, possuem arcos próprios que tendem a se envolver.

Referências são um elemento quase que constante aos longos dos seus dez episódios, mas nada que faça com que aqueles não conhecedores da franquia de jogos se percam. Porém, aqueles que já possuem uma boa bagagem irão vibrar e, até mesmo, prever o rumo o qual uma nova temporada pode tomar.

Alucard, Sypha, Trevor e Carmilla em material promocional – Reprodução/The Enemy

Apesar de bem desenvolvido e querendo expandir os horizontes que a animação possa alcançar, os roteiristas sabiam do maior problema que eles teriam: a ausência de Drácula. Você amando-o ou odiando-o, o conde sangrento fará falta em algum aspecto, e é o ponto onde essa temporada possa “cambalear”. Todos os arcos que se desenrolam em consequência do final da temporada passada estão ligados de uma forma ou de outra por ele, o “pilar” central dos jogos, e consequentemente da série.

Como nas temporadas passadas, as sequências finais são incríveis, tanto no quesito de animação quanto de trilha sonora; eles sabem muito bem como fechar um arco com empolgação. Seja pela sua ação desenfreada, sua violência ou suspense, mas com tudo acompanhado de uma trilha musical que faz jus à franquia.

Uma nova temporada já foi confirmada, apesar de não possuirmos mais nenhuma informação além disso. Contudo, toda a comunidade está em polvorosa para o rumo o qual a quarta temporada irá tomar.


Introdução a leitura da Saga “The Witcher”

Devido ao sucesso da série The Witcher, no serviço de “streaming” da Netflix, cabe neste momento fazer um comentário sobre a saga de livros de Andrzej Sapkowski que o originou. No intuito de atiçar a vontade dos interessados em aprofundar neste universo da fantasia eslávica, neste artigo será realizado um mapa de leitura para entender os eventos centrais da série.

Imagem de Geralt de Rívia.

Os dois primeiros livros, “O Último Desejo” e “A Espada do Destino” estão estruturados em contos. Estes contos presentes nas respectivas obras são coletâneas das primeiras histórias do bruxo escritas por Sapkowski. O objetivo central dessas obras e apresentar os elementos e personagens essenciais que farão parte do grande arco que está para vir. Cada conto narra um contrato feito pelo Bruxo de Rívia e os personagens no qual interage. 

Nesses livros que conhecemos as principais companhias de Geralt: Yennefer, feiticeira e grande amor do bruxo, Jaskier (Dandellion), bardo que acompanha Geralt em suas aventuras e Ciri, a garotada destinada a ter o poder capaz de mudar o rumo do mundo e filha adotiva de Geralt. Ao olhar o seriado, todo o arco da primeira temporada foi baseado nos dois livros com algumas alterações.

As obras “Sangue dos Elfos”, “Tempo de Desprezo”, “Batismo de Fogo”, “A Torre da Andorinha” e “A Senhora do Lago” são os romances que compõem o arco dos eventos ligados ao sangue ancestral de Ciri. Os eventos descritos giram em torno dos poderes ocultos de Ciri e os interessados por ele. Diante disso, Geralt e Yennefer juntam esforços para garantir a segurança de sua filiada.

A série de romances foram responsáveis por expandir os eventos apresentados nos contos. Novos personagens e conceitos familiares aos seguidores dos jogos da franquia foram introduzidos nesta fase da saga. Ao atentar sobre o escopo da narrativa deste período, é possível observar que a integridade do enredo do terceiro jogo, “The Witcher 3: Wild Hunt”, serve como continuação dos conflitos entre Ciri e um dos seus perseguidores no final do último livro.

Além dessa cronologia principal foi escrito anos depois pelo mesmo autor um livro com uma trama paralela situada anos antes do “Sangue dos Elfos”. O enredo gira em torno do Geralt em tentar desvendar os mistérios do reino beira-mar Kerack durante sua estadia.

Capa original em Polonês da saga.

A passagem sobre os temas e as estruturas presentes em cada etapa da saga “The Witcher” ajuda a ter uma ideia de como se orientar diante da grande quantidade de títulos presentes na franquia. Para os que tiverem ansiosos para nova temporada da série no Netflix, que tem data de estreia prevista para 2021, pode se aventurar nos livros ou até mesmo engatar jogando a trilogia de videojogos desenvolvida pela CD Projekt Red que se passam anos depois da conclusão dos livros.


Sonic (o filme): Chegou a vez do azulão da SEGA estrear nas telonas!

Depois de muita especulação durante a produção e polêmicas quanto ao visual do Sonic, finalmente a longa metragem estreou nos cinemas. Ficou a dúvida se a abordagem da trama seria voltada aos jogos ou seguiria uma linha completamente diferente, o que poderia modificar a identidade do personagem. Para o alívio dos fãs, o filme conseguiu equilibrar elementos referentes aos jogos e novidades para instigar novos públicos.

Sonic deslizando em alta velocidade.

O enredo é bem familiar para quem acompanhou a série animada do Sonic X. Sonic foi criado em outro universo. O lugar remete a Ilha do Sul, palco do primeiro jogo do ouriço para Mega Drive, onde nas primeiras cenas ele corre pelos trechos conhecidos da Green Hill Zone. Como o personagem é visado por conta de sua capacidade de correr na velocidade do som acabou fugindo de seu mundo. Durante a fuga, ele utilizou o icônico anel dourado, que diferentemente dos jogos, é utilizado para atravessar diferentes universos ao invés de ser um medidor de vida. Ao chegar na terra acaba chamando muita atenção por conta do seu poder oculto, o que despertou o interesse do cientista maluco, Ivo “Eggman” Robotnik, em utilizá-lo nos seus experimentos científicos. Para encarar as investidas do doutor, o Sonic vai contar com ajuda de um policial do interior nessa empreitada.

A trama teve bastante influência no filme “Detetive Pikachu” que foi lançado no ano passado. As animações computadorizadas são bem realizadas e o roteiro foca na interação entre o personagem humano e o fictício. A atuação do policial soou de forma natural ao contracenar com o Sonic tornando possível crer na existência real do ouriço azul. Ao analisar a atuação do Sonic, não fugiu muito do comportamento radical e descolado que adotou nos últimos jogos da franquia. A atuação do Jim Carrey como Robotnik ficou plausível ao personagem. O ator soube utilizar seu estilo cômico com o comportamento megalomaníaco, o que rendeu boas cenas de humor durante o filme.

A melhora visual do personagem ficou bem aparente nesta cena pós-combate.

O único defeito do filme não foi ter aproveitado a vasta discografia da franquia. Somente em momentos bem específicos tocou uma melodia ou outra familiar. Grande parte da seleção musical utilizada foi composta por canções licenciadas de pop e rock. Seria proveitoso investir nas canções do Crush 40 que tiveram uma longa contribuição na produção das trilhas sonoras dos jogos 3D do ouriço.

No geral, vale a pena a ver o filme. A produção consegue cativar tanto os fãs de longa data quanto os jovens que tiverem seu primeiro contato com o personagem. A obra deixa uma marca positiva e dá indícios para futuras sequências que se forem bem manuseadas pode render um futuro frutífero ao ouriço azul nas telonas.


Crunchyroll Anime Awards 2019 – Resultados!

A apresentação do Anime Awards este ano foi dada na noite deste sábado (15/2) e aqui estão os vencedores, por categoria, além de seus outros indicados!

Melhor encerramento:

https://www.youtube.com/watch?v=KI4OQar97Bo
  • Hold Me Now de Nai Br.XX e Celeina Ann (Carole & Tuesday);
  • Sayonara Gokko de amazarashi (Dororo);
  • veil de Keina Suda (Fire Force);
  • Chikatto Chika Chikaa♡ de Konomi Kohara (Love is War) – (VENCEDOR);
  • Stand by me de the piggies (Sarazanmai);
  • Torches de Aimer (Vinland Saga).

Melhor abertura:

  • 99.9 de MOB CHOIR (Mob Psycho 100 II) – (VENCEDOR);
  • Touch Off de UVERworld (Promised Neverland);
  • Mukanjyo de Survive Said the Prophet (Vinland Saga);
  • Inferno de Mrs.GREEN APPLE (Fire Force);
  • Kiss Me de Nai Br.XX e Celeina Ann (Carole & Tuesday);
  • Kawaki wo Ameku de Minami (Domestic Girlfriend).

Melhor drama:

  • BABYLON;
  • Carole & Tuesday;
  • Fruits Basket;
  • Stars Align;
  • Promised Neverland;
  • Vinland Saga – (VENCEDOR).

Melhor fantasia:

  • Ascendance of a Bookworm;
  • ASTRA LOST IN SPACE;
  • Attack on Titan (Terceira Temporada);
  • Promised Neverland – (VENCEDOR);
  • Sarazanmai;
  • Demon Slayer.

Melhor comédia:

  • Love is War – (VENCEDOR);
  • My Roommate is a Cat;
  • Isekai Quartet;
  • Sarazanmai;
  • How Heavy are the Dumbbells You Lift?;
  • Aggretsuko (Segunda Temporada).

Melhor dublador na língua inglesa:

  • Kyle McCarley (Mob – Mob Psycho 100 II);
  • Laura Bailey (Tohru Honda – Fruits Basket);
  • Erica Mendez (Retsuko – Aggretsuko);
  • Billy Kametz (Naofumi – The Rising of the Shield Hero) – (VENCEDOR);
  • Faye Mata (Aqua – KONOSUBA);
  • Casey Mongillo (Shinji – Neon Genesis Evangelion);

Melhor dublador na língua japonesa:

  • Yuichi Nakamura (Bruno Bucciarati – JoJo’s Golden Wind) – (VENCEDOR);
  • Saori Hayami (Shinobu – Demon Slayer);
  • Yukino Satsuki (Ai Magase – Babylon);
  • Yuuko Kaida (Isabella – Promised Neverland);
  • Mamoru Miyano (Reo Niiboshi – Sarazanmai);
  • Yusuke Kobayashi (Senku – Dr. STONE).

Melhor casal:

  • Baki & Kozue – Baki;
  • Kaguya & Miyuki – Love is War – (VENCEDOR);
  • Reo & Mabu – Sarazanmai;
  • Rika & Shun – O Maidens in Your Savage Season;
  • Ymir & Historia – Attack on Titan;
  • Mafuyu & Ritsuka – given.

Melhor cena de luta:

  • King Crimson vs. Metallica – JoJo’s Golden Wind;
  • Levi vs. Titã Bestial – Attack on Titan;
  • Mob vs. Toichiro – Mob Psycho 100 II;
  • Tanjiro & Nezuko vs. Rui – (VENCEDOR);
  • Thorfinn vs. Thorkell;
  • Ushiwakamaru vs. Tiamat – Fate/Grand Order: Babylonia

Melhor trilha sonora:

  • Attack on Titan de Hiroyuki Sawano;
  • Carole & Tuesday de Mocky – (VENCEDOR);
  • Demon Slayer de Go Shiina e Yuki Kajiura;
  • Dr. STONE de Tatsuya Kato, Hiroaki Tsutsumi e YUKI KANESAKA;
  • JoJo’s Golden Wind de Yugo Kanno;
  • The Rising of the Shield Hero de Kevin Penkin.

Melhor design de personagem:

  • Dororo – (VENCEDOR);
  • Carole & Tuesday;
  • Dr. STONE;
  • Love is War;
  • Sarazanmai;
  • Vinland Saga.

Melhor animação:

  • Attack on Titan;
  • Fate/Grand Order: Babylonia;
  • Demon Slayer;
  • Mob Psycho 100 II – (VENCEDOR);
  • Vinland Saga;
  • Sarazanmai.

Melhor direção:

  • Attack on Titan – (VENCEDOR);
  • BABYLON;
  • Demon Slayer;
  • Mob Psycho 100 II;
  • Vinland Saga;
  • Sarazanmai.

Melhor garota:

  • Carole de Carole & Tuesday;
  • Raphtalia de The Rising of the Shield Hero – (VENCEDOR);
  • Kohaku de Dr. STONE;
  • Nezuko de Demon Slayer;
  • Chika Fujiwara de Love is War;
  • Emma de Promised Neverland.

Melhor garoto:

  • Bruno Bucciarati de JoJo’s Golden Wind;
  • Tanjiro de Demon Slayer – (VENCEDOR);
  • Hyakkimaru de Dororo;
  • Kanata Hoshijima de ASTRA LOST IN SPACE;
  • Naruzou Machio de Dumbbells;
  • Mob de Mob Psycho 100 II.

Melhor antagonista:

  • Ai Magase de BABYLON;
  • Angela de Carole & Tuesday;
  • Askeladd de Vinland Saga;
  • Garou de One-Punch Man (Segunda Temporada); 
  • Isabella de Promised Neverland – (VENCEDOR);
  • Overhaul de My Hero Academia (Quarta Temporada).

Melhor protagonista:

  • Emma de Promised Neverland;
  • Senku de Dr. STONE – (VENCEDOR);
  • Hyakkimaru de Dororo;
  • Tanjiro de Demon Slayer;
  • Tohru Honda de Fruits Basket;
  • Saitama de One-Punch Man.

Anime do ano:

  • Vinland Saga;
  • O Maidens in Your Savage Season;
  • Promised Neverland;
  • Carole & Tuesday;
  • Mob Psycho 100 II;
  • Demon Slayer – (VENCEDOR).

O prêmio de Ícone da Indústria foi dado a George Wada, presidente do estúdio Wit!

À seguir, a premiação em sua íntegra:

Vale lembrar que nosso Barão do Café, premiação do Café com Geeks de melhores animes do ano, está fechando votações e você pode participar das mesmas neste link, ou clicando no banner abaixo.