Naruto Shippuden – Ultimate Ninja Storm 4: ROAD TO BORUTO anunciado para Nintendo Switch!

Sendo um dos títulos de maior sucesso em jogos de luta de anime, Naruto Shippuden – Ultimate Ninja Storm 4: ROAD TO BORUTO finalmente recebeu data para o Nintendo Switch, acompanhada de um trailer.

O jogo contará com todos os DLCs previamente lançados, a expansão Road to Boruto, 2 novos personagens e novas roupas para 11 personagens.

Naruto Shippuden – Ultimate Ninja Storm 4: ROAD TO BORUTO chega para o Nintendo Switch dia 24 de abril de 2020.


Segunda temporada de Kaguya-Sama — Love is War é anunciada


Sábado dia 19 de outubro o twitter do site @anime_kaguya anunciou que sairá a segunda temporada do anime kaguya-sama: Love is War, mas sem uma data prevista.

A primeira temporada contém 12 episódios que contam a história de dois jovens Miyuki Shirogane presidente do grêmio estudantil considerado um gênio por possuir as maiores notas do país e Shinomiya Kaguya a vice presidente do conselho estudantil, herdeira do maior e mais rico conglomerado do país, além de sua beleza e inteligência que a fazem popular. Devido a convivência ambos se apaixonam, mas o orgulho é maior fazendo entrarem em uma disputa para quem confessa seu sentimento primeiro, já que nenhum é capaz de assumir o amor por achar que seja submissão e assim se faz ‘’amor é guerra’’.

Kaguya-sama: Love is War uma série de mangá dirigida e ilustrada por Aka Akasaka foi lançado em 19 de maio 2015 lançado pela revista Miracle Jump e futuramente trocando por Weekly Young Jump em 24 de março de 2016.

A adaptação da série em anime foi anunciada pela Shueisha em 1 de junho de 2018, produzida pelo estúdio A1- pictures. Dirigido por Mamoru Hatakeyama e escrita por Yasuhiro Nakanishi os desenhos dos personagens por Yuuko Yahiro, Jin Aketagawa diretor de som e Kei Haneoka na composição musical. O anime foi Lançado em 19 de janeiro de 2019. Shueisha anunciou uma adaptação de live action em fevereiro de 2019, lançado em setembro de 2019 no Japão.

Com as vendas do mangá em mais de 6 milhões até abril,  sendo um sucesso e muito aclamado pelos fãs, estamos todos ansiosos para a nova temporada do anime e saber o que mais vem por aí nessa disputa do amor.



Japan Sinks: 2020 | Novo anime da Netflix com diretor de Devilman

A Netflix anunciou um novo anime original: Japan Sinks: 2020. Animação que será produzida pelo estúdio Science Saru (Komi to, Nani ni Notetara) e tera a direção de Masaaki Yuasa (Devilman: Crybaby, Hora de Aventura).

Anime que contará com 10 episódios e tem sua estreia para 2020.

A história ocorre logo após as Olimpíadas de Tóquio, onde um grande terremoto atinge o Japão. Colocando a prova os laços da família Mutou, passando por condições de vida ou morte.

Japan Sinks começou a ser publicado em 1973, e inspirou dois filmes live-action, uma série live-action e duas adaptações em mangá.


Kimetsu no Yaiba (Demon Slayer) — Uma obra que se destacou por sua pureza

O anime Kimetsu no Yaiba, também chamado de Demon Slayer, é a adaptação de um mangá shōnen, publicado na Weekly Shōnen Jump desde 15 de fevereiro de 2016, escrito e ilustrado pela mangaká Gotouge Koyoharu

Com um total de 26 episódios a animação esteve a cargo do famoso estúdio Ufotable, responsável por trabalhos incríveis como Tales of Zestiria the X, Fate/Zero e Fate/Stay Night: Unlimited Blade Works. Na staff do anime, temos nomes conhecidos do estúdio, como Haruo Sotozaki na direção e Masashi Takeuchi, Takashi Suhara, Toshiyuki Shirai e Yoshiaki Kawajiri como roteiristas. Na parte musical, elemento de grande destaque e elogiável do anime, Yuki Kajiura, Go Shiina e a conhecida cantora LISA

A história segue os passos de Tanjiro Kamado, um jovem e comum garoto vendedor de carvão o qual após um dia de trabalho ao retornar para casa se depara com toda sua família morta. O responsável por tal atrocidade? Um demônio, Muzan Kibutsuji, principal vilão da obra. Mas para surpresa de Tanjiro, sua irmã mais nova, Nezuko Kamado havia sobrevivido, no entanto também havia se transformado em um demônio, mas Nezuko era diferente, a partir daí Tanjiro passou a ter como missão encontrar a cura para sua irmã e impedir que outras famílias passem pelo mesmo, como consequência disso, ele se juntou a Ki-satsutai.

Tanjiro Kamado

Personagem principal da obra, de início era um garoto comum que vivia na montanha com sua família. Mas tudo mudou após sua família ser morta por um demônio. Desde esse dia, Kamado passou por um duro treinamento no Monte Sagiri sob a supervisão do Urokodaki Sakonji, a fim de se tornar um caçador de demônios para, assim, conseguir ir atrás do responsável pela morte dos seus familiares e buscar uma forma de fazer com que sua irmã retorne a ser humana. Tanjiro é um personagem extremamente bondoso e gentil, com disposição para ajudar todos a sua volta, inclusive possui compaixão por diversos onis, sendo essa a característica mais notável.

Nezuko Kamado

Nezuko é a protagonista feminina e irmã mais velha do Tanjirō, sendo a única familiar dele a sobreviver ao ataque feito a sua casa pelos oni, pois não foi devorada, mas sim recebeu o sangue de Muzan Kibutsuji, assim, transformando-se em um ser dessa mesma espécie. Diferentemente dos demais oni, Nezuko não devora humanos, ao invés disso, recupera suas forças dormindo. Ela se manteve uma garota carinhosa e calma, diferente dos outros onis, ainda assim um pouco infantil em alguns momentos. Extremamente protetora com seu irmão, mas não somente com ele, mas com qualquer outro ser que precise ser protegido.

Zenitsu Agatsuma

Zenitsu é um espadachim caçador de demônios e faz parte do Corpo de Matança Demoníaca. Caracteriza-se principalmente por sua personalidade medrosa, sua baixa autoestima, sua paixão por Nezuko e pela incrível capacidade técnica em batalha, porém, a sua força máxima aparece somente quando ele entra em colapso devido ao medo por estar correndo algum risco, no caso um sonâmbulo extremamente forte.

Inosuke Hashibira

Esse peculiar personagem se destaca tanto por suas habilidades como espadachim quanto por seu visual rústico e distinto do padrão dos caçadores: ele usa uma cabeça de javali cinzento cobrindo seu rosto. É um tanto quanto infantil, inocente e arrogante, muito disso devido ao seu acesso restrito ao “mundo humano” quando jovem. Possui um grande ímpeto para lutas com pessoas mais poderosas do que ele, sendo esse o seu maior passatempo.

Muzan Kibutsuji

Principal violão da obra. No passado, Kibutsuji era um humano, todavia, graças a uma doença terminal, acabou ingerindo um medicamento dado pelo seu médico a fim de conseguir ser curado, no entanto o remédio só passou a fazer efeito após começar a matar pessoas, o que o tornou um demônio. Líder dos onis, primeiro que surgiu e o responsável pela transformação de humanos nesses seres ao dar a eles o seu próprio sangue. Muzan é extremamente temido pelos seus subordinados, sendo uma figura cruel e impiedosa, o que pode ser notado em seus diversos atos durante a obra.

A história de Kimetsu no Yaiba se passa em um tempo distante no Japão, a era Taishō, durando de 30 de julho de 1912 a 25 de dezembro de 1926. Com isso, a realidade e a ficção se misturam um pouco e alguns elementos na obra possuem em sua essência características antiquadas. O design dos intérpretes é conveniente ao tempo em que se passa, mas, os protagonistas, detêm destacáveis peculiaridades nas cores, sendo vivas e distintas de personagens secundários ou figurantes.

Na questão técnica do anime, a animação é simplesmente incrível, sendo um ótimo trabalho feito pela Ufotable, a computação gráfica vem sempre em na hora certa, muita das vezes entregando um toque de realismo, entregando cenas 2D e até mesmo algumas em 3D, o que torna a obra bem diferente do que estamos acostumados a ver. Kimetsu no Yaiba sempre receberá elogios pela sua animação.

Quanto a trilha sonora, outra maravilha do anime, tanto a OST quanto a opening e ending são incríveis, bem encaixadas em cada situação específica. Todo o anime possui uma opening (chamada “Gurenge” — “Lótus Vermelha”, da LiSA) e uma ending (“From the Edge”, de FictionJunction e LiSA, novamente), nem um pouco enjoativo. O episódio 19 possuiu um encerramento diferente, chamado “Kamado Tanjirō no Uta”. Cada música é minuciosamente escolhida para cada momento, o que faz o telespectador se entusiasmar e entrar no clima de cada cena. Em suma, Kimetsu no Yaiba é um anime ótimo.

De modo geral, o anime possui ótimos aspectos, como animação, trilha sonora e diversidade. O enredo de Kimetsu no Yaiba consegue prender o espectador, fazendo com que espere ansioso pelos próximos episódios ou que não aguente e procure pelo mangá.


Dr. Stone | Divulgado trailer da segunda parte da temporada do anime

A TOHO animation divulgou o trailer da segunda parte da temporada do anime de Dr. Stone, adaptação do mangá escrito por Riichiro Inagaki e Ilustrado por Boichi.

No trailer podemos ver uma pequena parte da nova opening e ending do anime.

A animação está a cargo da TMS Entertainment, contando com 24 episódios. 

Dr. Stone foi o vencedor do 64º Prêmio Mangá da Shogakukan na categoria Shonen, tradicional prêmio da indústria japonesa de mangás.

O mangá é publicado no Brasil pela Editora Panini. Dr. Stone é transmitido pela Crunchyroll.


Boku no Hero Academia — Você também pode ser um herói

Boku no Hero é um anime adaptado para anime pelo Studio Bones. Até o momento a série conta com três temporadas e um filme chamado Boku no Hero Academia – Futari no Hero, que vale muito a pena ver. E se você nunca viu o anime, ele pode servir como uma bela porta de entrada. Inclusive o filme também já possui uma versão dublada em português pela Sato Company.

© Boku no Hero/Bones

O anime de Boku no Hero conta a história do jovem Midoriya e sua jornada para se tornar um grande herói.

A questão é que o protagonista não nasce com uma individualidade, em um mundo onde 80% da população mundial possui individualidades. Toda a história gira em torno do Deku e sua luta para que um dia ele consiga ser aquilo que sempre sonhou: um herói de verdade, assim como All Might, seu ídolo.

© Boku no Hero/Bones

Deku sempre sofreu muito por não ter nenhum tipo de poder especial. Nem mesmo sua mãe tinha esperanças que algum dia ele iria desenvolver a sua individualidade.

Até que um dia, por ironia do destino ele entra em apuros e All Might aparece para salvá-lo. Midoriya fica fascinado e pergunta para ele se poderia virar um herói mesmo sem ter nenhum poder – sendo respondido que não, que o jovem deveria encarar os fatos e aceitar a realidade. Por conveniência do destino, depois de um tempo os dois se encontram novamente, só que dessa vez o herói número um se depara com Deku tentando salvar seu “amigo” Bakugou mesmo não tendo nenhuma habilidade e sem hesitar nenhum pouco. E é a partir desse ponto, que a história do protagonista muda completamente.

All Might decidi criar o jovem garoto e passar seu poder chamado One for All para ele, pois segundo ele, Izuku tinha aquilo que um verdadeiro herói deve ter: a vontade de salvar outra pessoa sem nem mesmo antes pensar duas vezes.

© Boku no Hero/Bones

O anime todo é sobre a construção do sonho do Midoriya. Além disso, a obra apresenta um atmosfera bastante rica e um universo variado com os mais diversos tipos de heróis.

Geralmente quando falamos em heróis, a primeira coisa que vem em nossas cabeças são os da Marvel e DC Comics, mas estes não são os únicos que existem.

© Boku no Hero/Bones

Em Boku no Hero, um anime que conta a história de Izuku Midoriya existem heróis com os mais variados tipos de poderes possíveis. Eles são divididos em três categorias:

  • EMISSORAS

One for All do Midoriya. Uma habilidade que aumenta drasticamente a força, velocidade e resistência de uma pessoa. Podendo ser passado para outros por meio de algum material que possua o DNA do portador.

Voice, habilidade do Hizashi Yamada que aumenta a amplitude da voz do usuário e faz com que os ouvidos de quem escuta, sangrem.

Half-Cold Half-Hot, poder do Todoroki que permite a manipulação de dois elementos: fogo e gelo, porém ambos devem estar em sintonia para que o portador não acabe prejudicado.

  • TRANSFORMAÇÕES

Gingantification, poder da Mount Lady que faz com que ela cresça 20 metros e 62 centímetros.

Ploriferação, em que o portador é o All for One, o maior pesadelo de All Might. Esse poder torna possível nascer vários braços no corpo desse vilão.

Recuperação de Chiyo Suuzenji, que permite com que o usuário cure com um beijo as feridas. Podendo gastar muita energia, depende do grau do ferimento.

  • MUTANTES

Earphone Jack de Kyouka Jirou. Capaz de escutar qualquer som em longas distâncias e ampliar as batidas do seu coração até causar uma enorme explosão.

Frog de Tsuyu Asui. Um poder que faz com que o usuário tenha os poderes de um sapo em níveis ampliados.

Transparency habilidade de Tooru Hagakure que faz com que ela fique invisível. Porém é algo que não dá pra desfazer, sendo impossível algum dia ela mostrar sua aparência.

Essas são apenas algumas das diversas individualidades dos heróis de Boku no Hero. Podemos perceber o quão criativas elas são.

Acima de tudo, uma das coisas mais importantes é a mensagem da obra sobre sonhos. Às vezes tudo que precisamos é de alguém que acredite neles e nos diga que somos capazes realizá-los. Por mais que em certos casos pareça impossível.

Tudo aquilo que o All Might representou e fez para o Deku é algo incomparável. Se não fosse por ele, o nosso querido protagonista jamais teria entrado para a U.A..

© Boku no Hero/Bones

Ser um herói para o grande All Might é simplesmente ter a capacidade e empatia de ser importar com outro ser vivo e o ajudar. Então nunca se esqueça, você também pode ser um!

Outro ponto que ganha bastante destaque na animação é a trilha sonora esplêndida.

https://www.youtube.com/watch?v=-j4LVcY7_zc

Naquele dia, a sua voz
Queria dizer algo, porém não disse
Se eu cantar aos céus
Jogue fora seus arrependimentos
É inevitável, é inevitável
Se livre do que não vale a pena carregar
E então continue lutando!

O acontecimento mais feliz do ano é que na temporada do outubro nortenho teremos a quarta temporada de Boku no Hero Academia, começando dia 12 de outubro!

Vocês estão ansiosos?


ERASED — Suspense e investigação com uma pitada de sobrenatural

Uma pergunta constante que me faço é “até onde as mídias de consumo são capazes de contar uma história com perfeição?”

Às vezes encontramos filmes que dariam bons livros, séries que dariam bons filmes… Nesses casos, concluímos que há uma forma melhor, mais efetiva de se contar determinada história do que a mídia original na qual a consumimos.

Ao me deparar com Erased (“Boku dake ga Inai Machi”, como é conhecido no Japão, e se traduz como “A cidade onde apenas eu não existo”), fiquei cativada pelo peso da história e a forma poética com a qual foi representada na animação do Studio A-1 Pictures, adaptada do mangá original de Kei Sanbe.

A história acompanha Fujinuma Satoru, um homem de 29 anos que trabalha como entregador de pizza após ter fracassado ao tentar se tornar mangaká. Satoru, porém, não é um homem comum; ele é capaz de voltar alguns segundos no tempo usando o que chama de “Revival”, sempre que uma tragédia iminente se aproxima de sua localização.

Satoru e Airi, sua colega de trabalho na pizzaria

Assim, somos introduzidos ao “poder sobrenatural” de Satoru que, depois de uma fatalidade, acaba voltando 13 anos no tempo, aos seus 11 anos de idade. Através do Revival, ele retorna à infância e precisa resolver a maior tragédia de sua vida, um crime que marcou à ele e todos que conhecia em sua juventude.

Com o conhecimento básico da história, pois aqui evitei dar spoilers à todo custo, seguiremos com os pontos positivos da obra, os quais ela tem de sobra.

A narrativa intrigante, que envolve elementos pesados como abuso infantil e até homicídio, tem elementos de fantasia, mistério e suspense que prendem a atenção do espectador e se encaixam de forma louvável.

Mesmo os mais durões se emocionarão e prenderão a respiração ao acompanhar Satoru em sua investigação cheia de reviravoltas e sustos em busca do serial killer que traumatizou nosso protagonista e seus colegas. Com delicadeza e sensibilidade, os socos no estômago dados pelos plot twists são ainda mais chocantes.

As crianças são o foco da maior parte da narrativa

Acompanhando o enredo, e complementando-o, há o desenvolvimento primoroso dos personagens. Como a maioria deles são crianças, e a história envolve investigações e crimes hediondos, é comum se sentir um pouco “incomodado” e imaginar como um bando de crianças de 10 anos pode encontrar e sabotar os planos de um criminoso desconhecido… Porém, a mente adulta de Satoru e seu conhecimento do futuro são a vantagem suprema das crianças, e como ele é o “pivô” da revolução, convencendo os amigos e unindo todos no mesmo ideal, fica sob sua responsabilidade planejar os contra-ataques ao criminoso.

É graças ao esforço de Satoru em manter os amigos à salvo que o próprio Satory se torna mais esforçado e corajoso (como seu super-herói favorito da infância), e seus amigos saem da zona de conforto que era uma bênção da ignorância de sua juventude, crescendo e se tornando mais empáticos. O esforço das crianças em proteger umas às outras, em estenderem a mão e se apoiarem, mesmo sem terem a real noção do perigo que as cerca (ou, no caso de Kayo, tendo noção do perigo e o risco que corria todos os dias), forma uma corrente de amor e apoio que emociona e inspira o espectador.

Fujinuma Sachiko, mãe de Satoru e uma das melhores representações maternas nos animes

Nossa recomendação, por fim, é que os três últimos episódios do anime sejam assistidos de uma só vez. O ritmo acelera e todos os conflitos caminham para o encerramento. Logo, o impacto será maior ao acompanhar de uma só vez.

Com a abertura pelo clássico Asian Kung-Fu Generation e encerramento por Sayuri, Erased é uma obra que surpreende pela forma sensível com a qual lida com temas pesados enquanto cria uma atmosfera de suspense e investigação regada à fantasia. Com personagens carismáticos e importantes, os altos e baixos pegarão o espectador de surpresa, prendendo sua atenção até o último segundo. Disponível no Crunchyroll, Erased também foi adaptado para um live-action de 12 episódios e um filme, bem como uma light novel.


Quando seu nome significa solidão e sua meta de vida é conquistar amigos — Hitori Bocchi no Marumaru Seikatsu

Animes do gênero slice of life sempre tem um lugar especial no nosso coração.

Na minha adolescência, obras como Lucky Star, K-On e Azumanga Daioh foram essenciais para formar meu gosto pessoal e me fazer dar risadas em
momentos de cansaço e tristeza. Até hoje, este gênero querido tem a mesma função pra mim: trazer um pouco de luz quando meu coração está pesado.

Assim sendo, eu constantemente busco novas obras do gênero e, em minha
última busca, encontrei uma menção no Twitter sobre uma obra tranquila,
divertidinha e agradável: Hitoribocchi no Marumaru seikatsu (“A Vida de Hitori Bocchi” ou “A vida que se vive só”, em tradução livre.

Hitoribocchi, para simplificar, é originalmente um mangá da autoria de Katsuwo, que foi lançado em 2013. A adaptação para anime surgiu em 2019, no formato comum de 12 episódios, animado pelo estúdio C2C. A história acompanha Hitori Bocchi (nome derivado da expressão japonesa “hitoribocchi”, que significa “completamente só” em tradução livre), uma garota tímida que precisa mudar de escola e se afastar da única melhor amiga, Kai-chan. Kai decide “terminar” a amizade das duas e diz a Bocchi que só voltará a ser sua amiga se Bocchi conseguir conquistar a amizade de todos os seus novos colegas de turma. A estratégia de Kai é para que Bocchi tenha uma motivação de fazer novos amigos, apesar da timidez e ansiedade social da menina. Assim, acompanhamos Bocchi e sua personalidade sensível em sua jornada para conhecer e conquistar novos amigos, o que ela consegue com muito esforço, lágrimas e… vômito. A pobre Bocchi acaba vomitando quando fica muito nervosa, ou seja, sempre que precisa conversar com desconhecidos.

O ritmo no qual a obra se desenvolve é tranquilo e confortável, com muito
espaço para o desenvolvimento da amizade entre as personagens. Uma à
uma, Bocchi vai conquistando novas amigas e, interagindo com elas, a
protagonista se desenvolve e cria mais confiança. Os episódios em sua maioria focam na vida escolar das meninas, com poucos dedicados à passeios ou algo do gênero. Assim, o passo constante da obra, tal qual a própria vida, é um sopro de tranquilidade nas nossas rotinas tão corridas. É um tranquilizante para a inquietude.

O esforço de Bocchi para superar suas dificuldades e cumprir a promessa feita à melhor amiga é inspirador. Totalmente consciente de sua fraqueza, mas persistente em continuar tentando, apesar das adversidades, ela segue em frente com o coração cheio de esperança. Todos que já passaram por
situações semelhantes ou que possuem algum nível de ansiedade social se
relacionarão com esta jornada e os percalços que compõe nossas tentativas de crescer e sair da zona de conforto. 

Se você busca um anime leve, com a dose certa de emoção e comédia,
considere conferir Hitoribocchi no Marumaruseikatsu, disponível completo no Crunchyroll. A obra tem um efeito “anti-depressivo” que provavelmente afastará até mesmo as bads mais pesadas e fará um sorriso brotar no canto do seu rosto.


Death Note e o valor da vida humana

O anime Death Note traz diferentes formas de se estudar a sociedade em que vivemos. 

Seus personagens e a atmosfera em que estão imersos leva ao público questionar o seu arredor. Em cada momento da série traz diferentes aspectos que refletem nossa realidade. Uma das principais discussões que traz é a respeito da justiça e o valor da vida humana. A personificação desses sentimentos podem ser vistos em seus dois protagonistas. 

A trama do anime se inicia quando Raito (Light) encontra o caderno da morte do shinigami Ryuko. O caderno dava a possibilidade a Raito de matar suas vítimas ao escrever o nome delas no caderno. Entretanto tinha certas condições para que isso se concretiza-se, o dono do caderno teria que saber o nome e o rosto da vítima. Ao saber dessas informações, Raito decide usar o caderno para atingir uma utopia onde somente as pessoas puras poderiam gerar uma coexistência frutífera para a humanidade. A ideia de purificar o mundo exterminando qualquer tipo de ação que ele considerasse como impróprio a sua visão. Com isso, Raito dedicou seus primeiros meses com o caderno para matar prisioneiros e criminosos que apareciam na tv como forma de alcançar seu ideal, mas suas ações não passaram despercebidas. 

Quando o número de mortes chegou a um momento crítico a Interpol passou a investigar o caso. O detetive que seria responsável pelas investigações era conhecido como L. Ninguém sabia seu verdadeiro nome e raramente aparecia em público. Ele era considerado o melhor detetive do mundo por conta de sua inteligência e sua sofisticada habilidade de dedução. No momento em que tomou as rédeas do caso ele conseguiu desvendar que o assassino estava no Japão e se ofereceu pessoalmente a ajudar a polícia japonesa no caso.

L estava disposto a capturar o assassino a qualquer custo em nome da justiça. A partir deste o momento o anime se tornou um combate entre essas duas visões sobre justiça e o valor das vidas humanas. 

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L e Light, ou Kira, encarando a Justiça.

O embate protagonizado por esses dois personagens mostra os dilemas enfrentados atualmente. A contínua sensação de evolução que ao mesmo tempo alimenta suas contradições com o crescimento das desigualdades sociais levou a sociedade a questionar se essa realidade poderia ser alcançadas. Esses fatores deixaram as pessoas descrentes e inaptas a pensarem a uma forma de contornar isso. O aumento da sensação de violência tanto nos conflitos do cotidiano quanto em grandes guerras mecanizadas destacam essa sensação de desolação. No meio deste sentimento, o personagem Raito tenta tirar proveito com o caderno de Ryuko. 

Raito se considerava o garoto mais inteligente do Japão e muitos o viam como o futuro do país. Esse cenário fortalecia Raito a buscar a fazer as coisas à sua maneira. Ele possuía um grau de psicopatia e manipulava todos ao seu redor. Quando se deparou com o caderno viu como uma oportunidade de moldar o mundo ao seu bel-prazer. Para purificar o mundo de todo o sofrimento viu como solução assassinar todos aqueles que possuíam transtornos mentais e histórico de violência. Somente com a limpeza dessas pessoas poderia trazer esperança novamente a humanidade. As ações de Raito formou uma legião de seguidores que compartilham essa visão de mundo. A medida que Raito matava mais pessoas o defendia justificando suas ações para o bem comum. 

No momento em que L surge na trama ele traz aquela concepção clássica de justiça. Oposta a percepção justiceira de Raito, ele acredita no trabalho das instituições para realizar a verdadeira justiça, aquela em que os fatos são julgados de forma imparcial com intuito de promover uma decisão justa sem que cada lado da ação seja beneficiada. Dentro desta percepção, L procura todos os meios legais para provar que Raito está por trás dos assassinatos. Desde o início ele sabia que Raito era o culpado mesmo assim nunca tomou uma medida precipitada. Em todas as ocasiões, L buscou investigar todos os aspectos em torno de Raito para produzir evidências esclarecedoras. Enquanto Raito apelava para a violência para impedir qualquer avanço nas investigações, L sempre procurou jogar limpo para alcançar a qualquer custo a justiça. 

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L encarando Kira, julgando-o mentalmente.

Essa relação entre os dois personagens evidenciam a complexidade do momento em que vivemos. Enquanto alguns buscam a justiça com as próprias mãos outros insistem em almejá-la por meios legais. No fundo todos querem justiça mas a forma de chegar até ela é o grande divisor dentro da sociedade. 

A obra em nenhum momento procura julgar a moral dos personagens. A ausência deste fator torna suscetível ao espectador analisar de forma mais ampla as ações dos personagens sem cair em obstáculos morais. A intuição por trás disso está na possibilidade de discutir estas questões que geralmente passam despercebidas ou não são comentadas no dia a dia. 

A série pode servir de exemplo para questionar a realidade em que vivemos que a cada momento a violência está sendo normalizada no cotidiano sendo usado até pelos nossos representantes como justificativas para solucionar problemas. Em situações como essas tornam o sentimento de viver algo instável e vazio, o que permite o florescimento de cenários de conflitos dentro do cotidiano. Nesse período tão confuso, o sentimento de justiça precisa ser discutido para alcançarmos uma sociedade mais justa e valorizar a vida humana.