Barão do Café — Premiação dos Melhores Animes de 2020!

O ano de 2020, lento e assustador, está chegando ao seu fim. Fechando este com sua maior glória e com a maior atenção do Café com Geeks, após um infeliz cancelamento da edição de animes do ano passado devido à pandemia (que ocorreria no começo deste ano), decidimos oficializar nossa premiação de Melhores Animes de 2020.

Nosso evento oficial deve ocorrer após o Barão de Jogos, então não se preocupem!

Para ver as categorias e fazer suas escolhas, completem este formulário ilustre feito na plataforma Google.

Contamos com as posições de vocês.


A Voz do Silêncio – Reflexão sobre a distância entre surdos e ouvintes.

Como lidar com o diferente? Essa questão permeia em nossa sociedade até os dias de hoje. Muitas vezes esse tipo de questionamento acaba causando medidas retaliativas. O filme “A Voz do Silêncio”, baseado no mangá homônimo de Yoshitoki Oima, busca realizar uma reflexão sobre os sentimentos envoltos neste tipo de situação.

A trama do filme gira em torno do relacionamento entre Shoya Ishida e Shoko Nishimiya. A história começa com Ishida tentando cometer suicídio. Ele estava arrependido por conta de suas atitudes no passado, onde passava a maior parte do seu tempo provocando a jovem Shoko. Desde que se conheceram, Shoko tentava traçar uma amizade com Ishida, mas ele a reprimia por ela ser surda. Suas atitudes forçaram ela a ter que se retirar da escola, o que deixou ele abalado. O momento de reviravolta acontece quando estava prestes a largar a vida decide rever Shoko para perdoá-la. A partir desse momento, Ishida passa por um longo processo de aceitação revendo as decisões que tomou em sua vida tendo Shoko como elemento motivador.

Demonstração da paz de espírito de Shoko Nishimiya.

O tema central do filme é a dificuldade na comunicação entre surdos e ouvintes. As situações expostas durante o longa de expõem a distância em implementar condições inclusivas aos surdos. Mesmo a escola possuindo grade de ensino a língua de sinais, poucos tinham interesse em aprender e acabavam recorrendo a uma conversação escrita. Esse cenário acabou deixando Shoko isolada mesmo demonstrando aberta a relacionar com todos.

A situação ficou ainda mais desoladora por conta das atitudes extremas de Ishida que representou o ápice desse distanciamento. Mesmo ele causando rusgas a cada ato desrespeitoso, Shoko insistia em quebrar essa barreira para forjar uma amizade. O momento de separação ocorreu depois que Ishida forçou uma briga, o que fez os pais de Shoko a retirarem da escola.

O fato interessante do filme é a construção feita no personagem Ishida depois desse evento. Depois de uma tentativa de suicídio e o isolamento social, ele usa essa circunstância para fazer uma reflexão sobre suas atitudes para superar a depressão. Quando encontra Shoko, ela se torna um catalisador para que ele possa reverter seus atos do passado. Ishida passa a dedicar seu tempo estudando a língua de sinais para poder comunicar com Shoko. Com o passar do tempo aquela distância amarga desaparece e os dois passam a se conhecer melhor.

Uma das cenas mais emocionantes do filme.

A mensagem transmitida pelo filme incentiva o telespectador a refletir sobre a forma como é pautada os relacionamentos entre surdos e ouvintes. Ao relacionar o conteúdo abordado com a realidade no nosso país, ajuda pensarmos mais sobre as dificuldades sofridas pela comunidade surda. Diante de uma realidade onde o ensino da língua de sinais continua bem limitado, o esforço de Ishida serve como inspiração para demonstrar como é recompensador em eliminar barreiras na comunicação.


Sequel – Uma análise da conturbada nova trilogia Star Wars

Quando se anunciou mais informações sobre a então nova trilogia de Star Wars feita pela Disney, muitos se animaram com escolhas verdadeiramente promissoras, como à de J. J. Abrams como director do filme de estreia da nova safra de Guerra nas Estrelas. Aos poucos descobrimos mais sobre quem da saga clássica estaria presente, mas também dos novos protagonistas. Tudo com muito entusiasmo por parte dos fãs, muita expectativa.

E bem, “O Despertar da Força” foi consideravelmente bem recebido. As semelhanças com “Uma Nova Esperança” de 1977 eram bastante óbvias, mas isso não torna o filme pior. A volta de Harrison Ford como Han Solo saudou a nostalgia presente nos pequenos padawans que cruzaram com Star Wars em algum momento da infância/adolescência. A trama apresentava Rey, uma personagem com potencial de desenvolvimento semelhante à de Luke Skywalker, pelo menos no primeiro filme. Conheçemos Kylo Ren, o jovem filho de Han Solo que se rebela com os ensinamentos jedis e segue o manto de seu avô Darth Vader. Apesar de promissora, o primeiro erro da história começa em sua própria existência. Por quê? Qual o sentido de prosseguir com algo já finalizado, como é o caso do que se começa em “Ameaça Fantasma” e termina em “O Retorno de Jedi”?

Uma nova história Star Wars não necessitava existir, o ciclo de evolução dos jedi, dos sith para o império, tudo havia acabado, a luta do bem contra o mal, tudo havia acabado. Por que prosseguir com algo tão bem finalizado e desenvolvido? Bem, nem a própria trilogia sustenta ou justifica isso, ele apenas existe. Mas falando de forma leviana dos filmes individualmente, começamos com “O Despertar da Força”.

Começamos de maneira conturbada, entre a guerra da Resistência e a Primeira Ordem. Stormtroopers, guerreiros da resistência, o caos instaurado (retratado de maneira bem mais repentina na trilogia, inclusive). E levianamente somos introduzidos ao contexto da jovem Rey, até então sem nenhum contexto familiar, apenas notando o contexto miserável onde a jovem protagonista se encontra.

Num cenário pobre e caótico, ela vê eventos da saga clássica de forma divina, Luke Skywalker é como um ser mitológico naquele universo. Em meio à esse contexto, temos o outro lado da moeda. Kylo Ren comanda estavelmente a Primeira Ordem, tudo sob a saia de Snoke, uma espécie de novo Palpatine da Sequel. Han Solo aparece muito como “Ben” Kenobi, como um conselheiro sobre tudo ao redor de Rey (inclusive a morte dele nesse filme lembra muito a morte de Obi-Wan em “Uma Nova Esperança”). Também conhecemos Poe e Fin, ambos servem como protagonistas de segundo plano, tais como Leia e Han Solo. Enfim, eu posso apontar semelhanças entre o episódio IV e o episódio VII de Star Wars o dia inteiro, mas o importante à ser destacado é quem esse filme nos introduz.

Mas ele deixa algumas lacunas. Quem é Rey e qual a importância dela nessa história? Quais as motivações de Kylo Ren? A missão principal de encontrar Luke Skywalker não foi atingida. Onde ele está? Por que ele se afastou da força? Todas essas lacunas não foram preenchidas. A direção muda de J. J. Abrams para Rian Johnson para o episódio VIII, que eventualmente é intitulado “Os Últimos Jedi”. Bem, todas as lacunas foram preenchidas, como anteriormente citado. Porém, para alguns fãs, da melhor forma possível. Para outros, da pior forma possível. E esse “8 ou 80” faz de “Os Últimos Jedi” o filme mais controverso da saga, junto com seu sucessor “Ascenção Skywalker”.

“Os Últimos Jedi” tem como foco o retorno do mestre jedi Luke Skywalker, encontrado em uma ilha deserta. Também temos a conexão entre Rey e Kylo Ren, assim como Darth Vader e Luke Skywalker em “Império Contra-Ataca”. O líder Snoke ordena a Kylo Ren a morte de Rey, assim como temos uma pequena trama no cassino. E ao decorrer de possíveis incongruências físicas, como gastar combustível na velocidade da luz, nos questionamos onde o filme quer chegar. O passado nebuloso de Ben Solo (então Kylo Ren) e a desistência por parte de Luke Skywalker é explicado em flashback, as incertezas de Rey se equiparam as de Luke no episódio V, já o arrependimento de Kylo Ren com a morte de seu pai Han Solo é perceptível. Rey vê luz em Kylo, que um dia foi Ben Solo, principalmente com fatos como a morte de Snoke por Kylo Ren em sacrifício de Rey. À Resistência, Finn e Poe servem como protagonistas em segundo plano, junto com a General Leia. A batalha final é traçada entre Kylo Ren e Luke Skywalker, com a morte do mestre jedi. Rey é resumida por Kylo como uma miserável, sem pais, sem qualquer origem precisa, mas com uma força inexplicável dentro de si. E “Os Últimos Jedi” transita entre pior ou melhor Star Wars na lista de entusiastas.

Por fim, temos “Ascenção Skywalker”. Para alguns, decente, para outros, aberração. Ele traz das cinzas o imperador Palpatine, que estava comandando toda a Primeira Ordem e também o imperador Snoke, jogando todo o trabalho de desenvolvimento de 6 filmes, a morte de Anakin Skywalker e Darth Vader por água baixo.

A volta de Palpatine é insensata, joga todo o legado da história clássica pelo esgoto, tudo para sacrificar o idealismo de J. J. Abrams, quebrado pelas repostas de Johnson em “Os Últimos Jedi”. Mas dado às condições, o filme se sai consideravelmente bem. Jamais se poderia desenvolver um novo imperador em apenas um filme, trazer Palpatine ou Snoke seria inevitável, muito da identidade de Star Wars se perderia com a ausência de um imperador no desfecho de uma trilogia. O papo sobre a ascenção da força dentro de nós morre quando descobrimos o parentesco de Rey, sendo neta de Palpatine.

Com CGIs, Carrie Fisher volta à General Leia e tem sua morte simbólica dentro da história por tudo que a atriz representou para a saga. O filme todo gira em como chegar a Palpatine, que possui a chamada “Ordem Final” para a queda da força e a volta dos Sith. Rey questiona a si mesmo após descobrir seu parentesco com o imperador, mas essa crise de identidade não dura o muito. Kylo Ren se mostra objetivo desde o começo da trama, porém assim como seu avô Darth Vader, troca a casaca no seu quase fim. Chega a lutar como alguém da força, no final auxilia Rey no que podia, porém vem a falecer com a General Leia.

Na batalha final, Palpatine proclama a força de todos os Sith, Rey de todos os Jedi. Palpatine volta ao estado de morte já conhecido pelos fãs de Star Wars, o triunfo de Imperador é impedido pela força Jedi da forma mais clichê possível. E assim como Retorno de Jedi, a força salva a galáxia mais uma vez. As partes toscas e incongruências desse filme podem ser grandes, mas assim como Homem-Aranha 3, o filme traz uma boa mensagem. E não me leve a mal, mas muita coisa naquele filme é aproveitável ao lore de Star Wars sim.

Por fim, o que concluímos? Essa trilogia tentou de todas as formas simular a clássica em acontecimentos e fracassou nisso. Serão filmes que as próximas gerações que maratonarem Star Wars poderão pular os acontecimentos de pelo menos um dos 3 filmes da nova saga. Rey e Kylo Ren tinham muito potencial de se tornarem os protagonistas mais desenvolvidos de toda a saga, mas não passam de uma mera sombra de seus mestres, Finn e Poe se desenvolveram da forma certa. Por fim, diria que o mais aproveitável da saga foi “O Despertar da Força”, mesmo considerado cópia (com razão) de “Uma Nova Esperança”, é o filme que melhor desenvolveu tudo na trilogia Sequel.


Sonic (o filme): Chegou a vez do azulão da SEGA estrear nas telonas!

Depois de muita especulação durante a produção e polêmicas quanto ao visual do Sonic, finalmente a longa metragem estreou nos cinemas. Ficou a dúvida se a abordagem da trama seria voltada aos jogos ou seguiria uma linha completamente diferente, o que poderia modificar a identidade do personagem. Para o alívio dos fãs, o filme conseguiu equilibrar elementos referentes aos jogos e novidades para instigar novos públicos.

Sonic deslizando em alta velocidade.

O enredo é bem familiar para quem acompanhou a série animada do Sonic X. Sonic foi criado em outro universo. O lugar remete a Ilha do Sul, palco do primeiro jogo do ouriço para Mega Drive, onde nas primeiras cenas ele corre pelos trechos conhecidos da Green Hill Zone. Como o personagem é visado por conta de sua capacidade de correr na velocidade do som acabou fugindo de seu mundo. Durante a fuga, ele utilizou o icônico anel dourado, que diferentemente dos jogos, é utilizado para atravessar diferentes universos ao invés de ser um medidor de vida. Ao chegar na terra acaba chamando muita atenção por conta do seu poder oculto, o que despertou o interesse do cientista maluco, Ivo “Eggman” Robotnik, em utilizá-lo nos seus experimentos científicos. Para encarar as investidas do doutor, o Sonic vai contar com ajuda de um policial do interior nessa empreitada.

A trama teve bastante influência no filme “Detetive Pikachu” que foi lançado no ano passado. As animações computadorizadas são bem realizadas e o roteiro foca na interação entre o personagem humano e o fictício. A atuação do policial soou de forma natural ao contracenar com o Sonic tornando possível crer na existência real do ouriço azul. Ao analisar a atuação do Sonic, não fugiu muito do comportamento radical e descolado que adotou nos últimos jogos da franquia. A atuação do Jim Carrey como Robotnik ficou plausível ao personagem. O ator soube utilizar seu estilo cômico com o comportamento megalomaníaco, o que rendeu boas cenas de humor durante o filme.

A melhora visual do personagem ficou bem aparente nesta cena pós-combate.

O único defeito do filme não foi ter aproveitado a vasta discografia da franquia. Somente em momentos bem específicos tocou uma melodia ou outra familiar. Grande parte da seleção musical utilizada foi composta por canções licenciadas de pop e rock. Seria proveitoso investir nas canções do Crush 40 que tiveram uma longa contribuição na produção das trilhas sonoras dos jogos 3D do ouriço.

No geral, vale a pena a ver o filme. A produção consegue cativar tanto os fãs de longa data quanto os jovens que tiverem seu primeiro contato com o personagem. A obra deixa uma marca positiva e dá indícios para futuras sequências que se forem bem manuseadas pode render um futuro frutífero ao ouriço azul nas telonas.


Kobe Bryant: Uma lenda se foi, mas seu legado fica.

Acredito que nesse momento todos já estão bem cientes do acidente trágico que acometeu o mundo ontem. Apenas um resumo rápido:

Kobe Bean Bryant aos 41 e uma de suas 4 filhas, Gianna Maria-Onore Bryant de 13 anos, foram mortos ontem (26) em um acidente de helicóptero em Calabasas, California. 

Além dos dois, mais 7 pessoas foram mortas, entre elas, um técnico de baseball com sua filha e esposa. Eles estavam todos a caminho da Mamba Sports Academy, o camp oficial do Black Mamba, Kobe Bryant.

Com o resumo da tragédia feita, eu gostaria de entrar no verdadeiro tópico desse texto, minha homenagem ao meu maior ídolo no esporte.

A importância de Kobe Bryant em minha vida:

Antes de contar um pouco mais sobre o Kobe, gostaria de contar o que ele significa em minha vida.


Hoje tenho 23 anos e sou fã de basquete desde os 11 anos. Desde o começo sempre fui torcedor fervoroso dos Lakers, em influência de meu irmão, Leonardo, 9 anos mais velho do que eu.

Ele assistia os Lakers por causa do Kobe, virou torcedor dos Lakers por causa dele e sendo assim, eu virei por tabela.

Até hoje sempre conversamos e torcemos juntos, ansiando por um novo título de nosso time, o qual não acontece desde 2010.

Kobe é uma paixão recíproca nossa, um ídolo que está comigo desde que me conheço por gente.

Eu cresci minha vida inteira acompanhando o Black Mamba e assistindo a magia acontecendo.

Meu irmão, por inspiração do Kobe e por ver meu amor crescente por basquete, me inscreveu aos 12 anos em uma peneira para jogar pelo Palmeiras (Time de nosso coração) e eu fui escolhido. Desde então comecei a jogar federado.

Fui campeão paulista pelo Palmeiras aos 14 anos, mas, após isso, me lesionei e fui cortado.

Buscando novo time, entrei para o Mackenzie, onde joguei mais um ano e encerrei por ai a minha curta carreira.

Mas o amor por basquete nunca morreu, sempre jogando rachas e amistosos com os amigos por ai e claro, sempre com a Jersey roxa e dourada de Kobe Bryant comigo.

Kobe me ensinou a amar o basquete, me ensinou que se eu quiser algo vou ter que esquecer o mundo e batalhar o máximo que meu corpo aguentar por aquilo.

Kobe usava o 24 não para simbolizar que ele era uma evolução de Michael Jordan que usava a 23, mas para simbolizar o número de horas que ele passava pensando em basquete por dia.

No dia do seu jogo de aposentadoria, 13 de abril de 2016, contra o Utah Jazz, o mundo inteiro estava com os olhos em Los Angeles para acompanhar o último e histórico jogo da lenda.

Ele marcou incríveis 60 pontos e os Lakers venceram por 101 a 96.

Essa marca foi histórica, nunca antes em nenhum esporte, algum jogador se despediu com tamanho feito. A maioria se aposenta já por não aguentar mais jogar, com o corpo não respondendo mais os seus comandos, mas Kobe encerrou com incríveis 60 pontos.

Após o jogo, ele fez um discurso completamente emocionante e eu me lembro de eu chorando igual um bebê pela dor de nunca mais poder ver meu ídolo em quadra.

Ele terminou o discurso com a marcante frase “Mamba Out” (mamba saindo).

E nós nunca, nem em nossos piores pesadelos, poderíamos imaginar que o Mamba Out de 2016 seria absurdamente feliz perto do Mamba Out de 2020.

A dor que estou sentindo nesse dia é a dor da perda de um ídolo, a perda de uma inspiração, semelhante ao que meus pais sentiram na morte de Ayrton Senna.

Jamais pensem que esse texto é um oportunismo barato, esse texto é uma carta de amor ao maior que eu já vi jogar. Mesmo ele jamais podendo ler.

Histórico

Kobe iniciou sua carreira desde muito cedo, sendo um dos únicos jogadores da história a entrar no Draft (sistema de escolha de novatos pelos times da NBA) diretamente da escola, sem precisar passar pela faculdade.

Isso é absurdamente raro, acontecendo apenas com os melhores da história, ao ponto dos olheiros acharem que um garoto se formando na escola já está pronto para a liga profissional, sem nem menos passar pela faculdade.

Kobe foi apenas a décima terceira escolha do draft de 1996, foi draftado pelo Charlotte Hornets mas foi trocado ao Lakers imediatamente pelo pivô Vlade Divac e do Lakers, time de seu coração desde criança, nunca mais saiu, jogando 1346 partidas.

E desde seu início na liga, mostrava o quanto ele REALMENTE odiava perder.

Seu primeiro grande adversário foi Allen Iverson, o qual o superou diversas vezes, anulando o novato Kobe Bryant.

Após a primeira derrota para Iverson, Kobe começou a estudar seu jogo, obsessivamente e compulsivamente. Assistia todos os jogos, todas as mix-tapes, tudo o que tinha a sua disposição, até vencer seu adversário, e assim, o fez.

Após algumas polêmicas em sua vida pessoal, nasceu o que foi conhecido como a Mamba Mentality, mentalidade criada por Kobe para esquecer os seus demônios e focar apenas em vencer, vencer e vencer.

Ali, nascia de vez um dos maiores competidores da história do esporte mundial.

Após isso, foi só história, Kobe colecionou conquistas:

  • 5 vezes campeão da NBA (2000, 2001, 2002, 2009 e 2010);
  • 2 vezes o MVP das finais (2009 e 2010);
  • Uma vez o MVP da temporada regular (2008);
  • 2 vezes o maior cestinha da liga (2006 e 2007);
  • 4 vezes o MVP do All-Star Game (2002, 2007, 2009 e 2011);
  • 18 vezes selecionado para o All-Star Game;
  • 15 vezes selecionado para o All-NBA Team, sendo: 11 vezes para o First Team; 2 vezes para o Second Team; e 2 vezes para o Third Team.
  • Duas medalhas de ouro olímpica (2008 e 2012);
  • Dois números aposentados nos Lakers (8 e 24) – Na NBA existe a cultura dos times aposentarem o número de seus ídolos, é a maior honraria possível de uma franquia para um jogador, isso significa que ninguém, jamais, na história daquela franquia poderá usar o número que foi aposentado novamente. Kobe foi o primeiro da história a aposentar não apenas um, mas dois números.
  • O quarto maior cestinha da história da NBA com 33643 pontos marcados.
    Ele era o terceiro, até dia 25/01/2020, um dia antes de seu falecimento. Onde foi superado por seu grande amigo LeBron James.
  • Além disso, venceu um Oscar em 2018 por seu curta-metragem, Dear Basketball (Caro Basketball).

Significado e Importância

Kobe não foi apenas um dos maiores da história da NBA, ou o maior da história do Los Angeles Lakers, Kobe foi um dos maiores atletas de todos os tempos.
Obstinado, completamente apaixonado pelo esporte que praticou, pelo time que representava.

A importância dele ultrapassa a barreira dos esportes, por isso a perda é tão devastante.

Homenagens

Assim como Kobe ultrapassa a barreira do basket, as suas homenagens também ultrapassaram.

Citando apenas algumas que viralizaram:

  • Neymar ao marcar um gol pelo campeonato francês, foi até a câmera e fez um 24 com as mãos, fez um símbolo de agradecimento e depois apontou aos céus.
  • Ronaldinho Gaúcho (era um dos grandes amigos de Kobe) postou uma homenagem ao ex-astro da NBA em seu twitter e instagram. “Descanse em paz, meu amigo” junto a uma foto dos dois sorrindo e assistindo a uma partida de futebol.
  • Na NBA as homenagens foram diversas.
  • Todos os times que jogaram na rodada fizeram um minuto de silêncio.
  • E ao jogo iniciar, um dos times sofria propositalmente uma violação de 8 segundos (não atravessar ao outro lado da quadra em até 8 segundos) e o outro sofria uma violação de 24 segundos (a bola não tocar no aro no tempo de 24 segundos que é o tempo máximo para cada ataque). Uma homenagem aos números 8 e 24.
  • Devin Booker (Suns) e Trae Young (Hawks) dois jovens jogadores, inspirados completamente por Kobe a entrarem no basquete, jogaram um contra o outro ontem.
  • E eles somados tiveram esses números: 24 tentativas de arremesso; Booker converteu 11 e Young 13, somando 24 arremessos convertidos; Booker fez 36 pontos e Young 45, somando 81 pontos (Feito histórica por Kobe Bryant ao marcar sozinho 81 pontos em apenas uma partida); Booker pegou 2 rebotes e Trae 6, somando 8; Trae teve 13-16 de aproveitamento no lance livre, somando 81% de aproveitamento.
  • Joel Embiid, pivô do Philadelphia 76ers postou em seu twitter: “Cara, eu nem sei por onde começar, eu comecei a jogar basquete por causa do Kobe depois de assistir ele nas finais de 2010. Eu nunca tinha assistido basquete antes disso e aquelas finais foram o ponto de virada em minha vida. EU QUERIA SER IGUAL O KOBE. Eu estou absurdamente triste nesse momento! Descanse em paz, lenda.”
  • Além de homenagens postadas por Barack Obama (ex-presidente dos Estados Unidos), Kareem Abdul-Jabbar (maior cestinha da história da NBA e ídolo dos Lakers), Pau Gasol (companheiro de Kobe nos títulos de 2009 e 2010), Dwayne Wade (um dos maiores amigos de Kobe) e muitos outros.
  • Ontem o Grammy foi realizado no Staples Center, ginásio onde Kobe jogou durante toda sua carreira, e lá no alto, iluminado, estavam as jerseys aposentadas de Kobe, 8 e 24.
  • Os Dallas Mavericks anunciaram que ninguém jamais usará o número 24 na sua franquia como homenagem ao Kobe.
  • Os fãs abriram uma petição para a logo da NBA que hoje é uma silhueta de Jerry West (outro grande ídolo dos Lakers) ser trocada pela silhueta de Kobe Bryant.
  • Kyrie Irving, que tem Kobe como seu ídolo, se recusou a jogar na partida entre Nets e Knicks.
  • E também a minha singela homenagem a qual eu pendurei uma de minhas jerseys do Kobe na parede do meu quarto e nunca mais a usarei. Para ela sempre ficar ali como homenagem ao meu ídolo.

Nesse momento, você que leu até agora já conseguiu entender o impacto e a importância de Kobe Bryant e o quanto essa perda é imensurável.

Os Lakers jogarão pela primeira vez após essa tragédia na terça-feira (28), no Staples Center, em Los Angeles, contra um de seus maiores rivais, o Los Angeles Clippers.

Esse jogo com certeza será marcado por inúmeras homenagens, lágrimas e a despedida da maior lenda que já vestiu a camisa roxa e dourada dos Lakers.

Como dito no título, o corpo de Kobe se foi, mas seu legado para sempre ficará marcado, entre fãs, jogadores, técnicos, narradores, comentaristas e até mesmo crianças que nascerão após a sua morte, mas poderão ouvir histórias do quão grande ele foi e entrarem no basquete inspirados por ele.

Kobe, descanse em paz, eu sempre te amarei e me lembrarei de você.

Gianna, você partiu tão cedo e tinha tanta vida e sonhos pela frente, a vida realmente não é justa. Espero que esteja em um lugar melhor, jogando basket com o seu pai, como sempre jogou.

Aos outros passageiros mortos e ao piloto, nos solidarizamos imensamente e desejamos toda força do mundo aos familiares e amigos.

E a quem ficou, Vanessa Bryant (esposa de Kobe) e suas outras três filhas, Bianka, Natalia e Capri, toda força do mundo a vocês para superar essa dor imensurável de perderem não só um marido e pai, mas também uma filha e irmã.

Descansem em paz.

O legado fica.

Obrigado Kobe. 💔

Gostaria de agradecer ao Café com Geeks pelo espaço de postar essa homenagem ao meu maior ídolo.


O remake de Mewtwo Strikes Back chega na Netflix próximo mês!

Pokémon: Mewtwo Strikes Back – Evolution foi lançado ano passado fora do Brasil. O título propõe animação tridimensional pela primeira vez para o anime, reconstruindo o filme mais importante da franquia, Pokémon: Mewtwo Strikes Back.

A Netflix anunciou hoje por meio de suas redes sociais que o novo filme chega dia 27 de fevereiro em suas plataformas no mundo todo, salve Japão e Coréia.

Confiram o trailer:


TODOS os filmes do estúdio Ghibli estarão disponíveis na Netflix a partir de Fevereiro

Os 21 filmes do conceituado estúdio de animes Ghibli chegará à Netflix a partir de Fevereiro.

Os filmes serão gradativamente adicionados ao catálogo de Fevereiro até Abril. Logo no primeiro dia do mês teremos:

Fevereiro– O Castelo no Céu (1986)
– Meu Vizinho Totoro (1988)
– O Serviço de Entregas da Kiki (1989)
– Memórias de Ontem (1991)
– Porco Rosso: O Último Herói Romântico (1992)
– Eu Posso Ouvir o Oceano (1993)
– Contos de Terramar (2006)
Março– Nausicaä do Vale do Vento (1984)
– Princesa Mononoke (1997)
– A Família Yamada (1999)
– A Viagem de Chihiro (2001)
– O Reino dos Gatos (2002)
– O Mundo dos Pequeninos (2010)
– O Conto da Princesa Kaguya (2013)
Abril– Pom Poko – A Grande Batalha dos Guaxinins (1997)
– O Sussuro do Coração (1995)
– O Castelo Animado (2004)
– Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar (2008)
– Da Colina Kokuriko (2011)
– Vidas ao Vento (2013)
– As Memórias de Marnie (2014)

Filme do Sonic ganha novo trailer mostrando o redesign

Após a recepção abismal do primeiro trailer do filme Sonic the Hedgehog em Abril, Paramount Pictures anunciou um atraso na data de lançamento para refazer o personagem. Hoje foi lançado o primeiro trailer revelando o novo design a ser usado.

O trailer mostra várias mudanças não só no modelo do personagem como também em cenários, ação e músicas. Dessa vez temos a aparição de Green Hill, várias referências aos jogos, e a trilha sonora não tem um rap sobre jovens desperdiçando suas vidas por respeito nas ruas, ou seja, é uma melhoria significante em cima do trailer de Abril.

https://twitter.com/tyson_hesse/status/1194331183351357440

Sonic the Hedgehog chega aos cinemas 14 de Fevereiro de 2020.


Scoob! Novo longa de animação de Scooby Doo

Ontem, dia 11 de Novembro, a Warner anunciou um filme de animação da série Scooby Doo, dessa vez focando na história de origem da gangue de investigadores sobrenaturais. O trailer alterna entre os personagens quando crianças e adolescentes e indica um vilão inconvencional para os padrões da turma da Máquina de Mistérios.

Image result for scoob

Scoob! chega aos cinemas 15 de Maio de 2020.


Trailer novo de Star Wars – Episódio IX: A Ascensão Skywalker é lançado neste Monday Night Football!

A clássica Monday Night Football é lugar para lançamento de diversos trailers de filmes blockbuster. Desta vez, tivemos a ilustre presença do filme a concluir a atual trilogia de Star Wars: A Ascensão Skywalker, nono filme da saga.

O trailer pode ser visto na íntegra à seguir:

A pré-venda dos ingressos também se inicia com o lançamento deste trailer e o Brasil não está fora desta.

Star Wars: A Ascensão Skywalker traz veteranos da série como Mark Hamill, Carrie Fisher, Billy Dee Williams e outros, assim como o novo elenco que inclui Daisy Ridley, John Boyega, Oscar Isaac e Adam Driver.

O nono episódio de Star Wars estreia nos cinemas brasileiros dia 19 de dezembro.