Kiznaiver — Quando sentimos a dor do outro

Kiznaiver é um anime de gênero sci-fi produzido pelo Studio Trigger e lançado em 2016, que conta com 12 episódios.

A história da animação é sobre Katsuhira Agata, um adolescente quieto e distante que é incapaz de sentir qualquer tipo de dor, ou conseguir demonstrar alguma expressão de emoção em seu rosto. Mesmo sofrendo bullying e sendo perseguido por causa de dinheiro, ele permanecia inerte diante das situações.

Em um certo dia encalorado, ele e mais seis colegas do colégio são sequestrados para participar de um projeto que buscava alcançar a paz mundial através de um experimento chamado Kiznaiver, onde todos os participantes são conectados por meio da dor.

Além da dor física, a dor emocional também era compartilhada entre eles. Se alguém fosse machucado por atitudes ou palavras, o grupo todo sentia a agonia. E olha que lidar com feridas emocionais não é a coisa mais gentil do mundo, e a dor da ferida física jamais será comparável. Quando alguém fere a sua alma, a cura é um processo doloroso e tortuoso.

Cada um dos setes personagens possuíam personalidades diferentes e seria bem fora do comum se eles se tornassem amigos na escola. O projeto Kiznaiver foi o que apesar de tudo, os uniu.

A partir de Nori, uma personagem que sempre ficou sozinha na infância e precisava carregar a dor de todo mundo para se sentir conectada com os outros, e desse experimento, várias questões são colocadas em debate.

Uma delas, é a de que eles só seriam amigos e poderiam se entender se sentissem a dor do outro. E ao senti-la poderiam se preocupar, se desculpar e serem gentis uns com os outros.

Partindo desse ponto de vista, Nori queria que toda a cidade de Sugonomori fizesse parte do experimento e acreditava fortemente que somente assim a paz poderia ser alcançada.

Mas Katsuhira, a convence de que ela não precisaria sentir a dor de ninguém para que pudesse forjar algum laço profundo, pois as pessoas poderiam compartilhar a dor que sentiam por meio das palavras.

No meio disso tudo, até Katsuhira que não sentia nada, começou a sentir e viu que a amizade é algo que se desenvolve a partir do tempo que passamos com outras pessoas, mesmo que tenhamos medo de nos aproximar e nos machucar inicialmente.

No fim, todos percebem que mesmo sendo tão diferentes poderiam ser bons amigos e se ajudar.

De certa forma o experimento foi um ponto importante para se ter como pauta principal na animação, principalmente por trazer a tona a problematização da falta de empatia que existe no mundo atualmente. Onde as pessoas quase sempre desconsideram como os outros se sentem e não se preocupam com as consequências que suas ações egoístas podem causar na vida do outro.

Seria impossível que cada humano sentisse a dor do outro da mesma forma que o experimento no anime faz, porque assim todo mundo entraria em colapso devido a dor no coração ser muito forte (como acontece em um momento na animação).

Seria demais para um único indivíduo suportar toda a dor da humanidade nos ombros; ainda mais em um mundo encoberto de tragédias invisíveis.

Mas olhando por outro ângulo, e se fosse possível? Será que assim o mundo seria um lugar melhor?


Ni no Kuni: Wrath of the White Witch é a melhor experiência Ghibli jogável

Ni No Kuni, desenvolvido originalmente pela Level-5, é o famoso jogo conhecido por ter arte do lendário Studio Ghibli e trilha sonora de Joe Hisaishi. Recentemente, o jogo recebeu uma remasterização para a maioria dos consoles da atual geração.

A história de Oliver, nosso pequeno protagonista, é a típica Jornada do Herói que estamos acostumados a ver em mídias de entretenimento: Harry Potter, Lord of the Rings, Star Wars… E muitas, muitas outras que também se utilizaram desse recurso narrativo para construir um protagonista carismático e envolver o espectador na mesma jornada de descobrimento e desenvolvimento. Após uma tragédia, Oliver é recrutado por Drippy, uma fada de outro universo com a revelação que Oliver é… um bruxo!

Com isso, ambos partem para outro mundo (Ni no Kuni, o Outro Mundo ou Outro Reino), já que Oliver precisa desenvolver suas habilidades mágicas. Além disso, Drippy acredita que Oliver possa vencer o mal que assombra o Outro Mundo: Shadar, o Dark Djinn.

Oliver e Drippy no início da aventura – Reprodução/ObservatórioDeGames

Assim, tendo convencido Oliver a tomar essa empreitada e assumir seu papel como salvador, Drippy treina Oliver e juntos eles enfrentam diversos desafios e dificuldades em busca de aprendizagem e solução para as maquinações de Shadar e seu domínio obscuro sobre o mundo.

Shadar é capaz de quebrar o coração das pessoas. Isso as deixa num estado “letárgico”, variando entre desmotivado, descontrolado, medroso… Através de seus poderes recém-adquiridos e com o apoio de Drippy em sua jornada, Oliver aprende a recuperar os pedaços partidos dos corações das pessoas de uma forma muito fofa e simbólica, e isso acaba demonstrando o poder mágico que reside no nosso pequeno mago.

Em termos de batalha, Oliver pode realizar feitiços como bolas de fogo, congelar e etc. Além disso, ele pode invocar seus Familiars, “monstrinhos” colecionáveis que evoluem e o ajudam em batalha, com status próprios, golpes e especializações dependendo da raça. Oliver pode carregar três deles consigo, e trocá-los praticamente na hora que quiser através de um sistema de armazenamento presente no jogo.

Oliver pode escolher entre 3 familiars ou realizar feitiços com sua varinha – Reprodução/EXP.GG

O fator mais interessante é que Oliver compartilha seu HP e MP com os Familiars, funcionando numa espécie de simbiose. O próprio sistema de batalha do jogo mistura combate em tempo real com tático, dando ordens, formando planos e utilizando itens para garantir a vitória.

Em uma determinada parte do jogo, somos introduzidos ao sistema de “party”, onde mais personagens se unem à Oliver para ajudá-lo em batalha. Estes podem ser controlados pelo jogador ou apenas programados para obedecer à certos comandos de comportamento em batalha.

Já em exploração, Ni no Kuni tem um traço interessante: em seu “mundo aberto”, podemos cruzar o mapa inteiro com Oliver, indo do ponto A ao ponto B e enfrentando batalhas durante o percurso.

No modo exploração, vemos Oliver pequenininho com a câmera de cima – Reprodução/MognetCentral

O mapa não é totalmente aberto para explorações (pelo menos de início), o que nos dá uma boa ideia de progressão, e costuma estar recheado de monstros selvagens. Além disso, Oliver é muito lento e é facilmente perseguido e emboscado por monstros. Porém, isso é remediável no futuro com habilidades liberadas por “stamps”, que são conseguidos ao completar side quests e hunts. Assim, a exploração do mapa se torna um pouco mais agradável, e com o tempo, até mesmo certos “veículos” serão usados para desbravar áreas novas.

Ni No Kuni foi lançado originalmente para o PlayStation 3. Até então rodando em resolução 720p, a remasterização conta com novas texturas de alta qualidade para todas as novas plataformas (Switch, PS4 e PC), rodando a 720p e 30 quadros por segundo no Switch. No PS4 normal, o jogo alcança um estável 1080p/60fps. O PS4 Pro dá a opção de 4K a 30 quadros por segundo ou 1440p a 60fps. A versão de PC possui configuração gráfica customizável.

O jogo atualmente está disponível para Nintendo DS, PlayStation 3, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PC, contando com uma continuação, Ni no Kuni II: Revenant Kingdom, para PlayStation 4 e PC.

Nós jogamos as versões de PlayStation 3, Nintendo Switch e PlayStation 4 (o último concedido pela Bandai Namco) para fazer esta análise.


Novo Ghost in the Shell de Ilya Kuvshinov e Production I.G ganha data de lançamento na Netflix

Ghost in the Shell: SAC_2045 é o mais novo original da Netflix baseado no universo de GitS, co-criado pelo diretor de Stand Alone Complex. A animação será em computação gráfica que faz uso de técnicas similares a Dragon Quest: Your Story ou Kingsglaive: Final Fantasy XV, com produção da Production I.G e design de personagens de Ilya Kuvshinov, um dos maiores artistas gráficos dos últimos tempos.

Os dubladores serão os mesmos que trabalharam no anime Stand Alone Complex, o trailer também insinua trabalhar os temas filosóficos e tecnológicos que a série é conhecida por.

A animação estará disponível no catálogo da Netflix a partir de Abril.


TOKYO GHOUL:re Call to Exist — Uma :reVIEW

TOKYO GHOUL:re Call to Exist é um jogo de sobrevivência, ação e aventura desenvolvido pela Three Rings e publicado pela Bandai Namco Entertainment pela primeira vez em 15 de novembro de 2019 para o PlayStation 4 e o Windows.

O jogo é baseado em um mangá bastante popular conhecido como Tokyo Ghoul, escrito por Sui Ishida e também conta com uma adaptação em anime de quatro temporadas. A história do anime diferentemente do jogo, não segue fielmente a premissa original do mangá.

O modo memória, conta a história de Tokyo Ghoul e Tokyo Ghoul: re (continuação do mangá) resumidamente com uma linha narrativa focada majoritariamente no protagonista Kaneki Ken.

Kaneki Ken era alguém solitário e extremamente gentil que tragicamente perdeu seu pai e sua mãe na infância. Por causa dessa ausência partenal, virou um leitor assíduo e se apaixonou por literatura.

Ken era humano, mas conhecer em sua adolescência uma garota chamada Rize fez com que seu destino se alterasse totalmente. Ele foi enganado por ela, que era uma ghoul e tentou o matar.

Mas por sorte, uma viga cai em cima de Rize e ela é despedaçada, enquanto Kaneki estava em um estado grave devido aos ferimentos.

Os dois são levados para o hospital e o médico transplanta alguns órgãos dela nele, que desde então nunca mais voltou a ser quem era antes.

Perdido entre dois mundos, o protagonista dessa tragédia enfrentará diversos dilemas existenciais em torno de sua história, de sua personalidade e de seus valores enquanto ghoul e humano.

A gameplay começa a partir do momento em que Yamori sequestra Kaneki para o torturar. Nessa situação critica, o jogador assume o controle do protagonista e o enfrenta.

O jogo possibilita o combate com diversos personagens importantes de Tokyo Ghoul e possui por outro lado, histórias paralelas para uma maior perspectiva da narrativa; onde você joga, cada vez com um dos personagens em um mesmo embate. No entanto, algumas vezes as rotas são repetitivas por não ter variação de mapa ou rotas diferentes.

Apesar de não possuir muitas opções de combos, a Kagune pode dar um dano critico alto quando a barra de força estiver cheia. Além disso, é permitido o ataque a longa distância, o esquivamento e o ataque simples durante o jogo.

Como o jogador também pode ser um investigador ou um Quinx, as habilidades variam de acordo com cada classe mas seguindo a mesma regra, para não tornar exorbitante a diferença em controlar os personagens.

O modo memória segue até o final de Tokyo Ghoul: re e é uma excelente maneira de revisar a obra de Sui Ishida.

Ademais, o game também traz o modo subsistência online que possui a vertente batalha (confronto entre ghouls e investigadores), a sobrevivência (onde o jogador tem que sobreviver até o tempo limite e exterminar a maior quantidade de ghouls possível, também possibilitando a alternativa single player) e uma campanha que não segue a ordem linear, sendo dividida por fases (que também pode ser jogada single player); em que o jogador escolhe a classe, o design de seu personagem, equipamentos e suas habilidades.

O jogo também possui o arsenal de Triunfos que permiti o jogador colecionar suas conquistas e desbloquear suas recompensas para o modo de subsistência, além da Coleção de personagens, termos e história (desbloqueado conforme o modo memória for liberado).

Apesar da jogabilidade de TOKYO GHOUL:re Call to Exist não ser muito fluida, o jogo proporciona uma experiência interessante para amantes da obra.

Contudo, o jogo apresenta diversos bugs e não possui uma atmosfera imersiva, é essencial que o jogador tenha tido contato com o mangá de Tokyo Ghoul antes para entender os acontecimentos e o universo dele ao jogar. Sem falar que a história é apresentada a partir de slides, o que tira toda a emoção e a condição de fazer com que o play crie um interesse para continuar jogando.

Por fim, o game é uma homenagem ao mangá e uma forma mais interativa para os fãs que já são familiarizados com a obra de usufruírem do trágico mundo de Tokyo Ghoul. E vale a pena dar uma chance, principalmente se você estiver com saudade desse conflito entre ghouls e humanos!

O game está disponível para aquisição na PlayStation Store, clicando aqui.

E na Steam, aqui.

PROS:

  • Uma forma de resumo da obra Tokyo Ghoul;
  • História fiel a do mangá;
  • Gráficos belos;
  • Adaptação fiel de mangá para jogo;
  • Efeitos especiais bem trabalhados.

CONS:

  • Trilha sonora pouco explorada;
  • Gameplay de third person shooter incompatível com o combate que o jogo quer proporcionar;
  • Detecção de acertos problemáticos;
  • Cutscenes em slides;
  • Áreas curtas e pouco aproveitadas;
  • Retira o lock on dos inimigos, confundindo o jogador;
  • Histórias paralelas repetitivas;
  • Falta de qualidade técnica.

PLATAFORMAS:

  • PlayStation 4 (plataforma analisada, chave concedida por Bandai Namco);
  • Microsoft Windows.

NOTA: ☕️☕️/5


Do nada! Bandai Namco anuncia novo jogo de Super Campeões com Capitão Tsubasa

Hoje, 21/01, a Bandai Namco anunciou pelo seu canal oficial do YouTube o trailer de apresentação do jogo:

Captain Tsubasa: Rise of New Champions. Traduzindo: um novo jogo de um dos animes mais queridos pelos brasileiros nascidos nos anos 90, Super Campeões.

A nostalgia bateu forte, quem não lembra das tardes assistindo o incrível Tsubasa e seus amigos em jogos emocionantes na TV Manchete?

Acompanhe o trailer e se delicie em nostalgia:

Faz 10 anos desde o último jogo lançado de Super Campeões: Captain Tsubasa: Gekito no Kiseki (Nintendo DS).

Os gráficos estão lindos com uma jogabilidade estilo arcade.

O trailer mostra personagens como: Hyuga Kojiro, Genzo Wakabayashi, Hikaru Matsuyama, Jun Misugi, Tsubasa Osora e Taro Misaki.

Captain Tsubasa: Rise of New Champions lança ainda esse ano, sem data definida (o que é ótimo pela quantidade enorme de jogos já adiados nesse mês). Já foi confirmado que virá ao Brasil com legendas em português.

O game chegará ao Nintendo Switch, PS4 e PC.

Está hypado para o jogo? Conte-nos nos comentários.


O remake de Mewtwo Strikes Back chega na Netflix próximo mês!

Pokémon: Mewtwo Strikes Back – Evolution foi lançado ano passado fora do Brasil. O título propõe animação tridimensional pela primeira vez para o anime, reconstruindo o filme mais importante da franquia, Pokémon: Mewtwo Strikes Back.

A Netflix anunciou hoje por meio de suas redes sociais que o novo filme chega dia 27 de fevereiro em suas plataformas no mundo todo, salve Japão e Coréia.

Confiram o trailer:


TODOS os filmes do estúdio Ghibli estarão disponíveis na Netflix a partir de Fevereiro

Os 21 filmes do conceituado estúdio de animes Ghibli chegará à Netflix a partir de Fevereiro.

Os filmes serão gradativamente adicionados ao catálogo de Fevereiro até Abril. Logo no primeiro dia do mês teremos:

Fevereiro– O Castelo no Céu (1986)
– Meu Vizinho Totoro (1988)
– O Serviço de Entregas da Kiki (1989)
– Memórias de Ontem (1991)
– Porco Rosso: O Último Herói Romântico (1992)
– Eu Posso Ouvir o Oceano (1993)
– Contos de Terramar (2006)
Março– Nausicaä do Vale do Vento (1984)
– Princesa Mononoke (1997)
– A Família Yamada (1999)
– A Viagem de Chihiro (2001)
– O Reino dos Gatos (2002)
– O Mundo dos Pequeninos (2010)
– O Conto da Princesa Kaguya (2013)
Abril– Pom Poko – A Grande Batalha dos Guaxinins (1997)
– O Sussuro do Coração (1995)
– O Castelo Animado (2004)
– Ponyo – Uma Amizade que Veio do Mar (2008)
– Da Colina Kokuriko (2011)
– Vidas ao Vento (2013)
– As Memórias de Marnie (2014)

Barão do Café — Premiação dos Melhores Animes de 2019!

O ano de 2019, grandioso e assustador, está chegando ao seu fim. Fechando este com sua maior glória e finalmente no ponto supremo do Café com Geeks, decidimos oficializar nossa premiação de Melhores Animes de 2019.

Para não misturar com o oficial, “Crunchyroll Awards”, decidimos fazer a votação pública ANTES do evento, enquanto iremos discutir nossas posições e avaliar a votação pública após o mesmo, por volta do meio de fevereiro.

Para ver as categorias e fazer suas escolhas, completem este formulário ilustre feito na plataforma Google.

Contamos com as posições de vocês.

Previamente havíamos anunciado um sorteio e uma livestream, mas infelizmente tivemos de escolher pelo adiamento de tais eventos, indefinidamente.

Nossa apresentação oficial será detalhada na segunda semana de março, então fiquem atentos.

Obrigado por tudo que fizeram por nós este ano e boa sorte à todos!


Violet Evergarden – O poder das palavras

O catálogo de animes do Netflix tem aumentado exponencialmente. Desde releituras de Cavaleiros do Zodíaco até obras antigas licenciadas como Black Butler e Hellsing Ultimate, sua expansão constante mantém uma boa diversidade nos produtos disponíveis. Nesse meio, encontramos até mesmo obras mais emocionantes e introspectivas, como Violet Evergarden, que chama a atenção pela belíssima animação e retratação de um período de guerra, além de conflitos psicológicos e superação emocional.

Violet Evergarden é um anime produzido pelo Kyoto Animation, adaptando a light novel de mesmo nome escrita por Kana Akatsuki e ilustrada por Akiko Takase. Licenciado pelo Netflix, foi lançado em 2018 e conta com uma temporada de 13 episódios e um OVA disponíveis na plataforma. A história acompanha Violet Evergarden, a protagonista, em seu processo de reintegração na sociedade e desenvolvimento pessoal após sair de uma guerra que lhe custou a vida de alguém amado. Assim, acompanhamos Violet em sua jornada pessoal enquanto seu universo se adapta à paz do pós-guerra.

“Eu irei correr o mais rápido possível até onde meu cliente desejar. Sou a Autônoma de Automemórias, Violet Evergarden.”

O Kyoto Animation, estúdio responsável pela obra já mencionado, investiu pesado na qualidade e fluidez da animação. Com cenários amplos e claros, urbanos e rurais, tudo é extremamente detalhado e vivo. Nas cenas de guerra e tensão, o ambiente escurece e os detalhes são vistos de forma mais visceral, como no sangue jorrando e corpos impactados em batalha. Os olhos e cabelos dos personagens tem brilho e vigor próprios, o que os torna mais expressivos e vivos, um show à parte. A alta qualidade artística casa perfeitamente com a narrativa fantástica, que explora a moral humana, os conflitos e a problemática que envolve uma nação e uma sociedade que precisam seguir em frente após uma guerra devastadora. E é exatamente isso que Violet faz.

Através de um “serviço de escrita”, Violet se torna uma Autônoma de Automemórias (Auto Memories Doll, em inglês), responsável por escrever cartas para pessoas que precisam de ajuda em escrevê-las para pessoas importantes em suas vidas. Munida de sua máquina de escrever, Violet viaja as mais diversas distâncias por seus mestres, para levar os sentimentos deles em suas palavras. A profissão surgiu após o fim da guerra, e está em ascensão, conquistando pessoas em diversas áreas, desde grandes cidades até os vilarejos mais remotos. Assim, a personagem cresce ao encontrar e se relacionar com outras pessoas em sua jornada pessoal, tudo isso para responder uma pergunta que guia sua busca por respostas.

Violet e Benedict, seu colega de trabalho na CH Postal Company. Ambos trabalham com as cartas: Violet as escreve e Benedict as entrega.

Assim, dentro da narrativa principal, ramificações se desenvolvem conforme a protagonista se envolve com outros personagens e histórias secundárias se desenvolvem. Elas ajudam a tornar o universo mais vivo e tiram o foco da protagonista, o que outras obras não conseguem fazer. Isso fortifica o senso de que todos os personagens são importantes e que seus sofrimentos e superações são válidas; eles existem e não são apenas pano de fundo em sua obra.

O método utilizado para contar a história não é nada novo, mas foge um pouco do padrão linear: somos introduzidos à Violet no momento de mudança em sua vida, e vemos a protagonista aprendendo a se comportar em sua nova rotina enquanto lida com seus traumas. Em paralelo, sua história é revelada aos poucos e a obra se aprofunda assim também, o que pode deixar alguns espectadores ansiosos pela pequena demora que isso leva para acontecer, investindo num certo mistério até aproximadamente metade do anime.

Da esquerda para a direita: Erica, Cattleya e Iris, que também trabalham com Violet como Autômatas de Automemória.

Violet Evergarden é belíssimo, emocionante e poderoso. O desenvolvimento de Violet após os traumas sofridos e dos personagens secundários enriquece e empodera a obra, que ganha ares de clássico mesmo sendo tão recente graças ao esmero e cuidado investidos no universo. Com certeza você desejará receber uma carta repleta de sentimentos gentis ao terminar a história da Autônoma de Automemórias.


Naruto Shippuden – Ultimate Ninja Storm 4: ROAD TO BORUTO anunciado para Nintendo Switch!

Sendo um dos títulos de maior sucesso em jogos de luta de anime, Naruto Shippuden – Ultimate Ninja Storm 4: ROAD TO BORUTO finalmente recebeu data para o Nintendo Switch, acompanhada de um trailer.

O jogo contará com todos os DLCs previamente lançados, a expansão Road to Boruto, 2 novos personagens e novas roupas para 11 personagens.

Naruto Shippuden – Ultimate Ninja Storm 4: ROAD TO BORUTO chega para o Nintendo Switch dia 24 de abril de 2020.