O que é Death Stranding?

Porém, com mais exposição, as peças finalmente começaram a se encaixar e nesse exato momento – faltando pouco mais de dois meses para o lançamento do game – já temos informações  suficientes para saber o que esperar quando o jogo finalmente estiver em nossas mãos.

O objetivo central de Death Stranding é reconectar as cidades e as pessoas dos Estados Unidos após uma série de explosões que abalaram o planeta. O protagonista é Sam Bridges (Norman Reedus), que é um simples entregador da instituição chamada Bridges, que tem a tarefa de entregar e reconectar partes desse mundo desconexo.

Sam foi convencido por Amelie (Lindsay Wagner) a se juntar à causa. Amelie é a atual presidente da UCA (United Cities of America) e foi responsável por convencer vários locais isolados a se juntarem à Rede Quiral vários anos atrás e alertar sobre a vinda dos BTs. Essa rede é usada como forma de facilitar a comunicação entre esses locais.

O conceito do gameplay em Death Stranding é simples de se resumir, porém bem complexo em sua totalidade. Basicamente, seu objetivo é viajar por vários locais fazendo entregas a personagens específicos, mas a tarefa não é assim tão fácil. O game usa elementos de sobrevivência com grande foco em exploração e travessia. Sam tem necessidades fisiológicas como hidratação, alimentação e tem até mesmo que urinar quando necessário. Esses elementos todos serão influenciados não só pelo seu gerenciamento como também pelo tipo de terreno e clima da região.

O peso da sua carga também irá influenciar no gameplay. Suas botas e equipamentos têm durabilidade que podem te afetar no decorrer do percurso e aí entram os desafios de travessia. Há momentos que chegar a um ponto específico não será tão fácil devido a obstáculos e o tipo de carga que você carrega. Assim, será necessário usar ferramentas como escadas e cordas para deixar essa tarefa mais rápida e fácil. Fora isso, veículos também podem ser usados para o auxílio nessas travessias (até o momento apenas motocicletas foram mostradas em sua posse).

Apesar de todos esses elementos de travessia, o game ainda tem muito mais a oferecer.Você será caçado por terroristas e criaturas de outra dimensão chamadas BTs, além de ter que se preocupar com uma chuva mortal chamada “Timefall” que acelera o tempo de toda forma de vida biológica e por isso, quando a chuva se aproximar, será necessário procurar abrigo, usar uma roupa especial ou ingerir uma forma de vida chamada Cryptobiote, apresentado pela Fragile (Léa Seydoux), personagem que é filiada a uma empresa de entregas chamada Fragile Express e terá um grande foco na história.

Sam poderá lidar com os inimigos de várias formas. Kojima já deixou bem claro que o combate não é o foco do game, mas apenas mais uma opção para o jogador. Você terá armas e ataques corpo a corpo, porém o Kojima alertou que matar irá causar consequências no mundo e à sua experiência. É mais recomendado usar o stealth ou simplesmente fugir. Mas sim, você poderá terminar o jogo matando todos os inimigos que conseguir.

Até o momento foram revelados dois tipos de inimigos: os terroristas que te rastreiam pelo mundo e têm como objetivo roubar sua carga; e os BTs, criaturas do mundo dos mortos que são invisíveis a olho nu. Para conseguir enxergá-los, os BBs são necessários, bebês estes que estão na mesma dimensão que os BTs, assim dando a capacidade de vê-los a seu portador.

Os bebês também são mais um elemento de gerenciamento no gameplay, tendo que manter os níveis de estresse baixos não sofrendo dano e evitando situações de risco. Para acalmá-los você terá que manualmente balançar seu Dualshock 4 ou levá-lo a sua base onde uma câmara imita o útero de uma mãe. Com o tempo sua conexão com o BB irá aumentar, abrindo novas funções e benefícios.

Talvez a maior diferença de Death Stranding com outros games seja o jeito que ele lida com a morte. O game nunca terá uma tela de game over. Ao morrer, Sam será transportado para o mundo dos mortos, uma espécie de purgatório. Baseado no que foi mostrado, esse local tem sempre uma aparência que retrata guerras passadas, cenários com semelhanças à Guerra do Vietnã e à Primeira Guerra Mundial, com soldados esqueletos e tudo conectado por cordas negras. Seu objetivo nesse local é escapar, assim voltando à sua realidade e recuperando suas cargas que permanecem no local da morte. Você poderá abrir caminho à força ou sem ser detectado. Nesse local vive o principal antagonista do game, Cliff (Mads Mikkelsen). Seus objetivos só iremos descobrir no decorrer do game, porém ele mantém uma conexão com Higgs (Troy Baker), também conhecido por “Golden Mask”, outro antagonista do game que, diferentemente de Cliff, vive na mesma realidade de Sam e é filiado a um grupo que se autodenomina Homo Demens, formado por terroristas que se opõem à UCA (que tem relação direta a Bridges). Seus objetivos ainda não são claros, mas serão os responsáveis por lhe caçar durante o game, com o objetivo de tomar as encomendas.

O game também contará com vários personagens de suporte, com suas próprias histórias e missões, algumas sem ligação com a trama principal. Eles estão espalhados pelo vasto mundo aberto e cabe a você encontrá-los ou não. Dentre os que fazem parte da trama central está Mama (Margaret Qualley). Assim como o Sam, ela também trabalha para a Bridges e é especializada em comunicações com os BTs e não pode sair da instalação onde se encontra, pois seu bebê nasceu no mundo dos mortos, porém ela ainda está conectada a ele pelo cordão umbilical que a impede de deixar o local. Heartman é outro personagem com uma história trágica, ele tem apenas 21 minutos de vida, após isso ele morre e fica 3 minutos buscando por sua família no mundo dos mortos até ser ressuscitado novamente por um desfibrilador e repetir o ciclo. Cada personagem terá tanto missões principais como secundárias que irão aumentar sua conexão com eles, assim os ajudando com seus problemas e recebendo benefícios em troca.

O grande tema de Death Stranding são conexões, tudo no game orbita esse tema e é a partir desse conceito que o Kojima diz estar criando um novo gênero de games que ele chama de “Strand Game”. Por tudo mostrado, o game certamente demonstra elementos nunca antes vistos, porém somente jogando para ver a culminação de tudo e se realmente será algo tão novo que poderá ser categorizado como um novo gênero. O conceito resumido do gameplay é simples, viajar pelo mundo aberto fazendo entregas enquanto lida com elementos de sobrevivência, inimigos humanos e sobrenaturais, agora o que fará ele se destacar será na complexidade desses micro-gerenciamentos e como o mundo será afetado tanto por suas ações quanto pelo caminho que a história irá nos levar e também como o elemento online se encaixa nisso tudo. O que sabemos sobre isso até o momento é que suas ações no game irão afetar o mundo de outras pessoas. Um exemplo disso é que se você urinar em um local, irá nascer um cogumelo que será visível no mundo de outras pessoas e se elas fizerem o mesmo, ele irá crescer cada vez mais e essa ideia irá se aplicar a coisas muito maiores no game e em conceitos mais complexos que podem ter um grande impacto na experiência.

Todas essas idéias mostram como o game está tentando ser distinto de tudo, trazendo novos conceitos, novas mecânicas e até mesmo novas execuções para ideias já existentes. É como o próprio Kojima disse no início do desenvolvimento do game: “A vara ajudava o homem a afastar ameaças. Do outro lado, a corda nos ajudava a prender coisas importantes a nós. Na maioria dos jogos, você luta com a vara. Isso também vale para redes sociais.

Kojima deixou claro que em Death Stranding você poderá usar a vara, mas diferente de outros games a corda será um elemento muito importante e na maioria das vezes o mais recomendado, esse elemento da corda é exatamente a proposta de conexões que o game apresenta. Só nos resta saber se todas essas promessas e ideias serão cumpridas e principalmente se o game irá fazer uma conexão com o público.

Death Stranding chega exclusivamente ao PlayStation 4 em 8 de Novembro.


Arkham Asylum — Uma revolução nos jogos de super herói

Esqueçam esses jogos de super-heróis que são feitos às pressas, para pegar carona no sucesso do filme que está em cartaz na mesma época do lançamento do jogo. 

Logo no início do game estamos conduzindo o arqui-inimigo do Batman, o Coringa, ao asilo Arkham (hospital psiquiátrico presente nas histórias em quadrinhos do Batman, onde estão os mais perigosos vilões e bandidos de Gotham City). Batman está desconfiado de algo, comentando com o comissário Gordon que dessa vez foi fácil demais capturar o Coringa. O Coringa consegue com a ajuda de seus capangas e de sua namorada Arlequina capturar o diretor do arkham, Quincy Sharp, e o comissário Gordon. 

Com isso inicia-se o jogo na pele do Homem Morcego preso com seus maiores inimigos e outros bandidos no asilo Arkham tendo que salvar os reféns das mãos do Coringa e seus capangas. 

A essência do verdadeiro Batman

Finalmente podemos decifrar enigmas e jogar com uma versão do Batman mais parecida com o detetive das HQs, o primeiro jogo em que temos que investigar cenários, buscar pistas e desvendar mistérios na pele do homem morcego. 

Mesmo sendo o Batman você ainda é só um cara vestido de morcego, a dificuldade do jogo é mediana, uma vez que você pega o jeito dos comandos você não terá dificuldades, mas cuidado, isso não significa que você pode sair atacando os capangas armados do coringa de peito aberto. 

Todas as imagens desta análise são da galeria da Steam do nosso escritor, Gabriel Rocha.

Desfrute do seu cinto de utilidades, um ótimo sistema de combos, dublagem excelente, use o cenário ao seu favor escondendo-se na escuridão. 

Extras e muitos easter eggs

Além da história principal, também pode-se encontrar os enigmas do Charada e também pode-se caçar pelo cenário as escrituras do Asylum Arkham, que revela sobre a criação do manicômio. 

Plataforma ou Ação/Aventura 3D? 

Esse jogo também foi excepcional em mesclar ação e aventura em 3D com momentos 2.5D em alguns momentos em que se enfrenta o espantalho.

Prós:

  • Finalmente um jogo que não é só de ação do Batman, aqui também deve-se bancar o detetive;
  • Mark Hamill como Coringa, ao nível de Heath Ledger;
  • Cenários interativos e propensos a serem usados estrategicamente;
  • Gráficos excepcionais;
  • História excepcional e autêntica, independente de outras mídias;
  • Espantalho;
  • Enigmas do Charada e outros colecionáveis;
  • Modo de desafio.

Cons:

  • Batalhas contra bosses extremamente repetitivas;
  • Física de combate irreal; o Batman “se estica” pra realizar golpes.

Plataformas:

  • PS3/PS4;
  • 360/X1;
  • PC/Mac;
  • Ouya.

NOTA FINAL: ☕☕☕☕☕/5

Jogado na plataforma: 🎮 Steam 

Esse jogo acabou com o estigma de jogos de heróis feito de qualquer jeito, revolucionou a indústria inspirando jogos como Spider Man de 2019 em suas mecânicas. 


Uma análise de Mortal Kombat 11

Um dos melhores Mortal Kombat já feitos até então, se não o melhor, a NetherRealm ouviu o feedback dos jogadores referente o último MK e corrigiram os problemas do anterior nesse, transformaram o jogo em algo incrível, elevaram o mesmo a um novo patamar, um jogo que vai perdurar por um bom tempo na cena competitiva, ainda mais que a NetherRealm já confirmou que planeja manter o jogo vivo por alguns anos através de atualizações e adição de novos personagens. A jogabilidade é muito fluida, muito simples de compreender e muito precisa, possuindo uma área de tutoriais que explica literalmente tudo o que um jogador que almeja começar a competir, ou que apenas quer socar os amigos precisa saber, apresentando uma tela explicando o que o jogador irá treinar no módulo, caso não esteja conseguindo, com o apertar de um botão abre um modo de exibição que vai mostrar o que precisa ser feito, e no canto inferior esquerdo um controle mostrando quais botões devem ser usados e quando devem ser usados.

A história é cativante do inicio ao fim, finalmente contando com uma dublagem ótima, nesse MK acertaram em tudo que no outro tinham errado, (isso mesmo, não tem Pitty pra estragar tudo, pra dizer aleatoriamente que vai equalizar a sua cara) além de que o jogo finalmente da vida a personagens anteriormente rasos como a própria Cassie Cage (culpa da Pitty e da falta de emoção na dublagem) e da Sonya, sem contar que os personagens novos ficaram muito bem feitos, especialmente a Cetrion que ficou espetacular desde o seu background até seus itens cosméticos, que ficaram incrivelmente lindos e bem feitos. Sem dúvida a Kronika foi uma personagem muito interessante dando um rumo completamente novo para a história, fazendo você realmente se preocupar com os personagens que controla e se perguntando desde o primeiro momento que ela aparece e revela seus planos, o que acontece se ela realmente realizar o que almeja, e é aterrorizante pensar no que pode acontecer. A História tem um ótimo desenvolvimento ao longo dos 12 capítulos, passando por vários personagens, e em alguns capítulos utilizando 2 personagens juntos, antes de algumas lutas dando ao jogador a escolha de com qual deles deseja lutar, mas deve-se dizer que dentre o que o jogo oferece como um total, a história em si, lá no final deixou um pouco a desejar.

A Krypta do jogo ficou incrivelmente linda e bem detalhada, a jogabilidade dentro dela é completamente impecável, diferente daquela utilizada no MKX que era toda mecânica, com apenas 4 direções e com pouca liberdade, é basicamente um novo jogo dentro do jogo, eu mesmo tendo perdido 4 horas brincando sem ver o tempo passar. Referente as reclamações das microtransações, acredito que seja injustas as afirmações sobre o jogo ser “Pay To Win”, visto elas tem ZERO influência no jogo, literalmente tudo pode ser desbloqueado dentro do jogo sem gastar uma moeda, o grind pra conseguir Koins, é chatinho sem dúvida, como todo grind basicamente, mas vai te recompensar em dobro, te força a ir nas torres do tempo e melhorar as suas habilidades com o personagem que gosta, e no final te dá as Koins e a experiência que ganhou lutando até o topo.

O jogo é um Must Buy de todos os que são fãs da série, e quem quer começar no mundo de MK, agora é uma ótima oportunidade, esse jogo ficou realmente beirando a perfeição do mundo de MK.

Prós:

  • grande diversidade de personagens e estilos de luta
  • história incrivelmente cativante 
  • Tutoriais bem detalhados e de fácil compreensão
  • jogabilidade simples e fluida, até mesmo para players novos

Cons:

  • requer conexão de internet o tempo inteiro
  • grind por moedas da krypta acaba sendo cansativo

Plataformas:

  • PS4 (plataforma analisada)
  • Switch
  • X1
  • PC

Nota: ☕️☕️☕️☕️/5


Os anúncios mais importantes da GAMESCOM — Opening Night Live 2019

O apresentador da The Game Awards, Geoff Keighley, organizou pela primeira vez a conferência de abertura da Gamescom, evento conhecido como a maior feira de games da Alemanha. Aqui mostraremos alguns de seus destaques, contando com presença do nosso querido Hideo Kojima.

https://www.youtube.com/watch?v=2ctVVGdHnqI
A abertura começou com Gears 5 e trailer de sua campanha.
Comanche agora retorna com combate multiplayer entre helicópteros, com direito a batalha de drones.
Tivemos gameplay de Need for Speed Heat, incluindo apresentação de um app mobile pra gerenciar o jogo.
Trailer da continuação do famigerado Verbal Space Program. Estará disponível ano que vem.
Parceria da Sony com os desenvolvedores de Friday the 13th, tivemos gameplay de Predator: Hunting Grounds.
Mais um indie em cena, Little Nightmares 2 está previsto para 2020.
Mais um episódio do aclamado Life is Strange 2.
Witcher 3 recebeu mais um trailer para o Nintendo Switch, agora com data de lançamento para 15 de outubro deste ano.
Disintegration é um ambicioso shooter do antigo diretor criativo de Halo (e cocriador do Master Chief). Está previsto para o ano que vem.
A Sega anunciou mais um jogo de estratégia, Humankind.
Erica é um shadowdrop da Sony, um interactive thriller FMV.
Tivemos mais um trailer de Modern Warfare.

Hideo Kojima foi a estrela do dia, apresentando TRÊS novos trailers de Death Stranding.

https://www.youtube.com/watch?v=UO-z1sjY42s
O primeiro foi de Mama, uma mulher que vive no mundo real, mas sua filha nasceu “no outro lado”, sendo conectados pelo cordão umbilical.
Em seguida, Deadman fala sobre o BB (Bridge Baby) que acompanha o protagonista em sua jornada.
https://www.youtube.com/watch?v=YJwQU6e8CKY
Pra fechar, tivemos gameplay de Death Stranding com participação surpresa de Geoff Keighley.

Querem assistir a conferência completa? Segue o vídeo!


No que tange a Era Digital

https://www.youtube.com/watch?v=5MB09xjlWNk

Como graduando de Engenharia da Computação, estive cursando a matéria de Gestão e Empreendedorismo tive de participar de um fórum temático sobre a Revolução Industrial 4.0.

A revolução 4.0 está rapidamente tomando forma e tendo executado uma matéria no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB) de Inteligência Artificial com o professor William Roberto Malvezzi, me sinto capaz de comentar um pouco da minha experiência.

A maior parte dessas mudanças estarão nos campos de engenharia genética e neurotecnologias, como IA. No entanto, seus maiores impactos se encontrarão nos mercados de trabalho e na geopolítica. Isto se deve a crescente da Internet das Coisas e como tudo hoje está interconectado.

Rapidamente, máquinas estão tomando mais uma vez o trabalho humano, mas diferentemente das anteriores revoluções industriais, hoje temos a exposição que a internet dá ao mundo — a sujeira política, as injustiças sociais e a visibilidade e força aos movimentos humanos — sem falar na facilidade da divulgação de informação, que garante quase que definitivamente que em poucos anos, a crescente destas mesmas informações será exponencial por ano, levando educação, cultura e capacidades profissionais a todos com acesso a internet.

O medo do desemprego está forte e já é real. Desde a crise de 2008, o mundo encontra-se numa grande dívida internacional, afundando cada vez mais os que vivem em necessidade. Isso permitiu e gerou, por meio da internet, a busca por soluções rápidas e eficientes aos diversos novos problemas da sociedade. IA está substituindo o trabalho do homem moderno, graduado em ciências humanas e até exatas e biológicas.

Surgem novas áreas de trabalho enquanto outras se fundem ou são extintas. Os próprios grandes funcionários do direito, grandes engenharias como civil e até a medicina tem seus dias contados devido a inteligências artificiais totalmente gratuitas e mais precisas que mãos e mentes humanas. Mas isso definitivamente não significa que estes profissionais se tornarão obsoletos — caberá a eles, e apenas eles, buscarem formas de inovar suas profissões e funções dentro das instituições em que trabalham, assim como, por exemplo, um programador busca frequentemente atualizar seu currículo com novas linguagens, interfaces e modernidades da produção de software.

Como um Engenheiro da Computação, a visão de futuro de mercado de trabalho é absolutamente incrível. Infelizmente o Brasil tem um péssimo investimento na área mas se verá forçado a avançar de uma forma ou de outra se quiser manter relevância internacional — ainda mais diante das polêmicas políticas que vivemos nos últimos anos. Como engenheiro da área acabo sendo intimado a sair do país, mas torço que um dia nossa terra tenha possibilidade de crescer neste âmbito.

A Engenharia da Computação, assim como as demais áreas da computação, terão grande benefício dos avanços desta revolução e serão foco do trabalho no próximo século, pelo menos. Seja para inovar nestas tecnologias ou simplesmente fazer a manutenção e acessar o controle destas inteligências — será mais que essencial que todos tenham conhecimento tecnológico.

A política internacional, principalmente, se tornará a maior “vítima” dessas revoluções, mas os beneficiados serão todos nós, cidadãos que possuem uma história de problemas com governos controlados por homens fracos e incompetentes. A dominação destas inteligências digitais promoverá transparência em tudo que tiver acesso e ainda mais transparência a quem se dedicar ao conhecimento digital. Uma vez que os grandes governos mundiais se renderem aos computadores, é mísera questão de tempo até que os demais façam o mesmo.

Pude participar recentemente no UniCEUB de uma conferência com professores da Universidade da Finlândia e é visível a saúde de seu governo. Transparente, eficiente, focado no futuro e no bem estar dos cidadãos — não em imposto, não em importação taxada, não em monopólio de poder. As IAs estão cada vez mais fundo no controle daquele país e isto só mostra a eficiência e melhoria de vida do povo daquele minúsculo país frio no norte da Europa.

No fim desta revolução industrial, restará a nós humanos a única parte que nos torna genuinamente humanos — a criatividade. Trabalhos serão customizados para servirem a nós, não nós que teremos de servir apenas para sobreviver. Tempo de sobra existirá para se desenvolver cultura, educação e família.

Claro que nem tudo pode acabar como um mar de rosas, mas essas inovações definitivamente estão vindo para melhorar a vida humana. Que seja um passo significativo para nossa evolução, nem que seja o primeiro.

A revolução 4.0 está rapidamente tomando forma e tendo executado uma matéria de Inteligência Artificial no meu curso de Engenharia da Computação, me sinto capaz de comentar um pouco da minha experiência.

A maior parte dessas mudanças estarão nos campos de engenharia genética e neurotecnologias, como IA. No entanto, seus maiores impactos se encontrarão nos mercados de trabalho e na geopolítica. Isto se deve a crescente da Internet das Coisas e como tudo hoje está interconectado.

Rapidamente, máquinas estão tomando mais uma vez o trabalho humano, mas diferentemente das anteriores revoluções industriais, hoje temos a exposição que a internet dá ao mundo – a sujeira política, as injustiças sociais e a visibilidade e força aos movimentos humanos – sem falar na facilidade da divulgação de informação, que garante quase que definitivamente que em poucos anos, a crescente destas mesmas informações será exponencial por ano, levando educação, cultura e capacidades profissionais a todos com acesso a internet.

O medo do desemprego está forte e já é real. Desde a crise de 2008, o mundo encontra-se numa grande dívida internacional, afundando cada vez mais os que vivem em necessidade. Isso permitiu e gerou, por meio da internet, a busca por soluções rápidas e eficientes aos diversos novos problemas da sociedade. IA está substituindo o trabalho do homem moderno, graduado em ciências humanas e até exatas e biológicas. 

Surgem novas áreas de trabalho enquanto outras se fundem ou são extintas. Os próprios grandes funcionários do direito, grandes engenharias como civil e até a medicina tem seus dias contados devido a inteligências artificiais totalmente gratuitas e mais precisas que mãos e mentes humanas. Mas isso definitivamente não significa que estes profissionais se tornarão obsoletos – caberá a eles, e apenas eles, buscarem formas de inovar suas profissões e funções dentro das instituições em que trabalham, assim como, por exemplo, um programador busca frequentemente atualizar seu currículo com novas linguagens, interfaces e modernidades da produção de software.

Como um engenheiro da computação, a visão de futuro de mercado de trabalho é absolutamente incrível. Infelizmente o Brasil tem um péssimo investimento na área mas se verá forçado a avançar de uma forma ou de outra se quiser manter relevância internacional – ainda mais diante das polêmicas políticas que vivemos nos últimos anos. Como engenheiro da área acabo sendo intimado a sair do país, mas torço que um dia nossa terra tenha possibilidade de crescer neste âmbito.

A engenharia da computação, assim como as demais áreas da computação, terão grande benefício dos avanços desta revolução e serão foco do trabalho no próximo século, pelo menos. Seja para inovar nestas tecnologias ou simplesmente fazer a manutenção e acessar o controle destas inteligências – será mais que essencial que todos tenham conhecimento tecnológico.

A política internacional, principalmente, se tornará a maior “vítima” dessas revoluções, mas os beneficiados serão todos nós, cidadãos que possuem uma história de problemas com governos controlados por homens fracos e incompetentes. A dominação destas inteligências digitais promoverá transparência em tudo que tiver acesso e ainda mais transparência a quem se dedicar ao conhecimento digital. Uma vez que os grandes governos mundiais se renderem aos computadores, é mísera questão de tempo até que os demais façam o mesmo.

Pude participar recentemente no UniCEUB de uma conferência com professores da Universidade da Finlândia e é visível a saúde de seu governo. Transparente, eficiente, focado no futuro e no bem estar dos cidadãos – não em imposto, não em importação taxada, não em monopólio de poder. As IAs estão cada vez mais fundo no controle daquele país e isto só mostra a eficiência e melhoria de vida do povo daquele minúsculo país frio no norte da Europa.

No fim desta revolução industrial, restará a nós humanos a única parte que nos torna genuinamente humanos – a criatividade. Trabalhos serão customizados para servirem a nós, não nós que teremos de servir apenas para sobreviver. Tempo de sobra existirá para se desenvolver cultura, educação e família.

Claro que nem tudo pode acabar como um mar de rosas, mas essas inovações definitivamente estão vindo para melhorar a vida humana. Que seja um passo significativo para nossa evolução, nem que seja o primeiro.


Evangelion e a construção de identidade

O motivo que tornou tão popular a série foi justamente os temas discutidos entre os personagens. Os assuntos envolviam questões filosóficas e psicológicas. A forma que os criadores abordaram esses tópicos foi em torno da relação dos “Anjos”, espécie não-humana que ataca a terra, e os humanos, que pilotam mechas denominados de EVA para derrotar os Anjos. Dentro deste conflito é destacado a percepção do protagonista, Shinji, diante deste embate.

Da esquerda pra direita: Gendo Ikari, EVA001, Shinji Ikari, Misato Katsuragi e Ritsuko Akagi.

O jovem Shinji Ikari é um dos personagens mais bem construídos do anime. Ao decorrer dos eventos retratados na série, suas emoções e conflitos internos são explorados com exaustão. Durante as situações de perigo que vivencia, ele reflete sobre a experiência de vida que teve até aquele momento. Nessas ocasiões, ele passa a superar os fantasmas de seu passado.
Shinji, durante sua trajetória foi marcado por vários traumas. Sua mãe desapareceu quando era criança e logo depois deste episódio seu pai o abandonou. Deste este episódio, Shinji passou a perder interesse nas pessoas a seu arredor. Esses traumas durante a infância passaram a marcar o personagem. Quando em um momento oportuno seu pai o convoca para pilotar a unidade EVA, ele pensa que esse seria o momento ideal de reconciliação, mas seu pai tinha outros interesses. Seu pai, Gendo Ikari, tinha como propósito colocar em prática seu projeto de instrumentalização humana.

Gendo Ikari, pai de Shinji, em sua famosa pose.

O pai de Shinji tinha o comando do centro de operações da NERV, organização criada para derrotar os “Anjos”. Seu objetivo era abater 17 anjos para ativar o projeto de instrumentalização humana. Essa iniciativa tinha como propósito juntar toda a essência humana em um único corpo. Dessa maneira a humanidade estaria mais resistente para enfrentar um novo horizonte sem sofrimento ou perdas. A necessidade de juntar a essência humana em um único corpo estaria na eliminação da individualidade de cada ser humano. Eliminado as barreiras que separam cada indivíduo, “AT Field”, os atritos causados pelas diferenças de cada ser seriam eliminadas. Tornar a raça humana uma só seria a única forma de garantir a sobrevivência humana para o futuro, segundo a visão de Gendo.
Diante dessa situação, o anime busca questionar a maneira que é lidado lessa essência que faz cada ser humano ser único. Através dos olhos de Shinji torna possível enxergar essa questão. Depois de todos esses traumas no passado, ele passa questionar sua presença no mundo. Os abandonos que sofreu na infância o faz refletir sua relevância dentro da sociedade. Seu sofrimento o faz isolar de todos como forma de evitar a criação de futuras mágoas. Essa angústia do personagem é levado até o momento derradeiro do anime onde deve decidir o futuro da humanidade.

No momento em que Gendo consegue colocar em prática a instrumentalização da humanidade, Shinji acaba sendo envolvido e recebe a oportunidade de decidir não só seu destino mas como da sociedade como um todo. O jovem Shinji tinha em suas missões a árdua tarefa de escolher o prosseguimento da instrumentalização ou salvar a humanidade impedindo-a de continuar nesse projeto. Neste momento do anime, o protagonista passou a refletir sobre os relacionamentos que construiu até aquele instante. Quando percebeu que os sentimentos desenvolvidos com sua equipe de pilotos da EVA, ele viu que tinha construído um laço social bem sólido. Suas discussões com a Asuka Langley, a familiaridade do rosto de Rei Anayami e a forma que Misato Katsutagi lhe acolheu durante sua jornada foram fortes fatores que Shinji pudesse superar aquele passado de mágoas e impedir a consolidação da instrumentalização humana. Para Shinji, o que fazia a espécie humana ser única era a forma que a diferença entra cada indivíduo era um fator crucial para formar laços emocionais.

Os pais de Shinji.

A forma que o anime aborda a questão de individualidade leva a refletir sobre muitas questões. Pela abordagem feita na série, possibilita que essa questão é colocado a tona para discutir sobre depressão. Os conflitos emocionais de Shinji e sua busca de se colocar dentro da sociedade são situações vivenciadas por muitas pessoas. Pelo fato dessas questões serem abordadas no anime contribui para sua receptividade com o público. A discussão desse problema e as formas apresentadas para contorna-la durante a série fez com que tornasse relevante até os dias de hoje.