Octopath Traveler e a liberdade do destino

Oito viajantes. Oito histórias. Oito caminhos que, quando trilhados juntos, levariam a um único final. Sob a alcunha de “Project Octopath Traveler”, um novo RPG para o Nintendo Switch surgiria em 2018. Desenvolvido pela Square Enix e encabeçado pelos produtores de Bravely Default, o título se destacou pelos seus gráficos, definidos como “HD-2D” que misturava o visual retrô do SNES com efeitos modernos de alta qualidade. Com uma recepção favorável, o jogo se tornou um dos grandes RPGs de turno da atualidade, tendo expandido seu alcance ao ser lançado também para PC em 2019 e conquistado novos fãs.

Dados técnicos, como o número de vendas e a nota do Metacritic, sempre impressionam. Porém, o que mais chama a atenção em Octopath Traveler é sua narrativa e o desenvolvimento dela conforme o jogo se desenrola. No início, devemos escolher um dos oito personagens jogáveis para começar a jornada, e este personagem jamais poderá ser removido da party (não até que você “zere” o jogo, pelo menos). Assim sendo, você poderá buscar os outros personagens em suas respectivas cidades, escutar suas respectivas histórias e, com a ajuda de seus companheiros, cruzar o continente de Osterra em busca de soluções para as suas tribulações. A jornada compartilhada rende algumas conversas paralelas interessantes entre membros da sua party, que dividem experiências, brincam e aconselham uns aos outros em gracejos que podem ser ouvidos em momentos específicos.

Da esquerda para a direita: Ophilia, Tressa, Alfyn, Olberic, Primrose, H’aanit, Cyrus e Therion — Reprodução/GameVicio

Apesar disso, o jogador não é obrigado a “resgatar” os oito personagens jogáveis. Na verdade, o jogador não é obrigado a nada; ele pode completar apenas a rota do seu personagem principal, ou dos seus personagens favoritos, ou da sua party favorita. É recomendado que, pelo menos, uma party de quatro personagens seja concluída para que as batalhas sejam mais justas e que o jogador não passe dificuldades. Assim sendo, o jogo lhe dá liberdade para montar, jogar e zerar da forma que preferir. Seguindo essa linha, o próprio boss final (que muitas pessoas nem sabem que existe) não é obrigatório, o que eu considero uma falha mortal nas decisões narrativas do jogo, mas isso fica para depois.

Tendo em mente esse modelo “livre” que Octopath Traveler segue, é fácil entender porque algumas pessoas não se apegaram ao jogo ou acham alguns personagens e histórias inúteis. Quando vistos de uma escala maior, narrativas épicas como as de Primrose, Olberic e Cyrus acabam agradando mais o público-geral, pois são mais “comuns” de se ver em J-RPGs do tipo. Histórias como as de Tressa, Alfyn e Therion acabam sendo menores e mais simplórias, pois valorizam o crescimento do personagem ao invés da solução para um grande problema/vingança de proporção “importante”. Assim, é comum ver pessoas reclamando no Reddit e em outros fóruns por aí que “Octopath Traveler só tem duas ou três histórias legais, o resto é uma b*sta. Nem sei porque tem tantos personagens se metade é um lixo.”

O visual do jogo é um de seus pontos fortes; o tal “HD-2D” – Reprodução/Estação Nerd

Porém, é aí que mora o erro.

Como já explicado acima, nem todas as narrativas são épicas, cheias de reviravoltas e perigos iminentes em busca de uma grande solução. Tressa quer viver uma aventura digna do diário que ela encontrou. Alfyn quer se tornar um grande apotecário e salvar pessoas, como ele mesmo foi salvo na infância. Ophilia precisa fazer uma peregrinação pela sua Igreja no lugar de sua irmã. O que essas narrativas tem de especial, se comparadas à vingança de Primrose, à justiça de Olberic ou ao complô em que Cyrus se mete? Bem, quando você descobre que todas as narrativas, sem exceção, se conectam e levam ao boss final numa história que remonta há séculos, seu queixo vai cair. Todas as histórias e personagens apresentados até aqui são parte de um plano maior, que se conecta à mitologia da região de Osterra e sua religião. Porém, para encontrar o boss final e ter acesso aos arquivos de história que explicam tudo e conectam as oito narrativas, é necessário completar todas as rotas dos oito personagens. Somente após isso, o jogador poderá realizar uma sidequest totalmente opcional e facilmente esquecível que o levará ao ápice do jogo. As recompensas por derrotá-lo não são nada excepcionais, e a batalha final exigirá que você use todos os oito personagens, divididos em dois times. Sem mais detalhes para evitar spoilers, tudo fará sentido quando você chegar aqui e enfrentar os desafios que antecedem o boss. É uma verdadeira maratona.

Existem outros segredos espalhados pelo mapa do jogo, como os hidden jobs, que são classes especiais e extremamente poderosas de um jeito quase absurdo. Estes irão requerir uma boa exploração e preparo de time para enfrentá-los, mas a recompensa é mais do que gratificante. Porém, a decisão de colocar o boss final como algo secundário e facilmente perdível não é justificada de forma alguma. Os hidden jobs foram feitos para serem um bônus, uma recompensa adicional. A conexão de todas as histórias, a explicação de tudo e a criatura que foi responsável pela existência de toda essa querela dos oito protagonistas é apenas um detalhe, algo que ficou para os guias e detonados explicarem como fazer. Isso faz com que o jogo pareça incompleto e a história pareça aleatória, e não é de se admirar. Apesar de dar o braço a torcer e admitir que é interessante e diferente o modelo “livre” de Octopath ao não exigir que o jogador faça nada de específico para zerar o jogo, talvez essa liberdade tenha sido demais ao, literalmente, reduzir o boss final à um mero detalhe.

Os oito protagonistas terem se unido para se ajudarem em suas jornadas enquanto, sem saber, faziam parte de um plano maligno que corria por trás de suas ações, torna o jogo mais crível e a relação entre eles mais estável. Afinal de contas, quando se salva o mundo com um amigo, eu diria que a relação entre eles acaba se fortalecendo.


[Café com Colonos]- Streets of Rage 3

Streets of Rage 3 é um jogo de briga de rua desenvolvido e distribuído pela Sega para o saudoso Mega Drive, no ano de 1994. Depois de chegar ao limite técnico do console, a Sega optou aprofundar o enredo na conclusão da trilogia clássica.

Depois de Mr. X ser derrotado duas vezes consecutivas pela equipe de Axel e Blaze, ele decide se ausentar por alguns anos para desenvolver uma fábrica robótica como fachada para ninguém desconfiar de seus próximos planos. Dr.Zahn, um andróide cientista especializado em robótica foi contratado para trabalhar na nova empresa de Mr.X. O andróide fica espantado com o projeto de Mr. X de desenvolver uma substância tóxica chamada “Raxine” para ser lançada na cidade. Ao saber dos planos do antagonista, Dr.Zahn decide informar Blaze Fielding sobre os novos planos de Mr. X. A veterana policial convoca logo em seguida Axel e Adam para a nova empreitada contra “O Sindicato”. Axel adere em seguida, mas mais uma vez Adam não irá participar por querer focar nas suas atribuições na polícia e manda seu irmão Sammy no seu lugar. O informante de Blaze, Dr. Zahn, foge das instalações de Mr. X, para juntar forças com a equipe de Blaze. Agora o novo quarteto parte para encarar a batalha final contra a organização criminosa de Mr.X.

Os protagonista: (da esquerda para a direita) Sammy, Dr. Zahn, Blaze Fielding e Axel Stone.

Nesse título retornou a possibilidade de ter finais diferentes. Dessa vez o final é moldado a partir de uma série de ações feitas pelo jogador ao decorrer da jornada. Além dessa novidade, agora o jogo possui cinemáticas entre os estágios para aprofundar o enredo e demonstrar a química entre os protagonistas.

Uma observação que merece ser feita é sobre as versões que o jogo possui. No seu lançamento no ocidente, a Sega da América alterou quase o jogo inteiro para adequar aos gostos do ocidente. Entre as alterações feitas estão a mudança das roupas dos protagonistas, o vestuário feminino foi alterado para não parecer provocativo, o chefe do primeiro estágio foi alterado por ser um estereótipo homossexual e a dificuldade foi elevada sendo possível fechar o final “bom” no difícil. Essas modificações alteraram drasticamente o enredo também. A versão japonesa, a que eu joguei, aborda o uso da “Raxine” nos planos de Mr. X. Na versão ocidental, essa substância foi descartada e colocaram bombas em seu lugar. Também teve alterações nos npc’s cruciais para a trama e no último estágio do jogo que não vão dar mais detalhes para não estragar a surpresa de que for jogar.

Axel batalhando com o polêmico Ash que foi excluído na versão ocidental.

A jogabilidade continua o padrão dos jogos anteriores, portanto irei mais uma vez focar nas novidades que este título trouxe. O jogo está mais veloz, agora os protagonistas podem correr e realizar rolamentos verticais. A barra de especial teve alterações foi adicionado um medidor de força que quando alerta “OK” torna possível realizar a ação sem perder vida. As armas brancas espalhadas pelo cenário possui vida, se utilizadas à exaustão elas quebrarão. A IA dos inimigos teve melhorias drásticas que os possibilitaram roubar comida do jogador, bloquear ataques e até combinar ataques ofensivos com outros inimigos na tela para atacar o protagonista. Outra adição notável foi a possibilidade de desbloquear personagens secretos. São três: Ash, exclusivo a versão japonesa, Shiva, o guarda-costa do Mr. X e Roo, o canguru lutador.

Blaze em combate contra os oponentes do primeiro estágio.

A trilha sonora composta por Yuzo Koshiro não foi aclamada como nos jogos anteriores. Neste jogo, ele optou em abusar no ritmo “hard techno” que chega em algumas ocasiões causar uma profunda irritação sonora.

Os gráficos não tiveram alterações significativas, mas as fases foram ampliadas tornando possível criar variações de cenários em cada estágio. Quanto aos inimigos grande parte deles são repetidos tendo apenas a cor de seus uniformes alteradas. Até alguns chefes do segundo jogo foram reutilizados com uma maquiagem diferente.

Apesar de não ter causado o mesmo impacto que o título anterior, ele conseguiu trazer boas inovações a franquia como a atenção dada ao enredo permitindo ter diferentes finais e a possibilidade de ver a interação entre os protagonistas. Depois desse jogo, a série ficou anos esquecidas até que foi revivida com a parceria entre a Sega e a Dotemu, em 2020, que atualizou a franquia para os consoles da nova geração.

PROS:

  • Enredo aprofundado com vários finais diferentes;
  • Novas adições nas mecânica de combate;
  • Variedade de situações em cada estágio;
  • Personagens secretos.

CONS:

  • Alterações feitas na versão original para o ocidente;
  • Trilha sonora pouca criativa;
  • Inimigos repetidos.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️

PLATAFORMAS:

  • Sega Mega Drive;
  • Game Cube;
  • Nintendo Wii;
  • Nintendo Switch (plataforma analisada);
  • Playstation 2;
  • Playstation 3;
  • Playstation 4;
  • Xbox 360;
  • Xbox One;
  • Microsoft Windows.

“Mesmo com os problemas de localização, o jogo inovou ao aprofundar a trama e melhorar a já consagrada mecânica de combate.”


[Café dos Colonos] – Streets of Rage 2

Streets of Rage 2 é um jogo de briga de rua desenvolvido e distribuído pela Sega no ano de 1992, exclusivamente para o saudoso Mega Drive. A aguardada sequência levou o console ao limite utilizando ao máximo seu processamento 16-bit.

Uma visão geral do quarteto protagonista e dos chefes que irão enfrentar durante o jogo.

A história se passa um ano depois dos eventos do primeiro jogo. Axel e Blaze pediram aposentadoria da polícia enquanto Adam continuou na instituição. Para aproveitar a aposentadoria, Axel virou segurança particular e Blaze passou a dar aulas de lambada. A vida do trio parecia tranquila até Sammy, irmão de Adam, alertar a Blaze que “O Sindicato” retornou com força total e para piorar seu irmão mais velho foi sequestrado pelo próprio Mr. X. No intuito de contribuir na operação de resgate, Sammy se junta a Axel e Blaze e ainda chama o melhor amigo de Adam, Max Thunder, que é um lutador de peso pesado. O quarteto está formado para encarar o vingativo Mr. X e devolver a paz para a população.

Apesar de não trazer a possibilidade de escolha em decisões cruciais da trama como no primeiro jogo, o enredo ficou mais extenso. A duração da campanha é maior e os cenários são mais variados, o que aumenta o escopo do jogo dando uma sensação de aventura ao jogador.

A base da jogabilidade é a mesma do primeiro, portanto neste artigo vou me atentar apenas nas principais mudanças. A principal alteração são os especiais, agora cada personagem tem uma habilidade única. Para limitar o uso de especiais, quando o personagem a utiliza sua barra de saúde diminui de forma considerável. Neste título, foi adicionado o modo batalha que é um espaço onde dois jogadores pode fazer 1×1 nos mesmos moldes de um jogo de luta. Por conta da adição desse modo, o leque de combos de cada personagem aumentou.

O jogo disponibiliza quatro lutadores à disposição do jogador dando bastante opções de combate. Axel e Blaze possuem os mesmos atributos do jogo anterior. Sammy é um lutador ágil, o que facilita a realização de combos de velocidade, mas possui pouca resistência. Max Thunder tem como característica ser um lutador de muita força física e resistente, portanto ele é bem lento deixando-o como alvo fácil para oponentes mais ágeis.

Nesta a sequência, a Sega investiu bem alto por conta do sucesso do original. O potencial do Mega Drive foi levado ao máximo. Os gráficos deram um salto gigantesco, os cenários estão mais detalhados e o número de animações por sprite ampliaram deixando os movimentos de cada personagem mais fluídos. A maior mudança visual que pode ser percebida a primeira vista é seu dimensionamento. O plano de fundo e os intérpretes foram ampliados, o que deixa nítido as melhorias gráficas efetuadas neste título.

Blaze efetuando sua habilidade especial.

Essa é uma das melhores trilhas sonoras compostas por Yuzo Koshiro. Ele estava inspirado nesta sequência e produziu melodias memoráveis, como exemplo a seção do bar no primeiro estágio. O compositor adicionou diferentes gêneros a base idealizada por ele no primeiro jogo. O acréscimo de ritmos “pop” e “jazz” contribuíram no equilíbrio de momentos de tensão e suavidade.

Streets of Rage 2 é o melhor jogo da trilogia original de Mega Drive. Sua ambição em explorar o potencial gráfico do console para expandir os elementos exitosos que fizeram o primeiro jogo sucesso merece ser prestigiado. Essas inovações o faz um título obrigatório de Mega Drive.

Batalha entre Axel e Sammy, Skate no ocidente, no modo “Duelo”.

“O nível de qualidade em todos aspectos beira a perfeição. Não é por acaso que seu reconhecimento como um dos melhores títulos de briga de rua da história”.

PROS:

  • Jogabilidade melhorada;
  • Cenários variados e vivos;
  • -Números de oponentes ampliados;
  • Melhor trilha sonora da franquia;
  • Um dos melhora gráficos do console.

CONS:

  • O enredo mais linear em comparação ao primeiro jogo.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️☕️

PLATAFORMAS:

  • Sega Mega Drive;
  • Sega Game Gear;
  • Playstation 3;
  • Playstation 4;
  • Microsoft Windows;
  • Nintendo 3DS;
  • Nintendo Switch (Plataforma analisada);
  • Xbox 360;
  • Xbox One.

[Summer Game Fest] Tony Hawk Pro Skater 1+2 Remake

Tony Hawk, o famoso skatista que aparentemente foi esquecido por muitos tweetou hoje um anúncio que provavelmente estava na lista de desejos de muitos jogadores, um Remake de Tony Hawk Pro Skater 1 e 2.

Atualmente THPS2 mantém o segundo lugar com Metascore mais alto de todos os tempos, discussões de validade de lado, é inegável que foi um jogo importante para muitos e um marco na indústria. O remake/remaster está sendo feito pelo mesmo estúdio responsável por Crash N Sanity Trilogy; Vicarious Visions.

O jogo estará disponível dia 4 de Setembro de 2020 para PS4, XB1 e PC (através da Epic Store).


[Café dos Colonos] – Streets of Rage

Streets of Rage é um jogo briga de rua desenvolvido e produzido pela Sega lançado no ano de 1991, exclusivamente para o saudoso Mega Drive. A grande inovação que o jogo trouxe para a época foi seu desenvolvimento exclusivo para plataformas caseiras. Naquele período, esse gênero fazia muito sucesso nos arcades e a Sega buscava atrair esse público para seu console de 16-bits que havia lançado a pouco tempo.

No começo da década de 90, uma metrópole que desde sua fundação vivia em harmonia e paz foi abalada por um temida organização criminosa conhecida como “O Sindicato” liderada por Mr. X. Essa organização corrompeu toda a cidade e os órgãos públicos ficaram aparelhadas a seus desígnios. Para o alívio dos seus habitantes, existiu um grupo de policiais determinados a reverter essa situação. Axel Stone, Adam Stone e Blaze Fielding lideram o núcleo de resistência com o objetivo de livrar a cidade do caos e da destruição.

Blaze logo depois de acionar seu ataque especial.

A jogabilidade seguia o padrão do jogo deste gênero, os personagens são capazes de andar, pular e performar combos com socos e chutes. Cada personagem possui um ataque especial que quando ativado aparece um reforço policial que lança mísseis nos oponentes presentes na tela. Pelas fases é possível coletar itens essenciais como comida, ataque especial e vida extra. Durante a jogatina era capaz também de utilizar armas brancas como bastões, facas e gás lacrimogêneo.

Os personagens tinham atributos específicos que variam de acordo com os níveis de força, pulo e velocidade. Axel Stone é um personagem focado em força mas possui pouca agilidade no pulo. Adam Stone tem força e agilidade no combate aéreo, entretanto ele demonstra lentidão ao atravessar pelo cenário. Blaze Fielding é a personagem mais rápida e ágil mas não é forte como os outros personagens. Essa distribuição dos atributos traz bastante equilíbrio na jogatina.

A ambientação neste título ficava concentrado na cidade, mas possui bastante variedade. Durante a jogatina, os protagonistas se deslocam entre becos, praias, pontes e fábricas, e todos os cenários são bem apresentados. Apesar da apresentação visual ser bem produzida, ela não possui muito detalhamento e algumas áreas parecem bem vazias e frias.

Axel e Blaze em uma corrida cooperativa.

A trilha sonora dispensa comentários. Ela foi produzida pelo lendário compositor da Sega, Yuzo Koshiro. Ele explorou muito bem o potencial sonoro da Mega Drive e compôs batidas eletrônicas de estilo “dance” e “disco”. As melodias em cada fase transmitem as sensações sentidas pelos jogadores durante as lutas, o que contribui na produção de adrenalina e motivação para superar os obstáculos impostos pelas levas ininterruptas de inimigos.

Uma novidade na época que pegou os jogadores de surpresa foi a possibilidade de escolhas no final do jogo. Quando um dos protagonistas chegasse na sala do Mr. X, ele dava duas escolhas ao jogador: Se tornar um aliado ou encará-lo até a morte. Essa novidade não somente adicionou no quesito de rejogabilidade como trouxe diferentes formas do jogador refletir sobre o enredo do jogo.

O primeiro Streets of Rage se tornou um clássico do Mega Drive e seu sucesso repercutiu de forma positiva tornando-se influente na indústria de jogos. A Sega não perdeu tempo e logo no ano seguinte lançou sua sequência que prometia ampliar ainda mais os elementos exitosos do primeiro jogo. 

PROS:

  • Jogabilidade;
  • Trilha sonora;
  • Enredo.

CONS:

  • Pouco detalhamento dos cenários;
  • Variedade limitada dos inimigos.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️☕️

PLATAFORMAS:

  • Sega Mega Drive;
  • Sega Master System;
  • Sega Game Gear;
  • Nintendo Wii;
  • Nintendo 3DS;
  • Nintendo Switch (plataforma analisada);
  • Playstation 3;
  • Playstation 4;
  • Playstation Portable;
  • Xbox 360;
  • Xbox One;
  • iOS;
  • Android.

Streets of Rage é um clássico do gênero briga de rua e trouxe muita personalidade com sua trilha sonora de qualidade e ótimo sistema de combate.


Inside Xbox – Todos os anúncios

Inside Xbox terá Smart Delivery e jogos otimizados para Xbox Series X

Hoje tivemos um breve Inside Xbox. Anúnciado préviamente que não conteria nenhum título exclusivo (essa edição será deixada para os meses seguintes), tivemos algumas surpresas, e alguns novos trailers de jogos já conhecidos. Em ordem de aparência:

Bright Memory Infinite

Criado com inpirações em Bulletstrom e Devil May Cry, Bright Memory pretende ser um First Person Shooter orientado para o máximo de ação possível.

O jogo já está disponível para Steam, com a atualização do Infinite sendo gratuita para donos da build atual.

DiRT 5

A conhecida franquia de rally volta para mais uma nova iteração.

Scorn

Um survival-horror em primeira pessoa desenhado ao redor da idéia de ser jogado em um mundo sem explicações ou contexto.

Chorus

Contando a história de Nara e sua nave sentiente, Forsaken, em uma jornada de redenção, Chorus é um shooter espacial previsto para 2021.

Madden 21

https://youtu.be/G8GBMVlZ4zE

Vampire the Masquerade: Bloodlines 2

Após 16 anos, finalmente teremos uma continuação para o marcante Immersive Sim baseado no RPG de mesa VtM.

Call of the Sea

Um jogo de aventura ambientado em 1930, Call of the Sea foca em exploração e puzzles para contar sua história.

The Ascent

Um top-down shooter com temática cyberpunk.

The Medium

Apresentando outro survival horror, mas esse com um foco mais no sobrenatural e o assustador, com alguns veteranos e entusiastas de Silent Hill.

Scarlet Nexus

O mais novo JRPG da Bandai Namco Studios foi revelado hoje, com um vislumbre de jogabilidade e ambientação.

Second Extinction

Um FPS cooperativo até 3 pessoas, com o objetivo de retomar a terra de dinosauros mutacionados.

Assassin’s Creed Valhalla

Um segundo trailer para o mais novo título da longa série da Ubisoft.

https://youtu.be/_2ekjt3PnSI

Zangetsu e Randomizer chegarão logo a Bloodstained

Lançado na metade do ano passado, Bloodstained Ritual of the Night revitalizou os Igavanias em uma mistura de nostalgia com algo inédito. O projeto foi financiado por fãs em 2015, e duas de várias promessas eram Zangetsu jogável e um modo Roguelike.

2

Porém, esse modo foi cancelado por ser incompatível com o código original do jogo, e então substituido por Randomizer que altera drops, localizações de itens consumíveis, armas e chaves, e até mesmo objetivo de quests, efetivamente adicionando ainda mais rejogabilidade ao jogo.

O patch gratuito está agendado para lançar simultaneamente para PS4, Xbox One e PC em 7 de Maio. A versão de Switch receberá o update até o começo de Junho, mas sem uma data específica ainda.


Streets of Rage 4 – 5 Minutos de soco sem perder amizade

Na atual geração de consoles estamos vendo vários retornos e inspirações vindo dos clássicos, sejam em remakes, continuações, ou projetos indies de homenagem aos velhos títulos. Um beat’em up conhecido como Streets of Rage com certeza é uma adição bem vinda a essa onda, um gênero amplamente ignorado por um bom tempo agora está de volta e atingindo as expectativas.

Desenvolvido pela DotEMU (uma desenvolvedora francesa com foco em remasters e relançamentos), Lizardcube (conhecida por Wonder Boy: The Dragon’s Trap) e Guard Crush Games (um estúdio independente com foco em beat’em ups); o renascimento da franquia da SEGA veio de estúdios com prestígio na área. Quando se trata de nostalgia e continuação, Streets of Rage 4 entrega quase tudo com perfeição. Os visuais 2D desenhados a mão são o balanço ideal entre visuais de alta fidelidade sem perder o charme de sprites da época. Suas animações são fluídas, sua paleta de cores e design é extremamente funcional e aditivo a jogabilidade, e falando nela, também há um balanço similar de clássico e inovação. A partir do momento que tomamos controle, o jogo passa o sentimento de Streets of Rage imediatamente, mas ainda há o que aprender e se adaptar. Especiais continuam gastando a barra de vida como de costume, mas agora é possível recuperar esse custo ao causar dano com golpes normais. Cada personagem tem acesso a habilidades distintas e se sobressaem de diferentes formas.

A trilha sonora também não decepciona seu legado, misturando as batidas clássicas com instrumentos acústicos e eletrônicos para dar um sentimento único para cada tela. O design auditivo dinâmico é perfeito para acompanhar o progresso nas telas.

https://youtu.be/kptavMAJbn8?list=PLrPlDkeGYwPmLfZwNAy5d0aVx4QO9cTXT

O maior real problema que o jogo tem é no seu conteúdo. São 12 capítulos, o que o faz o maior jogo da série messe quesito, mas fora a repetição desses estágios há pouco o que se fazer. O placar acumulado de várias tentativas serve como uma “barra de experiência” que age como um progresso para liberar personagens e alguns extras. Não há finais alternativos, rotas diferentes, modos de jogo únicos (fora um Boss Rush). A maior parte do conteúdo se concentra em Modo História ou Arcade, que funcionam de forma idêntica fora o fato que Modo História te permite salvar e continuar no caso de uma derrota.

Isso não significa que não há nada o que fazer, afinal de contas é exatamente o que todos os jogos do gênero sempre tiveram. Porém ainda é decepcionante que este lado não recebeu uma evolução que poderia o fazer se destacar do resto.

Há também alguns problemas de balanceamento na dificuldade, inimigos com Super Armor são muito mais frequentes nesse título, e para um jogo sem nenhuma habilidade defensiva como guarda, esquiva ou parry, se torna estranho lidar com esse tipo de inimigo. Posicionamento é mais importante do que nunca, e apesar de adicionar mais uma camada de habilidade a jogabilidade, ainda é algo que causa uma certa estranheza ao se adaptar.

Do lado técnico, a única falha é o netcode que causa alguns soluços quando jogado online, e um sistema que faz com que os dois jogadores voltem para o menu e percam seus respectivos progressos sem nem tentar reconectar ou continuar jogando offline.

Falando nisso, porém, vale mencionar que é um ótimo jogo para se jogar com amigos. ESPECIALMENTE com fogo amigo habilitado. (Estejam avisados, volume alto)

Sobre o port de PC

Essa seção provavelmente é mais agradável quando curta, e para Streets of Rage 4 esse é exatamente o caso. Tem suporte para controle e teclados junto com reconfigurações de botões, nenhum problema gráfico ou qualquer instabilidade. Fora a falta de suporte para Ultrawide, o port é perfeitamente estável.

PROS:

  • Um bom balanço entre nostalgia e inovação;
  • Excelente trilha sonora;
  • Controles responsivos e satisfatórios de se aprender;
  • Ótimos visuais 2D, tanto em funcionabilidade quanto beleza;
  • Modo cooperativo adiciona muito valor ao jogo.

CONS:

  • Pouco conteúdo faz com que o jogo só tenha apelo para os fãs inveterados do gênero;
  • Alguns problemas no balanceamento na dificuldade;
  • Netcode instável e um sistema de desconexão péssimo.

NOTA: ☕️☕️☕️☕️

Plataformas:

  • PC – Steam / GOG / Windows Store (plataforma analisada);
  • PlayStation 4;
  • Xbox One;
  • Nintendo Switch.

Não só a volta de um clássico, uma tentativa de fazer algo novo e evoluir. Apesar de bem sucedido na maior parte, espero que só melhore a partir daqui, pois o jogo ainda tem muito espaço para crescer.


Assassin’s Creed Valhalla – Trailer cinemático

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Após o anúncio de ontem com o desenvolvimento ao vivo da capa do mais novo Assassin’s Creed, hoje tivemos um trailer cinemático para apresentar o título própriamente dito.

Com isso agora temos a confirmação do tema nórdico junto com os valores da arte da guerra e conexões familiares, e uma breve demonstração da notória Hidden Blade. Fora isso infelizmente não temos nenhuma outra informação oficial a não ser que o título teve 7 estúdios a mais do que Odyssey trabalhando simultâneamente nele.

Mais informações e jogabilidade no próximo Inside Xbox dua 7 de Maio ao meio dia (horário de Brasília).


Indivisible finalmente chega ao Switch… Completamente silencioso

Indivisible, lançado em 2019 teve um longo período de desenvolvimento, mas foi moderadamente bem sucedido em seus objetivos. Começando a produção em 2015, uma versão para o Wii U parecia improvável enquanto o então misterioso “NX” estava para chegar. Por causa disso, o jogo inicialmente foi produzido somente para PS4, XB1 e PC, com um port para Switch vindo depois. Pouco foi dito sobre durante esse tempo, mas hoje finalmente o jogo chegou na plataforma, porém não sem seus problemas.

EI, SABEM AQUELA COISA QUE TODO MUNDO QUERIA? @IndivisibleRPG saiu AGORA MESMO digitalmente para Switch na América do Norte!

Sente como se tivesse perdido um anúncio? Você não está sozinho, nosso time descobriu por causa de pessoas no Twitter nos parabenizando! Eu não fazia idéia! Mas aí esta!

A versão de Switch de Indivisible em si está ótima, o grupo responsável pelo port fez um um trabalho excelente! Roda em framerate estável até no modo portátil. Contudo, a versão antiga que aparentemente foi lançada não tem co-op nem NG+ ou qualquer outra função recente. Eu chequei pessoalmente

Nenhum anúncio de lançamento, nada de relações públicas sequer.
Faltam funções atuais como co-op.
A arte do e-shop está com a imagem errada.

Esse lançamento não representa os padrões de qualidade da LabZero. Simplesmente não representa. Perdão. Não foi a gente.

Mas hey, pelo menos está com 20% de desconto.

Mike Zaimont, líder de projeto de Skullgirls e Indivisible.

E realmente, o lançamento não pareceu planejado ou feito com cuidado. No próprio site do jogo, mantido pela editora 505 Games o jogo nem sequer conta com uma data de lançamento para Switch.

E para somar aos vários problemas do lançamento, alguns apoiadores do projeto também nem sequer ganharam suas chaves de acesso ainda.

Zaimont prometeu um esclarecimento nos dias a seguir, mas por enquanto Indivisible está disponível para Switch digitalmente por 24 dólares, apesar de não ser o lançamento mais estável. Apesar de já ter confirmado que haverá um patch logo no primeiro dia para corrigir alguns problemas. Os conteúdos do modo co-op e NG+ ainda estão sendo trabalhados e não estará no “Day One Patch” porém.