One Punch Man: A Hero Nobody Knows — Análise do beta

One Punch Man: A Hero Nobody Knows Beta, um jogo de luta distribuído pela Spike Chunsoft, e publicado pela Bandai Namco – o jogo é inspirado no universo do anime/mangá One Punch Man, onde a história segue o protagonista Saitama que consegue derrotar qualquer vilão com apenas um soco.

Por se tratar de uma versão Beta, foram disponibilizados 2 avatares predefinidos com as habilidades de variados personagens, para que assim fosse possível andar pelo lobby do jogo, onde havia alguns NPCs interativos, mas somente um NPC estava disponível onde você podia escolher entre os 4 modos de jogos. Entre eles o modo de tutorial, versus CPU, online com o personagem Saitama e o online sem o personagem Saitama.

As lutas consistiam em 3 personagens para cada jogador, estavam liberados o total de 9 personagens, sendo eles: O seu Avatar, Saitama, Genos, Tornado do terror, Silverfang, Cavaleiro sem licença, Atomic samurai, Sonic Velocidade do Som e o Rei do mar profundo, as batalhas podiam ocorrer em 3 mapas diferentes.

O sistema de batalha é consistido em lutas em grupo de 3×3, sendo que caso o personagem Saitama fosse escolhido, ele chegaria atrasado 270 segundo na luta, podendo diminuir mais rápido esse tempo, com algumas performances durante a luta, ou pegando algumas caixas que vinham de drone. As listas de comando de todos os personagens são iguais, porém mudando os efeitos para cada personagem, também contanto um especial para cada personagem, onde a animação de finalização é sem dúvidas espetaculares.

Com esse sistema de batalha, o jogo ficou mais didático, assim chamando atenção de jogadores que não são acostumados com jogos de luta, sem contar a variedade das habilidades e combinações, fazendo você querer testar cada habilidade de cada personagem em várias situações possíveis.

Durante as batalhas ocorrem eventos que emitem um sistema de alerta com um contador, quando termina o contador o evento acontece, os eventos são, heróis dando uma passada e batendo em um dos dois jogadores, meteoros caindo fazendo uma explosão e dando dano em quem estiver perto, ou o primeiro vilão, o toupeira enterrando um dos jogadores, entre outros eventos.

O modo online estava funcionando perfeitamente, com pouco tempo de espera para achar um adversário, e as batalhas não tiveram nenhum problema com lag. Os gráficos durante as batalhas estavam bonitos, somente no lobby do jogo o contraste entre o personagem e fundo pecava um pouco.

Sobre o personagem Saitama, por ele derrotar o oponente com apenas 1 soco, não ficou desbalanceado, o sistema de tempo para chegada do herói fui muito bem construído, dando tempo suficiente para o oponente te derrotar. Porém após a chegada dele, somente outro Saitama para derrota-lo. As características marcantes de cada personagem também foram introduzidas dentro do jogo, fazendo você se divertir com as falas, habilidades, gestos entre outras características.

Se trabalhado bem, o jogo tem um destino promissor, com amplos cenários e personagens para o PvP, e ficamos no aguardo do modo história para o que mais o jogo tem a agregar.


Pantsu Hunter: Back to the 90s — Uma visual novel divertida com uma atmosfera incrível

Entre as chaves que recebemos, uma que chamou atenção foi Pantsu Hunter: Back to 90s. Apesar de inicialmente parecer um shovelware ecchi, decidi dar uma chance para o título.

A premissa de Pantsu Hunter é ser um visual novel point and click sobre um jovem adulto sexualmente frustrado que busca encontrar a garota de seus sonhos – e irá analisar qual a melhor candidata por suas respectivas roupas íntimas.

Neste jogo a temática busca voltar para a estética dos anos 90 de animes como Sailor Moon, Yu Yu Hakusho e outros. Aqui temos toda a estética e mundo construídos neste esquema, além de design de personagens e diálogos vivos e bem dublados.

Pantsu Hunter tem uma boa trilha sonora e sua apresentação é incrivelmente bem feita. Seus maiores problemas são encontrados em partes técnicas, estas que não atrapalham o seguimento do jogo em grande margem.

O jogo possui cinco rotas, as quais são liberadas de acordo com a progressão. Cada rota possui múltiplos finais, estes que são cômicos, variados e as vezes desnecessariamente aleatórios. O objetivo de cada rota é ter um encontro amoroso com a garota daquela história e coletar informações sobre a mesma baseada no padrão de roupas íntimas das mesmas.

Apesar da conotação sexual, o jogo é extremamente inocente. Cada personagem é único e carismático e genuinamente são bem representados dentro de seus contextos.

A jogabilidade point and click não é mal colocada – você busca ferramentas, auxilia os demais personagens a realizarem tarefas de diversos tipos e também de criativas maneiras.

Ao finalizar uma rota, você é obrigado a voltar pro menu principal. Caso deseje refazer a rota para buscar finais diferentes terá que repetir muitas ações, o que quebra um pouco a imersão e deixa o jogo repetitivo. Apesar disso, a quantidade grandiosa de finais compensa isto, que poderia ser facilmente corrigido com um sistema de saves.

O maior problema verdadeiramente desse jogo é a tradução de textos. É estranho uma dublagem tão boa estar acompanhada de textos que parece que foram traduzidos por alguém que não é fluente.

Pros:

  • Arte;
  • Personagens;
  • Atmosfera;
  • Rejogabilidade.

Cons:

  • Repetitividade para alcançar certos finais;
  • Localização.

Nota: ☕️☕️☕️/5

Plataformas:

  • PC/Mac/Linux;
  • Switch (plataforma analisada, chave concedida por Ascension Dream);
  • PS4;
  • Vita.

Pantsu Hunter: Back to the 90s foi uma divertida surpresa. O carinho que tiveram com a estética e atmosfera japonesa dos anos 90 não é de se destacar e o resto do jogo faz por onde. Não é uma Visual Novel muito complexo mas fãs do estilo vão adorar!


Atelier Ryza: Ever Darkness & the Secret Hideout teve um lançamento acima das expectativas!

Atelier Ryza: Ever Darkness & the Secret Hideout teve seu lançamento dado neste 29 de outubro de 2019.

O jogo se trata sobre a aventura de Ryza e seus amigos na beira da vida adulta, descobrindo o que é mais importante para eles em seu “atelier” secreto e viajando para uma ilha proibida.

O jogo é um RPG com combate, exploração e progressão profundos e teve excelente recepção em seu lançamento. Com protagonistas carismáticos, confiram o trailer de lançamento:

Na compra para PS4 ou Switch, você ganha o bônus de pré-venda da roupa de verão para a Ryza até o dia 15 de novembro. Para a Steam, você o recebe até dia 12 de novembro.

Atelier Ryza está disponível para Nintendo Switch, Playstation 4 e Steam desde o dia 29 de outubro.


Toby Fox anuncia composição para Pokémon Sword e Shield

Foi anunciado no perfil de Toby Fox no Twitter, criador de Undertale e compositor de Little Town Hero, que este também compôs uma música não anunciada para Pokémon Sword e Shield.

A música vazou no YouTube e pode ser encontrada também nas redes sociais.

(Não divulgaremos por razões de direitos autorais)


Xenoblade Chronicles 2 e a terapia do mundo aberto

Comecei a jogar Xenoblade Chronicles 2 em 2019, quando comprei o jogo de um amigo que estava frustrado com ele e decidiu passá-lo adiante. Este amigo fez críticas severas ao jogo, o que toldou a minha visão sobre a obra e me fez torcer o nariz quando ele o ofereceu para que eu testasse. Porém, algo me impeliu a aceitar a oferta e dar uma chance. Não sei bem o que me levou a isso; talvez tenha sido a curiosidade que a teimosia cria quando alguém diz que algo é ruim e você quer provar um pouquinho com as próprias mãos pra ter certeza.

E nossa, que bom que eu cedi à minha própria teimosia.

Eu já conhecia Rex e Pyra de vista pelos memes e pedidos de entrada deles no Super Smash Bros. Ultimate. Da mesma forma, tudo o que eu conhecia sobre Xenoblade, no geral, era o Shulk, personagem jogável no Super Smash Bros. for Wii U/3DS. Assim, no escuro, comecei minha jornada acompanhando Rex e Gramps enquanto milhares de tutoriais eram jogados sobre mim (sério, pra quê tantos?) e o mundo aberto se abria diante dos meus olhos.

Rex e Pyra, a dupla dinâmica (eu sei que depois eles encontram a outra Blade e tal mas olha pra esses dois! Muita química entre eles.)

Já me era sabido que The Legend of Zelda: Breath of the Wild foi produzido, em parte, pelas mãos da Monolith Soft. A empresa, mesma responsável por Xenoblade Chronicles 2, trabalhou no mundo aberto de BOTW com esmero: planícies, cumes gelados, desertos, florestas, estradas… O sopro de vida que torna BOTW tão único, já que o desbravamento do mundo é grande foco do jogo em si e é um registro da história que abalou Hyrule e apenas vemos através de flashbacks, é mérito desta equipe. Assim, ao desbravar Xenoblade 2, tive a mesmíssima sensação de quando desbravei BOTW: liberdade e curiosidade.

Os longos mapas repletos de pontos de extração eram extremamente divertidos de explorar e buscar. Liberar cada nova localização, elegantemente destacada na tela com seu devido nome, era minha meta; não havia um canto que ficasse intocado por mim. Por fim, observar os animais em seus habitats naturais, bebendo água ou passeando em bandos, dava um ar vivo ao ecossistema do jogo. Tudo isso potencializou minha experiência, junto com o carisma dos personagens, seus diálogos divertidos e os mistérios da narrativa. Assim, criei um vínculo carinhoso com Xenoblade Chronicles 2, e o prazer de explorá-lo acabou com outra consequência: uma pequena terapia.

A qualidade gráfica do jogo cai muito no modo portátil, mas o impacto da vastidão à ser explorada não se perde

Conhecer o gigantesco universo de Xenoblade 2, que tanto me lembrou o mapa de BOTW, se tornou algo acalentador. Eu tenho grande facilidade de me apegar aos jogos que me causam boas sensações, que me tranquilizam ou me cativam com facilidade. E quando isso acontece, há uma sensação terapêutica ao experimentar o conjunto formado pela música ambiente, nos pequenos agrados espalhados pelo mapa na forma de baús do tesouro e nas colinas e através dos caminhos intrincados repletos de atalhos e quando a ansiedade bateu forte de madrugada, eu foquei no som dos passos de Rex enquanto ele corria por Gormott. E, por um momento, parecia que era eu que estava correndo por aquelas planícies folhosas… Fui transportada no clique de um botão, pelo menos até um monstro de nível 85 matar Rex com um golpe.

Então, eu despertava do devaneio com uma risada.

Ainda não cheguei na metade do jogo, e talvez toda essa magia envolvendo a exploração de Xenoblade Chronicles 2 acabe em algum momento. Porém, enquanto isso não acontece, eu aproveito o máximo que posso na jornada para levar Homur… Digo, Pyra, para o tão desejado Elysium. E enquanto isso, termino de pagar o meu amigo, já que depois de testar o jogo por alguns dias, decidi comprá-lo dele em suaves parcelas amigáveis.

“MY FRIENDS ARE MY P…” ops, franquia errada

Bom, começar uma nova jornada que anda me fazendo tão bem e ainda ajudar um amigo pra mim é um combo extremamente útil. É engraçado como isso acontece; às vezes, algo que é desagradável e inútil pra alguém pode ser muito divertido e útil pra outra pessoa. “O lixo de uns é o tesouro de outros”, certo?


Tokyo Ghoul: re — Call to Exist ganha novo trailer

Aproximando-se de seu lançamento, o jogo de Tokyo Ghoul ganha mais um trailer de gameplay, dessa vez detalhando os investigadores.

Descrito oficialmente como um “action survival“, podemos ver um pouco mais da jogabilidade em ação. O jogo conta com modos single-player (uma visual novel contando a história), dois modos coop (campanha e survival) e modos multiplayer com leaderboards. As três classes disponíveis são Ghouls, CCN (humanos) e Quinx (mistos).

Tokyo Ghoul: re Call to Exist lança dia 15 de Novembro de 2019 para PS4 e PC (Steam).


Segunda temporada de Kaguya-Sama — Love is War é anunciada


Sábado dia 19 de outubro o twitter do site @anime_kaguya anunciou que sairá a segunda temporada do anime kaguya-sama: Love is War, mas sem uma data prevista.

A primeira temporada contém 12 episódios que contam a história de dois jovens Miyuki Shirogane presidente do grêmio estudantil considerado um gênio por possuir as maiores notas do país e Shinomiya Kaguya a vice presidente do conselho estudantil, herdeira do maior e mais rico conglomerado do país, além de sua beleza e inteligência que a fazem popular. Devido a convivência ambos se apaixonam, mas o orgulho é maior fazendo entrarem em uma disputa para quem confessa seu sentimento primeiro, já que nenhum é capaz de assumir o amor por achar que seja submissão e assim se faz ‘’amor é guerra’’.

Kaguya-sama: Love is War uma série de mangá dirigida e ilustrada por Aka Akasaka foi lançado em 19 de maio 2015 lançado pela revista Miracle Jump e futuramente trocando por Weekly Young Jump em 24 de março de 2016.

A adaptação da série em anime foi anunciada pela Shueisha em 1 de junho de 2018, produzida pelo estúdio A1- pictures. Dirigido por Mamoru Hatakeyama e escrita por Yasuhiro Nakanishi os desenhos dos personagens por Yuuko Yahiro, Jin Aketagawa diretor de som e Kei Haneoka na composição musical. O anime foi Lançado em 19 de janeiro de 2019. Shueisha anunciou uma adaptação de live action em fevereiro de 2019, lançado em setembro de 2019 no Japão.

Com as vendas do mangá em mais de 6 milhões até abril,  sendo um sucesso e muito aclamado pelos fãs, estamos todos ansiosos para a nova temporada do anime e saber o que mais vem por aí nessa disputa do amor.



Eden, original da Netflix com direção de Fullmetal Alchemist: Brotherhood, ganha teaser


Divulgado pela Netflix, o teaser do anime Eden indica lançamento em 2020.

https://youtu.be/3i8Ds2nVVXE

A trama se passa em um futuro distante em um mundo que tem sido habitado somente por robôs há séculos, já que os criadores humanos foram extintos há muito tempo. A maioria dos robôs na metrópole mecânica de Eden 3 sequer acredita que humanos existiram algum dia e os considera um mito.

Em um dia aparentemente comum, dois robôs agrícolas esbarram em uma câmara criogênica que contém uma garotinha humana. Em um mundo que não está pronto para se reintegrar com humanos, os dois decidem criar a jovem Sara em segredo.

A direção ficou por conta de Yasuhiro Irie, que também dirigiu Fullmetal Alchemist: Brotherhood. A série foi criada e produzida por Justin Leach, da Qubic Pictures e conta com design de personagens de Cowboy Bebop.

Eden terá quatro episódios e estreia em 2020.


Princesa Mononoke — O atrito entre o ser humano e a natureza

A Animação

Princesa Mononoke é um filme do Studio Ghibli que foi lançado em 1997 e dirigido por Hayao Miyazaki possuindo apenas duas horas e quatorze minutos de duração e uma trilha sonora fascinante de Joe Hisaishi. A animação é impecável, e é capaz de representar completamente toda a qualidade técnica do Studio e sua tradição de produzir toda a obra com desenhos feitos manualmente e com uma quantidade minima de computação gráfica.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

A história de Mononoke

A história se passa na Era Muromachi e é sobre o príncipe Ashitaka da tribo Aino que ao lutar contra um Javali denominado Tatari Gami (Deus da Maldição) para proteger seu lar é amaldiçoado, tendo sua vida consumida aos poucos pelo ódio da criatura; sendo assim, ele parte em busca de uma suposta cura. Alguns anciões dizem a ele que para quebrar a maldição o príncipe deve descobrir o que gerou o ódio no Deus Demônio e tudo o que ele ver nessa caminhada deverá ser julgado verdadeiramente pelo seu coração.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Ao longo dessa busca Ashitaka chega a uma vila chamada Tataraba que para sobreviver depende da extração do minério ferro que é obtido da Floresta dos Antigos Deuses Animais, que no processo, também é desmatado. E é essa atrocidade contra a natureza que causa toda a repulsa do Tatari Gami.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Tataraba é governada por Eboshi, uma mulher forte que vende ferro para o governo e com o dinheiro compra outras mulheres que seriam vendidas para prostíbulos e leprosos, os protegendo dos ataques dos samurais e dos Deuses-Animais. Contudo, Ashitaka e Eboshi se encontram e ela diz a ele que foi a responsável pela morte do Deus Javali e que ela é quem deveria ser amaldiçoada.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Ashitaka acaba conhecendo também a San (Princesa Mononoke) em uma tentativa dela de matar a Eboshi, uma menina que foi adotada pelos lobos que lutam contra Tataraba. Ashitaka interfere no conflito entre as duas e acaba sendo ferido, mas San tem piedade e com o apoio de Yakuru (o cervo vermelho de Ashitaka) o leva para ser curado pelo Deus supremo da floresta, Shishigami.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Segundo uma superstição, a cabeça do Sishigami poderia dar vida eterna ao imperador e sua morte permitiria que os humanos adentrassem a floresta sagrada. Sendo assim, Eboshi é contratada pelo governo para acabar com o Deus.

Dessa forma uma guerra é deflagrada e a comunidade dos javali decidem atacar Tataraba para proteger a floresta, os lobos os ajudam e muitos morrem. Os samurais também começam a atacar Tataraba, enquanto Eboshi e outros soldados do governo estão a procura da cabeça do Deus Shishigami.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Neste conflito sangrento, muitas criaturas e pessoas morrem. Ashitaka e San fazem de tudo para proteger o Deus, mas as coisas não acontecem conforme eles esperam. Diante todo esse cenário, os dois se apaixonam, mas San compreende o seu papel e dever para com os seres da floresta, e que mesmo amando Ashitaka não poderia ir com ele, pois ela jamais poderia perdoar toda a dor e o sofrimento que os humanos causaram por causa da arrogância e desejos egoístas.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Eu te amo, Ashitaka, mas não posso perdoar os humanos.

O atrito entre o ser humano e a Natureza

Na animação podemos perceber o quanto a natureza é essencial para a sobrevivência dos seres vivos. Mas as pessoas são incapazes de compreender e agir pacificamente com os recursos naturais e os animais, eles queriam extrair a qualquer custo os minerais, não importando com as criaturas que ali viviam, sendo capaz até mesmo de matá-los se fosse preciso.

E é isso que causa toda o ódio e repugnação das criaturas pelos humanos que querem tirar vantagem de tudo. Eles não queriam iniciar a guerra contra Tataraba mas não tinham outra opção, pois seriam devastados e desde sempre foram ameaçados pelos mesmos.

Toda a floresta era mantida pela vitalidade do Deus Sishigami e mesmo assim Eboshi foi incapaz de ter piedade e empatia pelo solo sagrado. Mesmo dando abrigo para moças inocentes que seriam vendidas para prostíbulos e leprosos, ela não respeitou os animais, que também deveriam ser valorizados como qualquer ser humano.

Na animação também podemos perceber outra importante questão: e se a natureza e os animais tivessem consciência e pudessem reagir contra todas as atrocidades que nós humanos cometemos contra eles?

Tendo em vista, toda a crise natural que estamos passando agora, em que milhares de espécies estão se extinguindo e ecossistemas sendo destruídos, além das grandes indústrias alimentícias não respeitarem o tempo natural e intoxicarem os solos e plantações e até mesmo injetar agrotóxicos em boa parte dos alimentos da população, que são altamente prejudiciais a saúde humana. E esses são apenas alguns exemplos, das inumeráveis crueldades que somos capazes de fazer para seres que nos provém o essencial a vida.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Todo esse atrito que a humanidade causa é completamente irracional e incompreensível. Pois é mais que perceptível que necessitamos da natureza para sobreviver, sem ela seríamos extintos e mesmo assim quase nunca repensamos nossos atos errôneos. É claro que a maior parte da culpa são dos empresários, donos de indústrias e presidentes lunáticos; na verdade todos os setores que a elite atua estão mais preocupados com seus egos e desejos egoístas do que com a prosperidade de toda a raça humana. E continuam disseminando toda uma ideia de que aquilo que eles fazem é o certo e que nenhum recurso que faz parte da natureza é esgotável.

O problema não é extrair os recursos da natureza em si, pois também precisamos deles para sobreviver, mas sim saber como extrair e respeitar o ciclo natural. Tenho certeza que dessa forma todas as formas de vidas poderiam coexistir em harmonia.

Mas somos incapazes de respeitar a natureza e compreender o seu valor.

Eboshi — Um exemplo de egoísmo e cegueira

Eboshi não era uma mulher completamente má, mas se deixou levar pela ganância e matou um Deus que provia toda a vitalidade de um solo somente por pura vontade de provar seu ego.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Todo mundo quer tudo. É assim que o mundo é.

Ashitaka — Um exemplo de Humanidade

O príncipe Ashitaka é um exemplo de personagem a ser seguido por todos nós.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Desde o início da animação ele se mostra compreensível com tudo que o cerca e sabe respeitar todos os seres vivos, sabendo o valor da natureza e acima de tudo a importância da paz.

Mononoke — Um exemplo de Força e Lealdade

É de práxis do Studio Ghibli representar as mulheres em suas animações como símbolos de força e a San cumpre bem o papel, sendo completamente autossuficiente e capaz de enfrentar uma vila inteira para proteger o seu lar e o lugar em que nasceu.

© Studio Ghibli/Princesa Mononoke

Além de seus valores e gratidão para com aqueles que a criaram. Pois mesmo amando Ashitaka e sabendo que ele a amava ela preferiu ficar para cuidar daqueles que sempre a acolheram.

Studio Ghibli e a importância da Natureza

Hayao Miyazaki sabe bem o quanto precisamos da natureza e talvez seja por isso que boa parte das obras que são dirigidas por ele traz essa temática. Sendo uma pessoa pacifista ele compreende bem a importância da paz em todas as instâncias do nosso mundo.

© Hayao Miyazaki

Princesa Mononoke é um filme que trata sobre o relacionamento do homem com a natureza e como isso pode ser uma relação desigualmente cruel. Pois diferente do filme, a natureza não pode lutar para sobreviver.

Somente quando todos os recursos naturais se esgotarem, o clima estiver no seu limite e os animais se extinguirem é que iremos compreender a sua real importância.

Não adianta, no final os tolos sempre vencem!

Curiosidades

  • Venceu o prêmio de melhor animação no Oscar de 2003.
  • Custou cerca de vinte milhões para ser produzido.
  • Foi o filme com maior bilheteria do Japão até a estréia de Titanic.