Para a surpresa de todos, a Nintendo anunciou uma direct dedicada para comemorar o aniversário de 35 anos do encanador bigodudo. Durante a conferência não foi anunciado novas entradas para série principal, mas em compensação foi revelado remasterizações de títulos queridos dos fãs. Segue a baixo a ordem dos títulos anunciados na conferência:
Super Mario Bros Game & Watch: O clássico portátil da Nintendo vai receber uma versão retrô melhorada com o Super Mario Bros original. Além disso vai ter uma função de relógio e o mini game Game & Watch Ball versão Mario. O aparelho estará disponível a partir do dia 13 de Novembro.
Super Mario 3D World: Um dos títulos mais prestigiados da franquia no Wii U, agora vai ter versão para o Nintendo Switch. Além de conter o conteúdo original foi adicionado um novo modo de jogo denominado Bowser’s Fury. A data de lançamento está prevista para 12 de fevereiro de 2021.
Super Mario Bros. 35: O anúncio mais inusitado do dia foi uma versão battle royale do Super Mario Bros original. Possui o mesmo estilo de Tetris 99, onde 35 jogadores jogam simultaneamente as fases do jogo e quem for o último a sobreviver será consagrado vencedor. Ele será gratuito para assinantes do Switch Online e estará disponível ente 1º de Outubro até 31 de março de 2021.
Mario Kart Live Home Circuit: Esse novo título da série Mario Kart permite jogar o jogo na sala de estar. Cada corredor possui uma câmera acoplada e é possível controlar-los através do Nintendo Switch. Existe a possibilidade de montar o circuito livremente. Essa novidade estará disponível no dia 16 de Outubro.
Super Mario All Stars: A coletânea lançada para o Super Nintendo possui versão refeitas dos jogos do encanador do Nintendinho. Ela vai estar disponível hoje na biblioteca do Super Nintendo para assinantes do serviço Switch Online.
Super Mario 3D All Stars: A aguardada remasterização dos clássicos 3D do Mario finalmente vai estar disponível para Nintendo Switch. Dentro do pacote vêm Super Mario 64 de Nintendo 64, Super Mario Sunshine lançado para Game Cube e Super Mario Galaxy que foi o título de maior sucesso do Wii. O pacote vai lançar no dia 18 de Setembro e por algum motivo vai ficar disponível somente até 31 de Março como o Super Mario Bros 35.
Esse foram os principais anúncios da Nintendo para a comemoração dos 35 anos do mascote encanador. Por conta dessas adições agora é possível jogar todos o títulos da franquia principal no Switch. Aproveitem as festividades para maratonar a franquia.
Para conferir o evento na íntegra:
Para quem busca a mídia física de Super Mario 3D All-Stars aqui no Brasil, trazemos cupom em duas das grandes lojas que podem encontrar por ótimos preços! (Cliquem na imagem para redirecionamento)
Ghost of Tsushima é o último exclusivo de PlayStation 4. O jogo foi anunciado há alguns anos como a nova obra da Sucker Punch, responsável pela série Infamous, muito bem elogiada internacionalmente. Aqui, temos a invasão mongol no Japão medieval no século 13, liderada pelo fictício Khotun Khan. O protagonista é herdeiro do clan Sakai e sobrinho do Jito da ilha, lorde Shimura. Ambos são samurai e após um primeiro e devastador ataque, apenas Jin Sakai, protagonista, pode salvar seu tio e expulsar os mongóis da ilha de Tsushima.
Logo cedo, Jin é salvo por Yuna, uma gatuna pobre de uma região próxima, sem muitas segundas intenções além de pedir sua ajuda para resgatar seu irmão ferreiro. Jin se encontra numa contradição, pois, ao mesmo tempo que está grato pela ajuda de Yuna que consequentemente salvou toda a esperança da ilha, está suspeito por suas atitudes nada honrosas, além de sugestões de que Jin também lute pelas sombras. Aqui temos um pouco da dualidade dos jogos Infamous, onde as ações do jogador influenciam o tipo de habilidade que o protagonista terá – seja lutando pelas sombras ou lutando com honra, grande debate do próprio jogo.
Jin desde o começo é jogado em um mundo muito grande e desafiador. O vento é o que o guia para seus objetivos, porém animais como raposas e pássaros também podem o guiar para segredos dificilmente descobertos de outra maneira. Aqui começam as comparações com Breath of the Wild, que são mais que justas, porém extremamente positivas – Ghost of Tsushima definitivamente é um jogo Open Air pela sua versatilidade física e explorativa. Vários campos inimigos são encontrados ao longo do mapa que ficam ao critério do jogador de serem liberados, assim como grupos de mongóis aleatórios são colocados como desafio nas estradas. Ao falar com aldeões, estes podem também indicar coisas que Jin pode procurar, seja itens importantes, como novas habilidades e até linhas de missões secundárias completamente opcionais, mas que dão firmamento maior às habilidades de Jin, como novas poses de luta (algo extremamente pertinente em luta com a espada), como novos arcos e armas a distância, além de aliados para a batalha final contra Khotun Khan. Ghost of Tsushima é um jogo onde você deve frequentemente buscar novos aliados e construir seu exército para lutar contra um mal maior.
A jogabilidade de Ghost of Tsushima é facilmente uma das melhores da geração. Trazendo o melhor da carga da Sucker Punch, porém se reinventando, Jin luta como um samurai completo com as habilidades que conquista ao longo do jogo e é talvez um dos melhores jogos de samurai no mercado. Comparando com lançamentos recentes, como Sekiro, onde também temos mecânica de parry e quebra de postura, em Tsushima tudo é mais natural e colocado no controle do jogador. Troca de instâncias são fáceis e rápidas, o jogo não exagera seus combates e cria um estresse forçado como em Sekiro, aqui temos um combate leve, rápido e efetivo que um samurai verdadeiro luta – onde Jin deve, ou lutar pelas sombras e eliminar seus inimigos sem ser percebido, ou lutar cara a cara num combate desafiador mas não desnecessariamente incômodo, com diversos itens a serem considerados – posicionamento da câmera, número de inimigos, onde e quando defender, de que ângulo e como atacar e devastar inúmeros mongóis que não pensam duas vezes antes de arrancar uma cabeça. Isto tudo quando não há as lutas contra chefes, onde Jin é colocado contra um inimigo extremamente forte em um círculo de batalha onde apenas um pode sair vivo, onde pode-se verdadeiramente ver o progresso que Jin tem ao longo de sua jornada por Tsushima, com novas habilidades e destrezas.
A história de Ghost of Tsushima, apesar de ser previsível, consegue atender muito bem às expectativas criadas. É uma jornada triste e depressiva que, tal qual um ataque samurai de cabeça erguida anunciando sua chegada, consegue ser extremamente impressionante, com destaque para as histórias paralelas que podem ser completadas até depois de encerrar a história principal, que vivem na pele histórias de camponeses massacrados, mestres derrotados e monges perdidos.
Toda a estética e trilha sonora do jogo, apesar de realista, é extremamente única e bela. As flores e árvores brilhantes saltam na tela, os campos verdes cobertos por uma certa tempestade, tudo neste jogo GRITA vida. A direção artística conseguiu trazer a um mundo sujo e destruído e extremamente real traços de beleza que são extremamente únicos ao Japão e foram muito bem explicitados. O som do jogo é outro destaque. A trilha sonora melancólica e poderosa se contrasta com os sons da natureza e da luta de espadas e tiros, o som do vento e dos animais, das árvores balançando. A física do jogo influencia esse design sonoro e deixa a experiência ainda mais viva.
Ghost of Tsushima possui alguns erros técnicos que poderiam ser melhorados com o tempo. A câmera, apesar de estar totalmente no controle do jogador, as vezes mais atrapalha que ajuda, glitches prendem o jogador em paredes, abismos ou até catapulta NPCs e um único grande erro deste título é a falta de influência das escolhas do jogador na história, sendo algo extremamente destacado e imposto no jogo – para qual motivo então? Além disto, para um jogo que enaltece fortemente seus laços com a tradição japonesa e desenvolvimento com grande apoio japonês, é mais que visível que a captura de movimento dos rostos foi feita com dublagem da língua inglesa. A dublagem pode até estar colocada em japonês, mas o movimento da boca dos personagens é das falas em inglês, o que dá confusão mental na hora de assistir as cenas de corte e é algo verdadeiramente incompatível com a proposta da obra.
PROS:
Combate perfeitamente desenvolvido;
Mundo open air;
Fidelidade a história original;
Histórias paralelas;
Sistema de progressão;
Personagens humildemente cativantes.
CONS:
Glitches;
Falta de impacto na história das decisões do jogador.
NOTA: ☕☕☕☕
PLATAFORMAS:
PlayStation 4 (plataforma analisada).
Ghost of Tsushima é o que todos os exclusivos de PlayStation deveriam ser, dando espaço pra todos os pontos de desenvolvimento de um jogo, além de apresentar uma história sem fator de choque forçado que impressiona mais que qualquer outro exclusivo ocidental desta geração.
Gleamlight é um jogo de plataforma desenvolvido pela Dico e distribuído pela D3 para Playstation 4, Nintendo Switch, Xbox One e PC.
O jogo conta a história de Gleam, um guerreiro capaz de absorver luz. Sua jornada se inicia quando decide adentrar uma caverna repleta de seres mecânicos para recuperar algo que ficou anos perdido.
O enredo é um dos pontos altos do jogo. Em nenhum momento aparece explicação do que está acontecendo. Todos os eventos são deixados para que o jogador possa interpretar da sua maneira. Um dos atrativos de sua narrativa foi a utilização da quebra da quarta parede e pegadinhas que trazem uma imersão ao universo do jogo.
Os visuais do jogo são bem agradáveis. Cada cenário é bem detalhado com cores bem fortes. Apesar dessa beleza artística, o número de fases é bem restrito deixando cansativo a jogatina.
A trilha sonora foi bem trabalhada. A música ambiente é envolvente correspondendo adequadamente com o cenário retratado. Destaque a canção tema do jogo que transmite com perfeição o sentimento por trás das principais cenas da trama.
A jogabilidade se assemelha a de “Hollow Knight”. O protagonista precisa derrotar chefes para absorver seus poderes com objetivo de atravessar novos cenários. A cada inimigo derrotado, Gleam é capaz de absorver sua vida e esse sistema vale também quando seus oponentes o ataca. O medidor de vida de cada indivíduo do jogo é seu brilho, no momento em que se apaga acaba falecendo. Apesar de apresentar conceitos metroidvanianos, o jogo não o aprofunda. Ao decorrer da jornada, o protagonista atravessa os mesmos cenários em situações diferentes. O jogo só apresenta uma nova aérea somente nos minutos finais da jornada.
Além dessas limitações, o jogo foi mal arquitetado. A alocação dos inimigos em espaços curtos evidência falta de planejamento na curva de dificuldade do jogo. Outro problema é a inteligência artificial dos chefes que é previsível. É possível derrota-los sem esforço explorando o ponto cego de cada oponente.
Na questão técnica, o jogo possui queda de quadros quando o protagonista é atingido pelos inimigos, o que ocasiona travamentos constantes durante os combates.
Gleamlight possui ideias interessantes no seu enredo mas foi mal executado. Os problemas na estrutura das fases e na inteligência artificial dos oponentes prejudicam a experiência.
PROS:
Narrativa interessante;
Cenários bonitos.
CONS:
Repetição de fases;
Travamentos durante o combate;
Desenho das fases mal feito;
Inteligência artificial previsível.
NOTA: ☕️☕️
PLATAFORMAS:
Playstation 4 (Plataforma analisada, chave concedida pela D3 publisher);
Xbox One;
Pc;
Nintendo Switch.
Gleamlight possui ideias interessantes no seu enredo mas foi mal executado. Os problemas na estrutura das fases e na inteligência artificial prejudicam a experiência.
The Ambassador: Fractured Timelines é um jogo de tiro com elementos RPG desenvolvido pela TinyDino Games e distribuído pela The Quantum Astrophysicists Guild para Playstation 4, Xbox One, PC e Nintendo Switch.
O protagonista do jogo se chama Gregor e ele é o embaixador do Reino de Tamaris. Seu objetivo é arregimentar os diferentes grupos étnicos e políticos presentes no reino. A história começa quando ele acaba de finalizar seus treinos com sua mestre, a maga Cat. No meio do exercício, Cat recebe o aviso que a capital foi atacada por um grupo não identificado. Os dois vão em direção a capital, mas são encurralados pelos invasores. Cat ficou fisicamente incapaz de defender o reino e passa o poder de congelar o tempo para Gregor para que ele possa ter êxito na defesa do reino.
O enredo é bem simples e previsível. Apesar disso foi interessante o incentivo feito pelos desenvolvedores para que o jogador possa aprofundar sobre o universo do jogo. Em cada fase possui livros espalhados que contam a história de cada facção política e criatura presente no jogo.
Os visuais são em estilo retrô com estética pixelada. O estilo artístico é básico sem muito esplendor, mas é compensado com a variedade de cenários em cada mundo explorado pelo jogador.
A trilha sonora não teve a devida atenção e se baseou em composições genéricas de temática medieval. Único destaque aparece somente na batalha contra o último chefe que teve arranjos mais sofisticados.
A jogabilidade tem estilo bem frenético e exige agilidade e precisão por parte do jogador. A mecânica de congelar o tempo é bem útil nesses momentos para calcular o melhor momento de atacar e desviar. Em cada fase, o jogador recebe novas armaduras, armas e cajados mágicos. A variedade é grande mas poucas se diferenciam em termos de dano e efeitos adicionais. Os inimigos são desafiadores e atacam em horda para testar os reflexos do jogador. A dificuldade é bem elevada e chega a ser bem frustrante nas fases finais pelo excesso de apelação dos inimigos.
Ao finalizar o jogo é desbloqueado um novo modo de jogo. Essa modalidade é de sobrevivência que se assemelha ao modo zumbi do “Call of Duty”. O jogador tem que sobreviver á varias ondas de inimigos e cada oponente derrotado gera pontos que podem ser utilizados para comprar armas e desbloquear novas áreas.
The Ambassador possui uma jogabilidade divertida e desafiadora que instiga o jogador a querer prosseguir a jogatina. A simplicidade artística e sonora do jogo, e a dificuldade elevada não estimula novas investidas no título.
PROS:
Universo do jogo bem documentado;
Jogabilidade divertida;
Variedade de inimigos;
Modo sobrevivência.
CONS:
Visuais desestimulantes;
Trilha sonora genérica;
Pouca variedade nos equipamentos;
Dificuldade apelativa.
NOTA: ☕️☕️☕️
PLATAFORMAS:
Playstation 4;
Xbox One;
Pc(Plataforma analisada, chave concedida pela TQAG);
Nintendo Switch.
The Ambassador possui uma jogabilidade divertida e desafiadora que instiga o jogador a querer prosseguir a jogatina. A simplicidade artística e sonora do jogo e a dificuldade elevada não estimula novas investidas no título.
Best Friend Forever foi anunciado há um bom tempo. A proposta do título era ser um simulador de pets com elementos de visual novel e dating sim, onde você poderia adotar seu cachorro e cuidar, brincar e o crescer. O jogo começa com um teste de personalidade para criar seu personagem, com mínimas opções de customização visual que o jogo tanto enaltece. O teste de personalidade é para criar conta em um “site de relacionamentos e encontro de cachorros”, que logo você terá oportunidade de adotar.
Uma vez introduzido na cidade de Rainbow Bay, você vai a veterinária local adotar seu pet. Lá você possui uma certa variedade de bichos nos quais você pode adotar e então nomear, é explicada sua missão nas próximas 15 semanas (que são a duração do jogo) – cuidar e treinar seu cachorro para uma avaliação canina (que está longe de ser um propósito no jogo). A partir daí, você conhece diversos personagens via este site de relacionamentos, faz amizades, sai para conhecer a cidade e os diversos cachorros – tudo isso em uma visual novel interativa.
O jogo divide-se nesses momentos de interação humana e animal. No começo da semana você programa suas atividades para o decorrer da semana, cada atividade melhorando um aspecto do cachorro e alterando seu humor, higiene e outros, porém de maneira relativamente superficial. A parte mais interativa envolve dar alimentos, brincar, dar banho no cachorro, porém limitado a três itens por SEMANA (itens individuais, como ensaboar, dar biscoitos ou lavar o cachorro), o que é muito pouco pelo que o jogo se propõe e oferece. Ao longo das interações humanas, seu cachorro fica na tela, como se te acompanhando e participando da conversa. Frequentemente você precisa cuidar dele, catar cocô, impedir que avance nos outros personagens, mas é algo que mais briga pela atenção do jogador que complementa ao longo do mesmo.
As interatividades humanas do jogo são o verdadeiro foco do jogo, apesar de pouco demonstrado nos trailers. O jogo tem objetivo de ser um simulador de namoro, porém possui um cast minúsculo de personagens e apenas uma fração desta é “namorável”. O jogo apresenta interessante diversidade de personagens, entre raças, sexualidades e interesses pessoais, mas nenhum deles se aprofunda o suficiente para serem cativantes, além de um visual completamente incompatível com a arte do resto do jogo, que busca ser suave e minimalista – personagens parecem sair direto de um jogo flash baseado em The Sims. O jogador, felizmente, possui escolha entre quem vai interagir, se aproximar e se divertir, porém a maioria dos eventos são apenas descritos por texto ao longo do jogo. Isto inclusive consegue estragar a visão do jogador da maioria dos personagens, pois suas apresentações conseguem ser extremamente desconfortáveis com comentários sobre os corpos dos mesmos. A variedade visual dos eventos também é mínima mesmo com diversos ambientes construídos, mudando no máximo a expressão visual do rosto dos personagens.
Ao longo dessas quinze semanas, o jogador possui um check-up de seu animal ocasional, o que avalia o desempenho do jogador, mas não trás muita recompensa ou motivo para tal momento acontecer. É criada uma sensação progresso muito rasa que também ocorre ao final do jogo, mas o progresso na história do jogo (algo nada relacionado ao cachorro) parece ter muito mais peso no desenvolver do jogo. Falando em peso, nas interações com os animais, o jogo possui alguns bugs gráficos, como inverter a mão na hora de clicar para acariciar o bicho, além de animações fracas que não sejam as do próprio bicho. O jogo também suporta toque de tela no Nintendo Switch, o que é bem melhor que o controle por analógicos que é transformado em um mouse (houve pouca adaptação pro que o console tinha a oferecer). Ao encerrar a história (que dura aproximadamente uma hora), o jogador não sente conquista alguma com o que jogou, apesar dos bons momentos com o cachorro que infelizmente foram limitados para acrescentar outros aspectos mal desenvolvidos.
PROS:
Cachorros maravilhosos e bem feitos;
Interessante manutenção de recursos;
Proposta única;
Liberdade de escolha.
CONS:
Dating simulator fraco;
Personagens nada carismáticos;
Duração mínima;
Problemas gráficos e artísticos;
Limitação sem sentido na hora de cuidar do animal;
Jogo tenta ser múltiplas coisas ao mesmo tempo e não faz nada verdadeiramente bem.
NOTA: ☕☕
PLATAFORMAS:
Nintendo Switch (plataforma analisada, chave concedida pela Alliance Media);
PC/Mac.
Best Friend Forever tem uma premissa muito interessante, mas sua tentativa de alcançar múltiplos objetivos acabou atrapalhando sua ideia original. Sua duração apesar de MUITO pequena, incentiva múltiplas jogatinas, mas a falta de carisma de tudo no jogo que não sejam os animais quebra esse incentivo.
Astral Chain completou seu primeiro aniversário este final de semana e a análise do Café com Geeks demorou em demasia. O jogo, dos criadores de Bayonetta e Nier Automata, pela Platinum Games, é exclusivo para o Nintendo Switch e saiu próximo de Fire Emblem: Three Houses, jogo do ano do Café ano passado ao lado de Death Stranding.
Astral Chain é sobre um grupo policial num Japão futurístico tendo que lidar com uma legião invasora de quimeras de dimensões paralelas. Parte do grupo conseguiu dominar dita legião como uma extensão do próprio corpo, e, nosso protagonista, filho do capitão da equipe, e sua irmã gêmea, aprendem a controlar múltiplos legião, se tornando destaques na equipe e peças chave para investigar a invasão e acabar com a mesma. O jogo é um hack and slash com elementos de RPG de exploração e investigação, onde o jogador controla tanto o protagonista quanto suas legiões – PARALELAMENTE. Ambos são conectados por uma corrente astral que também é utilizada como arma e com suas habilidades tanto humanas quanto astrais, devem combater os invasores e ver o invisível para descobrir quem é responsável pelo ocorrido.
O combate neste jogo é grande destaque. Como citado, o jogador controla dois personagens ao mesmo tempo, sendo a legião capaz de ser transformada em outra com habilidades diferentes que, combinadas com as do humano, podem vencer diferentes adversidades, além de cada uma possuir habilidades especiais para serem utilizadas na exploração do jogo, seja para farejar inimigos ou acertar pontos inalcançáveis. As opções de ataque no começo são extremamente limitadas, mas quando o jogador desbloqueia o uso das demais legiões as coisas começam a evoluir exponencialmente.
O combate inclui a corrente astral, que conecta o humano a legião, e ajuda nos combos prendendo e catapultando tanto os inimigos quanto os objetivos. O protagonista conta com algumas poucas mas diferentes armas que podem receber atualizações que melhoram seus pontos de ataque e até aumentam variedade de golpes, que, acoplados aos diferentes legião que podem ser usados, formam uma leque absurdo de possibilidades para o jogador alcançar em questão de formas lutar comparado a outros jogos do gênero como Devil May Cry V. A sinergia entre protagonista e legiões é chave fundamental para dominação do combate e, além de refrescante, traz poder ao jogador. Tudo isso incluindo um sistema de progressão por árvore de habilidades extremamente rico que, se bem aproveitado, transforma o jogador em um verdadeiro monstro hiperpoderoso, tendo controle das devidas mecânicas extremamente variadas do jogo. Em geral, o combate é uma verdadeira mistura de tudo que a Platinum Games já fez, sendo seu verdadeiro magnum opus, pelo menos no quesito de jogabilidade.
O mundo de Astral Chain é extremamente vivo. Cidades preenchidas de pessoas, mistérios e desafios, uma estação policial cheia de coisas para se fazer e pessoas para interagir, personagens extremamente cativantes, tudo com a arte de Masakazu Katsura de Zetman, O que foi criado aqui foi extremamente bem detalhado, um dos mundos cyberpunk mais refrescante dos últimos anos, com uma estética absurdamente cativante. O mundo semi-aberto cheio de micro-atividades contribui para isso. Faça trabalho de rua de polícia – persiga ladrões, junte lixo jogado no chão, resgate gatinhos, mas também procure organizações terroristas e lute com monstros interdimensionais. Além de toda essa variedade de jogabilidade e elementos do mundo, o jogo também possui customização visual do jogador, que é sempre muito apreciado neste tipo de jogo.
A história de Astral Chain, apesar de simples, é extremamente cativante. Personagens aqui são extremamente determinados em seus objetivos e apesar de usar alguns clichês de anime, ela ajuda muito o resto do jogo fluir como flui. Referências por todos os lados a obras cyberpunk japonesas são encontradas, o que é muito bem-vindo. Já foi afirmado que Astral Chain terá continuação, então para uma apresentação de universo, conceitos e personagens, o resultado foi mais que suficiente, deixando um gostinho de “quero mais” ao fim da história. A trilha sonora também é mais que digna e também representa o jogo tão bem quanto seus visuais, previamente comentados.
PROS:
Melhor combate do gênero;
Universo cyberpunk;
Exploração;
Conteúdo opcional;
Customização.
CONS:
Previsibilidade da história.
NOTA: ☕☕☕☕☕
PLATAFORMAS:
Nintendo Switch (plataforma analisada).
Astral Chain não é apenas o jogo mais subestimado do Nintendo Switch, como também o melhor jogo de seu gênero e o magnum opus da Platinum Games. O título envelhece como um bom vinho e merece atenção de TODOS os interessados em jogos de ação e/ou cyberpunk.
The Revenant Prince foi anunciado há algum tempo como uma tentativa de trazer o estilo de RPGs antigos com modernidade em novas mecânicas que são um sopro refrescante de vento de começo de primavera. O título chegou e recebemos o mesmo para análise.
Revenant Prince começa com um grande dilema moral. Personagens carismáticos são apresentados, e uma escolha de peso é jogada na mão do jogador em suas primeiras interações. Essa escolha será frequentemente discutida ao longo do jogo, entre velhos e novos personagens, todos únicos e memoráveis. Esta diferenciação entre personagens traz inspirações de Undertale, mas definitivamente são bem trabalhados para serem únicos em seu próprio estilo.
A história é extremamente intrigante e traz frequentemente plot twists que mudam a direção da história. O mundo é rico e sua exploração é extremamente incentivada. A mesma possui side quests de pequeno e médio porte que podem sim extender a duração do mesmo e até auxiliar em missões mais difíceis ao longo do jogo. É essencial aqui que se segure o máximo de spoilers possível, mas é de se afirmar que o jogo cativa e motiva o jogador a seguir adiante e sim, jogar múltiplas vezes.
A jogabilidade de exploração é tão tradicional quanto puder ser. O jogo aparenta ser desenvolvido em RPG Maker com múltiplas alterações para o torná-lo único, o que é louvável, mas ainda encontra limitações do motor que prejudicam tanto o jogador a explorar quanto gerenciar seu jogo salvo (não há salvamento automático, o que custou nosso precioso tempo rejogando partes do jogo).
O combate é facilmente uma das melhores partes do jogo. A jogabilidade é feita em batalha de tempo real, onde o jogador possui três armas, cada uma com seus tipos de ataques e defesas, e uma barra de carregamento para cada. Essa barra é o custo que o jogador terá para tomar suas decisões de ataque que serão mais que essenciais para determinar sua vitória – que pode ser determinada por “poupar” seu inimigo ou derrotá-lo. Também é possível definir a porcentagem de aparição de inimigos selvagens.
O jogo possui um bom sistema de upgrade, tanto de habilidades do personagem quanto de equipamentos. O sistema de upgrades de esfera, que melhora as atualizações do jogador, é recompensante e rápido de usar, porém só te permite fazer uma esfera por vez, o que é uma limitação sem sentido.
Para finalizar, a arte do jogo é tão única quanto sua história. Cidades bem movimentadas, personagens diferentes e únicos, tudo isto consegue vir a vida com seu design compatível em todas suas sessões acompanhada de uma trilha sonora muito bem colocada.
PROS:
Combate em tempo real;
História intrigante, variada e única;
Personagens mais que carismáticos;
Arte;
Mundo bem desenvolvido.
CONS:
Sistema de esferas;
Limitações da engine.
PLATAFORMAS:
PC (plataforma analisada, chave concedida por Nomina Games)
NOTA: ☕☕☕☕
The Revenant Prince é um RPG que não deve ser ignorado. Feito por uma minúscula equipe na Indonésia, o jogo conta com um universo único e uma jogabilidade incrível.
Eternal Castle é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela TFL Studio e distribuído por Playsaurus no ano de 2019, para Microsoft Windows, Linux e Mac OS. Em 2020, uma versão ampliada foi lançada para o Nintendo Switch.
O chamariz do título se deve a proposta de remasterizar um clássico perdido desenvolvido originalmente para MS-DOS, na década de 80. Segundo os desenvolvedores, o jogo em si nunca chegou a ser lançado e se basearam no protótipo que tiveram contato na época. A estética da obra se assemelha com os clássicos da plataforma como “Prince of Persia” e “The Oregon Trail”.
O jogo começa com um texto ilegível explicando o contexto da trama. A fonte escolhida tem como intuito manter a fidelidade visual da época. Ao fazer um pequeno esforço é possível entender que o cenário é pós-apocalíptico. Grande parte da população da terra migrou para planetas próximos no sistema solar com objetivo de criar colônias auto-suficientes. Com o tempo os recursos nas colônias foram se esgotando e conflitos sociais dominaram o ambiente. Equipes foram montadas em cada colônia para procurar por recursos no planeta terra. Quando a última equipe de exploração não deu retorno, uma pessoa decide ir sozinha até o planeta terra procurar por seus amigos.
A história é bem misteriosa e envolvente. Possui poucos textos ou explicações do que está acontecendo em cada fase. Os cenários ajudam a dar imersão e as junções de cores aproveitam os gráficos retrôs para fornecer cenários marcantes.
As composições sonoras lembram as trilhas sonoras de clássicos da ficção científica da década de 80. Aparecem somente em momentos muito específicos geralmente em batalhas contra chefes. No geral contribuem no enriquecimento da atmosfera do jogo.
A jogabilidade é praticamente idêntica ao “Prince of Persia” original. Busca simular uma movimentação realista no deslocamento e na realização de ações ofensivas. Parece uma ideia interessante manter o esquema clássico mas na prática frustra bastante. A movimentação é imprecisa, o que dificulta realizar ações como pegar itens e atacar os inimigos. Os itens que podem ser coletados dão melhorias ao personagem como aperfeiçoamentos no ataque e aumento na capacidade de munição.
Na versão de Nintendo Switch foi adicionado dois novos modos de jogo para expandir a durabilidade. “Sacrifício” conta o ponto de vista de um dos inimigos que o protagonista enfrenta e “Duelo” adiciona combate PvP para dois jogadores e contra o computador.
Durante a jogatina apareceram alguns problemas técnicos, o mais notável foi quando o personagem afundava sozinho para o “Inferno Azul” do jogo. Infelizmente isso acontecia com certa frequência, principalmente durante a batalha final.
Apesar de não ser uma remasterização habitual, o presente título apresenta definições novas ao conceito. A ideia do projeto foi trazer a tona este estilo de jogo que ficou anos esquecidos. Somente este fator pode ser um atrativo para quem deseja buscar novas interações.
PROS:
Enredo misterioso;
Trilha sonora nostálgica;
Visuais lindos;
Proposta diferenciada.
CONS:
Problemas técnicos que prejudicam a progressão;
Controles imprecisos.
NOTA:☕️☕️☕️☕️
PLATAFORMAS:
Microsoft Windows;
Mac OS;
Linux;
Nintendo Switch (plataforma analisada, chave concedida pela Playsaurus).
Apesar de não ser uma remasterização habitual, o presente título apresenta definições novas ao conceito.
No dia 18 de agosto a Nintendo apresentou seu primeiro Indie World Showcase desde o começo da pandemia. A apresentação foi lotada de conteúdo e shadowdrops, e aqui deixamos nossos destaques pessoais, além da apresentação completa à seguir.
Spiritfarer é mais um título da Thunder Lotus, de Jotun e Sundered. O jogo é de gerenciamento de recursos e exploração, onde a protagonista leva os espíritos dos mortos para o além em seu barco. O jogo lançou hoje para o Switch.
Garden Story é um jogo de exploração, gerenciamento de recursos e ajudar amigos. O título da Picogram chega ano que vem para o Nintendo Switch.
Raji é um jogo de ação e aventura que explora a cultura milenar indiana. O título chegou hoje para o Switch.
Bear and Breakfast é um jogo onde um urso gerencia um negócio de hotelaria na floresta para humanos, com gerenciamento de recursos muito próximos a Don’t Starve. Lança em 2021.
A Short Hike é a primeira aventura do incomparável ROALD. Brincadeira. O carismático indie chegou hoje para o Nintendo Switch.
Haven é nosso título mais aguardado do ano. Dos desenvolvedores de FURI, Haven é uma aventura como nenhuma outra, mistura de RPG, visual novel, gerenciador de recursos, tudo criando uma experiência extremamente única que chega ainda esse ano no Nintendo Switch.
The Red Lantern foi anunciado em outra Nintendo Direct, mas reconfirmaram sua presença ainda este ano no console. Outro título aguardado!
Unrailed é um jogo de construção de ferrovias no estilo de voxel. Já possui uma demo hoje:
Para fechar o evento, House House anunciou que Untitled Goose Game agora terá modo de dois jogadores dia 23 de setembro!
Hoje as 17 horas tivemos mais uma edição da curta apresentação de jogos da Sony no modelo Direct. Alguns nomes grandes como Crash 4, Hitman 3 e Godfall deram as caras, mas o evento teve sua dose de indies interessantes. Dentre eles tivemos:
Braid Anniversary Edition
Trazendo um dos indies mais conhecidos na indústria e o título de estréia de Jonathan Blow, teremos um remaster de Braid com novos visuais, animações e design de áudio.
Pathless
Anunciado no evento de Junho, agora tivemos um trailer de gameplay para Pathless, próximo jogo que trouxe o jogo de exploração aquática Abzu.
Spelunky 2
Contendo multiplayer online, chega a continuação do aclamado roguelike em 15 de Setembro de 2020.
Genshin Impact
O RPG open-world que estréia a segunda IP do estúdio miHoYo também teve presença no evento. Contando uma história diferente do manga de mesmo nome porém no mesmo universo.