Kaze and the Wild Masks – platformer brasileiro na medida certa

Trailer da história de Kaze and the Wild Masks é revelado - XBOXERS

Uma coelha, mascaras, vegetais, saltos, rodopios, diversão, desafio, muitos restarts, isso é Kaze and the Wild Masks, o novo platformer repleto de referencias a jogos clássicos da época de ouro dos platformers. Quando vi o anuncio pela primeira vez a primeira coisa que veio a minha cabeça foi um dos meus jogos favoritos de infância Kid Chamaleon, pelo fato de que ao colocar uma das mascaras o personagem ganha habilidades completamente diferentes e a jogabilidade se altera, e não só de Kid Chamaleon, mas o jogo tem um ar de Donkey Kong muito presente, mas não é nada negativo pegar como inspiração tais mecânicas, pelo contrário, casaram muito bem, e criaram o platformer perfeito.

Kaze and the Wild Masks tem um gráfico atual porém com aquele ar de retro, uma jogabilidade clássica de platformers porém muito superior a qualquer outro jogo do genêro sendo fluida e fácil de se acostumar, level design impecável com cores e disposição de decoração do cenário sem poluir muito a tela deixando o jogo com um visual espetacular.

Kaze and the Wild Masks Screenshots Image #18266 - XboxOne-HQ.COM

Algo que chama atenção é a curva de dificuldade que o jogo toma, pois no inicio como em qualquer outro platformer a primeira fase é basicamente só para mostrar os controles e jogabilidade e a partir disso ir aumentando a dificuldade gradualmente, de certo modo isso acontece, porém se você é aquele tipo de pessoa que gosta de completar 100% de uma fase antes de ir pra próxima, BOA SORTE pois caso seja esse tipo de jogador sua curva de dificuldade acabou de subir absurdamente logo depois do inicio do jogo, onde ele apresenta realmente uma dificuldade mais elevada o que torna a jogatina tanto divertida quanto frustrante pois com certeza vai morrer infinitas vezes mas curiosamente vai achar engraçado e divertido mesmo assim.

Mas infelizmente nem tudo é perfeito, um dos maiores problemas foi a falta de uma IA mais interessante nas lutas dos bosses, visto que basicamente seguem um script sendo a primeira boss fight a que mais demonstra isso, visto que todos os ataques ocorrem na mesma sequencia sempre, não importa quantas vezes você morra, os ataques sempre serão o mesmo e possuem a mesma sequência, tornando a luta previsível até demais.

Kaze and the Wild Masks: Já está disponível nos consoles e PC - MeuGamer

Levando tudo isso em consideração o jogo é sim um dos melhores platformers da atualidade, porém tudo vai dependender de qual plataforma irá jogar, pois dependendo de qual for pode não valer muito a pena pois a oscilação de preços entre as plataformas é absurda, até o momento do lançamento dessa review, os preços nas plataformas são:

  • Steam – R$ 37,99
  • Playstation 4/5 – R$ 149,50
  • Xbox One / XSX / XSS – R$ 79,95
  • Nintendo Switch – R$ 99,00

A diferença gritante de preços entre consoles e PC é enorme, mas caso opte por jogar nos consoles Xbox One / XSX / XSS ou Nintendo Switch ao invés do PC o jogo vale muito a pena ainda, já se está no Playstation é recomendado esperar uma promoção por o valor está muito elevado.

PROS:

  • Divertido;
  • Desafiador;
  • Arte impecável;
  • Trilha sonora incrível.

CONS:

  • Falta de IA mais elaborada;
  • Preços muito diferentes entre plataformas.

NOTA: ☕☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • PC;
  • Playstation 4/5 (plataforma analisada foi o PS4; chave concedida pela Pixel Hive);
  • Nintendo Switch;
  • Stadia;
  • Xbox One/XSX/XSS.

Afterpulse – Expectativa dissipada

Afterpulse é um jogo de tiro em rede desenvolvido e distribuído pela Digital Legends Entertainment. Foi concebido originalmente como jogo de celular e teve seu lançamento com exclusividade temporária para dispositivos IOS, em 2015. No ano de 2017, ocorreu sua estreia oficial no sistema Android. Neste ano, o jogo estreou nos consoles de mesa com o desenvolvimento de sua versão para o Nintendo Switch permitindo jogar com os usuários das plataformas móveis.

O jogo não possui enredo e está dedicado integralmente em partidas competitivas na rede. Ele tem como temática padrão nesses jogos de tiro representar diferentes grupos militares de operações táticas em confronto direto. O seus atributos que o fizeram destacar no cenário competitivo de jogos de celular foram seus gráficos arrojados e mecânicas intuitivas de combate. Esses fatores o fizeram consolidar no ramo como um dos jogos mais jogados deste gênero nas plataformas móveis.

Os modos de partida não fogem muito do modelo estabelecido pelos jogos de tiro em rede. O jogo possui quatro modos. mata-mata entre equipes, mata-mata individual, mata-mata entre equipes ranqueado e um modo solo onde jogador precisa encarar uma horda de inimigos controlados pela máquina. Os controles são simples para adequar a arquitetura dos aparelhos móveis, portanto o boneco somente possui a finalidade de andar, atirar e lançar granadas. Movimentações mais complexas como agachar, rastejar e pular não são possíveis de ser realizados. Os mapas são pequenos com cenários variados e adequam bem a dinâmica mais restritiva de comandos aos bonecos.

Típico cenário de confronto dentro do jogo.

O principal destaque na mecânica de jogo é a possibilidade de melhorar as armas e equipamentos do personagem. A medida que vai progredindo os níveis de experiência, o jogador é recompensado com caixas de armas, armaduras e itens de melhorias. Esses itens de melhoria são usados para aumentar os níveis das armas e armaduras. Quando os níveis mais altos são alcançados fica escasso a quantidade de itens de qualidade oferecidas ao jogador.

O maior problema do jogo foi na forma como foi lançado no Nintendo Switch. A versão do console veio com várias vantagens como armas e armaduras melhores que são desbloqueados logo quando se inicia o jogo pela primeira vez. Isso gera uma desvantagem imediata em comparação aos jogadores que jogam pelo celular que precisam de muitas horas de jogo para desbloqueá-las. Além disso pelo fato de poder jogar com o Pro Controller do Switch ou no próprio Joycon, possibilita um nível de precisão maior do que os controles de celular. Essa desvantagem se reflete nas partidas onde facilmente um usuário do console fica em primeiro nas partidas. Os confrontos ficam um pouco balanceadas no ranqueado onde as disputas são realizadas com jogadores que possuem nível de experiência mais alto, mas mesmo assim a desvantagem ainda fica aparente.

Interface de customização e de seleção de equipamento.

Outro fator que deixou a desejar nesta versão do Switch foram os gráficos. Poderiam ter sido aproveitado o potencial gráfico do aparelho para aprimorar os visuais que já são de qualidade no seu dispositivo de origem. Os menus também não são muito otimizados para consoles possuindo a mesma estrutura da versão para celular, o que acaba afetando a locomoção e orientação na interface.

Afterpulse é um jogo de tiro simples que proporciona uma boa diversão a curto prazo. A expectativa em torno de seu lançamento para um console foi afetada por conta de poucas aprimoramentos em relação ao jogo original e as vantagens desproporcionais dada aos usuários que adquiriram o jogo no Nintendo Switch. O desbalanceamento geral pode afetar a longo prazo o divertido passatempo que é esse jogo.

PROS:

  • Jogabilidade simples e divertida.
  • Boa variedade de mapas.

CONS:

  • Gráficos poderiam sem melhorados
  • Interface não adaptada para manuseio nos consoles
  • Desbalanceamento entre jogadores de Switch e Celular
  • Vantagens exageradas feitas para os jogadores de Switch.

NOTA: ☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Android;
  • iOS;
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada; chave concedida pela Digital Legends Entertainment).

Afterpulse é um jogo de tiro simples que proporciona uma boa diversão a curto prazo. A expectativa em torno de seu lançamento para um console foi afetada por conta de poucas aprimoramentos em relação ao jogo original e as vantagens desproporcionais dada aos usuários que adquiriram o jogo no Nintendo Switch. O desbalanceamento geral pode afetar a longo prazo o divertido passatempo que é esse jogo.


Deedlit in Wonder Labyrinth – A guerra interminável

Record of Lodoss War é uma franquia de livros de fantasia criada por Ryo Mizuno, fazendo uso de um plano de fundo de RPG de mesa em uma história fixa e regras customizadas. Criado originalmente como uma série de “Replay”, a novelização de sessões reais de RPGs de mesa, Lodoss War eventualmente ganhou uma identidade própria gerando mangás, animes, jogos e até mesmo uma série de rádio no Japão.

Deedlit in Wonder Labyrinth é um dos vários subprodutos dessa série, e um dos poucos a ser oficialmente lançado no ocidente. Seus eventos ocorrem um pouco antes da última série de livros: Record of Lodoss War – Diadem of the Covenant. No jogo controlamos Deedlit, a famosa elfa que moldou a forma como elfos são representados em fantasias medievais japonesas, que acorda em um lugar misterioso e hostil.

Em jogabilidade, podemos ver claras inspirações de Castlevania SotN em estilo artístico e gameplay (com direito até algumas referências sutis), mas não demora muito para que o jogo demonstre sua própria personalidade e deixe claro que é muito longe de ser uma cópia sem originalidade. A diferença mais notável e importante para a jogabilidade são os sistemas de dano elemental e os dois espíritos de Deedlit.

Deja vú, I’ve been in this place before.

Cada inimigo (incluindo chefes) tem uma variedade de franquezas e resistências diferentes que são informadas através de seu HUD, Deedlit também possui dois espíritos elementais de Vento e Fogo que são adquiridos nos primeiros minutos de jogo, e desde sua aquisição seus ataques físicos são embutidos com o elemento em questão. Não há inimigos resistentes a ambos fogo e vento, mas existem vários com imunidade a pelo menos um dos dois o que faz a troca entre eles ser algo constantemente exigido. São dadas habilidades especiais para cada espírito onde Vento tem a possibilidade de flutuar indefinidamente e Fogo tem uma rasteira invencível, mas é um lado que não foi explorado a fundo pelo jogo. Os outros elementos são: Luz, Escuridão, Pedra, Natureza e Água. Porém esses elementos só são acessíveis através de magias que tem que ser adquiridas em segredos e custam pontos de magia.

De resto a jogabilidade não oferece muito além de um sistema de controle extremamente preciso e agradável de se jogar. Não há magias de comandos, o que diminui a variedade de armas e habilidades necessárias, mas o sistema de nível dos espíritos serve como sistema substituto para que haja algum nível de complexidade e decisões rápidas para manter o seu foco. Há um bom balanço entre plataforming, combate, segredos e save points. Seu level design é competente e sua trilha sonora diferencia bastante os biomas sem que cheguem a ser irritantes. Todas as peças se encaixam para oferecer uma experiência polida.

A história também é surpreendentemente boa, apesar de simples. Record of Lodoss War é uma franquia extensa com o seu próprio worldbuilding e eventos importantes, mas Deedlit in Wonder Labyrinth acerta um balanço perfeito entre ter uma ligação com a série (servindo de prequel para a mais nova série de livros) e ainda ser simples o suficiente para ser compreendida por completos novatos a série (o que é mais provável tendo em vista que sua popularidade raramente saiu do Japão).

Porém nem tudo é do melhor que podia ser, Wonder Labyrinth tem pouquíssima variação de armas onde existem efetivamente 3 tipos diferentes de armas melee. Arcos também sofrem do mesmo problema, até existem alguns arcos que o seu funcionamento mude como atirar 3 ou 5 flechas ao mesmo tempo, ou até mesmo ter flechas teleguiadas, mas esses arcos geralmente são tão mais fracos que as alternativas disponíveis que você seria praticamente punido por tentar usá-los. O mesmo pode ser dito das armas, apesar de cada arquétipo ter a sua velocidade e distância própria, é muito fácil achar uma definitiva melhor entre elas, tirando quaisquer individualidades que cada jogador possa ter em seu tipo de jogo. Esse é um problema crônico em seu design onde até mesmo seus espíritos têm a mesma falha. Logo no começo somos barrados por barris explosivos que só poderiam ser destruídos com o espírito de fogo, depois desse tutorial os elementos nunca mais são usados dessa forma, nem sequer mais barris aparecem. A impressão que o jogo deixa é que, apesar de ser extremamente polido e competente no que faz, ainda tem muito o que melhorar e expandir. Diferente de boa parte de metroidvanias que tem seu charme pela rejogabilidade, Wonder Labyrinth te mostra tudo em uma única vez, o que leva ao problema mais sério do jogo, sua duração.

Com apenas 6 horas é possível terminar o jogo enquanto explora tudo. Mesmo para jogadores mais metódicos e lentos em checar paredes por segredos, é extremamente difícil demorar mais que 10 horas para completá-lo 100%, e como dito anteriormente, há poucas razões para se jogar de novo após sua conclusão. O jogo não conta com nenhuma forma de NG+, não há seleção de dificuldades nem segredos tão elusivos que merecem ser descobertos em várias jogatinas diferentes. O maior potencial de conteúdo dele pode vir para entusiastas de speedrunning, mas seu polimento talvez funcione contra tal objetivo pois há pouco espaço para otimização e glitches que possa salvar tempo ao jogador.

Fora isso a única outra falha notável do jogo fora sua falta crônica de variedade é o excesso de efeitos visuais em alguns ataques nos chefes, o que podem prejudicar a visibilidade e capacidade de reação a certos ataques. Porém seu design de chefes é tão robusto e variado que é apenas uma pequena reclamação em vista de seus acertos.

Em suma, Record of Lodoss War – Deedlit in Wonder Labyrinth – faz valer seu tempo e valor, especialmente para fãs do gênero procurando experiências emulando o sentimento de se jogar algo como SotN pela primeira vez, porém mesmo dentro dessa categoria sua duração e conteúdo podem deixar a desejar, nem que seja apenas por ver o potencial de como um jogo bom poderia ser ainda melhor.

PROS:

  • Ótimos controles;
  • Trilha sonora agradável;
  • Uma história simples, porém marcante;
  • Level design decente;
  • Visuais retro muito bem-feitos;
  • Bom design de chefes.

CONS:

  • Extremamente curto;
  • Falta variedade em tipos de armas;
  • Muitas das mecânicas não foram utilizadas em todo seu potencial;
  • Não oferece desafio fora alguns chefes;
  • Alguns efeitos visuais em ataques podem dificultar sua visualização.

PLATAFORMAS:

  • PC – Steam.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️

Como um fã inveterado de metroidvanias e plataformas, Wonder Labyrinth já estava no meu radar assim que vi sua página de acesso antecipado na Steam. Apesar de seus alicerces serem sólidos, ainda tem muito o que melhorar para jogos futuros. Esse é o segundo jogo desse time, e pelo jeito metroidvanias serão o foco deles. Seja mais um trabalho de adaptação como Touhou ou Lodoss War, ou talvez algo inédito, eu acredito que no futuro poderemos ver uma verdadeira obra prima vindo de Team Ladybug e Why So Serious, mesclando ótimas práticas de jogos retrô com a constante evolução e melhorias da indústria.  


Pacer, o Digno sucessor de Wipeout

O ano é 1999, tenho 7 anos de idade, acabei de ganhar de presente de aniversário um Super Nintendo da minha mãe e um Playstation 1 do meu pai, entre jogatinas de Super Mario World, e algumas demos de jogos de PS1 do clássico CD de Demonstrações do Playstation, recebo um jogo que viria a mudar a minha vida um dos jogos que eu mais amava jogar quando era pequeno, Wipeout XL o jogo de Corridas anti-gravidade com tiros e velocidades absurdas do qual eu não entendia nada naquele tempo mas mesmo assim amava jogar, porém o tempo foi passando e os videogames ficando cada vez mais tecnológicos e os jogos cada vez mais realistas, e eu apenas esperava por um novo Wipeout com gráficos espetaculares dos novos consoles, de certo modo acabamos recebendo novos jogos da franquia, mas algo inesperado aconteceu, um novo jogo de corrida anti-grav nasceu, seu nome é Pacer.

Pacer on Steam

Pacer, originalmente chamado de Formula Fusion (ótimo nome também) desenvolvido pela R8 Games para PC e para os consoles PS4 e Xbox One nos deu o ar da graça em outubro de 2020 trazendo tudo aquilo que nós amantes de corridas anti-grav mais queríamos, um verdadeiro sucessor ao legado do saudoso Wipeout e não fomos decepcionados, muito pelo contrário fomos agraciados com um jogo incrivelmente bem feito, desafiador, divertido e que trouxe novidades no gênero que até então apenas sonhávamos em ter.

O jogo trouxe um modo carreira simples porém altamente desafiador que faz com que o jogador tente se superar a cada vez que aperta o reiniciar da corrida, sim você vai refazer a mesma corrida algumas vezes para tentar conseguir vencer ou tentar bater aquele recorde da Leaderboard que você viu antes da corrida.

Pacer: conheça o novo game de corrida e combate sucessor de WipeOut | Jogos  de corrida | TechTudo

Ganhando corridas você vai ganhar não só um pouco de descanso por causa das corridas absurdamente frenéticas, mas também vai ganhar créditos para dar aquela ajeitada na sua nave, sim isso mesmo, é possível realizar melhorias na nave tanto no quesito performance quanto no quesito cosmético, o jogo possui vários e vários itens para ser adicionado na nave, bem como modelos de naves diferentes também.

A jogabilidade lembra muito o saudoso Wipeout, mas não se deixe enganar pela complexidade e difícil curva de aprendizado, o jogo possui suas próprias armas e esquemas de armamentos que são utilizados nas corridas diferente do Wipeout onde tudo dependia da arma que recebíamos durante a corrida, foi implementado na jogabilidade também o sistema de KERS que é como se fosse um turbo que você pode utilizar durante a corrida e que vai recarregando conforme a nave converte energia cinética num boost de velocidade que você pode utilizar quando quiser.

Pacer: jogo de corrida aposta em gráficos 4K e jogabilidade apurada | Jogos  de corrida | TechTudo

Você pode criar várias configurações de desempenho pras suas naves ou utilizar as que já vem pré-configuradas, essas configurações alteram as estatísticas da nave para melhorar velocidade ou melhorar sua mobilidade por exemplo, bem como modificar ou criar novas configurações de armas para usar nas corridas, como armas de longo alcance ou armas defensivas.

E por fim, um dos únicos pontos negativos que presenciei que foi um dos pontos que mais me deixou triste, porém é completamente independente do jogo, é o Online que infelizmente é basicamente morto, por ser um gênero muito nichado é completamente compreensível de imaginar que o online seria algo difícil de usufruir, mas como disse anteriormente não é algo que vá afetar o jogo em si visto que ele possui todo o modo carreira, e o Jogo Livre para que você possa se divertir (e passar raiva as vezes) por horas e horas.

PLATAFORMAS:

  • Playstation 4 (plataforma analisada, jogo concedido pela empresa);
  • Xbox One;
  • PC.

NOTA: ☕☕☕


Digimon Story Cybersleuth – sobre a coletânea

Review: Digimon Story Cyber Sleuth: Complete Edition (Switch) - Nintendojo  Nintendojo

Nesta review não vou entrar muito em detalhes de história de ambos os jogos, para que esta review seja completamente livre de spoilers, e foque apenas nas partes técnicas da obra visto que é um jogo com uma ótima narrativa e não merece ser estragada.

Digimon Story Cyber Sleuth Complete Edition, junta os dois capítulos da história, Digimon Story Cyber Sleuth e Digimon Story Cyber Sleuth: Hacker’s Memory. 

Digimon entrou no mundo dos jogos digitais a muitos e muitos anos atrás, porém nunca possuiu um jogo realmente bom e cativante como o rival Pokémon, porém desta vez a história foi diferente, transformaram Digimon numa história completamente nova, adicionaram uma narrativa digna de grandes JRPGs com história cativante e com um sistema de batalha por turnos que lembra bastante os JRPGs clássicos, resultando no melhor jogo de Digimon já produzido até então e com certeza absoluta um dos melhores JRPGs da atualidade. 

Digimon Story Cyber Sleuth: Complete Edition on Steam

O jogo possui um ótimo design tanto de personagens como de ambiente, uma jogabilidade simples de entender e confortável para que possa ser jogados horas e horas sem problemas, uma narrativa cativante em ambos os jogos que será explicada mais adiante. A jogabilidade baseada em turnos é rápida e de fácil compreensão, fazendo com que o jogador se sinta mais confiante e confortável rapidamente, à trilha sonora do jogo é impecável dando uma imersão ainda maior durante o jogo, bem como os gráficos em cell-shade muito bem elaborados.

Digimon Story Cyber Sleuth: Complete Edition - Battle Gameplay Trailer |  NSW, PC - YouTube

Dois jogos que se completam numa coletânea que vai lhe render no mínimo umas 130h de jogo, pra quem é fã de Digimon essa coletânea é sem dúvidas um “must have” pois é certeza de um aproveitamento total do jogo, e mesmo aqueles que não são familiarizados com Digimon mas ainda assim gostam de JRPGs e jogos com uma narrativa bem feita vão se maravilhar com Digimon Story Cyber Sleuth Complete Edition.

PLATAFORMAS:

  • PC (plataforma analisada, jogo cedido pela Bandai Namco);
  • Switch;
  • PS4;
  • Xbox One. 

PROS:

  • História cativante;
  • Variedade de criaturas disponíveis; 
  • Ritmo de jogo confortável.

CONS:

  • Não possui localização PT-BR;
  • Em alguns momentos possui um grind chatinho;
  • Re-aproveitamento de Dungeons e ambientes.

Nota: ☕☕☕☕


Space Otter Charlie – Lontras Galácticas

Space Otter Charlie é um jogo de plataforma com influências “metroidvania” desenvolvido pela Wayward Distractions e distribuído pela The Quantum Astrophysicists Guild. O jogo foi lançado em 18 de março de 2021, para Nintendo Switch, PC, Playstation 4 e Xbox One.

A história começa quando os humanos partem da Terra em busca de formar novas colônias pelo espaço. Enquanto isso um grupo de Lontras e seus amigos cansadas dos danos ambientais causados pelos humanos decidem partir também da Terra. Essas Lontras juntaram uma equipe de animais para readequar a tecnologia deixada pelos humanos no planeta para criar espaçonaves para explorar a galáxia. Depois de várias tentativas, finalmente conseguiram ter êxito no projeto e partiram logo em seguida rumo ao espaço. A equipe tem em mente chegar a um determinado planeta onde acreditam que possam montar uma colônia dos animas terrestres. Para chegar até lá, vão precisar juntar suprimentos das antigas estações espaciais dos humanos para ter condições de colocar suas metas em prática.

Exemplo de exploração gravitacional.

O enredo é genérico e bem previsível. Os personagens não possuem aprofundamento e em todos os momentos tentam convencer de forma superficial que dispõem uma personalidade arrojada. O diálogo entre os personagens não exploram o histórico e as motivações de cada um e a maior parte tem como propósito servir como tutorial ao jogador.

O trunfo na jogabilidade é a possibilidade de resolver desafios usando a gravidade. O principal personagem se chama Charlie e ele que vai fazer as pesquisas de campo no espaço. No começo, ele fica equipado apenas com uma mochila a jato, mas ao decorrer do jogo é possível liberar novos equipamentos e melhorias juntando recursos. Esses recursos são encontrados ao derrotar determinados inimigos e destruindo objetos inanimados espalhados pelo cenário. A estrutura adotada para comportar as ferramentas e os recursos que são utilizados para solucionar os desafios que exigem a manipulação da gravidade foram bem trabalhados dando situações diferenciadas que rendem um bom desafio ao jogador.

As batalhas contra chefes possuem o clássico formato de aglutinar os aprendizados recebidos durante a fase.

Os cenários não possuem muita variedade pelo fato do jogo se passar a maior parte do tempo em antigas estações espaciais. Mesmo assim cada fase possui uma área ampla para explorar por recursos e colecionáveis. O sistema de exploração tem uma leve influência nos títulos “metroidvania” , porque exige o jogador a pegar determinados itens para ir liberando cada setor das fases.

Space Otter Charlie é um divertido jogo de plataforma que apresenta bons desafios que proporcionam bons momentos de distração. Mesmo deixando a desejar no quesito enredo e desenvolvimento dos personagens, este título consegue acertar na sua principal aposta que é uma jogabilidade dedicada a explorar soluções por meio da manipulação da gravidade.

PROS:

  • Jogabilidade gravitacional;
  • Sistema de exploração do mapa;
  • Desafios bem elaborados.

CONS:

  • Enredo genérico;
  • Personagens sem expressão.

NOTA:☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows (Plataforma jogada; chave cedida pela The Quantum Astrophysicists Guild);
  • Mac OS;
  • Nintendo Switch;
  • Playstation 4;
  • Xbox One.

Loop Hero – Aventura Infinita

Loop Hero é um “RPG” com ferramentas “Roguelike” desenvolvido pela Four Quarters e distribuído pela Devolver Digital. No momento foi lançado apenas para as plataformas de computador: Linux, Microsoft Windows e Mac Os. Está previsto até o final do ano o lançamento para os consoles de nova geração e o Nintendo Switch.

Loop Hero é resultado da mistura de “RPG” e o estilo “Rogue” com jogo de cartas. Esta combinação resultou em um estilo de jogo diferenciado e único que atraiu de imediato a comunidade de vídeo jogos. Uma das razões para esta atração pode ser encontrado no título do jogo que remete à uma aventura que é difícil de se desprender. Apesar de ser cíclica as ações no jogo sempre consegue apresentar diferentes situações para prender a situação do jogador.

A história começa com uma criatura misteriosa chamada de Lich que lançou uma névoa que apagou todos os elementos representativos do planeta terra. Um dos poucos sobreviventes, conhecido apenas como Herói, acorda intacto e descobre que tudo aquilo que conhecia desapareceu. Quando ele percebe que parte da memória da terra está armazenada em fragmentos espalhados pela escuridão, ele decide usá-las para restaurar parte do que existia antes. Com essa iniciativa conseguiu recuperar paisagens e pessoas. Agradecidas pela iniciativa do Herói decidem ajudá-lo e juntos montam um acampamento para unir forças. Lich percebe o êxito do protagonista e lança uma série de criaturas para atacar o grupo. Todo planeta depende das expedições do Herói para derrotar Lich e restaurar a Terra ao seu estado natural.

Mapa da expedição com o barulho do jogador e a seleção de itens para o personagem.

A premissa é simples mas ela vai ganhando profundidade a medida com o progresso na aventura. Novos personagens aparecem no acampamento que além de ampliar as funções do acampamento apresentam diálogos bem interessantes com o protagonista. Temas como memória e existencialismo estão presentes e adicionam uma camada reflexiva que contribui para o jogador pensar sobre diferentes aspectos relacionados ao que está sendo apresentado no jogo.

A jogabilidade, como já foi mencionado anteriormente, é um “RPG” de carta com traços Rogue. Cada expedição do Herói possui programação procedural, ou seja, cada aventura é diferente da anterior. O mapa é cíclico, o que dá a impressão de “Loop” apresentado no título. O objetivo do jogo é preencher o mapa com as cartas presentes na mão do jogo. Existem cartas de ambiente que dão auxílio ao jogador, como mais pontos de vida e itens, e cartas de inimigo para o protagonista poder saqueá-los quando os derrotar. Cada expedição vai gerar uma quantia de itens que pode ser usado para melhorar o acampamento como a construção de novas estruturas para destravar novas cartas e classes para o personagem. A medida que for sendo colocada as cartas na mapa, uma barrinha que representa o chefe do capítulo é preenchida e quando completada torna possível confrontá-lo em uma batalha.

Árvore de ampliações do acampamento.

Não tem muito o que se falar da ambientação porque é a mesma durante o jogo com leves alterações por quanto das cartas de ambiente que podem ser destravadas pelo jogador. Portanto, o desenho dos personagens e a trilha sonora são de ótima qualidade. O estilo artístico do jogo acaba lembrando outro indie conhecido como Undertale e em certas ocasiões faz referências diretas a este jogo.

O único aspecto negativo do jogo gira em torno de um aspecto comum em títulos com ferramentas “Rogue” que é a necessidade de juntar uma quantidade enormes de itens para avançar na trama. Esse formato acaba desgastando o investimento depositado à longo prazo no título, o que pode cansar alguns jogadores não habituados com este estilo. Apesar desta característica sua mecânica de jogo pode suavemente abafar essa sensação por conta da necessidade criada no consciente para

Loop Hero se tornou uma surpresa agradável com sua jogabilidade peculiar e narrativa envolvente que instiga o jogador a continuar investindo nesta aventura procedural cíclica. O futuro do jogo se torna promissor com a previsão de lançamento para os consoles de mesa e novas expansões podem ajudar a solidificar seu nome no cenário de video jogos.

PROS:

  • Jogabilidade instigante;
  • Enredo;
  • Trilha sonora.

CONS:

  • Necessidade de acumular muitos itens para avançar torna cansativa a empreitada.

NOTA:☕☕☕☕

PLATAFORMAS:

  • Microsoft Windows (Plataforma jogada e chave cedida pela Devolver Digital);
  • Mac OS;
  • Linux.

In Rays of the Light – A calmaria antes da tempestade

In Rays of the Light é remake de um jogo de 2012 chamado apenas The Light. The Light foi um dos primeiros jogos criados tentando fazer o máximo do poder gráfico da Unity 3D, uma engine que começou a pegar força desde então na cena indie. A nova versão adiciona mais um final e atualiza os gráficos para as novas técnicas mais foto-realistas, mas não altera muito mais além disso.

In Rays of the Light é um “walking simulator” com aspectos de room escape, acordamos em um cômodo destruído sem qualquer contexto ou explicação fora a abertura que mostra a passagem do tempo em uma rua, ao sairmos do quarto deparamos com uma lanterna e uma mensagem, a partir da qual temos que descobrir o próximo evento para avançar na história.

Inicialmente é um jogo extremamente parado onde apenas perto de sua conclusão há algumas cenas em que a atmosfera intensifica e realmente exige sua atenção, o mistério e o minimalismo são parte central da experiência o que dificulta discutir tais momentos em detalhes, mas há algumas cenas muito bem conduzidas em visuais, trilha sonora, design de áudio e narrativa.

Porém sua duração é curtíssima ao ponto de poder ser zerado em um dia com 2 a 3 horas livres, não é um jogo difícil apesar da solução de alguns puzzles serem extremamente abstratas. Sua mensagem até é interessante, porém há momentos em que a total falta de sutileza dá uma impressão de prepotência que pode estragar completamente qualquer valor pessoal que o jogador possa ter durante o jogo, fora alguns problemas técnicos que não parecem ser consistentes em como e onde ocorrem. No geral é um jogo polido, porém seu minimalismo faz qualquer problema pequeno ser muito mais visível do que geralmente são.

Em suma, In Rays of the Light é uma experiência interessante pra quem gosta do nicho de jogos mais focados em narrativa e sem uma jogabilidade muito exigente, porém mesmo dentro desse nicho sua duração é curta até demais e alguns aspectos da sua história podem não agradar a todos.

PROS:

  • Ótima trilha sonora que acentua a atmosfera;
  • Alguns momentos de história são conduzidos muito bem;
  • Design visual muito bonito.

CONS:

  • Extremamente curto;
  • Problemas na tradução para inglês (também não dispõe opções para português);
  • Algumas morais da história podem parecer muito pretenciosas na sua execução;
  • Alguns problemas de performance e bugs.

PLATAFORMAS:

  • PC – Steam;
  • Nintendo Switch;
  • PlayStation 4 (Plataforma analisada, chave gentilmente cedida por Sometimes You);
  • PlayStation 5;
  • Xbox One;
  • Xbox Series X/S.

NOTA: ☕️☕️

In Rays of the Light não é um jogo ruim, mas é de um nicho extremamente limitado e mesmo dentro de tal nicho não se sobressai. A mensagem que tenta passar é admirável, mas faltou um certo balanço entre sutileza e coesão de narrativa. A não ser que você queria uma platina rápida, acho difícil recomendar a compra desse jogo por qualquer coisa acima de 20 Reais, e mesmo assim requer um certo entusiasmo pelo gênero de Walking Sims.


Super Mario 3D World – Análise de Bowser’s Fury

Sobre Bowser’s Fury

Falar desse conteúdo adicional é uma experiência bem diferente, pois o autor deste texto não teve contato com o jogo base que dá nome ao pacote, pois já começou a jogar a versão de Switch diretamente pelo conteúdo novo.

Aqui temos uma aventura que poderia facilmente ter sido contada como um DLC para Super Mario Odyssey. Bowser cai em uma gosma preta e — com algumas referências à Super Mario Sunshine — deixa seu filho Bowser Jr preocupado a ponto de ir até o próprio Mario para pedir ajuda.

Mario por sua vez, embarca nessa empreitada e sai junto com seu pequeno inimigo atrás de uma forma de salvar o pai do menino.

O game se passa em um mundo aberto. Imagine uma das maiores fases de Super Mario Odyssey, como o Sand Kingdom, por exemplo, só que em forma de mar repleto de ilhas ao invés de deserto.

Mario pode andar, com controle total da câmera por todo esse ambiente. Cada uma das ilhas maiores possuem percursos, que se iniciam ao passar por um arco em sua entrada, mas que também podem ser acessados por qualquer lado, afinal, são… ilhas.

Durante esses percursos o jogo se assemelha a fases de qualquer Mario tradicional em 3D, com objetivos que recompensam o jogador com Cat Shines, as estrelas do game da vez. Cada um dos 12 percursos possui de 3 a 5 Cat Shine, além de outros espalhados pelo mundo aberto.

O que diferencia mesmo esse conteúdo é a mecânica do Giga Bowser. O grandão mudou de forma e se assemelha a um kaiju de filmes do Godzilla. Sua chegada no mapa acontece mais ou menos de cinco em cinco minutos, sendo avisada por uma mudança sutil de música e uma chuva que faz o jogador sentir frio na espinha caso esteja no meio de um percurso mais difícil.

Nessa hora, Bowser aparece no mapa e começa a perseguir Mario, jogando raios de fogo e pulando pra lá e pra cá. Dessa vez, ele de fato atrapalha o jogador, o que apesar de ser bem interessante visualmente, acontece sempre durante as piores horas possíveis e não trazem nenhum benefício ao jogador caso sobreviva ao ataque, que por sua vez só cessa depois de algum tempo ou ao pegar um Cat Shine.

Outra questão relativamente negativa é o uso extensivo das mecânicas de 3D World no jogo que é substancialmente diferente de seu companheiro de cartucho.

O controle da câmera, por exemplo, fica limitado enquanto o jogador está correndo, pois o botão Y ainda é usado para correr. Assim, a menos que o jogador tenha uma mão a mais, fica difícil mudar o ângulo de visão e correr de forma eficiente ao mesmo tempo.

Além disso, Mario pode estocar diversos power-ups ao mesmo tempo. É possível ficar com até cinco cogumelos, flores de fogo, folhas de tanuki e sinos de gato sem perdê-los. Isso é bom pois durante as últimas fases o jogo fica consideravelmente mais desafiador, ainda mais se o Bowser estiver presente na tela durante momentos de plataforma mais difíceis.

Porém, a roupa de gato é claramente não só a melhor, mas a ÚNICA que o jogador deve usar durante todo o jogo, enquanto as outras são pouco balanceadas e só servem como barra de energia extra.

Isso acontece pois o cenário possui plataformas altas onde o Mario grande (com cogumelo) já não consegue acessar sem dar saltos mais elaborados. Já a flor de fogo se prova bem inútil em cenários mais abertos com diversos inimigos. A cauda de tanuki até que serve bem para desafios de plataforma, mas são poucos que realmente fazem bom uso dela. Em suma, temos claramente um conteúdo que foi balanceado para apenas um tipo de modo de se jogar, mas que oferece outras opções não tão atraentes.

Apesar disso, Bowser’s Fury tem ótimos méritos. É um conteúdo extra que poderia facilmente ficar de fora, assim como a maioria dos relançamentos de Wii U para Switch que foram recolocados na loja sem quase nada extra.

Porém, houve um esforço de gerar algo novo que pode até servir como base de uma possível nova aventura totalmente em 3D do bigode e isso é louvável.

A mecânica do Giga Bowser é irritante porém ela tem seu valor, mesmo que principalmente visual. É impressionante como o Switch consegue aguentar (quase sempre) os 60 FPS mesmo com a chuva e o Bowser enorme na tela naquele mundo aberto enorme. Obviamente há quedas de frames em momentos mais frenéticos, mas o jogo é otimizado de forma que haja apenas uma pequena lentidão, ao invés do clássico stuttering ou queda de resolução, pelo menos no modo dock. O game roda totalmente em 30 FPS no modo portátil ou no Switch Lite.

Deixei de fora do texto as lutas contra o Giga Bowser, mas elas funcionam como os já citados filmes do Godzilla. O legal delas é que elas ocorrem no próprio mapa do jogo, mas como ambos os personagens estão gigantes, os percursos se tornam apenas pequenas barreiras para evitar os raios de fogo do Bowser. É interessante.

Com duração de três à quatro horas e o dobro caso o jogador deseje completar os 100%, Bowser’s Fury funciona muito mais como um jogo separado do que como um simples bônus para 3D World, e deveria ter sido vendido assim pela Nintendo em seus vídeos promocionais, pois essa impressão só é tida ao jogar o game.

Pra quem já jogou o original no Wii U e não quer pegar o relançamento por achar que se trata de mais do mesmo, acreditamos que o conteúdo de Bowser’s Fury valha por si só.


Super Mario 3D World – Encontro de dois mundos

Super Mario 3D World é um jogo de aventura do gênero plataforma desenvolvido e distribuído pela Nintendo. Originalmente foi lançado como título exclusivo de Nintendo Wii U, em 21 de novembro de 2013. No dia 12 de fevereiro deste ano foi introduzido uma versão melhorada do jogo junto com uma expansão denominada Bowser´s Fury, para o Nintendo Switch.

O jogo é uma sequência direta de 3D Land que foi lançado como título de lançamento do encanador para o Nintendo 3DS. Este jogo segue a tendência de seu antecessor em reunir a jogabilidade das aventuras 2D e 3D do Mario. Por conta do potencial técnico do novo console de mesa da Nintendo época, a divisão responsável pelo desenvolvimento do Mario Galaxy foi encabeçada para trabalhar no projeto.

Os enredos do Mario geralmente seguem a mesma tendência onde a Princesa Peach é raptada pelo Bowser, mas neste caso as princesas que se tornaram reféns de Bowser foram as fadas Sprixie. Enquanto elas estavam em visita oficial no Reino do Cogumelo, Bowser resolveu capturá-las e levou-as até seu castelo no Reino das Sprixie. Depois de mais uma violação das diretrizes diplomáticas Mario, Luigi, Princesa Peach e Toad uniram esforços para ir atrás de Bowser com intuito de findar seus planos novamente.

Os quatro personagens jogáveis: Mario, Luigi, Toad e Peach.

As tramas dos jogos do Mario, apesar de não variarem muito, sempre são divertidas. O foco da campanha principal é o cooperativo de até quatro jogadores podendo se jogado localmente ou em rede. Durante as fases existem pontos que exigem o trabalho cooperativo entre jogadores e são bem intuitivas. Caso não tenha como jogar em grupo, o jogo dará as ferramentas necessárias para realizar estas determinadas tarefas sozinho, mas são mais difíceis de serem cumpridas.

A jogabilidade tem como destaque a junção entre as mecânicas 2D e 3D do Mario. A estrutura básica do jogo é fundamentada na experiência 2D. As fases são divididas em mundos, como em Mario Bros 3, com subníveis e lojas do Toad onde é possível coletar itens de auxílio. A movimentação dos personagens é baseada na precisão do pulo e na medição consciente da habilidade de corrida. Os itens auxílio são aqueles de costume como a folhinha de raposa que possibilita planar no ar. A novidade da vez é o sinozinho que transforma os personagens em gatos, o que é muito útil para escalar paredes e alcançar plataformas distantes. O diferencial na jogabilidade são suas características tridimensionais. Os mapas são amplos e incentivam a exploração de cada centímetro. As acrobacias retornaram podendo fazer aquelas piruetas clássicas presentes desde Mario 64. Os colecionáveis não poderiam ficar ausentes nesta nova empreitada. Os quatro representantes do mundo cogumelo precisam coletar estrelas verdes espalhados nas fases para liberar as batalhas finais nos castelo do Bowser. Além das estrelas foram adicionadas estampas que são ilustrações bem agradáveis dos personagens do jogo e são registradas em um álbum que pode ser acessado no menu principal.

Nova habilidade que transforma os personagens em gato.

A direção de arte seguiu o padrão de qualidade do Mario Galaxy com visuais bonitos cheios de cor. O desenho dos personagens tanto dos principais quanto dos inimigos tem um aspecto amável, o que faz criar uma simpatia imediata com todo o universo do jogo. A trilha sonora fez um arranjo que misturou composições de todas as eras da franquia. Músicas clássicas como o da Caverna e a Corrida de Penguins podem ser escutadas em um único nível deixando a experiência bastante nostálgica.

O ponto negativo sentido durante a análise foi a falta de variedade nas batalhas contra chefes e as fases do castelo do Bowser. Durante o jogo inteiro, os chefes encarados são basicamente os mesmos com a única diferença que a dificuldade aumenta ao decorrer do jogo. Quanto as fases do castelo, a grande maioria são versões tridimensionais dos famosos trens de canhão do Mario Bros 3, e os locais dos colecionáveis ficam também na maior parte das vezes no mesmo lugar.

Super Mario Bros 3D World foi um dos melhores jogos da geração do Wii U e seu retorno ao Nintendo Switch conseguiu ampliar ainda mais suas qualidades. A combinação da jogabilidade bidimensional com o fator exploração das aventuras tridimensionais acabou resultando em uma renovação benéfica na fórmula da franquia. Com o lançamento de sua expansão no Switch, Bowser´s Fury, sua metodologia explorada em um cenário totalmente aberto apresentou indícios sobre futuras inovações na série.

Mapa do fundo possui formato semelhante ao do clássico Super Mario Bros 3.

Prós:

  • Jogabilidade divertida e cativante;
  • Trilha sonora;
  • Universo do jogo;
  • Novas adições na jogabilidade;
  • Junção entre as fórmulas bidimensionais e tridimensionais do encanador.

Contras:

  • Repetição de chefes e nas fases no castelo do Bowser.

Nota final:☕☕☕☕

Plataformas disponíveis:

  • Nintendo Wii U
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada)

Super Mario Bros 3D World foi um dos melhores jogos da geração do Wii U e seu retorno ao Nintendo Switch conseguiu ampliar ainda mais suas qualidades. A combinação da jogabilidade bidimensional com o fator exploração das aventuras tridimensionais acabou resultando em uma renovação benéfica na fórmula da franquia. Com o lançamento de sua expansão no Switch, Bowser´s Fury, sua metodologia explorada em um cenário totalmente aberto deixou indícios sobre futuras inovações na série.