Nas ultimas semanas vimos arquivos e códigos fontes de Nintendo Wii sendo vazados na internet por um anonimo. Inicialmente o fato pareceu irrelevante, porém, os dias que se seguiram nos trouxeram varias informações curiosas sobre o sistema operacional do console.
Entretanto, os vazamentos não pararam. O vazamento de hoje trás todo o código fonte do Nintendo 3DS. Diferente do que vimos anteriormente, a documentação do console não está incluída, no entanto, foram encontrados os arquivos de desenvolvimento desde os primeiros dias de produção do aparelho. Isso significa que em breve aparecerão novas informações inéditas sobre como o portátil funciona.
Quanto a Pokémon Diamond/Pearl, embora o código fonte tenha vazado, ainda não há grandes descobertas sobre o jogo (pelo menos por enquanto).
A franquia Castlevania fez história nos anos 90. Foram grandes momentos no NES, SNES e PSX que fizeram a saga do Vampire Killer ser influente até os dias de hoje. Entretanto, não tivemos nenhum jogo da franquia desde 2014. O que abriu espaço para os desenvolvedores indies preencherem este vazio. Produções independentes como Bloodstained: Curse of the Moon e Bloodstained: Ritual of the Night fizeram a alegria dos fãs órfãos nos últimos anos.
Com uma meta modesta de 12 mil Libras no Kickstarter, a qual já conseguiu chegar na metade do valor apenas no primeiro dia, Lords of Exile parece certo que irá atingir seu objetivo. Inspirado por Castlevania de NES, o jogo está sendo desenvolvido pelo estúdio espanhol Czazuaga e já foi confirmado para PC e Nintendo Switch.
Até o momento, Lords of Exile está confirmado apenas para PC e Nintendo Switch. O jogo será lançado em algum momento de 2021.
Alex Kidd in the Enchanted Castle é jogo de aventura plataforma desenvolvido e distribuído pela Sega lançado originalmente em 1989 para o saudoso Mega Drive. Esse foi a continuação de Miracle World, a primeira aventura do elfo orelhudo comedor de onigiris que teve sua estreia no Master System, no ano de 1986.
O enredo do jogo conta a jornada de Alex Kidd para reencontrar seu pai. Ele vive junto com seu irmão chamado Igul, que é o rei do planeta Aries. Alex recebe misteriosamente uma evidência que seu pai biológico continua vivo e supostamente se encontra no planeta Paper Rock. A partir dessas informações, o nosso protagonista parte para mais uma grande aventura. Apesar de parecer simples, a trama possui muitas reviravoltas que prendem o jogador em todos momentos da campanha.
A jogabilidade não foge do padrão dos jogos plataforma da época. Alex é capaz de andar, pular e dar socos com sua habilidade especial que amplia sua mão. Existe uma boa variedade de itens que o protagonista pode usar durante sua empreitada. Entre eles estão a motocicleta, mini-helicóptero, colar lança-raio, bastão de levitação, capa de invencibilidade e outro colar para prever as jogadas dos chefes nas partidas jokenpô. O grande diferencial estava em suas batalhas de pedra, papel e tesoura. Os confrontos eram bastante desafiadores por conta das investidas aleatórias dos chefes, o que dificultava desenhar um padrão. As batalhas não era restritas a chefe e pode ser disputada com os lojistas que apostam o dinheiro do jogador pelos itens disponíveis em seu estabelecimento. Por conta dessa imprevisibilidade nas disputas é imprescindível a utilização do colar de previsibilidade nessas situações porque sem elas, somente indo na fé para poder avançar no jogo.
O desenho das fases ficou bem confuso e mal arquitetado em certas ocasiões. Parecia que os blocos que revestiam as plataformas foram colocados aleatoriamente pelo cenário, mas nada que um pouco de manha e habilidade com os itens disponíveis em seu inventário para reverter esse cenário.
A dificuldade é bastante elevada, o que faz o jogo ser bem frustrante. O simples ato de encostar nos inimigos causa o falecimento do protagonista. Em muitas situações durante o jogo, os inimigos são colocados em pontos estratégicos para ocasionar óbitos não evitáveis ao jogador. Mesmo com essas características, ele é mais fácil que seu predecessor.
A trilha sonora é uma das mais marcantes da história dos jogos. Possui composições marcantes como a música tema e a de conclusão das fases. Os efeitos sonoros são bastantes icônicos e ficam gravados na mente do jogador possibilitando o desenvolvimento uma identificação forte com o personagem.
No geral, vale a pena desfrutar essa aventura do Alex Kidd. Apesar de ter sido o último jogo da linha principal o jogo fornece ótimos momentos de entretenimento. Ele está disponível em todos os lugares em você possa imaginar, o que contribui na acessibilidade de um novo público desfrutar as aventuras desse lendário mascote da Sega.
PROS:
Protagonista carismático;
Trilha sonora;
Variedade de itens;
Batalha de Joquempô.
CONS:
Dificuldade elevada;
Desenho confuso das fases.
NOTA: ☕️☕️☕️☕️☕️
PLATAFORMAS:
Sega Mega Drive;
Microsoft Windows;
Nintendo Wii;
Nintendo Switch (plataforma analisada);
Playstation 2;
Playstation 3;
Playstation 4;
Playstation Portable;
Xbox 360;
Xbox One.
Ótimo clássico de Mega Drive que possui relevância atemporal.
Oito viajantes. Oito histórias. Oito caminhos que, quando trilhados juntos, levariam a um único final. Sob a alcunha de “Project Octopath Traveler”, um novo RPG para o Nintendo Switch surgiria em 2018. Desenvolvido pela Square Enix e encabeçado pelos produtores de Bravely Default, o título se destacou pelos seus gráficos, definidos como “HD-2D” que misturava o visual retrô do SNES com efeitos modernos de alta qualidade. Com uma recepção favorável, o jogo se tornou um dos grandes RPGs de turno da atualidade, tendo expandido seu alcance ao ser lançado também para PC em 2019 e conquistado novos fãs.
Dados técnicos, como o número de vendas e a nota do Metacritic, sempre impressionam. Porém, o que mais chama a atenção em Octopath Traveler é sua narrativa e o desenvolvimento dela conforme o jogo se desenrola. No início, devemos escolher um dos oito personagens jogáveis para começar a jornada, e este personagem jamais poderá ser removido da party (não até que você “zere” o jogo, pelo menos). Assim sendo, você poderá buscar os outros personagens em suas respectivas cidades, escutar suas respectivas histórias e, com a ajuda de seus companheiros, cruzar o continente de Osterra em busca de soluções para as suas tribulações. A jornada compartilhada rende algumas conversas paralelas interessantes entre membros da sua party, que dividem experiências, brincam e aconselham uns aos outros em gracejos que podem ser ouvidos em momentos específicos.
Apesar disso, o jogador não é obrigado a “resgatar” os oito personagens jogáveis. Na verdade, o jogador não é obrigado a nada; ele pode completar apenas a rota do seu personagem principal, ou dos seus personagens favoritos, ou da sua party favorita. É recomendado que, pelo menos, uma party de quatro personagens seja concluída para que as batalhas sejam mais justas e que o jogador não passe dificuldades. Assim sendo, o jogo lhe dá liberdade para montar, jogar e zerar da forma que preferir. Seguindo essa linha, o próprio boss final (que muitas pessoas nem sabem que existe) não é obrigatório, o que eu considero uma falha mortal nas decisões narrativas do jogo, mas isso fica para depois.
Tendo em mente esse modelo “livre” que Octopath Traveler segue, é fácil entender porque algumas pessoas não se apegaram ao jogo ou acham alguns personagens e histórias inúteis. Quando vistos de uma escala maior, narrativas épicas como as de Primrose, Olberic e Cyrus acabam agradando mais o público-geral, pois são mais “comuns” de se ver em J-RPGs do tipo. Histórias como as de Tressa, Alfyn e Therion acabam sendo menores e mais simplórias, pois valorizam o crescimento do personagem ao invés da solução para um grande problema/vingança de proporção “importante”. Assim, é comum ver pessoas reclamando no Reddit e em outros fóruns por aí que “Octopath Traveler só tem duas ou três histórias legais, o resto é uma b*sta. Nem sei porque tem tantos personagens se metade é um lixo.”
Porém, é aí que mora o erro.
Como já explicado acima, nem todas as narrativas são épicas, cheias de reviravoltas e perigos iminentes em busca de uma grande solução. Tressa quer viver uma aventura digna do diário que ela encontrou. Alfyn quer se tornar um grande apotecário e salvar pessoas, como ele mesmo foi salvo na infância. Ophilia precisa fazer uma peregrinação pela sua Igreja no lugar de sua irmã. O que essas narrativas tem de especial, se comparadas à vingança de Primrose, à justiça de Olberic ou ao complô em que Cyrus se mete? Bem, quando você descobre que todas as narrativas, sem exceção, se conectam e levam ao boss final numa história que remonta há séculos, seu queixo vai cair. Todas as histórias e personagens apresentados até aqui são parte de um plano maior, que se conecta à mitologia da região de Osterra e sua religião. Porém, para encontrar o boss final e ter acesso aos arquivos de história que explicam tudo e conectam as oito narrativas, é necessário completar todas as rotas dos oito personagens. Somente após isso, o jogador poderá realizar uma sidequest totalmente opcional e facilmente esquecível que o levará ao ápice do jogo. As recompensas por derrotá-lo não são nada excepcionais, e a batalha final exigirá que você use todos os oito personagens, divididos em dois times. Sem mais detalhes para evitar spoilers, tudo fará sentido quando você chegar aqui e enfrentar os desafios que antecedem o boss. É uma verdadeira maratona.
Existem outros segredos espalhados pelo mapa do jogo, como os hidden jobs, que são classes especiais e extremamente poderosas de um jeito quase absurdo. Estes irão requerir uma boa exploração e preparo de time para enfrentá-los, mas a recompensa é mais do que gratificante. Porém, a decisão de colocar o boss final como algo secundário e facilmente perdível não é justificada de forma alguma. Os hidden jobs foram feitos para serem um bônus, uma recompensa adicional. A conexão de todas as histórias, a explicação de tudo e a criatura que foi responsável pela existência de toda essa querela dos oito protagonistas é apenas um detalhe, algo que ficou para os guias e detonados explicarem como fazer. Isso faz com que o jogo pareça incompleto e a história pareça aleatória, e não é de se admirar. Apesar de dar o braço a torcer e admitir que é interessante e diferente o modelo “livre” de Octopath ao não exigir que o jogador faça nada de específico para zerar o jogo, talvez essa liberdade tenha sido demais ao, literalmente, reduzir o boss final à um mero detalhe.
Os oito protagonistas terem se unido para se ajudarem em suas jornadas enquanto, sem saber, faziam parte de um plano maligno que corria por trás de suas ações, torna o jogo mais crível e a relação entre eles mais estável. Afinal de contas, quando se salva o mundo com um amigo, eu diria que a relação entre eles acaba se fortalecendo.
O aguardado remake de Harvest Moon: Friends of Mineral Town já tem data para chegar. Nomeado Story of Seasons: Friends of Mineral Town, devido a disputas de patentes, o título chega para o Nintendo Switch dia 14 de julho de 2020 com novos visuais, personagens e mais!
Streets of Rage 3 é um jogo de briga de rua desenvolvido e distribuído pela Sega para o saudoso Mega Drive, no ano de 1994. Depois de chegar ao limite técnico do console, a Sega optou aprofundar o enredo na conclusão da trilogia clássica.
Depois de Mr. X ser derrotado duas vezes consecutivas pela equipe de Axel e Blaze, ele decide se ausentar por alguns anos para desenvolver uma fábrica robótica como fachada para ninguém desconfiar de seus próximos planos. Dr.Zahn, um andróide cientista especializado em robótica foi contratado para trabalhar na nova empresa de Mr.X. O andróide fica espantado com o projeto de Mr. X de desenvolver uma substância tóxica chamada “Raxine” para ser lançada na cidade. Ao saber dos planos do antagonista, Dr.Zahn decide informar Blaze Fielding sobre os novos planos de Mr. X. A veterana policial convoca logo em seguida Axel e Adam para a nova empreitada contra “O Sindicato”. Axel adere em seguida, mas mais uma vez Adam não irá participar por querer focar nas suas atribuições na polícia e manda seu irmão Sammy no seu lugar. O informante de Blaze, Dr. Zahn, foge das instalações de Mr. X, para juntar forças com a equipe de Blaze. Agora o novo quarteto parte para encarar a batalha final contra a organização criminosa de Mr.X.
Nesse título retornou a possibilidade de ter finais diferentes. Dessa vez o final é moldado a partir de uma série de ações feitas pelo jogador ao decorrer da jornada. Além dessa novidade, agora o jogo possui cinemáticas entre os estágios para aprofundar o enredo e demonstrar a química entre os protagonistas.
Uma observação que merece ser feita é sobre as versões que o jogo possui. No seu lançamento no ocidente, a Sega da América alterou quase o jogo inteiro para adequar aos gostos do ocidente. Entre as alterações feitas estão a mudança das roupas dos protagonistas, o vestuário feminino foi alterado para não parecer provocativo, o chefe do primeiro estágio foi alterado por ser um estereótipo homossexual e a dificuldade foi elevada sendo possível fechar o final “bom” no difícil. Essas modificações alteraram drasticamente o enredo também. A versão japonesa, a que eu joguei, aborda o uso da “Raxine” nos planos de Mr. X. Na versão ocidental, essa substância foi descartada e colocaram bombas em seu lugar. Também teve alterações nos npc’s cruciais para a trama e no último estágio do jogo que não vão dar mais detalhes para não estragar a surpresa de que for jogar.
A jogabilidade continua o padrão dos jogos anteriores, portanto irei mais uma vez focar nas novidades que este título trouxe. O jogo está mais veloz, agora os protagonistas podem correr e realizar rolamentos verticais. A barra de especial teve alterações foi adicionado um medidor de força que quando alerta “OK” torna possível realizar a ação sem perder vida. As armas brancas espalhadas pelo cenário possui vida, se utilizadas à exaustão elas quebrarão. A IA dos inimigos teve melhorias drásticas que os possibilitaram roubar comida do jogador, bloquear ataques e até combinar ataques ofensivos com outros inimigos na tela para atacar o protagonista. Outra adição notável foi a possibilidade de desbloquear personagens secretos. São três: Ash, exclusivo a versão japonesa, Shiva, o guarda-costa do Mr. X e Roo, o canguru lutador.
A trilha sonora composta por Yuzo Koshiro não foi aclamada como nos jogos anteriores. Neste jogo, ele optou em abusar no ritmo “hard techno” que chega em algumas ocasiões causar uma profunda irritação sonora.
Os gráficos não tiveram alterações significativas, mas as fases foram ampliadas tornando possível criar variações de cenários em cada estágio. Quanto aos inimigos grande parte deles são repetidos tendo apenas a cor de seus uniformes alteradas. Até alguns chefes do segundo jogo foram reutilizados com uma maquiagem diferente.
Apesar de não ter causado o mesmo impacto que o título anterior, ele conseguiu trazer boas inovações a franquia como a atenção dada ao enredo permitindo ter diferentes finais e a possibilidade de ver a interação entre os protagonistas. Depois desse jogo, a série ficou anos esquecidas até que foi revivida com a parceria entre a Sega e a Dotemu, em 2020, que atualizou a franquia para os consoles da nova geração.
PROS:
Enredo aprofundado com vários finais diferentes;
Novas adições nas mecânica de combate;
Variedade de situações em cada estágio;
Personagens secretos.
CONS:
Alterações feitas na versão original para o ocidente;
Trilha sonora pouca criativa;
Inimigos repetidos.
NOTA: ☕️☕️☕️☕️
PLATAFORMAS:
Sega Mega Drive;
Game Cube;
Nintendo Wii;
Nintendo Switch (plataforma analisada);
Playstation 2;
Playstation 3;
Playstation 4;
Xbox 360;
Xbox One;
Microsoft Windows.
“Mesmo com os problemas de localização, o jogo inovou ao aprofundar a trama e melhorar a já consagrada mecânica de combate.”
Streets of Rage 2 é um jogo de briga de rua desenvolvido e distribuído pela Sega no ano de 1992, exclusivamente para o saudoso Mega Drive. A aguardada sequência levou o console ao limite utilizando ao máximo seu processamento 16-bit.
A história se passa um ano depois dos eventos do primeiro jogo. Axel e Blaze pediram aposentadoria da polícia enquanto Adam continuou na instituição. Para aproveitar a aposentadoria, Axel virou segurança particular e Blaze passou a dar aulas de lambada. A vida do trio parecia tranquila até Sammy, irmão de Adam, alertar a Blaze que “O Sindicato” retornou com força total e para piorar seu irmão mais velho foi sequestrado pelo próprio Mr. X. No intuito de contribuir na operação de resgate, Sammy se junta a Axel e Blaze e ainda chama o melhor amigo de Adam, Max Thunder, que é um lutador de peso pesado. O quarteto está formado para encarar o vingativo Mr. X e devolver a paz para a população.
Apesar de não trazer a possibilidade de escolha em decisões cruciais da trama como no primeiro jogo, o enredo ficou mais extenso. A duração da campanha é maior e os cenários são mais variados, o que aumenta o escopo do jogo dando uma sensação de aventura ao jogador.
A base da jogabilidade é a mesma do primeiro, portanto neste artigo vou me atentar apenas nas principais mudanças. A principal alteração são os especiais, agora cada personagem tem uma habilidade única. Para limitar o uso de especiais, quando o personagem a utiliza sua barra de saúde diminui de forma considerável. Neste título, foi adicionado o modo batalha que é um espaço onde dois jogadores pode fazer 1×1 nos mesmos moldes de um jogo de luta. Por conta da adição desse modo, o leque de combos de cada personagem aumentou.
O jogo disponibiliza quatro lutadores à disposição do jogador dando bastante opções de combate. Axel e Blaze possuem os mesmos atributos do jogo anterior. Sammy é um lutador ágil, o que facilita a realização de combos de velocidade, mas possui pouca resistência. Max Thunder tem como característica ser um lutador de muita força física e resistente, portanto ele é bem lento deixando-o como alvo fácil para oponentes mais ágeis.
Nesta a sequência, a Sega investiu bem alto por conta do sucesso do original. O potencial do Mega Drive foi levado ao máximo. Os gráficos deram um salto gigantesco, os cenários estão mais detalhados e o número de animações por sprite ampliaram deixando os movimentos de cada personagem mais fluídos. A maior mudança visual que pode ser percebida a primeira vista é seu dimensionamento. O plano de fundo e os intérpretes foram ampliados, o que deixa nítido as melhorias gráficas efetuadas neste título.
Essa é uma das melhores trilhas sonoras compostas por Yuzo Koshiro. Ele estava inspirado nesta sequência e produziu melodias memoráveis, como exemplo a seção do bar no primeiro estágio. O compositor adicionou diferentes gêneros a base idealizada por ele no primeiro jogo. O acréscimo de ritmos “pop” e “jazz” contribuíram no equilíbrio de momentos de tensão e suavidade.
Streets of Rage 2 é o melhor jogo da trilogia original de Mega Drive. Sua ambição em explorar o potencial gráfico do console para expandir os elementos exitosos que fizeram o primeiro jogo sucesso merece ser prestigiado. Essas inovações o faz um título obrigatório de Mega Drive.
“O nível de qualidade em todos aspectos beira a perfeição. Não é por acaso que seu reconhecimento como um dos melhores títulos de briga de rua da história”.
PROS:
Jogabilidade melhorada;
Cenários variados e vivos;
-Números de oponentes ampliados;
Melhor trilha sonora da franquia;
Um dos melhora gráficos do console.
CONS:
O enredo mais linear em comparação ao primeiro jogo.
Alguns jogos me assustam muito. Outros me dão desespero. E ainda existem aqueles que me fazem criar asco, seja pela sua comunidade tóxica, o estilo do jogo ou qualquer outra polêmica em cima. Talvez eu seja um tanto chata para consumir jogos, como eu era chata na infância para comer mamão e ameixa. Tem coisas que simplesmente não descem, não importa quanto tempo passe. Apesar disso, foi testando coisas novas que eu descobri grandes paixões, como os joguinhos de turno (Pokémon), plataformas (Crash Bandicoot) e “simuladores” (Animal Crossing), por exemplo. Além disso, alguns jogos mais “underground” cravaram suas garras no meu coração, como Alice Madness Returns (meu guilty pleasure), então nem só de fofuras eu vivo. Porém, é nas fofuras que eu me divirto mais, e quando eu joguei meu primeiro jogo do Yoshi, eu vomitei arco-íris. Figurativamente falando, claro.
Tem algo nos jogos do Yoshi que eu não sei explicar bem, mas vou tentar: uma certa familiaridade, uma nostalgia e uma sensação aconchegante que deixam meu coração quentinho. É como visitar a casa da sua família ou um lugar muito querido da infância, aquele lugar que te inunda de emoções boas e saudade de uma época onde tudo era mais fácil, menos doloroso. Aquela magia de acreditar que ninguém nunca vai morrer e que tudo vai terminar bem que nós abandonamos quando crescemos parece ser a essência dos jogos do Yoshi. Pelo menos é como eu me sinto ao jogá-los.
A própria inocência do primeiro título da franquia já demonstra esse sentimento de lar. Ver a comunidade de Yoshies tomando para si, de forma altruísta, a responsabilidade de cuidar do Baby Mario e levá-lo em segurança num trabalho de equipe dedicado, junto com o visual colorido e as músicas suaves do jogo, é encantador. Eu fiquei genuinamente preocupada com o Baby Mario enquanto jogava, quase como uma responsabilidade real, na jornada para levá-lo em segurança, embora eu imagine como o fandom geral deve achá-lo irritante. Para mim, era reconfortante jogar com o Yoshi e ter um “parceiro” no Baby Mario, compartilhando a jornada. Eu não me sentia só.
Os jogos que viriam depois na franquia tentariam simular Yoshi’s Island quase que de forma copiosa, o que deixa claro o quanto o primeiro jogo se tornou icônico e o quanto não se soube bem para onde ir depois disso. Em Yoshi’s Wooly World, por exemplo, finalmente a franquia pareceu evoluir nas mãos da Good-Feel (também responsável, é importante ressaltar, por Kirby’s Epic Yarn). Apesar de manter várias semelhanças visuais e referenciais à Yoshi’s Island (como o círculo de flores no fim de cada fase, por exemplo), o jogo criou uma identidade própria com a temática de lã e a história que agora se foca na própria comunidade de Yoshies. Yoshi’s Crafted World segue a mesma linha de seu predecessor, com seu próprio “material” (recicláveis!) e uma história que retrata o esforço da comunidade de Yoshies para resgatar seu tesouro roubado.
Quanto mais eu me aventuro pela franquia, mais fácil é notar as influências, cópias, falhas e crescimentos entre os jogos conforme os anos se passaram. Este é um processo natural em qualquer franquia, na minha opinião. De qualquer forma, algo que nunca muda para mim sempre que estou jogando algum jogo do Yoshi, é a sensação que essa franquia me passa. Um abraço quentinho, uma xícara de chocolate com leite numa noite chuvosa embaixo de um cobertor… Aconchegante e confortável. Capaz de lavar para longe todas as minhas tristezas e preocupações, toda a incerteza do mundo, enquanto eu estiver jogando.
Streets of Rage é um jogo briga de rua desenvolvido e produzido pela Sega lançado no ano de 1991, exclusivamente para o saudoso Mega Drive. A grande inovação que o jogo trouxe para a época foi seu desenvolvimento exclusivo para plataformas caseiras. Naquele período, esse gênero fazia muito sucesso nos arcades e a Sega buscava atrair esse público para seu console de 16-bits que havia lançado a pouco tempo.
No começo da década de 90, uma metrópole que desde sua fundação vivia em harmonia e paz foi abalada por um temida organização criminosa conhecida como “O Sindicato” liderada por Mr. X. Essa organização corrompeu toda a cidade e os órgãos públicos ficaram aparelhadas a seus desígnios. Para o alívio dos seus habitantes, existiu um grupo de policiais determinados a reverter essa situação. Axel Stone, Adam Stone e Blaze Fielding lideram o núcleo de resistência com o objetivo de livrar a cidade do caos e da destruição.
A jogabilidade seguia o padrão do jogo deste gênero, os personagens são capazes de andar, pular e performar combos com socos e chutes. Cada personagem possui um ataque especial que quando ativado aparece um reforço policial que lança mísseis nos oponentes presentes na tela. Pelas fases é possível coletar itens essenciais como comida, ataque especial e vida extra. Durante a jogatina era capaz também de utilizar armas brancas como bastões, facas e gás lacrimogêneo.
Os personagens tinham atributos específicos que variam de acordo com os níveis de força, pulo e velocidade. Axel Stone é um personagem focado em força mas possui pouca agilidade no pulo. Adam Stone tem força e agilidade no combate aéreo, entretanto ele demonstra lentidão ao atravessar pelo cenário. Blaze Fielding é a personagem mais rápida e ágil mas não é forte como os outros personagens. Essa distribuição dos atributos traz bastante equilíbrio na jogatina.
A ambientação neste título ficava concentrado na cidade, mas possui bastante variedade. Durante a jogatina, os protagonistas se deslocam entre becos, praias, pontes e fábricas, e todos os cenários são bem apresentados. Apesar da apresentação visual ser bem produzida, ela não possui muito detalhamento e algumas áreas parecem bem vazias e frias.
A trilha sonora dispensa comentários. Ela foi produzida pelo lendário compositor da Sega, Yuzo Koshiro. Ele explorou muito bem o potencial sonoro da Mega Drive e compôs batidas eletrônicas de estilo “dance” e “disco”. As melodias em cada fase transmitem as sensações sentidas pelos jogadores durante as lutas, o que contribui na produção de adrenalina e motivação para superar os obstáculos impostos pelas levas ininterruptas de inimigos.
Uma novidade na época que pegou os jogadores de surpresa foi a possibilidade de escolhas no final do jogo. Quando um dos protagonistas chegasse na sala do Mr. X, ele dava duas escolhas ao jogador: Se tornar um aliado ou encará-lo até a morte. Essa novidade não somente adicionou no quesito de rejogabilidade como trouxe diferentes formas do jogador refletir sobre o enredo do jogo.
O primeiro Streets of Rage se tornou um clássico do Mega Drive e seu sucesso repercutiu de forma positiva tornando-se influente na indústria de jogos. A Sega não perdeu tempo e logo no ano seguinte lançou sua sequência que prometia ampliar ainda mais os elementos exitosos do primeiro jogo.
PROS:
Jogabilidade;
Trilha sonora;
Enredo.
CONS:
Pouco detalhamento dos cenários;
Variedade limitada dos inimigos.
NOTA: ☕️☕️☕️☕️☕️
PLATAFORMAS:
Sega Mega Drive;
Sega Master System;
Sega Game Gear;
Nintendo Wii;
Nintendo 3DS;
Nintendo Switch (plataforma analisada);
Playstation 3;
Playstation 4;
Playstation Portable;
Xbox 360;
Xbox One;
iOS;
Android.
Streets of Rage é um clássico do gênero briga de rua e trouxe muita personalidade com sua trilha sonora de qualidade e ótimo sistema de combate.