Ni No Kuni, desenvolvido originalmente pela Level-5, é o famoso jogo conhecido por ter arte do lendário Studio Ghibli e trilha sonora de Joe Hisaishi. Recentemente, o jogo recebeu uma remasterização para a maioria dos consoles da atual geração.
A história de Oliver, nosso pequeno protagonista, é a típica Jornada do Herói que estamos acostumados a ver em mídias de entretenimento: Harry Potter, Lord of the Rings, Star Wars… E muitas, muitas outras que também se utilizaram desse recurso narrativo para construir um protagonista carismático e envolver o espectador na mesma jornada de descobrimento e desenvolvimento. Após uma tragédia, Oliver é recrutado por Drippy, uma fada de outro universo com a revelação que Oliver é… um bruxo!
Com isso, ambos partem para outro mundo (Ni no Kuni, o Outro Mundo ou Outro Reino), já que Oliver precisa desenvolver suas habilidades mágicas. Além disso, Drippy acredita que Oliver possa vencer o mal que assombra o Outro Mundo: Shadar, o Dark Djinn.
Assim, tendo convencido Oliver a tomar essa empreitada e assumir seu papel como salvador, Drippy treina Oliver e juntos eles enfrentam diversos desafios e dificuldades em busca de aprendizagem e solução para as maquinações de Shadar e seu domínio obscuro sobre o mundo.
Shadar é capaz de quebrar o coração das pessoas. Isso as deixa num estado “letárgico”, variando entre desmotivado, descontrolado, medroso… Através de seus poderes recém-adquiridos e com o apoio de Drippy em sua jornada, Oliver aprende a recuperar os pedaços partidos dos corações das pessoas de uma forma muito fofa e simbólica, e isso acaba demonstrando o poder mágico que reside no nosso pequeno mago.
Em termos de batalha, Oliver pode realizar feitiços como bolas de fogo, congelar e etc. Além disso, ele pode invocar seus Familiars, “monstrinhos” colecionáveis que evoluem e o ajudam em batalha, com status próprios, golpes e especializações dependendo da raça. Oliver pode carregar três deles consigo, e trocá-los praticamente na hora que quiser através de um sistema de armazenamento presente no jogo.
O fator mais interessante é que Oliver compartilha seu HP e MP com os Familiars, funcionando numa espécie de simbiose. O próprio sistema de batalha do jogo mistura combate em tempo real com tático, dando ordens, formando planos e utilizando itens para garantir a vitória.
Em uma determinada parte do jogo, somos introduzidos ao sistema de “party”, onde mais personagens se unem à Oliver para ajudá-lo em batalha. Estes podem ser controlados pelo jogador ou apenas programados para obedecer à certos comandos de comportamento em batalha.
Já em exploração, Ni no Kuni tem um traço interessante: em seu “mundo aberto”, podemos cruzar o mapa inteiro com Oliver, indo do ponto A ao ponto B e enfrentando batalhas durante o percurso.
O mapa não é totalmente aberto para explorações (pelo menos de início), o que nos dá uma boa ideia de progressão, e costuma estar recheado de monstros selvagens. Além disso, Oliver é muito lento e é facilmente perseguido e emboscado por monstros. Porém, isso é remediável no futuro com habilidades liberadas por “stamps”, que são conseguidos ao completar side quests e hunts. Assim, a exploração do mapa se torna um pouco mais agradável, e com o tempo, até mesmo certos “veículos” serão usados para desbravar áreas novas.
Ni No Kuni foi lançado originalmente para o PlayStation 3. Até então rodando em resolução 720p, a remasterização conta com novas texturas de alta qualidade para todas as novas plataformas (Switch, PS4 e PC), rodando a 720p e 30 quadros por segundo no Switch. No PS4 normal, o jogo alcança um estável 1080p/60fps. O PS4 Pro dá a opção de 4K a 30 quadros por segundo ou 1440p a 60fps. A versão de PC possui configuração gráfica customizável.
O jogo atualmente está disponível para Nintendo DS, PlayStation 3, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PC, contando com uma continuação, Ni no Kuni II: Revenant Kingdom, para PlayStation 4 e PC.
Nós jogamos as versões de PlayStation 3, Nintendo Switch e PlayStation 4 (o último concedido pela Bandai Namco) para fazer esta análise.
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